258 resultados para floral authentication


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O presente estudo compara a biologia floral e polinização de espécies de palmeiras e anonáceas que apresentam termogênese. Nos arredores de Manaus (AM) foram estudadas onze espécies de palmeiras pertencentes aos gêneros Astrocaryum, Attalea, Bactris e Oenocarpus e nove espécies de anonáceas dos gêneros Anaxagorea, Duguetia e Xylopia. As palmeiras que apresentam termogênese são monóicas e a antese das inflorescências ocorre em períodos que variam de dois dias até cinco semanas, sempre no período noturno. As flores das espécies de anonáceas são protogínicas com a antese ocorrendo entre dois dias, podendo ser diurna ou noturna. Nos representantes das duas famílias os insetos visitantes são atraídos pelo odor emitido pelas flores que é intensificado através da termogênese. Os odores podem ser agradáveis semelhante ao de frutos maduros ou desagradáveis e pungentes. Os insetos visitantes em sua maioria são coleópteros das famílias Scarabaeidae, Nitidulidae, Staphylinidae, Curculionidae e Chrysomelidae, trips e moscas Drosophilidae. Além desses, as flores das palmeiras são visitadas por abelhas, vespas, formigas e moscas. Na área estudada, a polinização por coleópteros foi o modo mais freqüente das espécies de palmeiras e anonáceas com termogênese. É notável que algumas espécies das duas famílias são visitadas pelas mesmas famílias, e inclusive espécies de coleópteros. Supõe-se que adaptações morfológicas e fisiológicas similares na biologia floral das duas famílias, inclusive dos componentes odoríferos sejam responsáveis por essa atração.

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O araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh ssp. sororia McVaugh, Myrtaceae) é uma frutífera nativa da Amazônia Ocidental com potencial para a indústria de sucos e flavorizantes. Embora pouco plantada na Amazônia brasileira devido a sua acidez, é frequentemente cultivada na Amazônia peruana. O conhecimento de sua fenologia pode ajudar no planejamento do manejo do plantio e da comercialização dos frutos. A fenologia de dez plantas, crescendo num latossolo amarelo degradado, foi observada durante cinco anos. O araçá-boi geralmente floresceu e frutificou três vezes ao longo do ano e sempre teve pelo menos um pico de floração forte durante a estação seca (julho a setembro) e um pico de frutificação mais acentuado na estação chuvosa (janeiro a março). A floração é um evento complexo e demorado que pode durar de dois a três meses, embora o período entre o aparecimento do botão floral até a antese do flor é curto (~15 dias) e o período entre a antese e a maturação dos frutos dura 50 a 60 dias. As regressões múltiplas usadas para determinar o efeito das variáveis climáticas na floração e frutificação não apresentaram altos coeficientes de determinação, embora os modelos tenham sido significantes, provavelmente porque o araçá-boi floresce várias vezes durante o ano e ainda não se sabe qual o estímulo mais importante para iniciar o processo. O vingamento dos frutos variou de menos de 5% a aproximadamente 15%. O peso médio dos frutos avaliados em janeiro de 1988 foi 135 g, com 77% de polpa. Ao longo do período, estimou-se que as dez plantas produziram cm média 1000 frutos/ano, com uma mediana de 890 frutos/ano. Os insetos visitantes eram principalmente abelhas, especialmente Apis mellifera, Eulaema mocsaryi e Ptilotrigona lurida.

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Foi estudada a biologia da polinização e o sistema reprodutivo de Passiflora coccinea uma Passifloraceae comum na região Amazônica, conhecida popularmente por maracujá-poranga ou tomé-assu. Este estudo foi realizado em uma área perturbada, na Estação Experimental de Silvicultura Tropical do INPA (03º06'08" S, 59º58'54" W), em agosto e setembro de 1999. Dados de morfometria, horário de abertura e tempo de vida das flores foram obtidos. Diariamente foram observados os animais visitantes, o tipo de alimento procurado, horário e frequência das visitas às flores. Foram realizadas experiências sobre o sistema de reprodução, como também, observada a produção natural de frutos na área. A flor de P. coccinea apresenta a síndrome da ornitofilia pois tem antese diurna, é vermelha, não possui odor e apresenta néctar em abundância. Os beija-flores Amazilia sp. e Phaethornis superciliosus foram considerados seus polinizadores. Duas espécies de Hymenoptera c duas de Lepidoptera foram consideradas "ladras de pólen" e "ladras de néctar", respectivamente, pois não contactam a superfície estigmatífera. O sistema de reprodução desta espécie de maracujá é a xenogamia visto que não foram produzidos frutos por apomixia e por autogamia. A taxa natural de produção de frutos aumentou de 15% para aproximadamente 54% com a realização de polinizações manuais.

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Observations on bees visitors to three species of Clusia (Clusiaceae) flowers in the Reserva Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brazil were made during three two-week periods. The three species of Clusia, namely C. grandiflora, C. panapanari and C. insignis, presented variations regarding the species of bee visitors. A total of 23 bee species visited the three species of Clusia. The Euglossini and Meliponinae bees were the most frequent visitors of the Clusia flowers. Bee collecting behavior of floral resources is described.

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Los componentes volátiles presentes en la pulpa de la uva Caimarona se estudiaron mediante GC-MS. Éstos se extrajeron por tres técnicas: evaporación del aroma asistida con solvente (Solvent Assisted Flavour Evaporation SAFE), extracción continua líquido-líquido (LL) y destilación por arrastre con vapor-extracción simultanea con solvente orgánico (DES). En general los componentes volátiles predominantes en la pulpa fueron alcoholes alifáticos y terpénicos. Las notas olfativas del extracto SAFE fueron descritas como floral tenue y verde herbal similares a las exhibidas por la pulpa fresca. Este extracto presentó como componentes mayoritarios linalol 1,2-propanodiol y salicilato de metilo. En contraste, el extracto LL presentó notas que recuerdan la uva pasa y el vino moscatel y sus componentes mayoritarios fueron el ácido acético, el salicilato de metilo y el 2,6-dimetil-2(Z),7-octadien-1,6-diol. El extracto DES fue descrito con notas fresca, floral, cereal y amargo y está constituido por un reducido número de componentes mostrando el efecto negativo de la temperatura en la extracción; sus componentes mayoritarios fueron 1,2-propanodiol, linalol y salicilato de metilo. Adicionalmente, los componentes volátiles mayoritarios liberados por hidrólisis enzimática (Rohapect D5L) de los glicósidos de la pulpa fueron ácido acético, ácido benzoico y vainillina. Cabe destacar que aunque el linalol no se encontró entre las agliconas volátiles, se detectaron los dioles biogenéticamente relacionados: 3,7-dimetil-1,5-octadien-3,7-diol y los isómeros E y Z del 2,6-dimetil-2,7-octadien-1,6-diol.

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Competition between two species of bees for the same type of floral resource may generate antagonistic behavior between them, especially in cultivated areas where food resources are limited, seasonally and locally. In this study, was tested the hypothesis of antagonism between two solitary bee species of the family Apidae, Eulaema mocsaryi (Euglossini) and Xylocopa frontalis (Xylocopini), visiting the Brazil nut flowers (Bertholletia excelsa: Lecythidaceae) in a central Amazonia agricultural area. The visitation time was analyzed to detect the possible temporal overlap in the foraging of these bees. Furthermore, was analyzed their interspecific interactions for manipulating flower species visited by an opponent species, as well as attempts to attack this opponent. The individuals of Xylocopa frontalis visited the Brazil nut flowers before Eulaema mocsaryi, although the peak visitation of both did not presented significant differences. Neither of the species manipulated flowers recently visited by opponent species, and there were practically no antagonistic interactions between them. Thus, X. frontalis and E. mocsaryi shared the same food source in the flowers of B. excelsa due to differences in their time of visits and non-aggressive way of interacting with the opponent. This result has important implications for pollinating the Brazil nut, and a possible management of X. frontalis and E. mocsaryi, since these two were the most abundant pollinators in the studied locality.

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O gênero Lepidagathis apresenta distribuição pantropical com cerca de 100 espécies. No Brasil ocorrem 16 espécies, a maioria nas regiões Centro - Oeste e Sudeste. O estudo foi realizado em sub - bosque de remanescente florestal do município de Tangará da Serra - MT e teve como objetivo analisar a fenologia de floração, descrever a morfologia e biologia floral, verificar os visitantes florais e avaliar o sistema e o sucesso reprodutivo por meio de polinizações manuais. Lepidagathis sessilifolia apresenta inflorescências espiciformes, terminais, com cálice de cor rósea vistosa e corola de coloração branco-rósea. A floração ficou restrita aos meses de março a abril, durante a estação chuvosa. A senescência floral ocorreu após 24 ou 48 horas. A viabilidade dos grãos de pólen foi elevada (92,5%). O único polinizador observado visitando as flores de L. sessilifolia foi a abelha Partamona nhambiquara (Apidae - Meliponini). O sistema reprodutivo misto da espécie é caracterizado pela formação de frutos por meio de agamospermia, autopolinização e polinização cruzada. Esse sistema reprodutivo flexível é vantajoso, pois, garante a manutenção da espécie na área de estudo mesmo na ausência de polinizadores.

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In this study we explore morphological and ecological variation in sympatric populations of Pagamea coriacea s.l. - a species complex from white-sand vegetation in the Amazon. A total of 147 trees were sampled and monitored at three nearby sites in Central Amazon, Brazil. Multivariate analyses of morphology indicated two distinct groups (A and B), which also differed in bark type, each containing subgroups associated with sexual dimorphism. However, a single hermaphroditic individual was observed within group B. As expected, all pistillate plants produced fruits, but 23% of the staminate plants of group B, and 5% of group A also produced fruits. This variation suggests that the sexual systems of both groups are between dioecy and gynodioecy. There was an overlap in flowering phases between the two groups, but the pattern of floral maturation differed. Ecologically, plants of group B were found in more shaded habitats and over sandstone bedrocks, while group A was prevalent in deeper sandy soils as canopy plants. The significances of morphological and environmental differences were tested by a multivariate analysis of variance, and a canonical discriminant analysis assessed the importance of variables. The coexistence in sympatry of two discrete morphological groups in the P. coriacea s.l., with different habitat preferences and reproductive behaviors, indicates they represent distinct species.

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The tocopherol content of Brazil nut oil from different Amazon regions (Manicoré-AM, Rio Preto da Eva-AM, São João da Baliza-RR, Caroebe-RR, Belém-PA, and Xapurí-AC) was investigated by normal-phase high-performance liquid chromatography. For all authentic oils, two isomers: α- and γ-tocopherols were observed (37.92-74.48 µg g-1, 106.88-171.80 µg g-1, respectively), and their levels were relatively constant among the oils having these geographic origins, which would enable to distinguish Brazil nut oil from other plant oils for authentication purposes. Commercial Brazil nut oils were also evaluated, and some of these oils demonstrated a tocopherol content that was very different from that of the authentic oils. Therefore, we suggest that the tocopherol profile of Brazil nut oil can be useful chemical marker for quality control and authentication.

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The genus Peristethium, characterized by determinate inflorescences protected by deciduous bracts, occurs in the northwest of South America, as well as Costa Rica and Panama. The main objective of this paper was to transfer one species to what we believe is its correct generic placement in Peristethium, that likewise implies in a shift of the genus' distribution beyond the Amazon. A new combination, Peristethium reticulatum, is proposed, based on Struthanthus reticulatus, described from Tocantins in 1980. The sexual dimorphism of the inflorescences of P. reticulatum (sessile male flowers and pedicellate female flowers) associated with male inflorescences that are inserted at leafless nodes are unique within the genus. The male flowers have dimorphic stamens, well-developed anthers and a pistiloid, whilst female flowers have robust styles and stigmas, and much reduced staminodes. Peristethium reticulatum and P. polystachyum occurs in the Amazon regions of Brazil, with the former recorded also in the ecotone with the Central Brazilian savannas (Cerrados).

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Floral mechanisms that ensure seed production via autogamy are more likely to occur in species growing in environments where pollination is scarce. Amasonia obovata was studied in the State of Mato Grosso-Brazil, from 2009 to 2012, to analyze the morphological and reproductive characteristics, aside from investigating the association of the reproductive success with the pollinator frequency and identity. The flowering and fruiting of A. obovata was concentrated in a period of five months during the rainy season. The dichogamy in flowers of A. obovata is not clearly defined, since the sexual functions were overlapped in the male and female phases. The species is self-compatible and not apomictic. The fruiting percentage obtained by hand self-pollination did not differ from cross-breeding (F = 0.74, P =0.39). In the observations from 2010 to 2012, a hummingbird (Thalurania furcata) legitimate visited 20-100% of the flowers in the male and female phases on different A. obovata plants. Due to the high frequency, this hummingbird was considered the single potential pollinator of the species. These findings show that a limited availability of pollinators may select for floral traits and plant mating strategies that lead to a system of self-fertilization.

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O Autor estuda, nesta contribuição, os aspectos biológicos e ecológicos das plantas Apinagia Accorsii Toledo nov. esp. e Mniopsis Glazioviana Warmg., Podostemonaceae que vivem incrustadas nas rochas do salto do rio Piracicaba, situado em frente à cidade de igual nome. Refere-se, principalmente, à espécie Apinagia Accorsii Toledo, por mostrar grande transformação de tôda a parte vege-tativa, ao lado de inúmeros caracteres de regressão, como: redução do sistema condutor, ausência de estômatos, simplificação da estrutura dos caules e das folhas, preponderância da multiplicação vegetativa, etc. Entretanto, pôe em paralelo as principais modificações e produções apresentadas por ambas as espécies, sob a variação dos fatores ambientais, no decurso de pouco mais de um ano, período em que se processaram os ciclos vegetativo e floral. Durante o período de baixa do rio, as rochas, completa ou parcialmente expostas ao ar, se achavam recobertas de plantas de ambas as espécies, que exibiam notável desenvolvimento vegetativo, formado enquanto permaneceram submersas. Por essa razão poude ser avaliado o comportamento das plantas, quer as expostas na atmosfera, quer as submersas e, ainda, das que participaram de um ambiente intermediário, isto é, parte ao ar e parte sob as águas. As plantas que permaneceram inteiramente a descoberto mostravam, como é natural, alterações, devido à dessecação (a perda de água é por evaporação porque as plantas não possuem a menor proteção contra a transpiração) e da ação dos raios solares. Dest'arte, os rizomas de Apinagia Accorsii se apresentavam dessecados, porém, exibiam abundantes formações de frutos, semelhantes a esporocarpos de musgos. As plantas umidecidas por contínuos jactos dágua, embora expostas à atmosfera, tinham seus rizomas verdes, com aspecto de talos de hepáticas, providos de numerosas gemas floríferas e flores em vários estágios de desenvolvimento; todavia, mostravam poucos caules adultos e em formação; existiam, ainda, numerosas placas rizomatosas nuas. Finalmente, os rizomas situados na região do declive (água velocíssima e arejamento intenso) exibiam densas formações de caules adultos e ramificados; a curvatura da haste principal voltava-se contra a correnteza; não possuíam flores e nem frutos. A área local de distribuição da espécie Mniopsis Glazioviana Warmg. situa-se acima da cachoeira; na região da queda dágua poucas são as rochas que apresentam exemplares de Mniopsis. A conservação de ambas as espécies fora do seu habitat não é possível, mesmo que as plantas se conservem sobre as pedras e se renove diariamente a água. Após a destruição da parte vegetativa de Mniopsis, ficam gravados sobre as rochas os vestígios das plantinhas, em forma de faixas esbranquiçadas, estreitas, longas, ostentando aqui e acolá séries de frutinhos marrons menores que os de s, de forma esférica e curtamente pedicelados. Das observações feitas conclue-se que: 1 - as plantas submersas e sob a ação de fortes correntezas, bem arejadas, desenvolvem os órgãos vegetativos; 2 - as plantas semiexpostas a atmosfera mostram, na parte do rizoma que está fora dágua, gemas floríferas em vários estágios de abertura, flores e frutos; 3 - as plantas completamente a descoberto exibem flo- res e frutos; a parte vegetativa está condenada à morte, porque sujeita à evaporação e à ação solar. Fora do habitat as plantas paralisam o seu crescimento vegetativo (e não poderia ser de outra forma, pois deixam de viver no seu meio natural) ativando-se, sobremodo, o desenvolvimento floral e a conseqüente formação de frutos. Iniciada a enchente, as plantas vão, aos poucos, submergindo; nota-se, então, intenso crescimento de toda a parte ve-getativa, fato esse que poude ser verificado em conseqüência de uma estiagem, quando as plantas vieram à tôna e revelaram o extraordinário desenvolvimento que alcançaram, tanto em rizomas quanto em produção de caules. Os rizomas de Apinagia produzem estolhos que se encarregam de aumentar o número de indivíduos. Os estolhos são cordões hemicilíndricos, aderentes à superfície das rochas e emitem, lateral e alternadamente, novos rizomas, de tamanhos crescentes, a partir da extremidade. Sobre os jovens rizomas já se notam caules em desenvolvimento. A medida que os rizomas recém-formados aumentam de tamanho, vão se desprendendo dos estolhos e passam a desenvolver-se normal mente sobre as pedras. As plantinhas de Mniopsis Glazioviana Warmg. produzem, ao invés, raízes hemicilíndricas, aderentes ao substrato; em sua extremidade, e na face superior, dispõe-se a coifa, presa apenas por um ponto. Dos flancos das raízes se originam formações foliáceas, provenientes de gemas radicais. Conforme foi assinalado, a frutificação se processa em épocas diferentes, porque o desenvolvimento das flores e a conseqüente fecundação se realizam na atmosfera. Por esse motivo, há, no habitat, frutos com todas as idades e, por conseguinte, sementes em diversos graus de maturação. Por ocasião da enchente, a germinação pode operar-se sobre a placenta de frutos parcialmente abertos, na parede interna e externa das cápsulas e, finalmente, nos resíduos de rizomas. O embrião de Apinagia é microscópico, em forma de U, cujos ramos pontudos são os cotilédones; a radicula e o caulículo são indistintos. Por ocasião da germinação da semente, o embrião já é bem clorofilado, podendo realizar, pois, a fotossíntese. O embrião de Mniopsis só difere do de Apinagia apenas na forma; no mais, comporta-se de modo idêntico. Os "seedlings" possuem, desde os primeiros estágios de desenvolvimento, um tufo de pêlos absorventes evestindo a extremidade do hipocótilo, cuja finalidade principal parece ser a de fixação. Nessa fase eles conservam, ainda, a forma de U do embrião. No caso de a semente germinar sobre a placenta, conforme atestam os exemplos encontrados, as reservas nutritivas contidas no tecido placentário podem ser utilizadas pelos "seedlings. Se as plantinhas se desenvolvem no interior dos frutos ou em sua superfície externa, a passagem para a rocha se dará em conseqüência do aumento de peso, decorrente do crescimento vegetativo, de sorte que o pedicelo, já flexível pela ação da água, se curva, pondo a cápsula sobre a pedra; feito esse contacto, observado em numerosos exemplos, o rizoma facilmente se incrustará na rocha. As placentas ovóides, constituídas de parênquima clorofi-lado quando novas, mostram-se, na maturidade, esbranquiça-das por causa das reservas amiláceas. Os grãos de amido podem ser simples ou compostos; a forma é um pouco variável, dominando, porém, a lenticular. Os novos rizomas de Apinagia, formados durante a fase de enchente, possuem caules e gemas floríferas; estas abrigam de 3 a 8 flores, cada qual coberta por uma espatela. As gemas estão embutidas no seio do rizoma e são protegidas externamente por duas escamas embricadas. O desabrochar das gemas se dá em plena atmosfera, quando as escamas se afastam para dar passagem às flores. Sobrevindo o período de baixa do rio, os caules de Apinagia vão de desprendendo aos poucos, em conseqüência da prolongada vibração a que estiveram submetidos, enquanto submersos, devido à intensa velocidade e pressão dágua. Em geral, o desprendimento se dá junto à inserção no rizoma; todavia, a ruptura pode realizar-se um pouco acima deste, de modo a formarem-se pequenos tocos de caules. Os caules, antes da queda, perdem as suas extremidades frondiformes e capiláceo-multifendidas. Sobre os rizomas ficam as cicatrizes correspondentes aos caules que se desprenderam. A duração, pois, dos órgãos vegetativos de ambas as espécies está condicionada, logicamente, ao fator água, porque, uma vez expostas na atmosfera por muito tempo e sob a ação dos raios solares, a morte das plantas sobrevirá. Contudo, deve-se levar em conta a velocidade e o grau de arejamento da água, pois foram encontradas inúmeras plantas submersas em lugares desprovidos dos fatores assinalados e que sofreram, também, o processo de desintegração. A medida que os rizomas cheios de gemas floríferas e sem caules se forem descobrindo, entram em dessecação, porque estão sujeitos à ação dos fatores do meio externo. Em muitos rizomas forma-se, em conseqüência da dessecação, uma massa pegajosa que se transformará, mais tarde, em crosta delgada sobre a pedra. Antes, porém, dessa fase final, as gemas se desenvolvem, as flores se expandem na atmosfera, e, após a polinização e conseqüente fertilização, surgirão os frutos que permanecerão fixos à rocha; no próximo período de enchente as sementes germinarão nos meios apontados, garantindo, assim, a perpetuação da espécie no habitat. A polinização de ambas as espécies, de acordo com as observações feitas, é direta, realizando-se em plena atmosfera, quando as anteras enxutas e suficientemente dessecadas sofrem a deiscência, libertando o pólen. A espécie Mniopsis Glazioviana Warmg-comporta-se de igual modo que Apinagia Accorsii Toledo sob o aspecto referenteà ação entre planta e habitat.

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1) The first part deals with the different processes which may complicate Mendelian segregation and which may be classified into three groups, according to BRIEGER (1937b) : a) Instability of genes, b) Abnormal segregation due to distur- bances during the meiotic divisions, c) obscured segregation, after a perfectly normal meiosis, caused by elimination or during the gonophase (gametophyte in higher plants), or during zygophase (sporophyte). Without entering into detail, it is emphasized that all the above mentioned complications in the segregation of some genes may be caused by the action of other genes. Thus in maize, the instability of the Al factor is observed only when the gene dt is presente in the homozygous conditions (RHOADES 1938). In another case, still under observation in Piracicaba, an instability is observed in Mirabilis with regard to two pairs of alleles both controlling flower color. Several cases are known, especially in corn, where recessive genes, when homozigous, affect the course of meiosis, causing asynapsis (asyndesis) (BEADLE AND MC CLINTOCK 1928, BEADLE 1930), sticky chromosomes (BEADLE 1932), supermunmerary divisions (BEADLE 1931). The most extreme case of an obscured segregatiou is represented by the action of the S factors in self stetrile plants. An additional proof of EAST AND MANGELSDORF (1925) genetic formula of self sterility has been contributed by the studies on Jinked factors in Nicotina (BRIEGER AND MANGELSDORF (1926) and Antirrhinum (BRIEGER 1930, 1935), In cases of a incomplete competition and selection between pollen tubes, studies of linked indicator-genes are indispensable in the genetic analysis, since it is impossible to analyse the factors for gametophyte competition by direct aproach. 2) The flower structure of corn is explained, and stated that the particularites of floral biology make maize an excellent object for the study of gametophyte factors. Since only one pollen tube per ovule may accomplish fertilization, the competition is always extremely strong, as compared with other species possessing multi-ovulate ovaries. The lenght of the silk permitts the study of pollen tube competitions over a varying distance. Finally the genetic analysis of grains characters (endosperm and aleoron) simpliflen the experimental work considerably, by allowing the accumulation of large numbers for statistical treatment. 3) The four methods for analyzing the naturing of pollen tube competition are discussed, following BRIEGER (1930). Of these the first three are: a) polinization with a small number of pollen grains, b) polinization at different times and c) cut- ting the style after the faster tubes have passe dand before the slower tubes have reached the point where the stigma will be cut. d) The fourth method, alteration of the distatice over which competition takes place, has been applied largely in corn. The basic conceptions underlying this process, are illustrated in Fig. 3. While BRINK (1925) and MANGELSDORF (1929) applied pollen at different levels on the silks, the remaining authors (JONES, 1922, MANGELSDORF 1929, BRIEGER, at al. 1938) have used a different process. The pollen was applied as usual, after removing the main part of the silks, but the ears were divided transversally into halves or quarters before counting. The experiments showed generally an increase in the intensity of competition when there was increase of the distance over which they had to travel. Only MANGELSDORF found an interesting exception. When the distance became extreme, the initially slower tubes seemed to become finally the faster ones. 4) Methods of genetic and statistical analysis are discussed, following chiefly BRIEGER (1937a and 1937b). A formula is given to determine the intensity of ellimination in three point experiments. 5) The few facts are cited which give some indication about the physiological mechanism of gametophyte competition. They are four in number a) the growth rate depends-only on the action of gametophyte factors; b) there is an interaction between the conductive tissue of the stigma or style and the pollen tubes, mainly in self-sterile plants; c) after self-pollination necrosis starts in the tissue of the stigma, in some orchids after F. MÜLLER (1867); d) in pollon mixtures there is an inhibitory interaction between two types of pollen and the female tissue; Gossypium according to BALLS (1911), KEARNEY 1923, 1928, KEARNEY AND HARRISON (1924). A more complete discussion is found in BRIEGER 1930). 6) A list of the gametophyte factors so far localized in corn is given. CHROMOSOME IV Ga 1 : MANGELSDORF AND JONES (1925), EMERSON 1934). Ga 4 : BRIEGER (1945b). Sp 1 : MANGELSDORF (1931), SINGLETON AND MANGELSDORF (1940), BRIEGER (1945a). CHROMOSOME V Ga 2 : BRIEGER (1937a). CHROMOSOME VI BRIEGER, TIDBURY AND TSENG (1938) found indications of a gametophyte factor altering the segregation of yellow endosperm y1. CHROMOSOME IX Ga 3 : BRIEGER, TIDBURY AND TSENG (1938). While the competition in these six cases is essentially determined by one pair of factors, the degree of elimination may be variable, as shown for Ga2 (BRIEGER, 1937), for Ga4 (BRIEGER 1945a) and for Spl (SINGLETON AND MANGELSDORF 1940, BRIEGER 1945b). The action of a gametophyte factor altering the segregation of waxy (perhaps Ga3) is increased by the presence of the sul factor which thus acts as a modifier (BRINCK AND BURNHAM 1927). A polyfactorial case of gametophyte competition has been found by JONES (1922) and analysed by DEMEREC (1929) in rice pop corn which rejects the pollen tubes of other types of corn. Preference for selfing or for brothers-sister mating and partial elimination of other pollen tubes has been described by BRIEGER (1936). 7) HARLAND'S (1943) very ingenious idea is discussed to use pollen tube factors in applied genetics in order to build up an obstacle to natural crossing as a consequence of the rapid pollen tube growth after selfing. Unfortunately, HARLAND could not obtain the experimental proof of the praticability of his idea, during his experiments on selection for minor modifiers for pollen tube grouth in cotton. In maize it should be possible to employ gametophyte factors to build up lines with preference for crossing, though the method should hardly be of any practical advantage.

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Resumindo as observações feitas sobre a biologia e a ecologia das espécies Apinagia Accorsii Toledo e Mniopsis Glazioviana Warmg., Podostemonaceae que vivem incrustadas às rochas diabásicas do Salto de Piracicaba, durante os anos de 1943, 1944 e 1945, cheguei às conclusões seguintes: a) Com o início do período de enchente do Salto de Piracicaba, variável de ano para ano, mas que, no geral, começa com as primeiras chuvas de outubro e se prolonga até fins de março, processa-se o desenvolvimento vegetativo das Podostemonaceae, com a formação de estolhos (Fig. 15-B) dotados de gemas produtoras de novos rizomas (Fig. 16-A, C, D, E) e regeneração dos rizomas primitivos (Fig. 15-B), quando em determinadas condições, em Apinagia Accorsii; raízes hemicilindricas com produções faliáceas, dispostas aos pares. (Fig. 19-A,B, C,D,E,F,G,H), provenientes de gemas, em Mniops's Glazioviana, Demais, em ambas as espécies realiza-se ainda a germinação das sementes nos seguintes substratos : placentas, cápsulas e pedicelos de frutos (Figs. 16, 17, 18 e 20), resíduos orgânicos de várias procedências, inclusive os provenientes das próprias Podostemonaceae, que se acumulam em quantidade apreciável entre as plantas e sobre as rochas, etc. A Ap-nagia Accorsii, além desses meios, conta ainda com os resíduos rizomáticos, com os caules e mesmo com a superficies dos rizomas (Fig. 21-H). A massa rizomática constitui excelente meio para a retenção germinação das sementes. b) A deiscência dos frutos dá-se ao contacto do ar seco. As sementes podem fixar-se aos substratos citados, devido à transformação do tegumento externo em mucilagem. c) Dentre os substratos para a germinação das sementes, o mais importante e mesmo decisivo, em determinadas circunstâncias, para a garantia da espécie no habitat, é o fruto. Após a deiscência, algumas sementes podem colar-se às paredes internas da cápsula e aos pedicelos, graças à mucilagem do tegumento externo, ao passo que outras permanecem sôbre a placenta. d) Os "seedlings" não apresentam raiz principal. Todavia, à volta de toda a extremidade do hipocótilo, produz-se enorme quantidade de pêlos radiculares, cuja principal função é servir de órgãos de fixação. A incrustação das plantas ao substrato é feita por meio de pêlos radiculares, ou, mais freqüentemente, por "haptera". Segundo WILLIS (1915), "os "haptera" são órgãos adesivos especiais, provavelmente de natureza radicular, que aparecem como protuberância exógenas da raiz ou do caule e se curvam para a rocha, onde se fixam e se achatam, segregando uma substância viscosa". e) Os "seedlings", que se desenvolvem sobre as cápsulas, pedicelos, etc., encontrando condições ecológicas favoráveis, transformam-se rapidamente em plantas jovens; os novos rizomas já começam a produzir caules e em tudo se assemelham aos rizomas provenientes dos estolhos. É o que se observa no habitat, por ocasião da germinação das sementes. f) As transferência das plantinhas, que so desenvolvem nos substratos citados para a superfície da rocha, realiza-se quando elas alcançarem o peso suficiente para curvar o pedicelo do fruto. (Figs. 17 e 18), promovendo, assim, o contacto da cápsula com a rocha. Daí por diante, o novo rizoma vai aderindo ao substrato natural, através da produção dos órgãos especiais de fixação, isto é, pêlos radiculares e "haptera". O mecanismo da Devido a um pequeno engano na feitura dos clichés, os aumentos das figuras 15, 16, 19 e 20, constantes da legenda, passarão a ser respectivamente :- 1,9 - 1,65 - 2,3 e 2,9. 39 transferência das plantas jovens que, inicialmente, se desenvolvem sobre cápsulas, pedicelos, etc., para o substrato definitivo - a rocha - foi verificado, freqüentes vezes, em farto material que incluia vários estágios de desenvolvimento vegetativo (Figs. 16, 17, 18, 20). g) As cápsulas, compreendendo, além da placenta (em certos casos), as paredes internas e externas, e os pedicelos dos frutos de ambas as espécies estudadas constituem excelentes e importantes meios para a fixação das sementes. Após os longos periodos de seca, quando toda a parte vegetativa se destroi, tornam-se os únicos substratos apropriados para o fenômeno da germinação. h) Iniciada a fase vegetativa e, à medida que progride a submersão das plantas, acentuam-se, cada vez mais, o crescimento e o desenvolvimento. É precisamente durante a época de submersão que as Podostemonaceae encontram o ambiente mais adequado ao seus desenvolvimento vegetativo, alcançando, ao mesmo tempo, a máxima distribuição local, mormente a espécie Apinagia Accorsii Toledo, que chega a cobrir todas as rochas situadas da região frontal da cachoeira. i) O declínio das águas começa, aproximadamente, em fins de março, com as últimas chuvas. Pode-se, então, avaliar a extensão do desenvolvimento vegetativo que as plantas alcançaram, durante a fase de enchente. O nível da correnteza vai, daí por diante, baixando gradativamente, até fins de setembro, quando atinge o mínimo, ocasião em que o Salto se apresenta com o máximo de rochas expostas. j) Durante todo o período de vazante, que é variável e dependente do regime de chuvas que vigorar, as plantas vão paulatinamente emergindo, ao mesmo tempo que cessa o desenvol-vimnto vegetativo, para entrar em atividade o ciclo floral. Antes, porém, os caules de Apinagia que estiveram submetidos às fortes vibrõações da correnteza se destacam (Fig. 21-A,C,F,G, H,I). Todavia, as plantas, que se desenvolveram em regiões de correnteza mais branda, não chegam a perder os seus caules. k) As gemas floríferas, à medida que vão emergindo, desabrochan!. As flores desenvolvem-se rapidamente; a polinização que é direta efetua-se em plena atmosfera, quando as anteras enxutas e suficientemente dessecadas sofrem a deiscência, libertando o pólen. Realizada a fecundação, as sementes atingem depressa a maturidade. Como todo o desenvolvimento compreendido entre o desabrochar das gemas e a frutificação se processa fora da água e como a exposição das plantas é gradativa, em virtude do lento declínio das águas, compreende-se que no Salto existam, a um tempo, todos os estágios do ciclo vegetativo ao lado de todas as fases do desenvolvimento floral. l) Os rizomas, em contacto com o ar e sob a ação solar, dessecam-se, transformando-se em placas duras, fortemente inscrustadas às rochas. Mas, se durante a dessecação forem umidecidos, de quando em quando, passam a constituir excelente meio para a retenção e germinação das sementes. m) No período seguinte de enchente e vazante, repetem-se, para as espécies estudadas, todas as fases do desenvolvimento vegetativo e floral, assinaladas nesta contribuição.

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Resumo:

The present work deals with the study of the effects of selfing and crossing in pures lines of okra inbred for five generations and the methods of breeding in this plant. This work is party of a large program of this Dept. to study heterosis in plants naturally self pollinated. The technic of selfing consists of tying with a string the floral bud before anthesis. To make controlled crosses, it is necessary to emasculate the flowers removing the anthers with small forceps, and to cover the flowers with a bag and wait for 1 or 2 days until the blooming. Also, the male parents are covered with paper bags prior to flowering. Finally, the pollen is brushed lightly over the stigma of the emasculated flowers and the females unit rebagged. The authors have tried without sucess the technic of soda fountain straw used for cotton. The treatments were: I) Fl of the cross pure-line x foreign variety (not improved by breeding). II) Fl of the cross pure-line x parental variety and III) pure-line 5 generations inbred. In order to compare the production of these three treatments, a randomized blocks with 4 replications was designed; since we had 6 families in each treatment, the total number was: 4 replications x 3 treatments x 6 families: = 72. Each familiy was planted in lines of 10 plants. Owing to the design devised, the present experiment corresponds to a split-plot. The analysis of variance of the number and the weight of the pods is given in tables 2 and 4, and shows the following: 1) The production expressed in both numbers and weights of the cross, - pure lines x foreign variety - was statistically smaller than the others treatments, i, e., the cross of pure-lines x parental variety and the pure-lines; 2) The production of the treatments pure-lines x parental variety and selfed purelines was the same. It was proved that the selfing do not produce harmful effects in okra, it was benefical, since after 5 inbred generations the production was the same when compared with Fl of the parental variety. Also, the methods of pure-lines are indicated to improve varieties of okra.