123 resultados para primatas neotropicais
Resumo:
Realizou-se um estudo para analisar morfologicamente os dentes do saguis-de-tufo-branco (C. jacchus), saguis-de-tufo-preto (C. penicillata) e saguis-de-cara-branca (C. geoffroyi), para compara-los entre si e com outras espécies já descritas na literatura. Utilizou-se dentes das três espécies para analises macroscópicas, microscópicas e ultraestrutural e os resultados correlacionados com os obtidos com outras espécies citadas na literatura. Chegou-se a conclusão de que: as três espécies apresentaram uma fórmula dentária idêntica, chegando a um total de 32 dentes, expressa na fórmula 2x: incisivos 2/2; caninos 1/1; pré-molares 3/3 e molares 2/2, estes são classificados como diplodontes, anelodontes, bunodontes, e braquiodontes.
Resumo:
Padrões na diversidade de peixes ao longo de quatro unidades geográficas (superior, médio-superior, médio-inferior e inferior) no rio Paraíba do Sul foram estudados com a finalidade de avaliar tendências de variações espaciais (unidades geográficas) e temporais (períodos de cheia e seca). Vinte e cinco locais foram amostrados entre Dezembro de 2002 e Março de 2003 (verão/cheia) e, entre Agosto e Novembro de 2003 (inverno/seca). Os peixes foram capturados com um esforço padronizado, utilizando redes de espera, tarrafas e peneiras. Um total de 81 espécies foram registradas compreendendo 9 ordens, 29 famílias e 55 gêneros. Characiformes apresentaram maior número de espécies (28) seguido de Siluriformes (23). Perciformes, principalmente Tilapia rendalli e Geophagus brasiliensis, e Cyprinodontiformes com destaque para Poecilia vivipara e Poecilia reticulata, foram os grupos numericamente mais abundantes, enquanto Siluriformes, principalmente Hypostomus luetkeni, e Perciformes com Geophagus brasiliensis apresentaram maior contribuição em biomassa. Poecilia vivipara foi encontrada apenas no período de seca. Espacialmente, Hoplosternum littorale predominou no trecho médio-superior, Pimelodus fur, Hypostomus luetkeni, Glanidium albescens no trecho médio-inferior, e Loricariichtys spixii e Prochilodus lineatus no trecho inferior. O número de espécies e a riqueza de Margalef apresentaram um aumento do trecho superior para o inferior, principalmente durante o período de cheia. Espécies que apresentaram ampla distribuição ao longo do rio (G. brasiliensis, Oligosarcus hepsetus e P. reticulata) são consideradas oportunistas por se aproveitarem dos recursos disponíveis em ambientes pobres, refletindo o estado de alterações do rio. Diferenciações na fisiografia ao longo da extensão longitudinal da bacia não coincidiram com mudanças nas assembléias de peixes, sugerindo que fatores associados a alterações de hábitats poderiam estar estruturando a comunidade de peixes a nível local.
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São descritos e ilustrados os estágios imaturos de Euschistus hansi Grazia, 1987, com ênfase nos caracteres morfológicos externos do ovo e dos cinco instares. Adultos e ninfas foram alimentados com ramos frescos e frutos maduros de "ligustro", Ligustrum lucidum Ait. (Oleaceae). As ninfas de E. hansi são comparadas com os imaturos já descritos de outras espécies neotropicais de Euschistus Dallas, 1851: E. heros (Fabricius, 1798), E. sulcacitus Rolston, 1971 e E. bifibulus (Palisot de Beauvois, 1805). Dados biológicos também são fornecidos.
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Três novas espécies de cigarrinhas neotropicais do gênero Mahanarva são descritas: M. (M.) rubrovenata, M. (M.) webbi e M. (M.) dabliosignata, todas do Brasil.
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O presente trabalho visa fornecer subsídios para estudos morfológicos comparativos de Lycaenidae neotropicais. Hemiargus hanno (Stoll, 1790) é a primeira espécie neotropical de Polyommatinae a ter sua morfologia detalhada na literatura. Essa borboleta pode ser encontrada em ambientes abertos com vegetação rasteira, desde o sul do Texas até a Argentina. A morfologia da região cervical, do tórax e do abdome de H. hanno foi estudada com auxílio da microscopia óptica e de varredura.
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O gênero Xeropigo O. Pickard-Cambridge, 1882 é revisado, com a proposição de sete novas espécies neotropicais: X. candango, sobre machos e fêmeas de Brasília, Distrito Federal e Goiás, Brasil; X. rheimsae, machos de Goiás, Brasil; X. camilae, sobre machos e fêmeas do norte e centro-oeste do Brasil; X. cotijuba, machos e fêmeas da Guiana e do norte e centro-oeste do Brasil; X. pachitea, machos e fêmeas de Huánuco e Cajamarca, Peru; X. perene, fêmeas de Junin e Loreto, Peru; X. brescoviti, machos de Beni, Bolívia. As espécies previamente conhecidas, X. tridentiger (Pickard-Cambridge, 1869), a espécie-tipo, descrita da Ilha de Santa Helena, Oceano Atlântico, mas também conhecida das Américas do Sul e Central, e X. smedigari (Caporiacco, 1955) do norte da Venezuela e Trinidad, são re-diagnosticadas. Novos registros, ilustrações de X. tridentiger e chave para todas as espécies conhecidas são fornecidos.
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Melampus coffeus (Linnaeus, 1758) é um gastrópode pulmonado, macrodetritívoro, importante na transferência de energia em manguezais neotropicais, mas sua distribuição em diferentes escalas espaciais ainda é pouco conhecida nas regiões brasileiras. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a distribuição de M. coffeus com relação: 1) às espécies Rhizophora mangle Rhizophoraceae e Laguncularia racemosa Combretaceae; 2) à posição dos rizóforos de R. mangle e 3) à altura das árvores em diferentes manguezais. O seu comportamento ao longo do ciclo de marés também foi descrito. A densidade de M. coffeus foi similar entre R. mangle e L. racemosa, porém os maiores caramujos foram encontrados nas árvores de R. mangle. A distribuição dos caramujos encontrados no sedimento diferiu em relação aos rizóforos, com maior densidade no centro e o maior tamanho na borda da área amostral. Entretanto, não houve relação com a disponibilidade de recursos alimentares formados por folhas. A densidade também foi maior nos manguezais baixo e médio quando comparados ao alto, porém não foram encontradas diferenças de tamanho dos caramujos em mangues de alturas distintas. Observamos também que, durante a maré alta, M. coffeus sobe nas árvores mais próximas. Estes resultados podem estar relacionados principalmente com a disponibilidade de recursos e abrigos fornecidos por R. mangle. Desta forma, novos estudos sobre a distribuição de M. coffeus sob diversas condições são recomendáveis, já que as regiões de manguezais estão cada vez mais sujeitas a perturbações.
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Atrocolus mariahelenae gen. nov., sp. nov. do Brasil (Bahia) é descrito. Inclui-se chave para identificação dos gêneros Neotropicais de Anacolini.
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Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do ciclo hidrológico sobre a dieta e estrutura trófica da ictiofauna no Pantanal. Foram realizadas amostragens mensais entre março de 2000 e fevereiro de 2001, no rio Cuiabá e na lagoa Chacororé. A análise dos conteúdos estomacais de 58 espécies permitiu o reconhecimento de oito categorias tróficas. Peixes das categorias piscívora, detritívora e lepidófaga foram os que apresentaram menor variação na composição da dieta em ambos os ambientes, independente do período hidrológico. Os efeitos do pulso de inundação foram pronunciados na abundância numérica e na biomassa das categorias detritívora e omnívora, enquanto variações nestes parâmetros apresentaram-se relacionadas ao tipo de ambiente para as categorias piscívora, invertívora e insetívora. Os resultados sugeriram que tanto a especialização por alguns itens alimentares quanto a provável elevada disponibilidade de recursos alimentares nos ambientes investigados contribuíram para o fraco efeito do ciclo hidrológico na organização trófica da ictiofauna. Através do aumento da conectividade hidrológica, o pulso de inundação do rio Cuiabá possibilita o deslocamento dos organismos pelo sistema, que deve determinar a variabilidade na estrutura das categorias tróficas.
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Estudos recentes têm evidenciado a importância de flores como recurso alimentar de diversas espécies de aves neotropicais. Este estudo teve o objetivo de listar espécies e descrever o comportamento das aves que se alimentaram de recursos florais de Erythrina fusca (Fabaceae) no Pantanal Mato-Grossense. Para isso, foram acompanhadas aves que se alimentaram em 14 árvores floridas dessa espécie em um total de cerca de 25 horas de observação. Como resultados, 20 espécies de aves pertencentes a sete famílias taxonômicas foram observadas alimentando-se de recursos florais de E. fusca. Apesar de várias espécies de aves terem apresentado comportamentos destrutivos em maior proporção, algumas espécies, sobretudo das famílias Trochilidae e Icteridae, apresentaram estratégias alimentares compatíveis com o transporte de pólen. O cruzamento dos dados obtidos neste estudo com os da literatura indicam que a família Icteridae pode ter relevante papel na polinização dessa espécie vegetal.
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Através de Reação de Hemaglutinação Indireta para toxoplasmose foram examinadas amostras de sangue de dez diferentes espécies de animais domésticos e silvestres, de um grupamento humano da cidade de Manaus-Amazonas e de um grupamento humano indígena de área distante, no território de Roraima. Em 108 animais domésticos, o exame sorológico foi reagente em 90,6% dos gatos (Felis catus), 68,4% dos cães (Canis familiaris), 60,0% dos bovinos (Bos sp), 41,2% dos galináceos (Gallus sp) e 40,0% dos palmípedes (Cairina sp). Nos 104 animais silvestres foram reagentes 75,0% dos felídeos (Felis sp), 63,6% dos marsupiais (Didelphis marsupialis e Marmosa sp), 63,3% dos primatas (Saimiri sp) e 61,1% dos roedores (Proechimys). Entre os dois grupos humanos a prevalência foi de 70,6% nos 51 habitantes da área de Manaus, 64,8% nos 37 silvícolas de Roraima. Os autores discutem os resultados obtidos, assim como os diversos aspectos envolvidos na epidemiologia da toxoplasmose e chamam a atenção para a existência de mecanismos de transmissão ainda não esclarecidos, enfatizando a necessidade de maiores estudos dessa zoonose.
Resumo:
Examinando-se o sangue de 2.046 primatas capturados durante a "Operação Curupira" encontraram-se plasmódios semelhantes ao Plasmodium brasilianum em sete espécies ou subespécies: Alouatta belzebul belzebul, Alouatta belzebul nigerrima, Alouatta seniculus, Chiropotes satanas, Callicebus moloch, Saimiri sciureus e Saguinus midas niger. Esta última espécie havia sido ainda encontrada naturalmente parasitada por plasmódios.
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Três espécies novas de abelhas do gênero Lestrimelitta são descritas: L. danuncia sp. nov. (da Costa Rica e Panamá), L. mourei sp. nov. (da Costa Rica) e L. glaberrima sp. nov. (da Guiana Francesa). Todas essas espécies foram identificadas anteriormente como Lestrimelitta limao Smith.
Resumo:
Foram realizadas coletas padronizadas em 18 pontos ao longo da Mata Atlântica Brasileira no escopo do Programa BIOTA/FAPESP usando-se varredura de vegetação, e armadilhas Malaise e Möricke. Foi coletado um total de 2.811 exemplares de Dissomphalus. Foram reconhecidas 30 espécies descritas, a saber: Dissomphalus conicus Azevedo, 2003, D. h-ramus Redighieri & Azevedo, 2004, D. laminaris Redighieri & Azevedo, 2004, D. manus Azevedo, 2003, D. umbilicus Azevedo, 2003, D. verrucosus Redighieri & Azevedo, 2004, D. alticlypeatus Azevedo, 2003, D. bicerutus Azevedo, 2003, D. gilvipes Evans, 1979, D. krombeini Azevedo, 1999, D. gordus Azevedo, 2003, D. undatus Azevedo, 2003, D. cristatus Redighieri & Azevedo, 2004, D. laticephalus Azevedo, 2003, D. lobicephalus Azevedo, 2003, D. completus Azevedo, 1999, D. gigantus Azevedo, 1999, D. scamatus Azevedo, 1999, D. napo Evans, 1979, D. punctatus (Kieffer, 1910), D. infissus Evans, 1969, D. plaumanni Evans, 1964, D. concavatus Azevedo, 1999, D. rectilineus Azevedo, 1999, D. bifurcatus Azevedo, 1999, D. extrarramis Azevedo, 1999, D. strictus Azevedo, 1999, D. connubialis Evans, 1966, D. microstictus Evans, 1969, D. scopatus Redighieri & Azevedo, 2004. Além disso, foram descritas e ilustradas 23 espécies novas: Dissomphalus inclinatus sp. nov., D. divisus sp. nov., D. distans sp. nov., D. crassus sp. nov., D. filiformis sp. nov., D. inflexus sp. nov., D. spissus sp. nov., D. firmus sp. nov., D. setosus sp. nov., D. tubulatus sp. nov., D. differens sp. nov., D. lamellatus sp. nov., D. fimbriatus sp. nov., D. magnus sp. nov., D. trilobatus sp. nov., D. amplifoveatus sp. nov., D. personatus sp. nov., D. excellens sp. nov., D. peculiaris sp. nov., D. bahiensis sp. nov., D. amplexus sp. nov., D. elegans sp. nov. e D. amplus sp. nov.. Foram propostos 2 grupos novos de espécies, brasiliensis com duas espécies e setosus com oito espécies. Dissomphalus connubialis Evans, 1966 foi revalidado a partir de D. brasiliensis Kieffer, 1910. Dissomphalus bispinulatus Evans, 1969 foi considerado sinônimo junior de D. brasiliensis. Foi proposto para o gênero uma chave de espécies Neotropicais baseada em machos. Algumas espécies como Dissomphalus rectilineus, D. plaumanni, D. connubialis e D. gigantus são amplamente distribuídos ao longo deste bioma. Por outro lado, espécies como Dissomphalus completus, D. bifurcatus, D. napo, D. gilvipes, D. microstictus, D. brasiliensis, D. scamatus, D. strictus, D. undatus, D. alticlypeatus, D. laticephalus, D. verrucosus, D. extrarramis, D. concavatus, D. krombeini, D. gordus, D. lobicephalus e 13 espécies novas são restritas a regiões específicas, apresentando congruência com os subcentros deste bioma.
Resumo:
Adultos de Chinavia pengue (Rolston, 1983) foram coletados em Garopaba, SC, e criados em laboratório sob condições controladas (24 ± 1°C; UR 70 ± 10%; 12hL:12hE). Como alimento, adultos e ninfas receberam vagens verdes de feijão (Phaseolus vulgaris L.). Os ovos de C. pengue seguem o padrão de coloração e esculturação do cório e coloração e forma dos processos aero-micropilares descrito para as espécies neotropicais de Chinavia. Ninfas de 1º instar possuem uma mancha ovalada no dorso da cabeça e tórax, característica das espécies de Chinavia. Em C. pengue, essa mancha tem coloração laranja-avermelhada, e as manchas abdominais (4+4 manchas laterais e uma mediana) são brancas. Características exclusivas das ninfas de 2º a 5º ínstares de C. pengue são a coloração laranja-avermelhada das manchas do pro- e mesotórax e das manchas circulares no centro das placas abdominais laterais. Não se observou sobreposição nas medidas da largura da cabeça entre os cinco ínstares. Cada fêmea depositou 15,9 ± 4,18 posturas e 218,8 ± 48,60 ovos, sendo 14 ovos/postura o arranjo mais freqüente. A fertilidade foi de 70,0% ± 19,01; a mortalidade no 2º ao 5º estádio foi de 1,6% ± 4,49. A razão sexual obtida foi de 1 macho: 1 fêmea. A duração da fase imatura (ovo a adulto) foi de 45,7 ± 2,99 dias.