508 resultados para fungo patogênico
Resumo:
São registrados três casos de feo-hifornicose subcutânea em transplantados renais provocados pela Exophiala jeanselmei (Langeron) McGinnis et Padhye 1977, fungo demácio capaz, também, de produzir raramente eumicetoma de grãos pretos. Este fungo, segundo KWON-CHUNG & BENNETT, 1992(27) é antigenicamente muito heterogêneo, sendo identificados até o presente momento três sorotipos com subgrupos dentro de cada um deles. A feo-hifomicose subcutânea vem se tornando cada vez mais freqüente em transplantados renais, submetidos a terapêutica imunodepressora. Como a Exophiala jeanselmei já foi isolada do meio ambiente, torna-se dificil explicar a patogenia desses casos por um despertar ou reativação de processos quiescentes. Os Autores fizeram ampla revisão da literatura, registrando principalmente os casos de feo-hifomicose publicados no Brasil. Sugerem também, eventual ação fungistática da ciclosporina A sobre a Exophiala jeanselmei.
Resumo:
Os autores, após uma revisão dos achados de roedores da família Cricetidae e do gênero Oryzomys infectados pelo T. cruzi, assinalam a infecção de um exemplar do rato, Oryzomys nigripes (Desmarest, 1819), capturado no Bairro da Ilha, município de Salto de Pirapora, Estado de São Paulo, Brasil, e cuja amostra de T. cruzi foi isolada através do xenodiagnóstico. O tripanossomo em estudo mostrou-se patogênico para ratos Wistar e camundongos brancos jovens, infectando 100,0% dos animais inoculados. As formas sanguícolas nos camundongos têm 24,25μ. de comprimento total médio e 1,27μ, de índice nuclear médio. Nos animais sacrificados durante a fase aguda da infecção ninhos de leishmânias foram observados, em fibras cardíacas. A infecção experimental de camundongos inoculados com sangue parasitado é leve, com período prepatente relativamente longo (média de 7,1 dias), com baixa parasitemia, e duração da fase aguda variando de 55 a 64 dias. Provas de proteção mostraram que a amostra em estudo confere aos camundongos que sobreviveram alto grau de resistência contra reinfecções pela amostra Y. O tripanossomo cultiva-se bem em meio de Mac Neal - Novy e em meio líquido de Warren. Infecta regularmente triatomíneos, dando os seguintes índices de infecção: P. megistus - 100,0%, T. infestans - 76,7%, T. sórdida - 86,7%o e R. neglectus - 100,0%.
Resumo:
A comunicação versa sobre dois casos de histoplasmose cutâneo mucosa ocorrendo em dois irmãos. No primeiro doente as lesões cicatrizaram sob terapêutica específica: recidivando porém três anos após, ao nível do sistema nervoso central. Essas lesões levaram a doente ao óbito. No segundo doente o diagnóstico foi estabelecido mais precisa e precocemente e sob terapêutica específica houve remissão completa das lesões, estando o doente sob observação. Em ambos os casos havia, grande semelhança, do quadro clínico com o da blastomicose sul-americana (paracoccidiodomicose). No primeiro doente o diagnóstico foi estabelecido à necropsia e no segundo em vida, pelo encontro do Histoplasma capsulatum em cortes histológicos e pelo isolamento do fungo por cultura.
Resumo:
Foram feitos o isolamento e a identificação dos agentes etiológicos da cromomicose, através do estudo macroscópico e microscópico das colônias. O fungo Fonsecaea pedrosoi foi isolado do material dos quatro casos estudados.
Resumo:
Neste trabalho são relatadas pesquisas parasitológicas e epiâemiológicas realizadas numa provável fonte de infecção de Histoplasmose da área rural do D. F. - Brasília, onde 14 pessoas contraíram a doença. Os estudos clínico, imunológico e radiológico foram anteriormente descritos. Os autores conseguiram isolar o H. capsulatum do solo da caverna e das vísceras e do sangue de morcegos (Phyllostomus hastatus hastatus, Pallas 1767) que nela habitavam. Resultaram negativas as tentativas de isolamento do fungo de animais sentinelas (cobaios), assim como não se obteve neles a viragem dos testes intradérmicos com histoplasmina. Em impressões de vísceras dos morcegos, constataram-se formas semelhantes as do T. gondii que posteriormente foram isoladas, em camundongos jovens, por inoculação de vísceras maceradas e sangue. Foram encontrados 2 ectoparasitos nos morcegos: Boophilus microplus e um díptero da família Streblidae. O ácaro albergava tripomastigotos do tipo cruzi, não sendo porém conseguido seu isolamento. No tubo digestivo dos quirópteros, foram retirados nematódeos (Histiostrongylus octaeantus) e cestódeos do gênero Mathevotaenia. Foram capturados, em torno da entrada da caverna, 2 exemplares de Cercomys cunicularis apereoide não sendo examinados sob o ponto de vista parasitológico. Testes intradérmicos realizados em 826 habitantes da área resultaram positivos em 184 (22,27%). A gruta, fonte da infecção, está localizada em uma formação calcárea, pertencente à série Bambuí, acreditando-se, pelos aspectos tectônicos, ser da idade siluriana. No Brasil, o isolamento de H. capsulatum de solo, guanos de morcegos e vísceras de roedores já tinham sido realizados; contudo, esta foi a primeira vez que se conseguiu isolá-lo do solo de uma caverna, fonte de infecção, e das vísceras e sangue de morcegos. Os resultados obtidos com os testes intradérmicos com histoplasmina demonstraram a prevalência de histoplasmose na área rural do DF e, conseqüentemente, a possibilidade de ocorrerem outra microepidemia ou aparecimento de casos isolados de histoplasmose-doença.
Resumo:
A solução do picro-sirius foi usada para corar o Paracoccidioides brasiliensis em tecidos humanos fixados em formol. À luz comum, o fungo mostra uma faixa periférica avermelhada e, à luz polarizada, apresenta um ou mais anéis birrefringentes esverdeados. A imersão prévia em solução de hidróxido de sódio a 1%, por alguns minutos, melhora a coloração, sendo o fungo visualizado com mais nitidez à luz polarizada. Por outro lado, a diferenciação dos cortes corados, com picro-sirius em hidróxido de sódio a 0,5%, elimina a birrefringência do colágeno mais rapidamente que a do Paracoccidioides.
Resumo:
Foram desenvolvidos dois estudos seccionais sobre a doença de Chagas crônica, com intervalo de 4,5 anos, envolvendo as populações urbanas dos municípios de Água Branca, Catingueira, Emas, Imaculada, Mãe D'Àgua, Olho D'Àgua, Piancó e São José de Caiana, situados na região do Sertão do Estado da Paraíba. A evolução da cardiopatia foi avaliada em um grupo de 125 pares de pacientes chagásicos crônicos e não-chagásicos do mesmo sexo, idade e município de origem, através do exame eletrocardiográfico (ECG) de repouso. Foram considerados os seguintes tipos de evolução: inalterada - quando não havia mudança no padrão inicial do ECG; progressiva - quando havia mudança no padrão do ECG de normal para alterado ou pelo agravamento das alterações e normalização do ECG. No grupo de chagásicos a evolução inalterada ocorreu em 101 (80,8%)pacientes, progressiva em 13 (10,4%) e normalização do ECG em 11 (8,8%), enquanto no grupo de não-chagásicos foram observadas as mencionadas evoluções respectivamente em 117 (93,6%), 6 (4,8%) e 2 (1,6%) pacientes. Com esses dados podemos afirmar que a proporção de participação do componente etiológico exclusivamente chagásico na progressão da cardiopatia chagásica crônica foi de 5,9%, estimando-se uma média anual de 1,3%. Não houve diferença significativa nas freqüências de evolução progressiva em relação ao sexo dos pacientes, tanto no grupo de chagásicos como no de não-chagásicos. Por outro lado, a progressão da cardiopatia ocorreu mais precocemente nos chagásicos. A letalidade por cardiopatia foi 1,6% (2 casos) no grupo de chagásicos e de zero no de não chagásicos, no período considerado. Esses dados sobre a morbimortalidade podem ser considerados significativamente inferiores aos encontrados em áreas endêmicas como Virgem da Lapa e Pains-Iguatama, em Minas Gerais, provavelmente expressando o menor poder patogênico da infecção humana pelo Trypanosoma cruzi no Sertão da Paraíba.
Resumo:
E apresentado um caso de adiaspiromícose pulmonar disseminada, em paciente oriundo de Corrente, Estado do Piauí. Trata-se do segundo caso dessa forma clínica diagnosticado no Distrito Federal. As manifestações principais consistiram em febre, calafrios, tosse e dispnéia. Com dez meses da doença, veio o paciente à consulta, motivado por exacerbação dos sintomas ocorrida cerca de dois meses antes. Após toracotomia direita, numerosas lesões nodulares, brancas, miiiares, aparecem disseminadas por toda a superfície exposta do órgão. O exame microscópico de um fragmento do pulmão permitiu reconhecer-se a presença de microabscessos e granulomas, alguns contendo no seu interior estruturas redondas, queforam identificadas como adiaconidios de Chrysosporium parvum var. crescens. O aspecto variado das lesões foi considerado por representar estádios evolutivos diferentes do processo inflamatório, estando a variação ligada a inóculos diversos do fungo, separados no tempo. Admite-se que a exacerbação, referida pelo paciente, resultou de uma nova exposição ao fungo, sugerida pela existência de lesões recentes, de natureza supurativa, entre outras, de aspecto granulomatoso, tidas como mais antigas.
Resumo:
Estudou-se a incidência da Entamoeba histolytica entre aidéticos homossexuais masculinos com o objetivo de determinar se entre esses pacientes o protozoário, incapaz de produzir doença na população geral do Recife, causaria amebíase invasiva. Dos 77 pacientes incluídos na investigação, apenas um (1,3%) albergava a E. histolytica. A eletroforese em gel de amido da linhagem, isolada mostrou um perfil de isoenzimas compatível com o zimodema 1, não patogênico. Além disso, nenhum dos pacientes examinados apresentou no soro anticorpos anti-ameba, verificados pelos testes de precipitação em ágar e imunoenzimático. Estes resultados mostraram que, mesmo entre indivíduos de sistema imunológico comprometido, as linhagens de E. histolytica prevalentes no Recife carecem de potencialidades patogênicas. Não se justifica, portanto, o emprego do metronidazol nos portadores de cistos de ameba, sejam eles aidéticos ou não.
Resumo:
Descreve-se caso de um paciente adulto, portador de forma crônica multifocal grave de paracoccidioidomicose, cujo diagnóstico etiológico foi feito pelo achado do fungo em aspirado de medula óssea, a partir da obsemação direta e da mielocultura. Os autores destacam a importância destes exames na propedêutica de pacientes suspeitos de portarem a forma sistêmica da micose.
Resumo:
Os autores descrevem dezoito casos de histoplasmose observados em pacientes imunodeprimidos, sendo 17 com SIDA e um associado à cirrose hepática alcoólica. O diagnóstico da histoplasmose foi obtido através do isolamento do fungo em cultura de LCR, sangue e medula óssea ou por exame histopatológico obtido por biópsia ou necropsia. A idade média dos pacientes foi de 35,8 anos, sendo 13 (72,2%) do sexo masculino. Em geral, a doença mostrou-se disseminada com acometimento por ordem de freqüência de: pele (38,8%), medula óssea (27,7%), mucosa nasofaringeana (22,2%), pulmão (22,2%), cólon (11,1%), SNC (5,5%) e esôfago (5,5%). Adenomegalia (50%),hepatomegalia (77,7%) e esplenomegalia (61,1%) também foram observados com muita frequência. Hematologicamente observou-se mais comumente pancitopenia (33,3%). Onze dos 18 pacientes receberam tratamento, sendo 9 com anfotericina B e 2 com itraconazol; 8 obtiveram boa resposta clínica e todos receberam terapia de manutenção com anfotericina B ou derivado triazólico. Este trabalho enfatiza a importância desta micose em pacientes imunodeprimidos, particularmente em pacientes com SIDA onde a infecção tende a acometer o sistema macrofágico-linfóide e o tegumento cutâneo.
Resumo:
Os autores relatam um caso de histoplasmose em indivíduo com suspeita clínica de leishmaniose mucosa. A infecção por Leishmania foi descartada, pela negatividade do teste de Montenegro e ausência do parasita. O diagnóstico de histoplasmose foi confirmado pelo encontro do fungo na lesão e o seu isolamento em Ágar-Sabouraud. O tratamento do paciente com anfotericina B resultou na remissão da lesão.
Resumo:
A análise histopatológica e imunohistoquímica de 25 biópsias cutâneas e da mucosa oral de portadores da associação AIDS e histoplasmose mostrou o seguinte: 1) em 18 casos as lesões cutâneas eram múltiplas e se apresentavam sob a forma de pápulas (eritematosas, violáceas ou acastanhadas), úlceras, vesículo-pústulas e eram distribuídas por todo tegumento cutâneo; Em sete casos as lesões se localizavam na mucosa da língua, palato, úvula e eram do tipo ulcerado ou moruliforme; 2) histologicamente as lesões apresentavam quatro aspectos distintos: macrofágico difuso; granulomatoso; vasculítico com leucocitoclasia; e com escassa reação inflamatória; 3) a tipagem dos linfócitos T e B e dos macrófagos através dos anticorpos monoclonais mostrou que a resposta imunológica ao Histoplasma capsulatum é predominantemente do tipo celular nos quatro tipos histológicos; 4) o teste imunohistoquímico para o fungo nas lesões confirmou o diagnóstico morfológico de H. capsulatum.
Resumo:
É descrito um caso de coccidioidomicose pulmonar oriundo da zona rural de Bertolínia, PI. A manifestação clínica principal consistiu em dor torácica e o diagnóstico teve por base o achado do agente3/4Coccidioides immitis3/4em cortes histológicos. Formas teciduais do microrganismo3/4esférulas imaturas e maduras3/4estavam presentes nas lesões observadas em fragmento pulmonar removido do paciente por biópsia a céu aberto. Este novo caso autóctone da doença, como os outros anteriormente descritos no Brasil, procedia do interior semi-árido da Região Nordeste. O ambiente quente e seco do sertão nordestino oferece, sem dúvida, condições propícias ao desenvolvimento de C. immitis, um habitante do solo. As pessoas e animais do local devem adquirir a infecção ao revolver a terra, ato que os expõe à poeira contendo os propágulos do fungo.
Resumo:
Adiaspiromicose é usualmente diagnosticada em tecido pulmonar corado por hematoxilina-eosina, ácido periódico Schiff e prata-metenamina. Os autores descrevem a morfologia do fungo corado pelo mucicarmim, picro-sírius e vermelho Congo, inclusive à luz polarizada. Tratando-se de diagnósticos duvidosos, essas técnicas poderiam facilitar na diferenciação entre Emmonsia parva var crescens e outros agentes.