118 resultados para inibidor da ESPS
Resumo:
Resumo:O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de 1-metilciclopropeno (1-MCP) em manga 'Palmer' (Mangifera indica), nos estádios de maturação 2 e 3, para a conservação pós-colheita do fruto durante o período de armazenamento. Foram realizados dois experimentos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. No primeiro, mangas no estádio de maturação 2 foram submetidas a diferentes doses de 1-MCP (controle, 300, 600 e 1.000 nL L-1), por 12 horas, e tempos de armazenamento refrigerado de 0, 8 e 15 dias a 14,5±2°C e 85±6% UR, seguidos de 3, 5, 7 e 9 dias a 24±2°C e 60±6% UR. No segundo experimento, mangas no estádio de maturação 3 foram submetidas aos mesmos tratamentos do primeiro, porém com aplicação de 1-MCP durante 14 horas e com armazenamento a 13±0,6°C e 87±2% UR, e 24,4±1,9°C e 47±8% UR. O uso de 1-MCP nas doses de 300 e 600 nL L-1, no estádio de maturação 2, melhora a aparência dos frutos, embora se restrinja a efeitos temporários sobre a firmeza de polpa e a degradação de amido. Nas doses de 600 e 1.000 nL L-1, no estádio de maturação 3, o 1-MCP limita a perda de firmeza e mantém a aparência comercial do fruto até o vigésimo quarto dia.
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O uso de reguladores de crescimento e do estresse hídrico são práticas fundamentais para a indução do florescimento e produção da mangueira nas regiões tropicais. Avaliaram-se o florescimento e a produção da mangueira 'Tommy Atkins' na região semi-árida do Nordeste do Brasil, em resposta às aplicações de paclobutrazol (PBZ) no solo (2 mL do i.a./planta), com irrigação da planta, e foliares em diferentes doses (0,5 e 1 mL do i.a. em aplicação única e fracionada em duas vezes), sem irrigação da planta, além da testemunha (uma aplicação foliar de água seguida de estresse hídrico). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, no esquema de parcelas subdivididas no tempo. As variáveis foram avaliadas em três épocas após a aplicação PBZ (68 a 91; 131 a 179 e 190 a 216 dias após para o florescimento da planta; e 180 a 203; 267 a 287 e 299 a 337 para o número e produção de frutos por planta). Os resultados indicaram que o estresse hídrico imposto às plantas, sem uso do PBZ, foi tão eficiente na indução do florescimento e na produção de frutos da mangueira quanto a aplicação de PBZ via solo, usando irrigação, e via foliar, sem irrigação. A segunda época de avaliação foi superior à primeira e à terceira épocas no florescimento e produção por planta. A aplicação do PBZ no solo antecipou em 23 dias o florescimento da planta na segunda época em relação à aplicação do estresse hídrico. O trabalho sugere que o estresse hídrico tem potencial para a indução do florescimento e pode substituir o estresse causado pela aplicação de PBZ em mangueiras, nas condições semi-áridas tropicais.
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O abacaxizeiro é uma planta de grande importância econômica, porém seu florescimento natural causa sérios problemas, tornando seu manejo difícil devido à desuniformidade de frutos e colheitas, elevando o custo de produção. O objetivo deste trabalho foi manipular o florescimento do abacaxizeiro, contribuindo para uma produção uniforme colocada no mercado, nos meses de menor oferta. Utilizou-se o Paclobutrazol (PBZ) nas concentrações de 100; 150 e 200 mg L-1, em 2; 3 ou 4 aplicações via foliar, em plantas de abacaxi cv. Smooth Cayenne, no município de Presidente Alves-SP. O delineamento empregado foi em blocos ao acaso, com 10 tratamentos e três repetições, com 40 plantas por parcela experimental. No período de 100 a 150 dias após a primeira aplicação dos tratamentos, efetuaram-se as contagens de inflorescências presentes no centro da roseta foliar das plantas. Todos os tratamentos com Paclobutrazol inibiram a diferenciação floral natural do abacaxizeiro, recomendando-se a concentração de 150 mg L-1 em duas aplicações, com início em abril, a intervalo de 15 dias.
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O presente estudo analisou os efeitos do inibidor da ação do etileno 1-MCP (1-metilciclopropeno), da AM (atmosfera modificada) e do oxidante de etileno KMnO4 (permanganato de potássio) sobre a qualidade de caqui 'Fuyu' após a armazenagem refrigerada. Os fatores 1-MCP, AM e KMnO4 foram combinados de quatro maneiras, correspondendo aos seguintes tratamentos: T1) Controle + AM + KMnO4;T2) 1-MCP + AM + KMnO4; T3) 1-MCP + AM, e T4) 1-MCP + AA (AA=atmosfera do ar). Frutos maduro-firmes com coloração da casca predominantemente amarela foram colhidos em sete pomares comerciais no nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Parte dos frutos foi exposta a 0.3 µL L-1 de 1-MCP por 12 h em 24 h após a colheita. A seguir, os frutos foram armazenados sob AA ou sob AM induzida por bolsas de polietileno (0,04 mm de espessura), por 20; 40; 60 ou 80 dias a -0,1±0,8ºC. Dois sachês contendo 8,5 g de Alumina-KMnO4foram adicionados em cada uma das bolsas de polietileno dos tratamentos um e dois, antes de elas serem vedadas. Os frutos de cada período de armazenagem refrigerada foram analisados após 0; 3; 6 ou 9 dias de prateleira sob AA a 22±1ºC. O tratamento 1-MCP retardou o amolecimento da polpa, mas não afetou consistentemente o desenvolvimento de 'estrias' e manchas pretas na superfície dos frutos armazenados sob AM contendo KMnO4. A incidência de 'estrias' e manchas pretas em frutos tratados com 1-MCP e armazenados sob AM foi significativamente menor que a de frutos tratados com 1-MCP e armazenados sob AA. Houve efeitos aditivos do 1-MCP e AM na conservação da firmeza e na redução de danos por frio manifestados pela formação de textura gel-firme e manchas translúcidas na casca. O uso de KMnO4 não aumentou a conservação da qualidade dos frutos quando tratados com 1-MCP e armazenados sob AM. O desenvolvimento dos distúrbios da epiderme dependeu do pomar e de períodos de armazenagem e prateleira. No entanto, os benefícios da combinação de 1-MCP e AM sobre a redução desses distúrbios e do amolecimento dos frutos foram consistentes para todos os pomares. Os resultados indicam que a combinação de 1-MCP e AM é um método efetivo para retardar a deterioração de caqui 'Fuyu' durante e após a armazenagem refrigerada.
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O estudo de fatores que influenciam no processo de amadurecimento é fundamental para o planejamento do processo de comercialização, principalmente em frutos com padrão de respiração climatérico e perecível, como é o caso do mamão. Nesse trabalho, avaliou-se o efeito da aplicação do 1-MCP (1-metilciclopropeno) sobre o amadurecimento de frutos de mamoeiro nos estádios 0; 1 e 2 de maturação. O 1-MCP diminui a produção de etileno (≈79%) e a taxa respiratória (≈45%), principalmente em frutos no estádio 0 de maturação. O uso deste inibidor da ação do etileno retardou a perda de coloração verde da casca dos frutos, principalmente em frutos nos estádios 0 e 1 de maturação. Houve redução na perda de firmeza do fruto e do mesocarpo nos estádios 1 e 2. Entretanto, em frutos no estádio 0 de maturação, a firmeza do mesocarpo manteve-se alta, o que pode comprometer a aceitação destes frutos pelo consumidor. O teor de sólidos solúveis não foi influenciado pela aplicação do 1-MCP. O efeito do 1-MCP na redução da atividade das enzimas PME e PG foi maior em frutos nos estádios 0 e 1 de maturação em comparação a frutos no estádio 2 de maturação. A atividade da PME demonstrou crescente aumento ao longo do período de armazenamento, porém a atividade da PG permaneceu baixa ao longo dos cinco primeiros dias, com aumento posterior. Os resultados mostraram que a PME exerce influência significativa na perda de firmeza da polpa nos primeiros dias, com atuação posterior da PG. O 1-MCP mostrou-se eficiente em retardar o processo de amadurecimento de frutos de mamoeiro, tornando-se mais eficiente quando associado a estádios de maturação iniciais.
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O "bitter pit" é um distúrbio fisiológico ocasionado pela deficiência de cálcio (Ca) em maçãs. No entanto, trabalhos recentes mostram que o "bitter pit" pode estar relacionado com aumento na atividade de giberelinas nas plantas. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da pulverização de macieiras com um inibidor da síntese de giberelinas, o prohexadiona-cálcio (ProCa), e com giberelina GA3, no crescimento vegetativo das plantas e na ocorrência de "bitter pit". O experimento foi conduzido em um pomar localizado no município de São Joaquim-SC, na safra de 2009/2010. Macieiras 'Catarina' e 'Fuji' foram pulverizadas com água (tratamento-controle), ProCa e GA3 (ambos os produtos na dose de 319 mg L-1), na queda das pétalas (15-10-2009), quando as brotações do ano estavam com 5-10 cm de comprimento, sendo repetidas após 20 dias. Foram feitas avaliações foliares (teor de clorofila, área, massa seca e área específica), em janeiro/2010, e de comprimento dos ramos do ano e de peso dos ramos podados, em maio/2010. Os frutos foram colhidos na maturação comercial, armazenados em câmara fria convencional por quatro meses (0±0,5 ºC/90-95% UR), e então avaliados quanto à ocorrência de "bitter pit" após cinco dias de vida de prateleira. Em ambas as cultivares, o crescimento vegetativo foi significativamente menor nas plantas tratadas com ProCa, e maior naquelas tratadas com GA3, comparativamente ao controle. Maçãs 'Catarina' e 'Fuji' do tratamento com ProCa apresentaram menor ocorrência de "bitter pit" após o período de armazenamento, associada aos menores teores de K, Mg e N, em relação aos teores de Ca, no tecido da casca, comparativamente ao tratamento-controle. Já o tratamento com GA3 aumentou a ocorrência de "bitter pit" em relação ao controle em ambas as cultivares.
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A alimentação saudável e diversificada é essencial para a manutenção da saúde física e mental, e apesar de o perfil alimentar atual valorizar a praticidade do comer, nota-se que a população está consumindo, de forma crescente, frutas, tanto na forma in natura como na forma de sucos. No entanto, o consumo de certas frutas in natura ocorre acompanhado da ingestão de suas sementes, cascas ou mesmo outras partes, podendo existir fatores antinutricionais, moléculas e/ou compostos que podem interferir na biodisponibilidade e/ou digestibilidade de nutrientes, tais como os inibidores de tripsina. Tais inibidores podem prejudicar o aproveitamento de proteínas presentes nos alimentos, porém estudos recentes vêm sendo divulgados, demonstrando também os efeitos benéficos dos mesmos. Este estudo teve como objetivo avaliar inibidores de tripsina nos extratos aquosos das frutas: goiaba (Psidium guajava L), das variedades Kumagai (branca) e Paluma (vermelha); maracujá-amarelo (Passiflora edulis f.) e melancia (Citrullus vulgaris Schrad). Para tal, foi realizada a detecção da presença da atividade antitríptica e a dosagem de proteínas solúveis. Em todos os extratos analisados, foi detectada atividade inibitória de tripsina, bem como de proteínas solúveis. Assim, a inibição pode ser explicada pela presença de inibidores proteicos, pois, nos extratos de sementes, em SDS-PAGE, foi possível visualizar um largo espectro de bandas proteicas. Vale ressaltar que, no estudo, as bandas proteicas que coincidem com as massas moleculares dos inibidores de tripsina não apareceram de forma majoritária, demonstrando que os extratos de sementes, provavelmente, possuem inibidor proteico, no entanto em pouca quantidade, justificando a baixa atividade antitríptica (1,36 a 15,15 UI / mg de peso seco), também apresentada pelos extratos de polpa. Portanto, tendo em vista o consumo recomendado das frutas, incluindo goiaba, maracujá e melancia, possivelmente, esta atividade inibitória esteja mais relacionada a benefícios do que a prejuízos à saúde, enfatizando, entretanto, o cuidado com o consumo de quantidades elevadas de sementes presentes e consumidas nestas frutas.
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O setor automotivo é um dos mais competitivos e um grande consumidor de materiais ferrosos, que exigem uma eficiente proteção contra a corrosão. Esta proteção é alcançada aplicando revestimentos adequados. Para se aplicar revestimentos se requer uma cuidadosa preparação da superfície que pode ser feita por ataque químico. Neste trabalho, determinou-se a velocidade de reação do aço extra-doce, SAE-AISI 1005, laminado a frio (CFF) utilizando várias soluções ácidas, de baixo custo, baixa agressividade ao meio ambiente e que geram pouco hidrogênio. O estudo cinético foi realizado medindo-se a perda de massa (deltam/mg cm-2) de chapas de aço CFF em função do tempo (s) de reação nas diferentes soluções, com e sem agitação, a 30ºC. Os resultados foram interpretados considerando-se os efeitos de transporte de massa, o efeito oxidante dos íons Me3+ e inibidor dos íons Fe2+. Dentre as várias soluções estudadas a que apresentou maior velocidade de reação foi a solução de H2SO4 2 M + MeCl3 1 M, v = 15,44 x 10-6 g cm-2s-1 para tempos até 1800 s.
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Macrophomina phaseolina (Tassi) Golidanich é um fungo habitante do solo importante economicamente devido ao amplo número de espécies de plantas que infectam e da dificuldade do seu controle. Vários estudos envolvendo densidade de inóculo, taxonomia, sobrevivência, necessitam de meios de cultura seletivo ou semi-seletivo. O objetivo do trabalho foi avaliar 16 meios de cultura quanto à especificidade a este patógeno, proporcionando maior porcentagem de detecção do seu crescimento e menor número de contaminações, para substituir o meio semi-seletivo RB modificado, rotineiramente utilizado em estudos deste patógeno. O meio semi-seletivo RB modificado é bastante eficiente e contém em sua composição o fungicida metalaxyl (inibidor de oomycetos), que atualmente não se encontra disponível comercialmente em formulação simples, sem adição do Mancozeb ou Clorotalonil que inibem o crescimento do fungo M. phaseolina. Os meios de cultura avaliados foram repicados com o inóculo do fungo produzido em substrato areno-orgânico, contido em bolsas de náilon, recuperados após 30 dias de um solo não autoclavado, contido em uma bandeja. Cada meio de cultura avaliado tiveram 7 repetições, representadas por uma placa de Petri. Para as comparações das médias das porcentagens do crescimento de M. phaseolina e do número de contaminantes foi utilizado o teste de Scott-knott a 5% de probabilidade e os valores em porcentagem foram transformados em arc sem (√/100). Dentre os meios de cultura avaliados os MSTP 1 [(BDA com tetraciclina 50 mg.L-1 mais propamocarb a 1 mL.L-1(Previcur N® 72,2% p.a.)], MSRP 0,5 (BDA com rifampicina 100 mg.L-1 mais fungicida propamocarb a 0,5 mL.L-1) e MSRP 1 (BDA com rifampicina 100 mg.L-1 mais fungicida propamocarb a 1 mL.L-1) proporcionaram maior porcentagem e detecção do fungo M. phaseolina e menor número de contaminações por outros fungos e bactérias. Estes meios de cultura semi-seletivos podem ser utilizados em futuros trabalhos visando estudos epidemiológicos e de medidas de controle do fungo M. phaseolina.
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O trabalho teve por objetivos controlar a abscisão foliar de plântulas de angico utilizando AgNO3 e CoCl2 e avaliar o efeito do paclobutrazol sobre o comportamento in vitro das plântulas. As sementes foram desinfestadas e inoculadas em placas de Petri contendo papel germtest, previamente esterilizado e umedecido com água estéril. As placas ficaram no escuro por dois dias até que ocorresse a germinação das sementes e, em seguida, foram transferidas para tubo de ensaio contendo meio WPM. Todo esse material foi mantido em sala de crescimento com temperatura de 25 ± 2 ºC. No primeiro experimento, o meio de cultura foi suplementado com dois tipos de inibidores de etileno (AgNO3 e CoCl2) em diferentes concentrações (0,0; 5,0; 10,0; 20,0; e 40,0 µM). No segundo, o meio foi suplementado com diferentes concentrações (1,7; 3,4; 6,8; e 13,6 µM) de paclobutrazol. Verificou-se que houve aumento no número de folhas e redução na abscisão foliar com a utilização de 10 e 20 µM (respectivamente), independentemente do inibidor de etileno utilizado. Tanto o AgNO3 quanto o CoCl2 contribuíram com acréscimos no número de gemas e no número de brotações. O aumento na concentração de paclobutrazol reduziu o crescimento das plântulas, obtendo-se menores médias das seguintes variáveis: comprimento da parte aérea, número de folhas, número de folhas senescentes e matéria seca da parte aérea na maior concentração (13,6 µM) de paclobutrazol. Esse inibidor de crescimento teve efeito também no sistema radicular, reduzindo o comprimento da raiz e o número de raízes secundárias, no entanto promoveu o engrossamento das raízes.
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OBJETIVO: As espécies ativas de oxigênio (EAO), originadas pela ação da enzima xantina-oxidase, têm importância na fisiopatologia da síndrome isquêmica-reperfusional. Foi nosso objetivo verificar o possível efeito citoprotetor do alopurinol (inibidor da xantina-oxidase) sobre as alterações histológicas decorrentes da isquemia-reperfusão hepática. MÉTODOS: Utilizaram-se 60 ratos Wistar assim divididos: grupo 1(n=20): pré-tratado com alopurinol e submetido à laparotomia e à exposição do pedículo hepático por 45 min.; grupo 2 (n=20): tratado com alopurinol e submetido à isquemia hepática seletiva por 45 min.; e grupo 3 (n=20): submetido apenas à isquemia por 45 min. A cada 24 horas, durante quatro dias, cinco animais de cada grupo foram submetidos a hepatectomias parciais para estudo histopatológico. RESULTADOS: Na análise das 24h, houve aumento significativo da congestão vascular e da necrose nos grupos de animais submetidos à isquemia (2 e 3) quando comparados aos do grupo controle (grupo 1) (p<0,05). Na análise das 48h, os resultados se repetiram em relação à necrose hepática. Não se observaram diferenças significativas nos tempos de 72 e 96h. Além disso, no período das 24h, verificou-se uma diminuição significativa da necrose nos animais submetidos à isquemia e pré-tratados com alopurinol quando comparados ao grupo não tratado. CONCLUSÕES: A isquemia transitória normotérmica hepática causa significativas alterações histopatológicas nos fígados de ratos. Em nosso estudo, o alopurinol exerceu efeito benéfico em relação à necrose hepatocitária, o que reforça o envolvimento da enzima xantina oxidase no dano decorrente da isquemia-reperfusão hepática.
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Objetivo: identificar fatores mais freqüentemente associados ao aborto espontâneo recorrente. Casuística: no período de março de 1993 a março de 1997, 175 pacientes foram avaliadas no Ambulatório de Aborto Recorrente do CAISM/UNICAMP. Os critérios de seleção foram: história de três ou mais abortos espontâneos consecutivos em pacientes com idade inferior a 35 anos e/ou dois abortos e idade superior a 35 anos. Métodos: o protocolo de investigação incluiu: cariótipo; histerossalpingografia; dosagem seriada de progesterona e/ou biópsia de endométrio; pesquisa sorológica de infecções: toxoplasmose, listeriose, brucelose, sífilis e citomegalovírus e pesquisa para Mycoplasma hominis e Chlamydia trachomatis na secreção cérvico-uterina. A investigação também incluiu dosagem de hormônios tiroideanos e da glicemia de jejum; pesquisa de fator auto-imune por meio de painel de auto-anticorpos; pesquisa de fator aloimune mediante anticorpos contra antígenos leucocitários humanos (anti-HLA), prova cruzada por microlinfocitotoxicidade e cultura mista unidirecional de linfócitos, em que se comparam as respostas maternas diante das células paternas e de um doador não-relacionado para pesquisa de fator inibidor destas respostas no soro materno. O exame dos parceiros incluiu: exame físico geral e especial, sorologias para sífilis, doença de Chagas, hepatite B e C e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), além da prova cruzada por microlinfocitotoxicidade e da cultura mista de linfócitos. Resultados: o fator mais freqüentemente encontrado foi o aloimune (86,3% dos casos), representado por prova cruzada negativa e inibição na cultura mista de linfócitos inferior a 50%. O segundo fator mais freqüentemente encontrado foi a incompetência istmo-cervical (22,8%), seguido pelo fator hormonal (21,2%), representado principalmente pela insuficiência lútea. Algumas pacientes apresentavam mais de um fator concomitantemente. Conclusão: para uma investigação completa dos fatores associados ao aborto espontâneo recorrente faz-se necessária a inclusão do fator aloimune, sem a qual a maior parte dos casos não terá etiologia esclarecida.
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A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma alteração neuromuscular caracterizada por contínua necrose muscular e degeneração, com eventual fibrose e infiltração por tecido adiposo. O aumento progressivo da fibrose intersticial no músculo impede a migração das células miogênicas, necessárias para a formação muscular. O modelo canino constitui-se nas melhores fenocópias da doença em humanos, quando comparados com outros modelos animais com distrofia. O tratamento antifibrose de pacientes DMD, tendo como alvo os mediadores da citocina, TGF-beta, e o tratamento com antiinflamatórios, podem limitar a degeneração muscular e contribuir para a melhora do curso da doença. O presente estudo teve como objetivo observar os possíveis efeitos adversos na fisiologia renal, por meio de avaliação bioquímica sanguínea e da pressão arterial, verificando a viabilidade do uso do Losartan (um inibidor de TGF-beta) nos cães afetados pela distrofia muscular. Foram utilizados quatro cães adultos, sendo dois machos e duas fêmeas. Utilizou-se a dose de 50mg de Losartan, administrada via oral, uma vez ao dia. Os exames clínicos, bem como alterações na função renal, o nível do potássio sérico e a pressão arterial não evidenciaram reação adversa durante todo o período do experimento. O uso de Losartan, por um período de 9 semanas, mostrou-se como uma terapia segura para o tratamento antifibrótico em cães adultos, não afetando a função renal ou pressão arterial dos animais.
Resumo:
A absorção vegetal do nitrogênio (N) presente no solo ou fornecido via fertilização é regulada por um complexo enzimático que age de forma conjunta e ordenada na planta. O objetivo desta pesquisa foi investigar efeitos dos herbicidas atrazine e glufosinate de amônio na absorção do N pelas plantas e os efeitos que exercem em características de plantas de milho. Em um dos experimentos (experimento 1) foram testadas três doses de atrazine (0, 200 e 2.000 g i.a. ha-1) e de glufosinate de amônio (0; 40 e 80 g i.a. ha-1) e duas doses de N (0 e 90 kg ha-1). No segundo experimento (experimento 2) foram testados três tratamentos herbicidas (atrazine, 200 g i.a. ha-1; glufosinate de amônio, 40 g i.a. ha-1; atrazine + glufosinate de amônio, 200 + 40 g i.a. ha-1; e testemunha), duas fontes de N (uréia e nitrato de amônio) e duas doses de N (0 e 100 kg ha-1). Os efeitos dos tratamentos foram avaliados aos 10 e 20 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas, no experimento 1, e quando as plantas de milho apresentavam 10 folhas desenvolvidas (15 DAA) e no pendoamento do milho (40 DAA), no experimento 2. A partir da análise dos resultados obtidos, constatou-se que aplicação de N em cobertura na cultura do milho promove aumento na maioria dos componentes do rendimento e incrementa em 35% o rendimento de grãos e que esse efeito ocorre de forma independente da fonte de N utilizada: uréia ou nitrato de amônio. Não ocorre interação entre os fatores relacionados aos herbicidas inibidores do fotossistema II (atrazine) e da síntese de glutamina (glufosinate de amônio) e aplicação de N em cobertura no milho. O uso destes herbicidas em doses reduzidas (abaixo da recomendada), aplicados isoladamente ou combinados, não afetou o rendimento de grãos nem os componentes do rendimento da cultura do milho. O herbicida atrazine tem pequena influência nos teores de clorofila e de N em milho, mas, em algumas situações, sua ação é favorável, especialmente quando usado na dose recomendada, ou mesmo isoladamente. Glufosinate de amônio, usado em doses reduzidas, em geral não afeta o teor de N em milho, porém, em alguns casos, afeta o de clorofila e, na dose de 80 g ha-1, promove aumento do teor de N no tecido.
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A glutationa S-transferase (GST, EC 2.5.1.18) desempenha um papel importante na resposta do estresse causado por herbicidas nas plantas; é considerada uma enzima de desintoxicação, por metabolizar grande variedade de compostos xenobióticos, por meio da conjugação destes com glutationa reduzida, formando substâncias de baixa toxicidade. O milho (Zea mays) foi escolhido neste trabalho por apresentar problemas de injúrias quando submetido ao controle químico de plantas daninhas, por meio do uso de herbicidas. Esta pesquisa teve como objetivo determinar as alterações na atividade desta enzima em plantas de milho submetidas ao tratamento pelo herbicida glyphosate. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x4, com quatro tratamentos herbicidas (glyphosate nas concentrações de 1.000, 2.500 e 5.000 ppm e as plantas-controle tratadas com água) e quatro estádios de desenvolvimento (9, 16, 23 e 30 dias após a emergência), com cinco repetições. O herbicida foi aplicado na parte aérea das plântulas de milho. A parte aérea foi coletada às 24, 48 e 72 horas após a aplicação do herbicida e utilizada para a determinação da atividade da GST e do teor de lipoperóxidos. Foi verificado que os teores de lipoperóxidos não foram alterados pelo tratamento com o glyphosate, porém a atividade de GST aumentou na maioria dos tratamentos utilizados, indicando ter ação na degradação do herbicida glyphosate em plantas de milho.