147 resultados para 2k-1c
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da cera de carnaúba na conservação pós-colheita do caqui cv. Giombo. Os tratamentos consistiram do tratamento- controle e rápida imersão nas soluções contendo 12,5; 25 e 50 % do produto comercial Meghwax ECF 100®, que é uma emulsão de cera de carnaúba não-iônica a 30 %. Após a secagem, os frutos foram armazenados a 4ºC ± 1ºC e 80 % de umidade relativa. As avaliações foram realizadas em intervalos de 15 dias de conservação em câmara fria, seguidos de 4 dias à temperatura de 20 ± 1ºC, simulando o período de comercialização. As variáveis analisadas foram: firmeza de polpa; sólidos solúveis; acidez titulável; pH; teor de ácido ascórbico, fenóis e perda de massa fresca. O uso de cera de carnaúba, independentemente da concentração utilizada, diminuiu a perda de massa dos frutos em até 7,8 % em armazenagem por 60 dias em câmara fria, seguido de quatro dias em temperatura ambiente. A imersão dos frutos em solução com 12,5% de cera foi eficiente na manutenção do teor de ácido ascórbico e da firmeza, prolongando o tempo de armazenamento por 6 dias. Com o decorrer do armazenamento, houve decréscimo da acidez e aumento do pH.
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Com o objetivo de avaliar a performance polínica de Passiflora suberosa, realizou-se a análise de germinação in vitro em grãos de pólen de plantas mantidas em casa de vegetação nas condições de Ilhéus, sul da Bahia, coletados em diferentes horários após a antese. A análise estatística foi realizada no delineamento inteiramente ao acaso, com seis tratamentos que consistiram de horários de coleta, de 7 às 17 h. O meio de germinação foi o recomendado para o maracujazeiro-amarelo, e as lâminas foram incubadas a 28°C (+ 1°C). Houve diferença significativa (P<0.01) entre os seis horários testados. O percentual médio de germinação do pólen foi negativamente influenciado pelo número de horas após a antese. Os maiores índices de germinação foram obtidos no período entre 7 e 9 h.
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Calcium sprays have normally improved both the quality and the storage life of apples throughout the world because Ca helps to prevent many fruit disorders and that taken up from the soil does not often reach the fruit in adequate amounts. Since the efficacy of Ca sprays varies according to soil, apple cultivar, and weather conditions, this study was carried out from 1998 to 2004, in the Southern of Brazil, in order to assess the effect of Ca sprays on the quality and storability of 'Gala' fruits. The experiment was set up in an orchard planted in 1988, on a density of 1234 trees/ha. Treatments consisted of 0, 4, 8, and 12 annual sprays of 0.5% CaCl2 regularly distributed 30 days after petal fall until one week before harvest. Fruits of the same size and maturity level were annually analyzed at harvest and after five months of conventional cold storage (-1ºC and 90-95% of RH). In five out of six seasons, fruits from all treatments were free of any physiological disorder, and Ca sprays had no effect on leaf composition and on any fruit attribute (soluble solids, titratable acidity, starch pattern index, flesh firmness, and concentrations of N, K, Ca and Mg). In the season of 2000/2001, however, when yield was 18 t ha-1 and fruits had an average weight of 175 g, the incidence of bitter pit plus lenticel blotch pit on stored fruits was 24% in the treatment with no calcium sprays and it decreased up to 2% in that with 12 sprays. Two seasons later, yield was also low (25 t ha-1) and fruits were large (168 g each), but they did not show any physiological disorder regardless of the number of Ca sprays. It seems that the incidence of Ca related disorders in 'Gala' apples grown on limed soils in Brazil with no excess of any nutrient only occurs on seasons with low crop yield, as a result of large fruits and a high leaf/fruit ratio, associated with some unknown environmental conditions.
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Com a finalidade de reduzir as perdas ocasionadas pela degrana e podridões na pós-colheita de uva 'Niagara Rosada', foram realizados em 2005, em vinhedos localizados nos municípios de Jales e Louveira, São Paulo-Brasil, experimentos utilizando-se de cinco concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2) a 0; 5; 10; 15 e 20 g.L-1, com ou sem a aplicação de 100 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA). Com base nos resultados obtidos, realizou-se, em 2006, experimento com quatro concentrações de ANA a 0; 50; 100 e 150 mg L-1, associadas ou não a 10 g.L-1 de CaCl2. As aplicações do ANA foram realizadas um dia antes da colheita, e a do CaCl2, no início da maturação das bagas. Após a colheita, avaliaram-se o teor de sólidos solúveis, a acidez titulável, o pH, a degrana e a incidência de podridões. Os cachos provenientes dos diferentes tratamentos foram armazenados sob condição ambiente a 25ºC/70% UR, por 5 dias, e sob refrigeração a 1ºC/85% UR, por 21 dias, seguido por transferência para condição ambiente por mais 5 dias, sendo avaliadas após esses períodos as mesmas variáveis. O ANA foi eficiente na redução da degrana e da incidência de podridões nos cachos, principalmente após acondicionamento dos mesmos sob condição ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais efetiva. Os tratamentos promoveram poucas alterações nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável.
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Este trabalho avaliou a qualidade de manga 'Tommy Atkins', colhida em estádio de maturação 2, após a aplicação de revestimentos com diferentes concentrações de dextrina associadas ou não a fonte lipídica. Foram realizados dois experimentos. No primeiro, os tratamentos consistiram em: aplicação de revestimento (controle; 1,5% de dextrina; 1,5% de dextrina + 0,4% de óleo-de-girassol; 3,0% de dextrina e 3,0% de dextrina + 0,4% de óleo-de-girassol) e armazenamento durante 0; 10 e 20 dias sob refrigeração (11,7±3,1ºC e 79±8% UR), seguido de 3; 6 e 8 dias em temperatura ambiente (21,3±2,6ºC e 48±8% UR). No segundo experimento, foram estudados os revestimentos: controle e soluções aquosas de 2; 3 e 4% de dextrina, contendo óleo-de-girassol a 0,4%. Após a aplicação, as frutas foram armazenadas sob refrigeração (11,7±3,1ºC e 87±6% UR) para avaliação aos 0; 10 e 20 dias, ao final dos quais foram transferidas para temperatura ambiente (23,1±2,1ºC e 56±7% UR) por mais 3; 6; 8 e 10 dias. O delineamento experimental utilizado nos dois estudos foi o inteiramente casualizado, em fatorial, com quatro repetições. O uso dos revestimentos reduziu a perda de massa das frutas, sendo que a concentração de 2% contendo óleo-de-girassol atrasou a maturação, observando-se limitação da perda de firmeza e da degradação de ácidos orgânicos, atraso no aumento do conteúdo de substâncias pécticas e preservação da aparência, formando película uniforme a olho nu.
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A utilização de um sistema adequado para a condução das plantas-matrizes fornecedoras de mudas é de fundamental importância, tanto com a finalidade de favorecer a quantidade de mudas produzidas, como para a qualidade das mesmas; por outro lado, a disponibilidade de mudas em períodos não convencionais de plantio, através da utilização da frigoconservação, possibilita a produção de frutos na entressafra, propiciando maiores ganhos pelos produtores devido aos melhores preços alcançados. Os presentes trabalhos tiveram como objetivos comparar o sistema de produção de mudas de morangueiro convencional com o de produção em vasos suspensos, assim como avaliar a frigoconservação em mudas produzidas em sistema de vasos suspensos. Avaliaram-se a matéria seca, os teores de carboidratos nas mudas e a percentagem de sobrevivência das mesmas após o transplante para local definitivo. No primeiro trabalho, foi utilizado o delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 3x2 (três cultivares: Campinas, Pelican e Guarani; e dois sistemas de produção de mudas), com três repetições de 30 mudas; no segundo trabalho, utilizou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso, com cinco cultivares (Campinas, Dover, Pelican, Sequoia e Sweet Charlie) e nove repetições. Neste último trabalho, após a coleta, as mudas foram acondicionadas em sacos de polietileno e frigoconservadas durante 120 dias em câmara fria (-1 ± 1ºC). As mudas produzidas em vasos suspensos apresentaram maior percentagem de sobrevivência e maiores teores de carboidratos totais, com resultados semelhantes para as três cultivares estudadas. A frigoconservação de mudas de morangueiro produzidas em sistema de vasos suspensos resultou em baixa percentagem de sobrevivência de mudas no experimento.
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Objetivou-se avaliar a vida útil pós-colheita de frutos de bilimbi (Averrhoa bilimbi l.) armazenados sob refrigeração. Os bilimbis foram colhidos em dois estádios de maturação, determinados pela coloração, em dez plantas no município de Arêz - RN, em novembro de 2006, e transportados em caixa de poliestireno com gelo até a Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró - RN. Os frutos foram colocados em bandejas de isopor, embalados com filme de PVC e mantidos a 10º C ± 1ºC e 95% UR. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 6, que constou dos estádios de maturação verde ou amarelo e dos tempos de armazenamento de 0; 3; 5; 7; 9 e 11 dias. Avaliaram-se aparência externa, firmeza da polpa, perda de massa, pH, os teores de sólidos solúveis (SS), de acidez titulável (AT) e de ácido ascórbico, e relação SS/AT. Verificou-se aumento na perda de massa, no pH e na relação SS/AT, com redução do conteúdo de ácido ascórbico, AT e firmeza da polpa. A vida útil pós-colheita foi de 9 dias.
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A suscetibilidade a doenças de grande impacto econômico põe em risco a viabilidade econômica da bananicultura. A melhor estratégia para controle destas doenças, do ponto de vista econômico e ambiental, é a utilização de cultivares resistentes. Porém, estas devem apresentar, além de boas características de produtividade, um bom sabor e facilidade para manuseio e transporte como requisitos para aceitação do mercado. Portanto, este trabalho visou a avaliar características pós-colheita do genótipo PA42-44 resistente ao mal-do-panamá, sigatoka-amarela e negra, comparando à cultivar 'Prata-Anã', bastante difundida, porém suscetível às doenças citadas. Para tal, bananas de cada um dos genótipos foram colhidas e armazenadas à temperatura de 22 ± 1°C e umidade relativa de 75 ± 5% até atingirem determinado índice de coloração para avaliação. As bananas foram avaliadas nos índices de coloração 2; 3; 4; 5 e 6, segundo a escala de notas de Von Loesecke. As variáveis avaliadas foram: firmeza, pH, acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), relação SS/AT e despencamento. Também foi verificado qual dos genótipos amadurece mais rapidamente, analisando a modificação da cor das bananas por 12 dias. Finalmente, foi realizada a análise sensorial para os atributos aparência, aceitabilidade, firmeza e doçura de ambos os genótipos. As bananas PA42-44, quando comparadas à 'Prata-Anã', nos mesmos índices de coloração, encontravam-se em processo mais avançado de amadurecimento. Porém, quando avaliadas em função do período de armazenamento, a 'Prata-Anã' amadureceu mais rapidamente. As bananas PA42-44 são menos firmes e bem mais suscetíveis ao despencamento que as bananas 'Prata-Anã'. Já as características sensoriais dos genótipos foram iguais quanto à preferência.
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Com o objetivo de avaliar métodos de superação de dormência em sementes de maracujá-do-mato (P. cincinnata Mast.), foi conduzido o experimento em casa de vegetação, na Universidade Estadual do Sudoeste do Estado da Bahia - UESB, Câmpus de Vitória da Conquista - BA, Brasil. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e três repetições, sendo 50 sementes por parcela: T1= sementes secas à sombra (Testemunha); T2= sementes secas ao sol (35 ±1ºC); T3= sementes secas à sombra com escarificação em lixa; T4= sementes secas à sombra tratadas com captana (0,2%); T5= sementes secas ao sol (35 ±1ºC) com escarificação em lixa; T6= sementes secas à sombra aquecidas em banho-maria por 5 minutos, a 50ºC; T7= sementes secas à sombra aquecidas em banho-maria por 5 minutos, a 80ºC. As características avaliadas foram: porcentagem de germinação; porcentagem de emergência; índice de velocidade de emergência; altura das plântulas; diâmetro do caule; número de folhas; comprimento da raiz pivotante; massa da matéria seca total. Os resultados obtidos e analisados permitiram concluir que os melhores tratamentos para superação de dormência são o T3 (sementes secas à sombra com escarificação em lixa) e T6 (sementes secas à sombra aquecidas em banho-maria por 5 minutos, a 50ºC).
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O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita de jabuticabas submetidas a diferentes temperaturas de armazenamento refrigerado (AR). Após a colheita, os frutos fisiologicamente maduros foram acondicionados em bandejas de poliestireno expandido (EPS), revestidas por filme plástico de polietileno de baixa densidade (PEBD) e armazenados sob refrigeração a 0; 3; 6; 9 e 12 ± 1ºC e U.R. 87 ± 2%, sendo avaliados a cada 5 dias. Os frutos foram avaliados quanto à perda de massa, atividade respiratória, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, ácido ascórbico, textura, pectina total e solúvel, atividade da enzima polifenoloxidase (PFO), compostos fenólicos e atividade antioxidante. Para frutos refrigerados a 9 e 12ºC, o pico respiratório atrasou em relação aos demais tratamentos, além de apresentarem as menores taxas respiratórias. O teor de sólidos solúveis aumentou com o tempo de armazenamento para todas as temperaturas, contudo, em 9 e 12ºC, esse aumento foi em menor proporção. A firmeza e o teor de ácido ascórbico também foram superiores nos frutos armazenados a 9 e 12ºC, enquanto os contéudos de pectina solúvel foram menores. Observou-se a diminuição da atividade da enzima PFO ao longo dos 30 dias do AR, independentemente da temperatura utilizada; entretanto, os menores valores foram encontrados nos frutos mantidos a 9 e 12ºC. Os frutos armazenados a 12ºC apresentaram os maiores conteúdos de compostos fenólicos totais e a maior atividade antioxidante ao final do experimento. Nesse sentido, a temperatura de 12ºC foi a mais efetiva na manutenção da qualidade pós-colheita das jabuticabas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de condições de atmosfera controlada (AC) e atmosfera modificada (AM) ativa (filme PEBD de 40 µm, com duas perfurações de 1,0 mm de diâmetro), associadas ao manejo do etileno, sobre a manutenção da qualidade em ameixas 'Laetitia'. Os tratamentos avaliados consistiram no armazenamento refrigerado (60 dias a 0,5±0,1ºC) em: atmosfera refrigerada (AR; 21,0 kPa O2 + <0,03 kPa CO2); AM; AM + baixo etileno (BE); AC; e AC + 1-MCP (1,0 µL L-1). As pressões parciais de O2 + CO2 (kPa) foram de 1,0 + 1,0 e 2,5 + <0,1, em AC e AM, respectivamente. Os frutos armazenados em AC, independentemente do tratamento com 1-MCP, apresentaram retardo no amadurecimento, quando comparados aos frutos em AR. Contudo, os melhores resultados para a manutenção da textura da polpa e da acidez titulável foram obtidos em AC + 1-MCP. Os tratamentos não interferiram para a incidência de podridões, rachaduras e degenerescência da fruta. Frutos dos tratamentos AM + BE e AC + 1-MCP apresentaram menor escurecimento da polpa e maior aceitabilidade quanto à cor e ao sabor na análise sensorial em relação àqueles armazenados em AR.
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A manga é uma espécie originária da Índia, estando atualmente distribuída por praticamente todas as regiões tropicais do mundo, sendo cultivada comercialmente também em algumas regiões de clima subtropical. O interesse pela cultura deve-se à excelência de seus frutos que, além de apresentar sabor exótico, são ricos em vitaminas e sais minerais, sendo uma das frutas mais ricas em vitamina A. O objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito de diferentes temperaturas de aplicação de etileno exógeno sobre a qualidade de manga 'Tommy Atkins'. Os tratamentos foram: T1= frutos armazenados sob condições não controladas (24ºC ±5ºC e 65% UR) e não aplicação de etileno (tratamento-controle); T2= frutos sob condições não controladas, com 25 ppm de etileno, por 2 dias (24ºC ±5ºC e 65% UR); T3= frutos sob temperatura de 16°C ±1ºC e 90% UR, com 25 ppm de etileno, por 2 dias; T4= frutos sob temperatura de 18°C ±1ºC e 90% UR, com 25 ppm de etileno, por 2 dias; T5= frutos sob temperatura de 20°C ±1ºC e 90% UR, com 25 ppm de etileno, por 2 dias; T6= frutos sob temperatura de 22°C ±1ºC e 90% UR, com 25 ppm de etileno, por 2 dias, e T7= frutos sob temperatura de 24°C ±1ºC e 90% UR, com 25 ppm de etileno, por 2 dias. Após os tratamentos, os frutos foram armazenados a 20ºC ±1ºC e 90% UR (T3 a T7) e a condições ambientais não controladas (24ºC ±5ºC e 65% UR), nos tratamentos T1 e T2, por 14 dias. Avaliaram-se os frutos na colheita (caracterização), após os tratamentos no dia 0, no 7° e no 14° dias. Determinaram-se: sólidos solúveis totais, acidez titulável, índice de coloração do pericarpo e da polpa, firmeza manual do fruto e podridões. Conclui-se que a temperatura de 20ºC é a sugerida para a aplicação de etileno exógeno para o amadurecimento uniforme de manga 'Tommy Atkins'.
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A nêspera (Eriobotrya japônica Lindl.) é uma frutífera originária do Japão e amplamente cultivada na região Sudeste do Brasil tanto em pomares domésticos como em comerciais. Como ocorre com outras frutíferas, a nêspera ainda carece de pesquisas quanto à qualidade fisiológica e armazenamento de suas sementes, visando à sua utilização e perpetuação. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi obter informações sobre o comportamento das sementes de nêspera, durante o armazenamento, em dois tipos de embalagem. As sementes foram retiradas dos frutos, lavadas em água corrente e secadas em condições naturais de laboratório (25 ± 1ºC). Posteriormente, foram tratadas e acondicionadas em dois tipos de embalagem (plástico e papel) e armazenadas em geladeira (8± 2ºC). No início do experimento e a cada 30 dias (0; 30; 60; 90; 120; 150 e 180) de armazenamento, as sementes foram avaliadas quanto ao grau de umidade, primeira contagem de germinação e germinação, sendo os resultados expressos em porcentagem. As sementes de nêspera são dispersas com alto conteúdo de água (58%), e a capacidade de germinação das sementes armazenadas em sacos de papel decresceu bruscamente aos 30 dias de armazenamento, extinguindo-se totalmente após 60 dias de armazenamento, quando o grau de umidade atingiu valores em torno de 25%, evidenciando o seu comportamento recalcitrante. O armazenamento em embalagem plástica conservou a umidade das sementes, que se mantiveram viáveis por um período de 180 dias, quando ainda apresentaram 83% de germinação e umidade media de 60%.
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O uso de coberturas plásticas sobre vinhedos tem aumentado no Sul do Brasil, visando a atenuar limitações climáticas. Este estudo objetivou quantificar alterações micrometeorológicas causadas por cobertura plástica e seus efeitos no desenvolvimento e na produção de videiras 'Niágara Rosada', em cultivo orgânico. O estudo foi realizado em Bento Gonçalves-RS, num vinhedo conduzido em sistema latada e submetido a dois ambientes: em céu aberto e coberto por plástico transparente (160µm) em arcos descontínuos. Nos dois ambientes, foram monitoradas radiação fotossinteticamente ativa (RFA) e temperatura do ar. Avaliaram-se fenologia, índice de área foliar (IAF), peso e diâmetro de bagas, teor de sólidos solúveis e acidez total titulável, incidência de doenças fúngicas e rendimento. A cobertura reduziu em um terço a RFA incidente (-34%) e aumentou as temperaturas máximas do ar (+3,1ºC). Ela acelerou o ciclo vegetativo das videiras até a maturação, mas retardou a queda de folhas. A cobertura promoveu incrementos de IAF, duração da área foliar e produção de uvas, de 12,3 para 27,1 t ha-1. Não foi observada incidência de doenças fúngicas no vinhedo coberto. Portanto, a cobertura plástica sobre vinhedos é uma alternativa importante na produção de uvas de mesa no Sul do Brasil, em cultivo orgânico.
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O objetivo deste trabalho foi detectar uma possível especificidade alimentar de duas espécies crípticas de cochonilhas do gênero Planococcus, refletida em seu desenvolvimento em frutos de cacaueiro, cafeeiro e citros. A cochonilha Planococcus minor (Maskell), obtida de frutos de cacau (Theobroma cacao L. cv. Comum), e Planococcus citri (Risso), de lavoura de café (Coffea arabica L. cv. Mundo Novo) e de mudas de citros (Citrus sinensis L. Osbeck cv. Bahia), foram criadas em abóboras (Cucurbita maxima L.), em laboratório. Rosetas com frutos de café foram mantidas sobre uma lâmina de 5 mm de ágar-água em placas de Petri, vedadas com filme plástico de polietileno. Em frutos de citros e cacau foram utilizadas gaiolas plásticas cilíndricas (1,5 cm x 3,0 cm), vedadas com voile na parte superior, as quais foram fixadas nos frutos por meio de um elástico. Os bioensaios foram conduzidos em câmaras climatizadas a 25 ± 1ºC, 70 ± 10% UR e 12 horas de fotofase, utilizando-se de 30 repetições. Para as cochonilhas provenientes de cafeeiro, o substrato café proporcionou o maior período ninfal de fêmeas (20,8 dias) e maior longevidade (31,7 dias). Para fêmeas oriundas de cacau, o substrato cacau promoveu o menor período ninfal (21,1 dias) e maior longevidade (25,0 dias). Para aquelas oriundas de citros, o substrato cacau promoveu o menor período ninfal (18,4 dias), e o substrato citros, a maior longevidade (32,0 dias). As maiores porcentagens de mortalidade (50%) foram obtidas das ninfas oriundas de frutos de cacau e citros, criadas em café e cacau, e as menores foram das ninfas oriundas de frutos de café, independentemente do substrato em que foram criadas. A cochonilha P. minor mostra uma associação mais estreita com o cacau e, eventualmente, café, em relação ao citros, o que explicaria sua maior ocorrência em cacau. No entanto, P. citri não evidencia nenhuma especificidade para os três substratos testados.