332 resultados para Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade Teses
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o acesso ao tratamento para tuberculose em servios de sade vinculados ao Programa Sade da Famlia e em ambulatrio de referncia. MTODOS: Foi realizado estudo do tipo inqurito descritivo, em 2007, com 106 pacientes que receberam tratamento para tuberculose no perodo de julho/2006 a agosto/2007 em Campina Grande, PB, vinculados ao Programa Sade da Famlia (PSF) e em ambulatrio de referncia. Para avaliao de servios de sade, foi utilizado o instrumento Primary Care Assessment Tool, validado e adaptado para atenção tuberculose no Brasil. As principais variveis analisadas se referiam a locomoo e distncia ao servio e superviso dos doentes. RESULTADOS: Dos 106 doentes, 83,9% realizaram tratamento auto-administrado e 16,0% tratamento supervisionado. Os indicadores das unidades PSF e ambulatrio de referncia, considerados semelhantes (p>0,05), foram: 65,1% "perder o turno de trabalho para consultar"; 65,0% "utilizar o transporte motorizado"; 50,0% "sempre pagar pelo transporte motorizado" e 69,0% no fazer o "tratamento em unidades de sade perto do seu domiclio". Os indicadores "utilizar transporte motorizado", "pagar pelo transporte para consultar", "fazer tratamento perto de casa" foram estatisticamente diferentes (p<0,05) entre os servios. Os coeficientes alfa de Cronbach no padronizados e padronizados foram, respectivamente, 0,7275 e 0,7075, com base nos oito itens do questionrio. CONCLUSES: Apesar de o municpio ter 85 equipes de PSF, o tratamento supervisionado foi incorporado por poucos. Embora o tratamento da tuberculose seja disponibilizado pelo servio pblico de sade, ainda representa um custo econmico para o paciente em funo da necessidade de deslocamento at o servio de sade, bem como a perda do turno de trabalho para ser consultado.
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OBJETIVO: Identificar variveis associadas a internaes sensveis ao cuidado primrio. MTODOS: Inqurito de morbidade hospitalar realizado com amostra aleatria de 660 pacientes internados em enfermarias de clnica mdica e cirrgica de hospitais conveniados com o Sistema nico de Sade, em Montes Claros, MG, de 2007 a 2008. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e seus familiares utilizando formulrio prprio e pesquisa aos pronturios. A definio das condies consideradas sensveis ao cuidado primrio baseou-se na lista do Ministrio da Sade. A associao entre variveis socioeconmicas e de sade com as internaes sensveis foi analisada utilizando-se anlises bivariadas e de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: O percentual de internaes sensveis ao cuidado primrio no grupo estudado foi de 38,8% (n=256). As variveis que se mantiveram estatisticamente associadas com as condies sensveis ao cuidado primrio foram: internao prvia (OR=1,62; IC 95%: 1,51;2,28), visitas regulares a unidades de sade (OR=2,20; IC 95%: 1,44;3,36), baixa escolaridade (OR=1,50; IC 95%: 1,02;2,20), controle de sade no realizado por equipe de sade da famlia (OR=2,48; IC 95%: 1,64;3,74), internao solicitada por mdicos que no atuam na equipe de sade da famlia (OR=2,25; IC 95%: 1,03;4,94) e idade igual ou superior a 60 anos (OR=2,12; IC 95%: 1,45;3,09). CONCLUSES: As variveis associadas s internaes sensveis so sobretudo prprias do paciente, como idade, escolaridade e internaes prvias, mas o controle regular da sade fora da Estratgia de Sade da Famlia duplica a probabilidade de internao.
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OBJETIVO: Analisar percepes e participao de usurias de unidade bsica de sade em relao preveno e promoo de sade. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 20 usurias de uma unidade de sade da famlia de Belo Horizonte, MG, em 2007. O roteiro da entrevista englobou questes sobre o processo sade-doena e preveno e promoo de sade. Foi utilizada a tcnica de anlise de contedo na anlise dos relatos. ANLISE DOS RESULTADOS: A percepo sobre preveno apresentou influncia da teoria de Leavell & Clark, expressa por aes que evitam o aparecimento, progresso ou agravamento de alguma doena. A promoo de sade foi concebida como um nvel de preveno e associada responsabilizao individual e ao conceito positivo de sade. As prticas de preveno e promoo de sade estiveram orientadas pelo conceito positivo de sade, pela possibilidade de gerarem prazer/desprazer, pelas interferncias que poderiam ocasionar no cotidiano, pela concepo de fora de vontade e de valor conferido vida. CONCLUSES: O discurso sobre preveno e promoo de sade marcado por concepes tradicionais. Contudo, houve a incorporao do conceito positivo de sade que, aliado ao fator prazer e fora de vontade, atuam como principais influenciadores do comportamento. So necessrias estratgias com abordagens mais amplas sobre o processo sade-doena, traduzindo os princpios modernos da promoo de sade.
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OBJETIVO: Descrever a estrutura fsica, recursos humanos e modalidades de atenção existentes nos centros de atenção psicossocial (CAPS). MTODOS: Foram includos no estudo 21 CAPS para atendimento de adultos, vinculados Secretaria Municipal de Sade de So Paulo (SP), entre 2007 e 2008. Foram coletadas informaes sobre as instalaes fsicas dos servios, recursos humanos disponveis e procedimentos de cuidado ao paciente, utilizando instrumento padronizado. Foram realizados anlise descritiva dos dados e o teste de qui-quadrado para testar a associao entre os tipos de atividades e a origem e localizao dos servios. RESULTADOS: Dez servios foram criados como ambulatrios e posteriormente transformados, oito eram hospitais-dia e apenas trs foram criados como CAPS. Nenhum servio funcionava diariamente durante 24 horas. Metade dos servios funcionava em imveis alugados, com instalaes fsicas inadequadas especialmente para atendimentos grupais. A composio das equipes dos servios foi bastante diversa. As atividades desempenhadas nos CAPS foram heterogneas, com maior valorizao das atividades grupais desenvolvidas com usurios dentro dos CAPS e pouca integrao aos outros equipamentos de sade. As atividades grupais de arte e cultura foram as mais freqentes em todos os servios. Os servios de origem ambulatorial apresentavam atividades artesanais e os que haviam sido hospitais-dia realizavam mais atividades de integrao psicofsica. O perfil de atividades relacionou-se distribuio regional dos servios. CONCLUSES: A heterogeneidade dos CAPS parece se relacionar histria dos programas de sade mental implementados no municpio desde a dcada de 1980 e diversidade socioeconmica e cultural das regies da cidade, bem como s diferentes composies das equipes observadas. Diferentes modelos de atenção psicossocial foram encontrados, desde a constituio de "equipamentos-sntese" dos quais os usurios no recebem alta, at servios que encaminham e do alta aps a estabilizao dos sintomas dos usurios, numa tentativa de construo de uma rede de cuidados.
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OBJETIVO: Avaliar os modelos assistenciais, de gesto e de formao de trabalhadores de uma rede centros de atenção psicossocial (CAPS). MTODOS: Pesquisa avaliativa qualitativa, sustentada pela hermenutica gadameriana, realizada na cidade de Campinas (SP), em 2006-2007. Os dados foram coletados por meio de 20 grupos focais, em CAPS III, realizados com diferentes grupos de interesse (trabalhadores, gestores municipais, usurios, familiares e gestores locais). Aps a transcrio do material gravado de cada grupo, foram construdas narrativas, seguindo o referencial terico de Ricoeur. Na segunda etapa de grupos focais essas narrativas foram apresentadas aos participantes para contest-las, corrigi-las e valid-las. Os resultados preliminares foram discutidos em oficinas para elaborao de um guia de boas prticas em CAPS III. RESULTADOS: Foram identificados pontos fortes e fragilidades no que concerne atenção crise, articulao com a rede bsica, formulao de projetos teraputicos, gesto e organizao em equipes de referncia, formao educacional e sofrimento psquico. CONCLUSES: A rede de centros de atenção psicossocial em Campinas destaca-se pela sua originalidade na implantao de seis CAPS III , e pela sua eficcia na continncia com usurios e familiares no momento da crise e na reabilitao. A organizao por tcnico e/ou equipe de referncia prevalece, assim como a construo de projetos teraputicos. A reduo das equipes noturnas desponta como principal problema e fonte de estresse para os trabalhadores. A formao dos profissionais se mostrou insuficiente para os desafios enfrentados por esses servios.
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OBJETIVO: Avaliar a satisfao dos usurios com o atendimento nos centros de atenção psicossocial. MTODOS: O estudo foi realizado em centros de atenção psicossocial dos estados: Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 2006. A estratgia de investigao foi dividida em mtodos quantitativo e qualitativo. Para avaliao quantitativa foram utilizados dados epidemiolgicos do tipo transversal de amostra 1.162 usurios de 30 centros de atenção psicossocial. O instrumento utilizado para avaliar a satisfao dos usurios foi a Escala Brasileira de Avaliao da Satisfao (SATIS-BR), de 1 a 5 pontos. Para avaliao qualitativa foram realizados cinco estudos de caso, utilizando-se metodologia de avaliao de quarta gerao. Os dados foram obtidos em observao de campo e entrevistas (entre dez e 13 usurios em cada campo, totalizando 57 usurios) e apresentados aos usurios em oficinas de validao e negociao. RESULTADOS: A escala SATIS-BR indicou avaliao positiva de todos os itens, com mdia de 4,4 (desvio-padro, DP=0,4). A comunicao e o relacionamento com a equipe apresentaram mdia 4,5 (DP=0,5); o acesso a informaes a partir da equipe apresentou mdia 4,8. A satisfao com o servio apresentou a menor mdia, com 4,1; as condies gerais de instalao do servio apresentaram mdia 3,9. No estudo qualitativo, o tratamento no servio foi bom e o resultado satisfatrio. O reposicionamento do usurio contribuiu para satisfao, assim como o acesso ao atendimento, a ruptura com o isolamento fsico e social, o acolhimento de suas demandas e ajuda para organizar a vida. CONCLUSES: Os resultados complementares de ambas as estratgias do estudo mostram satisfao dos usurios com o atendimento nos centros estudados.
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OBJETIVO: Avaliar a efetividade da implementao de estratgias de triagem associadas s intervenes breves para preveno do uso abusivo de lcool na atenção primria sade. MTODOS: Estudo avaliativo com 113 profissionais e gestores da atenção primria em trs municpios da Zona da Mata de Minas Gerais em 2007. Os profissionais de sade participaram de uma capacitao para a prtica de triagem associada s intervenes breves para preveno do uso de lcool. Seis meses aps esta capacitao procedeu-se a avaliao de seguimento. A avaliao qualitativa envolveu observao participante, entrevistas com gestores na pr-capacitao e no seguimento, e grupos focais com profissionais de sade no seguimento. Foi aplicada a tcnica de anlise de contedo. Para avaliao quantitativa foram utilizados os instrumentos: Questionrio de Conhecimento Objetivo, Escala de Moralizao do Uso de lcool, Questionrio de Modelo de Percepo do Uso de lcool e Questionrio de Prticas de Preveno do Uso de lcool. Foi realizada uma comparao entre municpios na pr-capacitao e no seguimento e uma avaliao longitudinal em cada municpio, por meio de estatsticas descritivas e inferenciais. RESULTADOS: A participao dos gestores e a integrao entre os profissionais de sade para a prtica da triagem e interveno breve estiveram associadas maior efetividade da implementao. Tais fatores ocorreram em um dos municpios, no qual houve diminuio significativa do grau de moralizao do uso de lcool pelos profissionais de sade em comparao aos outros municpios. Nos outros municpios, os efeitos do processo de implementao do projeto indicaram aumento na freqncia da realizao das prticas de preveno ao uso de lcool e no conhecimento dos profissionais de sade em relao a tais prticas, embora no o suficiente para indicar uma implementao efetiva. CONCLUSES: A efetividade da implementao das estratgias de preveno ao uso de lcool em servios de atenção primria sade est associada ao engajamento dos gestores no processo de implementao de tais estratgias.
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OBJETIVO: Compreender a concepo de sade e a origem do sofrimento psquico por adeptos de uma comunidade tradicional de terreiro. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo de caso qualitativo realizado em uma comunidade tradicional de terreiro na cidade de Porto Alegre (RS), entre 2007 e 2008. Foram participantes o sacerdote/Babalorix e seis adeptos do terreiro. Para a coleta dos dados e construo do corpus de anlise, foram realizadas entrevistas abertas, gravadas e transcritas. A categorizao dos depoimentos, a partir do enfoque sistmico complexo, possibilitou a construo de dois eixos temticos: 1) terreiro e concepo de sade e 2) origem do sofrimento psquico e identidade cultural. ANLISE DOS RESULTADOS: Na comunidade de terreiro, as teraputicas tradicionais em sade, como o uso de ervas, banhos, dietas e/ou ritos de iniciao foram associados a teraputicas convencionais propostas pelo Sistema nico de Sade. Consideram em sua concepo etiolgica do sofrimento psquico e em sua concepo de sade os vnculos e a pertena a um territrio, as relaes entre os sujeitos e a relao entre suas dimenses fsica, psquica e espiritual. CONCLUSES: O modo de compreender e agir no mundo, vivido no terreiro, com seus mitos e ritos, crenas e valores, constitui um conjunto de saberes legtimos em seu contexto que, muitas vezes, se contrape e escapa aos saberes e verdades tcnico-cientficas dos profissionais. O terreiro um espao marcado pelo acolhimento, aconselhamento e tratamento de seus adeptos, integrando nessas prticas as dimenses fsica, psquica e espiritual. Quanto sade da populao negra, pem-se em evidncia que o sofrimento psquico resultante do desenraizamento das culturas negro-africanas.
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OBJETIVO: Analisar processos de estigmatizao e modalidades de violncia vividos por portadores de transtornos mentais. MTODOS: Estudo qualitativo baseado em entrevistas individuais com usurios e grupos focais com familiares e profissionais de cinco centros de atenção psicossocial, nos municpios de Itaberaba, Lauro de Freitas, Salvador e Vitria da Conquista (BA) e em Aracaju (SE), em 2006-2007. As categorias de anlise foram construdas com base no conceito de estigma proposto por Goffman e foram sistematizadas quatro tipos de violncia: interpessoal, institucional, simblica e estrutural. RESULTADOS: Usurios e familiares relataram exemplos de desqualificaes, repreenses, constrangimentos, humilhaes, negligncia e agresses fsicas, com fins de dominao, explorao e opresso. Profissionais referiram que pessoas que sofrem transtornos mentais permanecem como alvo de preconceitos arraigados e naturalizados na cultura. A principal conseqncia foi a manuteno do isolamento, da vida social como forma de "tratamento" ou como atitude excludente manifestada por reaes discriminatrias, que se apresentam como rejeio, indiferena e agressividade verbal ou fsica. CONCLUSES: As variadas formas de expresso do estigma denotam uma situao sociocultural de violncias contra os portadores de transtornos mentais. Prope-se a constituio de observatrios estaduais capazes de planejar e avaliar contra-aes s estigmatizaes.
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OBJETIVO: Analisar prticas de atenção domiciliar de servios ambulatoriais e hospitalares e sua constituio como rede substitutiva de cuidado em sade. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo que analisou, com base na metodologia de caso traador, quatro servios ambulatoriais de atenção domiciliar da Secretaria Municipal de Sade e um servio de um hospital filantrpico do municpio de Belo Horizonte, MG, entre 2005 e 2007. Foram realizadas entrevistas com gestores e equipes dos servios de atenção domiciliar, anlise de documentos e acompanhamento de casos com entrevistas a pacientes e cuidadores. A anlise foi orientada pelas categorias analticas integrao da atenção domiciliar na rede de sade e modelo tecnoassistencial. ANLISE DOS RESULTADOS: A implantao da atenção domiciliar foi precedida por deciso poltico-institucional tanto com orientao racionalizadora, buscando a diminuio de custos, quanto com vistas reordenao tecnoassistencial das redes de cuidados. Essas duas orientaes encontram-se em disputa e constituem dificuldades para conciliao dos interesses dos diversos atores envolvidos na rede e na criao de espaos compartilhados de gesto. Pde-se identificar a inovao tecnolgica e a autonomia das famlias na implementao dos projetos de cuidado. As equipes mostraram-se coesas, construindo no cotidiano do trabalho novas formas de integrar os diferentes olhares para transformao das prticas em sade. Foram observados desafios na proposta de integrar os diferentes servios de carter substitutivo do cuidado ao limitar a capacidade da atenção domiciliar de mudar o modelo tecnoassistencial. CONCLUSES: A atenção domiciliar possui potencial para constituio de uma rede substitutiva ao produzir novos modos de cuidar que atravessam os projetos dos usurios, dos familiares, da rede social e dos trabalhadores da atenção domiciliar. A atenção domiciliar como modalidade substitutiva de atenção sade requer sustentabilidade poltica, conceitual e operacional, bem como reconhecimento dos novos arranjos e articulao das propostas em curso.
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OBJETIVO: Desenvolver e testar um instrumento para avaliao do nvel de conhecimento do paciente sobre a prescrio de medicamentos. MTODOS: O estudo foi realizado com usurios cadastrados nas Unidades de Estratgia de Sade da Famlia de Santa Cruz do Sul, RS, recrutados por amostragem consecutiva. Foram considerados nome do medicamento, indicao teraputica, dose, horrios de administrao, forma de utilizao, durao do tratamento, atitude no caso de esquecimento de doses, possveis efeitos adversos e interaes. Cada item da escala foi ponderado segundo importncia para a utilizao segura do medicamento prescrito. O questionrio foi testado por meio de entrevistas com os usurios em 2006 e pela anlise de 320 prescries. Foram calculadas estatsticas descritivas, razes de prevalncias e qui-quadrado para variveis categricas e teste de Tukey para comparao de mdias. RESULTADOS: O nvel de conhecimento da terapia medicamentosa foi considerado bom para 11,3% dos entrevistados, regular para 42,5% e insuficiente para 46,3%. Os maiores nveis de conhecimento foram observados nos horrios de administrao, indicao teraputica e durao do tratamento. Os menores nveis ocorreram em dose, efeitos adversos e o que fazer no caso de esquecimento de uma ou mais doses do medicamento. CONCLUSES: O instrumento proposto permitiu examinar a magnitude da lacuna existente entre o que o paciente deve saber e o que ele realmente sabe sobre seus medicamentos. Assim, possvel detectar focos de preveno, educao e acompanhamento para evitar problemas relacionados utilizao no segura dos medicamentos.
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OBJETIVO: Avaliar a eficincia da Estratgia Sade da Famlia nas aes relacionadas hipertenso. MTODOS: Estudo avaliativo, transversal quantitativo, com base em dados secundrios de 66 municpios catarinenses de pequeno porte, com cobertura potencial mxima de 100% pela Estratgia Sade da Famlia em 2007. Foram avaliados indicadores de insumos, produtos e resultados. A eficincia da produo de servios e da produo de resultados dos municpios foi comparada por meio de anlise envoltria de dados. RESULTADOS: Os municpios foram mais eficientes na produo de servios (37,8%) do que na produo de resultados (16,6%). Quarenta e um municpios (62,2%) foram ineficientes nos servios: cadastro no Sistema de Informao sobre Hipertenso e Diabetes, atendimento individual e visita domiciliar para usurios com hipertenso, e 55 (83,3%) foram ineficientes na produo de impacto contra hipertenso. CONCLUSES: O modelo de avaliao utilizado mostrou-se capaz de medir a eficincia na atenção primria de sade, ao avaliar a produtividade de servios e de resultados.
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OBJETIVO: Comparar taxas de internaes por condies sensveis em municpios-sede de coordenadorias de sade. MTODOS: Estudo ecolgico com indivduos de ambos os sexos de 20 a 59 anos nos municpios-sede das coordenadorias regionais de sade do Rio Grande do Sul de 1995 a 2007. Os dados sobre internaes foram obtidos do Datasus. Foram analisadas as taxas mediante regresso de Poisson com variao robusta. As taxas dos municpios foram comparadas com as do restante do estado do Rio Grande do Sul, excludos os municpios-sede. RESULTADOS: Os municpios, exceto Porto Alegre (1,01) e Osrio (1,02), apresentaram reduo das taxas de internaes por condies sensveis. Entre os municpios grandes, as maiores quedas foram observadas em Santa Maria (0,92) e Pelotas (0,93). Os municpios mdios apresentaram taxas inferiores no final do perodo. Nos pequenos, apenas Lajeado e Frederico Westphalen apresentaram taxas inferiores s do estado em 2007. As maiores taxas foram observadas nos municpios pequenos. CONCLUSES: Houve tendncia de diminuio das internaes em quase todos os municpios, possivelmente pela ampliao da atenção primria antes mesmo do Programa Sade da Famlia e das modificaes de gesto. As elevadas taxas de hospitalizaes em municpios pequenos sugerem ocupao de leitos por condies sensveis para justificar oferta ociosa.
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OBJETIVO: Descrever o déficit estatural de menores de cinco anos e identificar fatores associados. MTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado em 1991, 1997 e 2006 no Estado de Pernambuco. A anlise da prevalncia e fatores associados ao déficit estatural (altura para idade < -2 escore Z) incluiu: condies socioeconmicas, caractersticas maternas e da criana e de assistncia sade. A regresso logstica mltipla utilizou o modelo hierarquizado, para avaliar o impacto das variveis explanatrias sobre o déficit de estatura das crianas. RESULTADOS: A prevalncia da desnutrio em crianas pelo ndice altura para idade diminuiu 65% entre 1991 e 2006. As variveis socioeconmicas (renda familiar per capita, escolaridade materna, nmero de pessoas na residncia e acesso a bens de consumo), a altura materna e o peso ao nascer permaneceram entre os fatores associados ao déficit estatural das crianas. CONCLUSES: Todos os determinantes analisados melhoraram no perodo analisado, nem sempre de forma igualitria. Apesar da reduo expressiva da desnutrio nas crianas pernambucanas, ainda existem diferenciais em relao ao déficit de estatura, sendo mais favorveis para as crianas em melhores condies socioeconmicas.
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OBJETIVO: Analisar como se estabelece a comunicao sazonal nos grupos socioeducativos das equipes de Sade da Famlia para preveno e controle da dengue. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, descritivo e exploratrio com 25 coordenadores de grupos socioeducativos, distribudos em oito unidades bsicas de sade de Belo Horizonte, MG. A coleta de dados ocorreu de maro a julho de 2009, por meio de observao no participante e entrevista semi-estruturada com os coordenadores. Na interpretao dos dados, empregaram-se a anlise de contedo e os referenciais tericos sobre comunicao e sade. ANLISE DOS RESULTADOS: Foram encontrados trs ncleos temticos: comunicao sazonal; contedos discutidos e canais veiculadores de informaes sobre a dengue; e informao versus comunicao para a ao. As aes de preveno e controle da dengue nos grupos eram abordadas principalmente em pocas de surto, baseando-se em aes previamente programadas pelo Ministrio da Sade. Os temas abordados referiam-se a epidemiologia, ciclo de vida, modos de transmisso, sintomatologia, preveno, visita domiciliar da equipe de zoonose e vacinao contra a dengue. CONCLUSES: A prtica comunicativa predominante o repasse de informaes pelo coordenador, centrado no discurso comportamentalista e prescritivo. Recomendam-se prticas comunicativas pautadas no dilogo, permitindo ao coordenador e membros da equipe a liberdade em relao s situaes emergentes do grupo e que aprendam a reconhec-la e problematiz-la reflexivamente em seu contexto.