237 resultados para Torta de filtro
Resumo:
De janeiro a abril de 1982 foi desenvolvido um estudo seccional sobre a morbidade da doença de Chagas humana na área urbana do município de Virgem da Lapa, nordeste de Minas Gerais, Vale do Jequitinhonha. A prevalência da infecção chagásica avaliada através da reação de imunofluorescência indireta em sangue colhido em papel de filtro foi de 12,6%, em uma amostra de 2.787 pessoas residentes. O índice da infecção foi mais elevado no grupo de mulheres (p < 0,001) em relação ao de homens; aumentou progressivamente com a idade até a quinta década da vida, a partir da qual se estabilizou. Os exames clínico, eletrocardiográfico e radiológico de 255 chagásicos crônicos, pareados por idade e sexo com igual número de não chagásicos-controles, revelaram as formas clínicas da doença nas seguintes freqüências: 118 (46,3%) na forma indeterminada, 109 (42,7%) na cardíaca, 19 (7,5%) na mista (cardiopatia + megaesôfago) e 9 (3,5%) na digestiva (megaesôfago). A positividade global em 90 xenodiagnósticosfoi de 36,7%, com predomínio entre os pacientes do sexo masculino e na forma clínica indeterminada.
Resumo:
Foram avaliados três processos de acondicionamento e transporte de pulgas, objetivando análise bacteriológica para isolamento da Yersinia pestis. As três abordagens testadas foram: pulgas vivas em tubos de ensaio com tiras dobradas de papel de filtro; pulgas em solução salina; macerados de pulgas em meio de Cary-Blair. Os dois últimos métodos foram quase iguais e superiores ao primeiro. Foram analisadas pelas três técnicas, um total de 29.512 "pools" de pulicideos provenientes de focos de peste do Nordeste do Brasil no período de 1966 a 1982. Deste total, 236 (0,80%) dos "pools" foram positivos por cultura e/ou inoculação em animais sensíveis.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar alguns aspectos da doença de Chagas na população urbana dos 12 municípios do distrito sanitário de Rio Verde, Mato Grosso do Sul, em 1998 realizamos a pesquisa de IgG anti-T. cruzi pela imunofluorescência indireta em amostras de sangue obtidas em papel de filtro de 14.709 moradores, com posterior confirmação pelos testes de hemaglutinação indireta e ELISA em soros. A parasitemia foi avaliada por xenodiagnóstico indireto em 134 chagásicos crônicos e a cardiopatia por anamnese, exame físico e eletrocardiograma (ECG) em 191 pares de chagásicos/não-chagásicos. No total os resultados mostraram: soropositividade de 1,83% (0,93% em autóctones e 5,01% em alóctones), positividade do xenodiagnóstico de 17,2% (12,3% em autóctones e 20,8% em alóctones) e proporção de cardiopatia chagásica crônica de 24,6% (19,1% em autóctones e 27,8% em alóctones). A análise dos dados indicou a população de alóctones como a principal responsável pelas características da infecção e morbidade da doença de Chagas na área estudada.
Resumo:
Em 1999, realizamos a avaliação do impacto das medidas de controle vetorial sobre a transmissão da doença de Chagas nas áreas endêmicas Mambaí e Bruritinópolis (GO). Após o recenseamento populacional foram realizados os inquéritos entomológico das unidades domiciliares e sorológico da população. As amostras de sangue foram coletadas por punção digital, em papel de filtro. O teste sorológico utilizado inicialmente para detectar anticorpos contra Trypanosoma cruzi foi a reação de imunofluorescência indireta (IFI) quantitativa com ponto de corte a diluição 1/20 e, os reagentes realizaram a reação de hemaglutinação indireta (HAI). A prevalência da IFI reagente foi 12,3% (95% IC: 11,5-13,2%). Triatoma infestans não foi encontrado nas habitações. A ausência de infecção de indivíduos menores de 14 anos e a ausência de T. infestans no inquérito entomológico demonstra o sucesso do programa de controle da doença de Chagas nessas áreas, podendo ser considerada interrompida a transmissão vetorial.
Resumo:
A partir de relato de diagnóstico de leishmaniose visceral em cinco cães dos municípios de Santa Maria, Itaara e Júlio de Castilhos, no centro do Estado do Rio Grande do Sul, foi realizado levantamento sorológico através de teste de imunofluorescência indireta em sangue obtido em papel de filtro de 40 cães de Santa Maria, 20 de Itaara e 11 de Júlio de Castilhos, em geral relacionados aos cinco cães considerados como positivos. Além destes, foi também examinado o sangue de 44 cães vadios de Júlio de Castilhos, 68 de Cachoeira do Sul e 20 de Caçapava do Sul. Soros fracamente reagentes com títulos < 1:40 foram avaliados em ensaios de Ensaio Imuno-enzimático. Amostras de fígado, baço, pulmão e linfonodos de um sexto cão de Santa Maria, considerado como positivo à necropsia, foram examinadas através de histopatologia e PCR. Todos os resultados dos 204 cães foram negativos, indicando que, apesar de não ser impossível a ocorrência de leishmaniose visceral na região, por vários fatores aqui discutidos, ela deve ser pelo menos extremamente rara, sendo necessários estudos mais detalhados do material dos cinco cães tidos como positivos.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar o padrão gonotrófico de fêmeas de Aedes aegypti em condições de laboratório e de campo. Fêmeas copuladas e alimentadas com sangue de galinha foram transferidas para gaiolas de polipropileno e oferecidos diferentes substratos de oviposição (papel sulfite, filtro, manteiga e toalha). O papel filtro recebeu significativamente maior (40,4%) deposição de ovos do que os demais substratos. Observou-se que maior (35,7% dia modal) oviposição ocorreu ao terceiro dia, após alimentação sangüínea. Foi observada a oviposição das fêmeas a cada duas horas de intervalo, durante o fotoperíodo em laboratório e em campo por meio de ovitrampas. Os resultados de laboratório demonstraram que maior deposição de ovos ocorreu entre a 9ª - 12ª hora da fotofase e 1ª - 2ª hora de escotofase. Em campo maior número de ovos ocorreu entre 9ª - 12ª hora de fotofase e na 1ª - 4ª hora de escotofase. Estes resultados indicam que Aedes aegypti exibiu um padrão na periodicidade de oviposição e podem subsidiar em programas de monitoramento e ou controle do inseto vetor. Sugere-se que, em campo, por exemplo, armadilhas de oviposição (ovitrampa) devem ser instaladas no período da manhã pois as capturas ocorrem a partir do período da tarde.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a situação epidemiológica da infecção chagásica no Estado do Piauí e sua relação com idade, gênero, transfusão de sangue e aborto espontâneo, foi realizado, de agosto a dezembro de 2002, um inquérito sorológico com o exame de uma amostra aleatória simples de 36.399 moradores da área rural. A infecção chagásica foi definida pelo teste de imunofluorescência indireta para anticorpos antiTrypanosoma cruzi em amostra de sangue coletada em papel de filtro. A soroprevalência total foi de 1,9%, variando de 0,1% em menores de 5 anos a 6,6% em maiores de 79 anos; foi significativamente maior nas mulheres (2,1%), analfabetos (4,1%), receptores de sangue (3,3%) e nas mulheres com abortamento espontâneo (5,4%). Esses dados ao serem comparados com os obtidos durante o inquérito sorológico nacional (1975-1980) mostraram significativa queda da soroprevalência da infecção chagásica no Estado do Piauí (4% para 1,9%), indicando a eficácia das medidas de controle vetorial implementadas no período 1975-2002.
Resumo:
Como parte de avaliação de medidas de controle de vetores, levadas a efeito no Estado de São Paulo, na década de 60, inquéritos sorológicos entre crianças escolares nascidas após sua aplicação foram realizados nos períodos abrangidos entre os anos 1968 e 1970, em todos os municípios do estado, à exceção dos da Grande São Paulo e, anualmente, de 1973 a 1983, em amostra selecionada a partir daqueles com as maiores soroprevalências para a infecção chagásica. No primeiro caso, a metodologia sorológica previu os exames à base da reação de fixação de complemento, em soros e, no segundo, a reação de imunofluorescência indireta, em eluatos de sangue total absorvido em papel-filtro. Presença de triatomíneos e sua condição de infecção por Trypanosoma cruzi, coligidas nos diversos municípios de acordo com o ano dos nascimentos dos escolares e da realização dos inquéritos, permitiram vislumbrar o quadro da infecção chagásica no Estado de São Paulo, naquelas épocas. A região de Sorocaba destacou-se das demais em termos sorológicos, sustentada pela presença do Triatoma infestans até o início da década de 70. Similarmente, a autoctonia dos casos foi aí observada de maneira preponderante, enquanto que em outras regiões do estado manteve-se um equilíbrio entre casos autóctones e importados. A análise dos dados revela que, ainda em 1974, a transmissão vetorial poderia registrar-se no estado. É importante destacar que, mesmo com falhas de cobertura, até o ano de 1997, não se observou mais sororreatividade para infecção chagásica nas idades inferiores a 15 anos, no Programa de Controle do Estado de São Paulo.
Resumo:
Um inquérito de soroprevalência de doença de Chagas foi realizado em amostra representativa da população com idade até cinco anos de toda a área rural brasileira, exceto o Estado do Rio de Janeiro. Foram estudadas 104.954 crianças, que tiveram amostras de sangue coletadas em papel de filtro e submetidas a testes de screening pelas técnicas de imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA em um único laboratório. Todas as amostras com resultados positivos ou indeterminados, juntamente com 10% daquelas com resultados negativos, foram enviadas para um laboratório de referência e aí submetidas a novos testes por IFI e ELISA, além de western blot TESA (Trypomastigote Excreted Secreted Antigen). Para as crianças com resultado final positivo foi agendada uma re-visita para coleta de sangue venoso do próprio participante e das suas mães e familiares. Da avaliação do conjunto de testes resultaram 104 (0,1%) resultados positivos, dos quais apenas 32 (0,03%) foram confirmadas como infectadas. Destas, 20 (0,02%) com positividade materna concomitante (sugerindo transmissão congênita), 11 (0,01%) com positividade apenas na criança (indicativo de provável transmissão vetorial), e uma criança positiva cuja mãe havia falecido. Em 41 situações ocorreu confirmação apenas nas mães, sugerindo transferência passiva de anticorpos maternos; em 18 a positividade não se confirmou nem nas crianças nem nas suas mães; e em 13 não foi possível a localização de ambas. As 11 crianças que adquiriram a infecção por provável via vetorial distribuíram-se predominantemente na região nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas), acrescidas de um caso no Amazonas e um no Paraná. Dos 20 casos com provável transmissão congênita sobressaiu-se o Rio Grande do Sul, com 60% deles, representando este o primeiro relato de diferenças regionais na transmissão congênita da doença de Chagas no Brasil, possivelmente relacionada à existência de Trypanosoma cruzi grupo IId e IIe, atualmente classificados como TcV e TcVI. Os resultados deste inquérito apontam para a virtual inexistência de transmissão de doença de Chagas por via vetorial no Brasil em anos recentes, resultante da combinação dos programas regulares e sistemáticos de combate á moléstia e de mudanças de natureza socioeconômica observadas no país ao longo das últimas décadas. Por outro lado, reforçam a necessidade de manutenção de um programa de controle que garanta a consolidação deste grande avanço.
Resumo:
Este trabalho, teve como objetivo estudar a germinação das sementes de pau-de-balsa (Ochroma lagopus Sw., Bombacaceae) em diferentes estágios de maturação aparente dos frutos; a germinação das sementes provenientes de árvores com diferentes diâmetros a altura do peito (DAP) e a germinação das sementes tratadas para quebra de dormência. No primeiro experimento, avaliou-se a germinação das sementes dos frutos verdes, verdosos (verde amarelado), negros (fruto fechado) e negros deiscentes (fruto aberto com painas expostas). No segundo, a germinação das sementes de árvores da mesma idade e com diferentes DAP's: pequeno (5,4 cm), médio (9,1 cm) e grande (13,2 cm). No terceiro, a germinação das sementes com diferentes quebra de dormência: testemunha; água por 24 e 48 horas; água a 80ºC até esfriar; H2SO4 por ½ e 1 minuto com e sem paina; queima da paina em peneira metálica; e semeio de sementes com a paina. As sementes germinaram em gerbox sobre papel de filtro, em câmara de germinação, nas temperaturas de 20ºC, 30ºC e 25ºC, no primeiro, segundo e terceiro experimentos, respectivamente. As sementes de pau-de-balsa germinaram melhor e mais rápido quando coletadas de frutos negros a negros deiscentes, ou quando coletadas de árvores com menor e médio diâmetros, ou quando tratadas com água quente a 80ºC até esfriar, ou com ácido sulfúrico por ½ ou 1 minuto com ou sem paina. Os tratamentos com ácido tem a vantagem de quebrar a dormência da semente e dissolver a paina. As sementes recém colhidas e germinadas não apresentaram dormência tegumentar.
Resumo:
Os resíduos gerados em domicílios incluem diversos produtos, como pesticidas, produtos farmacêuticos, detergentes, óleos de cozinha, metais pesados contidos em baterias e outros utensílios. Esses resíduos são lançados continuamente em aterro sanitário ou lixões em cidades como Manaus. O chorume produzido nesses aterros, quando não tratados, contamina recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Neste estudo foi feita uma avaliação das conseqüências da liberação do chorume no sistema hídrico da bacia do Tarumã-Açu. Amostras de água e sedimento foram coletadas nos igarapés Matrinxã, Acará, Bolívia, bacia do Tarumã-Açu e dentro do aterro sanitário (Manaus - Amazonas - Brasil) em março 2001. As amostras de água foram filtradas em filtro Milipore (0,45 mm de poro) e, em seguida, tratadas com HNO3 concentrado. As amostras de sedimento foram peneiradas em malha de 0,053 mm e digeridas com HCl:HNO3 (1:3) a 150ºC. As concentrações de alguns metais pesados (Co, Cu, Fe, Cr, Ni, Mn, Pb e Zn) foram determinadas nas amostras de água e sedimento por espectrometria de absorção atômica de chama. Os resultados revelaram que a concentração dos metais pesados é muito acima dos permitidos pela resolução 357/2005 do CONAMA em praticamente todos os locais amostrados, mostrando que o Aterro Sanitário é um dos principais responsáveis pelo impacto ambiental observado nos corpos hídricos estudados. As análises dos componentes principais (PCA) e hierárquica de cluster (HCA), revelam que os pontos de coleta localizados dentro do aterro sanitário apresentam características diferentes dos outros locais amostrados. Além disso, o HCA e PCA mostraram que existe uma similaridade entre os pontos de coleta localizados fora do aterro o que permite afirmar que o chorume do aterro se dissolve por todo corpo hídrico estudado.
Resumo:
O óleo essencial extraído de folhas frescas de Tanaecium nocturnum (Barb. Rodr.) Bur.& K. Shum por destilação de arraste a vapor foi avaliado quanto à toxicidade a Sitophilus zeamais Motsch., principal praga do milho armazenado. Papel de filtro e grãos de milho foram impregnados pelo óleo para se avaliar o efeito por via de contato (papel-filtro) e fumigação, respectivamente. Para avaliação do efeito da aplicação tópica 0,5 µl das diferentes concentrações do óleo foram aplicadas em adultos do inseto. A partir de uma ampla faixa de concentrações, foram determinadas as mais promissoras para os bioensaios definitivos. Na determinação das dose/concentrações-letais (DL50 e CL50) foi utilizada a análise de Probit, realizando-se também, uma análise de regressão linear conjunta de todos os dados de mortalidade. O óleo de T. nocturnum foi considerado tóxico para S. zeamais baseado nos seguintes valores: CL50 de 14,1 ng.cm-2 e CL50 de 1.321,6 ng.g-1 de grãos para os efeitos de contacto (papel-filtro) e fumigação, respectivamente, e DL50 de 14,7 µg.mg-1 de inseto para efeito tópico. Porcentagens de mortalidade próximas a 100 % foram obtidas nas concentrações de: 2 e 5 % (m/v) (contato), 3 4, e 5 % (m/v) (fumigação) e 10 % (m/v) para o efeito de aplicação tópica. O presente estudo mostrou que o ácido cianídrico, liberado do óleo essencial de T. nocturnum por hidrólise, pode ter atividade inseticida para S. zeamais e que concentrações acima de 4 % (m/v) são promissoras no controle do inseto.
Resumo:
Este estudo apresenta uma abordagem metodológica baseada em imagens de radar e nos critérios de tonalidade, tamanho e forma geométrica para identificar prováveis pistas de pouso não-homologadas na Amazônia. Os seguintes procedimentos foram conduzidos: georreferenciamento da imagem do sensor SAR-R99B do município paraense de Itaituba, adquirida na banda L, polarização HH e resolução espacial de três metros; subtração do ruído speckle com filtro mediana; classificação com a técnica não-supervisionada ISODATA; vetorização da classe indicativa dos alvos de interesse; e cálculo e seleção automática dos alvos de interesse por critérios de índice de circularidade e de tortuosidade. Foram identificados dez alvos, dos quais dois foram considerados como prováveis pistas de pouso pelos referidos índices.
Resumo:
Foram tomados 2 lotes de pintos Rhode Island Red de 40 dias de idade que foram submetidos, o lote A a uma alimentação com ração sem proteina de origem animal, na qual a farinha de carne foi substituida por igual quantidade de farelo de torta de sementes de algodão, e adicionada à mesma 2 quilos de excremento de vaca, colhido fresco, secado ao sol e triturado; o lote B, que serviu de testemunha continha os mesmos ingredientes, com exceção de excremento de vaca e da torta de algodão, em lugar da qual figurava a farinha de carne. Alimentadas durante 6 semanas as aves se comportaram de maneira idêntica, acusando as do lote A um aumento leve e progressivo do peso médio, embora sem diferença estatística. O excremento de vaca foi satisfatório e supriu as deficiências da ração de tratamento em certos amino ácidos só presentes em proteinas de origem animal como a farinha de carne.
Resumo:
1 - Os estudos sôbre o órgão cupuliforme datam de 1941, ocasião em que observávamos os "seedlings" de Eucalyptus tereticornis e Eucalyptus citriodora, com o propósito de colher material para estudos anatômicos comparativos das citadas espécies (1). 2 - Examinámos, a seguir, "seedlings" de outras espécies de Eucalyptus, comprovando em tôdas a existência do órgão cupuliforme. 3 -BRIOSI e WARMING, ambos mencionados por HABER-LANDT (4), assinalaram a presença de longos pêlos absorventes, no limite entre radícula e caulículo, respectivamente de plantas aquáticas e de Eucalyptus e outras Myrtaceae, sem contudo se reportarem à existência de qualquer órgão na região considerada. 4 - Revendo a bibliografia especializada, entre as quais a "A Critical Revision of the Genus Eucalyptus" de Maiden (6) e a "Eucalyptographia" do Baron Ferd. von Mueller (7), nenhuma referência encontrámos a respeito de qualquer órgão ou de pêlos absorventes, na região do colo dos "seedlings" de Eucalyptus. 5 - As sementes das 105 espécies constantes dêste trabalho foram obtidas no Serviço Florestal da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, em Rio Claro, por nímia gentileza dos Drs. Edmundo Sampaio e Ruben Foot Guimarães, respectivamente Chefe e Encarregado da Secção de Genética do Serviço Florestal. 6 - As sementes foram postas num substrato de esfagno ou "musgo branco", reduzido a pó, coberto com papel de filtro e recebendo apenas água destilada, quer durante a germinação, quer durante o período de crescimento dos seedlings". 7 - Cientificámo-nos que no embrião o órgão cupuliforme já se encontra diferenciado, apresentando-se, nesse estágio, como um anel, disposto à volta do colo, em cujo centro se pode ver a ponta cônica da radícula. 8 - Os pêlos absorventes vão surgindo nos bordos do anel, à medida que este se expande, durante o processo de crescimento dos "seedlings". 9 - A forma, o tamanho, o diâmetro da bôca do órgão cupuliforme, bem como a quantidade e o comprimento dos pêlos absorventes dos seus bordos variam segundo as espécies estudadas. 10 - Do ponto de vista anatômico, a estrutura do órgão é simples. Consta de um parênquima cortical, revestido pela mesma epiderme que recobre a radícula e que se continua pelo caulículo. Os pêlos absorventes, que nascem nos bordos, são semelhantes aos que se produzem na zona pelífera da radícula. 11 - A importância ecológica do órgão é óbvia, uma vez que as sementes de Eucalyptus, sendo exalbuminadas, os "seedlings" devem, o quanto antes, adaptar-se prontamente ao solo, para evitar a solução de continuidade no processo fisiológico da nutrição.