228 resultados para Terapia de erradicação
Resumo:
FUNDAMENTO: O efeito renoprotetor dos inibidores da ECA vem sendo questionado no caso de diminuição do volume circulante efetivo, como na insuficiência cardíaca crônica direita ou biventricular. Objetivo: Detectar os preditores clínicos de agravamento renal na população de pacientes com ICC, caracterizado por dois tipos de regime de dosagem de inibidores da ECA. MÉTODOS: De acordo com um desenho de coorte retrospectiva, seguimos dois grupos de pacientes com ICC - tanto direita quanto biventricular -, todos na classe III da NYHA, tratados com inibidores da ECA (enalapril ou lisinopril), e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 50%, por meio de distinção em sua dosagem de inibidor da ECA: média-baixa (< 10 mg por dia) ou dosagem "alta" (> 10 mg por dia) de enalapril ou lisinopril. A disfunção renal agravada (ARD) foi definida pelo aumento de Cr > 30% com relação ao segmento basal. O modelo de risco proporcional de Cox foi utilizado para identificar os preditores da ARD entre as seguintes variáveis: os inibidores da ECA com "alta" dosagem, idade, FEVE basal, histórico de repetidas terapias intensivas com diuréticos de alça por via intravenosa (diurético intravenoso), diabete, Cr basal, histórico de hipertensão, pressão arterial sistólica < 100 mmHg. RESULTADOS: Cinquenta e sete pacientes foram recrutados, dos quais 15 foram tratados com inibidor da ECA com dosagem "alta". Durante um seguimento médio de 718 dias, a ARD ocorreu em 17 pacientes (29,8%). Apenas o inibidor da ECA com "alta" dosagem (RR: 12,4681 IC: 2,1614 - 71,9239 p = 0,0050) e Cr basal (RR:1,2344 IC: 1,0414 - 1,4632 p = 0,0157) foi demonstrado ser preditor da ARD. Além disso, demonstrou-se que o inibidor da ECA com dosagens "altas" não previu ARD em ICC sem diurético intravenoso e ICC com diabete. CONCLUSÃO: Na ICC de classe III da NYHA, o inibidor da ECA com "altas" dosagens e um maior Cr basal foi preditor da ARD. A nefrotoxicidade relacionada com inibidores da ECA em "altas" dosagens foi aumentada com o diurético intravenoso, ao passo que, em pacientes com ICC com diabete, aquela não foi detectada.
Resumo:
FUNDAMENTO: Sabe-se que a terapia antirretroviral altamente potente para Aids reconhecida aumenta o risco cardiovascular, mas os efeitos dos agentes antirretrovirais de acordo com o gênero ainda são desconhecidos. OBJETIVO: O presente estudo avaliou o impacto do tratamento para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) na rigidez aórtica de acordo com o gênero. MÉTODOS: Foram recrutados 28 pacientes com Aids submetidos à terapia antirretroviral altamente potente (HAART), 28 pacientes infectados pelo HIV virgens de tratamento, 44 pacientes com diabetes tipo 2, e 30 controles. A rigidez aórtica foi determinada pela medição da Velocidade da Onda de Pulso (VOP), utilizando um equipamento automático validado e não invasivo. RESULTADOS: Os resultados médios brutos da VOP (e intervalo de confiança de 95%) para participantes nos grupos terapia antirretroviral potente, HIV virgem de tratamento, diabéticos, e controles foram 9,77 m/s (9,17-10,36), 9,00 m/s (8,37-9,63), 9,90 m/s (9,32-10,49) e 9,28 m/s (8,61-9,95), respectivamente, para os homens (p de tendência = 0,14) e 9,61 m/s (8,56-10,66), 8,45 m/s (7,51-9,39), 9,83 (9,21-10,44) e 7,79 m/s (6,99-8,58), respectivamente, para as mulheres (p valor de tendência < 0,001). Análises post-hoc revelaram uma diferença significativa entre os valores médios de VOP no grupo com HAART e controles em mulheres (p < 0,01). Ajustes para as demais covariáveis potenciais, incluindo pressão arterial sistólica e diabetes, não alteraram esses resultados. Os achados indicam que o impacto do tratamento com HAART na rigidez aórtica foi amplificado nas mulheres com hipertensão, dislipidemia e síndrome metabólica. CONCLUSÃO: Agentes antirretrovirais potentes utilizados no tratamento da infecção pelo HIV aumentam a rigidez da aorta, especialmente em mulheres com maior risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF - vascular endothelial growth factor) induz a mobilização de células progenitoras endoteliais (CPEs) com capacidade de proliferação e diferenciação em células endoteliais, contribuindo, dessa forma, para o processo angiogênico. OBJETIVO: Buscamos avaliar o comportamento de CPEs em pacientes com doença cardíaca isquêmica e angina refratária que receberam injeções intramiocardicas de 2000 µg de VEGF165 como terapia única. MÉTODOS: O estudo foi uma subanálise de um ensaio clínico. Pacientes com doença cardíaca isquêmica avançada e angina refratária foram avaliados para inclusão no estudo. Os critérios de inclusão foram: sinais e sintomas de angina e/ou insuficiência cardíaca apesar de tratamento medicamentoso máximo e área de isquemia miocárdica de, no mínimo, 5% conforme avaliado por uma tomografia computadorizada por emissão de fóton único (TCEFU). Os critérios de exclusão foram: idade > 65 anos, fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 25% e cancer diagnosticado. Os pacientes cujos níveis de CPE foram avaliados foram incluídos. A intervenção consistiu na administração de 2000 µg de VEGF 165 de plasmídeo injetado no miocárdio isquêmico. A frequência de células CD34+/KDR+ foi analisada por citometria de fluxo antes e 3, 9, e 27 dias após a intervenção. RESULTADOS: Um total de 9 pacientes foram incluídos, 8 homens, média de idade de 59,4 anos, fração de ejeção ventricular esquerda de 59,3%, e classe de angina predominante III. Observou-se um aumento significativo dos níveis de CPEs no terceiro dia após a intervenção. Todavia, 9 e 27 dias após a intervenção, os níveis de CPEs foram similares aos basais. CONCLUSÃO: Identificamos uma mobilização transitória de CPE, com pico no terceiro dia após a intervenção com VEGF 165 em pacientes com angina refratária. Todavia, os níveis de CPEs apresentaram-se semelhantes aos basais 9 e 27 dias após a intervenção.
Incidência de Arritmias Ventriculares após Terapia Celular em Pacientes com Cardiomiopatia Chagásica
Resumo:
Fundamento: O tratamento com células-tronco nas diversas cardiomiopatias pode estar relacionado ao aumento nas arritmias. Objetivos: Determinar se a injeção intracoronária de células-tronco em portadores de cardiomiopatia chagásica está associada ao aumento da incidência de arritmias ventriculares, comparado ao Grupo Controle. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, que avaliou o prontuário de 60 pacientes que participaram de estudo transversal anterior. Foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, medicamentos utilizados e variáveis do Holter, que demonstraram presença de arritmia complexa. O Holter foi realizado em quatro momentos: randomização, 2, 6 e 12 meses de seguimento. O Grupo Controle recebeu tratamento medicamentoso e injeção intracoronaria de placebo e o Grupo Estudo tratamento medicamentoso e implante autólogo de células-tronco. Resultados: Não houve diferença entre os Grupos Controle e Estudo nos critérios de arritmia analisados. Na análise intragrupo, foi encontrada diferença com significância entre os exames de Holter do Grupo Estudo na variável total de extrassístoles ventriculares comparada à basal, sendo entre de p = 0,014 entre Holter na randomização e Holter aos 2 meses, p = 0,004 entre Holter na randomização e Holter aos 6 meses, e p = 0,014 entre Holter na randomização e Holter aos 12 meses. A variável taquicardia ventricular não sustentada entre Holter na randomização e Holter aos 6 meses apresentou p = 0,036. Conclusão: A injeção intracoronária de células-tronco não aumentou a incidência de arritmia ventricular complexa em pacientes com cardiomiopatia chagásica, comparada ao Grupo Controle.
Resumo:
Com a finalidade de caracterizar as necessidades de cuidados de doentes de unidades de terapia intensiva foram realizadas entrevistas e exames físicos junto a 32 pacientes e formulados os seus diagnósticos de enfermagem. Foi utilizado o referencial dos Padrões Funcionais de Saúde para a coleta dos dados e para a caracterização das áreas em que as alterações são predominantes.
Resumo:
Este estudo constitui-se numa parte inicial de um Projeto Integrado que visa analisar os recursos estruturais das UTIs do Município de São Paulo, incluindo o ambiente físico, recursos humanos, equipamentos e materiais. Os aspectos analisados neste artigo referem-se às características destas Unidades quanto à sua quantidade e distribuição geográfica, número de leitos, entidade mantenedora, tipo de atendimento, de clientela e de tratamento, assim como as médias de ocupação e de permanência. Por amostragem casual estratificada, foram selecionados 40% dos hospitais com UTI de cada uma das regiões integrantes do SUS no Município. A amostra estudada foi de 43 UTIs e o instrumento para coleta de dados foi um questionário respondido pelo enfermeiro responsável pela Unidade. O número de UTIs nos hospitais variou de 1 a 4 , sendo mais frequentes aqueles com urna única Unidade (68,8%). 79,2% das UTIs pertenciam a hospitais particulares e 51,2% localizavam-se na região centro-oeste do Município. Os leitos de terapia intensiva corresponderam a 8,0% do total de leitos hospitalares. Cada Unidade tinha, em média, 10 leitos. Predominaram as UTIs gerais (60,5%), as destinadas somente a pacientes adultos (51,2%) e as que atendiam tanto a pacientes clínicos como cirúrgicos ( 95,3%). Na maioria das Unidades, a porcentagem de ocupação mensal dos leitos foi de 80 a 100% e a média de permanência, de 4,5 dias.
Resumo:
Perfil da pesquisa de enfermagem em terapia intensiva. no Brasil Trata-se de uma análise das pesquisas que vem, sendo produzidas e publicadas nesta área , bem como, do perfil evolutivo da pesquisa em enfermagem no Brasil, enfocando o produtor da pesquisa, o produto pesquisa e o consumidor deste produto.
Resumo:
Trata-se de um estudo como caracterização dos gestos e posturas utilizados pelo enfermeiro durante a orientação sistematizada de familiares dos pacientes internados em UTI. Os dados foram coletados através de filmagem das interações entre a enfermeira e o familiar. Na análise foram identificadas as diversas categorias dos gestos propostos por Ekman e Friesen. Entre os resultados destacou-se com maior frequência a presença dos gestos ilustrativos, o que foi positivo, pois eles contribuiram para enfatizar a fala da enfermeira e facilitar a compreensão do familiar.
Resumo:
A proposta deste artigo é refletir sobre algumas dimensões da assistência aos pacientes internados em centro de terapia intensiva (CTI), buscando alguns subsídios teóricos na bioética, a partir dos princípios de justiça, autonomia e beneficência dos direitos do doente crítico e da humanização do atendimento É oportuno discutir as perspectivas que vem assumindo o cuidar em terapia intensiva, na busca de ultrapassar a visão que reduz os pacientes aos padrões biológicos, incorporando a vida em sua complexidade e plenitude.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivos: 1) verificar a incidência de ocorrências adversas (OAs) com medicação relacionadas ao tempo de infusão das soluções hidroeletrolíticas e ao número de doses de antibióticos prescritos e administrados aos pacientes; 2) caracterizar a natureza dessas ocorrências. A investigação foi realizada em duas UTIs de um hospital geral do Município de São Paulo. Fizeram parte do estudo os dados contidos nos prontuários de 51 pacientes que estiveram internados naquelas Unidades no mês de Agosto de 1996. Quanto à caracterização dos pacientes, 60% tinham idade acima de 60 anos, 58,8% eram mulheres, 49,1% permaneceram na UTI entre 1 e 5 dias e, ao saírem dela, 41,2 % foram para a Unidade de Cuidados Semi-Intensivos. Referente à incidência de 0As relacionadas ao tempo de administração das soluções hidroeletrolíticas e ao número de doses de antibióticos, constatou-se o não cumprimento das prescrições médicas dos pacientes, em 76,3% e 38,6%, respectivamente. A maior freqüência de irregularidades quanto aos soros (60,2%) foi referente a administração em tempo menor que o prescrito (adiantamentos) e, no caso dos antibióticos, a redução do número de doses (85%). Considerando-se tais irregularidades como ocorrências indesejáveis na prática da enfermagem na UTI, há que se investir na busca de medidas preventivas dessas ocorrências.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivo explicitar e compreender as Representações Sociais das enfermeiras acerca do trabalho em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os modos de expressão do sofrimento e do prazer ligados a esse trabalho. Foram realizadas entrevistas com seis enfermeiras das UTIs de Clínicas Médica, Cirúrgica e Pediátrica de uma instituição de ensino. A análise dessas representações possibili tou a apreensão da dimensão simbólica do trabalho, nos âmbitos: psicossocial (individual), sociodinâmico (grupo) e institucional (instituição).Constatamos também que o trabalho na UTI proporciona prazer às enfermeiras, apesar do desgaste emocional ser intenso. Este estudo permitiu ampla reflexão sobre a problemática e evidenciou a necessidade de aprofundar o estudo na dimensão subjetiva e simbólica que este trabalho compreende, como um ponto importante na administração de recursos humanos em enfermagem.
Resumo:
Este estudo procura identificar a percepção do paciente sobre sua permanência na UTI. A amostra constituiu-se de10 pacientes, submetidos à cirurgia cardíaca e que receberam intervenção psicológica somente após a alta da UTI. Para a coleta e análise dos dados, utilizou-se uma abordagem qualitativa (análise de conteúdo). Os resultados sugerem que o paciente possue uma visão esteriotipada da UTI, vinculada à ideia de sofrimento e morte; o enfermeiro ocupa um importante papel nos momentos de fragilidade, dependência física e emocional; a dor, por seu caráter subjetivo, individual e emocional, é inevitável por estar relacionada aos procedimentos e, muitas vezes, associada ao sofrimento físico.
Resumo:
O estudo foi realizado com os objetivos de identificar as atividades desenvolvidas após a formatura pelos enfermeiros graduados na Escola de Enfermagem da SP (EEUSP) e caracterizar a inserção destes enfermeiros em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no que se refere a ter sido ou não sua primeira área de atuação, à experiência anterior de trabalho em UTI, ao treinamento inicial específico e às dificuldades enfrentadas para assumir as atividades nessas Unidades. A população foi composta pelos egressos da EEUSP nos anos de 1991 a 1995. Uma listagem dos alunos formados no período, com os respectivos endereços e telefones, foi obtida junto à Seção de Graduação. Foi utilizado um questionário para a coleta de dados. Dentre os 235 questionários enviados, 117 (49,8%) retornaram com resposta. Quanto as atividades após a formatura, 90,5% informaram estar exercendo a profissão; o hospital ,foi o local de trabalho mais indicado, totalizando 76,2% das respostas. Em todos os anos do período estudado, um contingente significativo de enfermeiros foi absorvido nas UTls. Dos 117 respondentes, 55 (47,0%) informaram que trabalham ou trabalharam em UTI, sendo que para 54,5% deles, este foi o primeiro emprego. A maioria (52,8%) não tinha experiência de trabalho anterior em UTI. Apesar de 64,1% dos enfermeiros terem recebido treinamento inicial específico, foram mencionadas dificuldades para assumir as atividades na UTI, dentre as quais destacaram-se: a falta de destreza manual e de conhecimento teórico (45,4%), o manuseio de equipamentos (25,8%) e o relacionamento com as equipes de enfermagem. e multiprofissional (8,2%).