Fitotoxicidade causada por herbicidas na fase inicial de desenvolvimento da cultura do sorgo

A utiliza����o de herbicidas em p��s-emerg��ncia inicial ou tardia em jato dirigido �� cultura de sorgo cresceu muito com o aumento da ��rea plantada da cultura. No entanto, estes herbicidas podem causar inj��rias ��s plantas de sorgo, quando n��o s��o totalmente seletivos. Como esses herbicidas s��o basicamente bloqueadores de processos metab��licos, surge a d��vida sobre quais ser��o os efeitos dessas inj��rias na produ����o final de gr��os de sorgo. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da toxicidade �� cultura causada pela aplica����o de herbicidas na fase inicial e em p��s-emerg��ncia tardia em jato dirigido e o seu efeito na produ����o de gr��os. Este estudo foi conduzido durante os anos agr��colas 1994/95 e 1995/96, utilizando-se o h��brido BR 700, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e quatro repeti����es. Os tratamentos consistiram da aplica����o da combina����o dos seguintes herbicidas em diferentes doses: cyanazine + simazine com e sem ��leo mineral, aplicados nos est��dios de crescimentos de 4 e 6 folhas, e paraquat + espalhante adesivo e ametryn + ��leo mineral , aplicados em jato dirigido no est��dio de 12 folhas. Foram inclu��das tamb��m testemunhas com e sem capina, al��m da retirada mec��nica das folhas do 1��, 2�� e 3�� pares de folhas. Foram avaliados ��rea foliar, peso da mat��ria seca da parte a��rea, teor de clorofila nas folhas, altura da planta, di��metro do colmo, estande, peso de 1.000 gr��os, peso de pan��culas e produ����o de gr��os. A aplica����o de cyanazine + simazine + ��leo mineral, no est��dio de 4 folhas, reduziu drasticamente o estande das plantas de sorgo, nos dois per��odos avaliados. O desenvolvimento das plantas, medido pela ��rea foliar e pelo di��metro do caule, foi pouco afetado, sendo os piores desempenhos verificados na testemunha sem capina e com a aplica����o da mistura cyanazine + simazine. A redu����o no estande afetou diretamente a produ����o de pan��culas e de gr��os. Os tratamentos que proporcionaram os mais altos rendimentos foram: paraquat + espalhante adesivo, ametryn + ��leo mineral, retirada mec��nica de folhas e cyanazine + simazine aplicados no est��dio de 6 folhas. �� exce����o do tratamento cyanazine + simazine aplicado no est��dio de 4 folhas, o uso de herbicidas em p��s-emerg��ncia inicial e ��rea total na cultura do sorgo mostrou-se seletiva . Mesmo quando houve inj��rias, decorrentes da a����o dos herbicidas, elas n��o foram suficientes para prejudicar a produ����o. O bom controle das plantas daninhas proveniente do uso dos herbicidas possibilitou ao sorgo expressar melhor seu potencial produtivo.

Efeito de doses reduzidas de glyphosate e paraquat simulando deriva na cultura do sorgo

A aplica����o de herbicidas, seja para desseca����o de culturas ou para controle de plantas daninhas, vem crescendo, devido �� expans��o da fronteira agr��cola brasileira. Esse fato aumenta os riscos de ocorr��ncia de deriva acidental em culturas vizinhas suscet��veis; no entanto, as perdas em produtividade dessas culturas s��o desconhecidas em muitas situa����es de ocorr��ncia de deriva de herbicidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fitotoxicidade causada por doses reduzidas dos herbicidas glyphosate e paraquat simulando deriva, bem como seus efeitos, no desenvolvimento das plantas e no rendimento de gr��os de sorgo. O estudo foi conduzido durante os anos agr��colas 1996/97 e 1997/98, utilizando-se o h��brido BR 700 no delineamento de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e quatro repeti����es. Foram utilizadas cinco doses reduzidas simulando deriva - 2, 4, 6, 8 e 12% da dose recomendada (dose recomendada: 1.440 g ha-1 de glyphosate e 400 g ha-1 de paraquat) - e duas testemunhas sem aplica����o de herbicidas para compara����o. ��rea foliar e peso da mat��ria seca n��o foram afetados pelos tratamentos de deriva, ao passo que a altura da planta foi reduzida sobretudo nas maiores doses dos herbicidas. O teor de clorofila foi afetado apenas no ano agr��cola 1997/98, ocorrendo maior porcentagem de inj��rias �� medida que se aumentou a concentra����o de deriva. No ano agr��cola 1996/97, os danos observados na parte a��rea foram maiores e o estande final chegou a ser reduzido pela maior dose de glyphosate. Com rela����o �� produtividade, somente no ano agr��cola 1996/97 houve redu����o devido �� deriva, em que a maior concentra����o de glyphosate resultou em menor peso de pan��culas e de gr��os. No ano agr��cola 1997/98, n��o houve efeito de deriva nas caracter��sticas de produ����o, em raz��o, provavelmente, da influ��ncia de fatores clim��ticos. O sorgo �� uma planta sens��vel �� a����o de herbicidas n��o-seletivos; doses reduzidas, tanto de glyphosate como de paraquat, correspondentes a 12% ou menos da dose recomendada, podem influir no desenvolvimento das plantas, comprometendo a produtividade de gr��os, sobretudo quando as condi����es clim��ticas s��o favor��veis �� a����o desses herbicidas.

Efeito da irriga����o inicial na profundidade de lixivia����o do herbicida s-metolachlor em diferentes tipos de solos

Muitas vezes a profundidade de lixivia����o dos herbicidas aplicados ao solo afeta a seletividade destes ��s culturas. O objetivo deste trabalho foi estudar a lixivia����o do herbicida s-metolachlor em cinco tipos de solos (Podz��lico Vermelho-Amarelo, Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Amarelo, Areia Quartzosa-turfosa e Areia Quartzosa), bem como avaliar o efeito do manejo das primeiras irriga����es antes e ap��s a aplica����o do herbicida sobre esse processo, por meio de bioensaios, relacionando os resultados encontrados com poss��veis efeitos fitot��xicos ocorridos em algumas culturas comerciais. Os experimentos foram realizados em casa de vegeta����o, utilizando-se colunas de lixivia����o, sendo compostos de oito tratamentos, formados da combina����o de dois tipos de irriga����o inicial (l��mina de irriga����o de 25 mm antes ou depois da aplica����o do s-metolachlor) com quatro faixas de profundidade de coleta dos solos (0-5, 5-10, 10-15 e 15-20 cm), com cinco tipos de solos. O herbicida s-metolachlor foi pulverizado na dose de 1,92 kg ha-1 em todos os tratamentos, e a planta indicadora utilizada foi o sorgo-gran��fero (Sorghum bicolor), h��brido BR 304. Observou-se tend��ncia de maior lixivia����o e maior disponibilidade do s-metolachlor em todos os solos avaliados quando a irriga����o foi realizada ap��s a aplica����o do herbicida. Na Areia Quartzosa ocorreu a maior lixivia����o e disponibilidade do herbicida. Em todos os solos, o s-metolachlor concentrou-se na camada mais superficial do solo de 0-5 cm. Conclui-se que solos com baixos teor de mat��ria org��nica e CTC efetiva aumentam a predisposi����o da ocorr��ncia de efeitos fitot��xicos do s-metolachlor ��s culturas e a probabilidade de contamina����o de ��guas subterr��neas.

Influ��ncia do res��duo de colheita de cana-de-a����car sem queima sobre a efici��ncia dos herbicidas imazapic e imazapic + pendimethalin

Os res��duos deixados sobre o solo por ocasi��o da colheita mecanizada da cana-de-a����car podem constituir-se em uma barreira f��sica para a a����o dos herbicidas no controle de plantas daninhas, quando aplicados em pr��-emerg��ncia destas plantas sobre a palha da cana. Em virtude disso, o presente trabalho teve por objetivos analisar e quantificar a interfer��ncia dessa camada de palha sobre o solo na a����o dos herbicidas imazapic e imazapic + pendimethalin no controle de plantas daninhas em ��reas onde a cana-de-a����car foi colhida mecanicamente sem a queima da palhada previamente �� colheita. Foram realizados dois ensaios simult��neos: um com a retirada da palha dois dias ap��s a aplica����o dos herbicidas e o outro com a manuten����o desta, ambos conduzidos em casa de vegeta����o. O imazapic isolado foi aplicado nas dosagens de 0, 122,5 e 147 g i.a.ha-1 e em mistura com pendimethalin na dosagem de 75 + 1500 g i.a.ha-1, com simula����o de chuvas nas intensidades de 30, 60 e 90 mm. Ap��s an��lise dos resultados de biomassa seca, altura e n��mero de folhas das plantas de Sorghum bicolor e Cyperus rotundus, al��m de nota visual e biomassa seca de Panicum maximum, Brachiaria plantaginea, Digitaria horizontalis, Amaranthus viridis, Ipomoea grandifolia e Brachiaria decumbens, constatou-se efici��ncia proporcional dos herbicidas �� dosagem utilizada, independentemente da presen��a da palha, �� exce����o de Ipomoea grandifolia e Brachiaria decumbens, al��m de haver menor controle nos tratamentos submetidos �� chuva de 90 mm. Esses resultados indicam boas perspectivas quanto �� aplica����o destes herbicidas em ��reas de colheita mecanizada de cana-de-a����car sem queima, para controle de plantas daninhas em condi����es de pr��-emerg��ncia.

Mobilidade do sulfentrazone em Nitossolo Vermelho e em Neossolo Quartzar��nico

O objetivo deste trabalho foi determinar a mobilidade do herbicida sulfentrazone em duas classes de solos (Nitossolo Vermelho e Neossolo Quartzar��nico), em fun����o de ��ndices pluviom��tricos crescentes, sendo, portanto, influenciado pelas propriedades qu��micas e f��sicas dos solos com diferentes teores de ferro. Em tubos de PVC de 10 cm de di��metro por 50 cm de comprimento, preenchidos com os solos e saturados com ��gua a 65% (p/p), foi aplicado o sulfentrazone (800 g ha-1). Na seq����ncia, foram simuladas chuvas di��rias de 10 mm at�� atingir os ��ndices pluviom��tricos de 30, 60 e 90 mm. Os tubos de PVC foram ent��o desmontados - semeando-se Sorghum bicolor nas profundidades correspondentes de 2,5; 7,5; 12,5; 17,5; 22,5; e 30,0 cm da superf��cie do tubo - e mantidos em casa de vegeta����o por 15 dias, para avalia����o da germina����o e do crescimento inicial das pl��ntulas. No final do experimento foram avaliadas as altera����es morfofisiol��gicas que caracterizavam os efeitos t��xicos do produto, al��m de se medir o comprimento da parte a��rea at�� a ��ltima l��gula vis��vel e a fitomassa seca das plantas. Quando sob precipita����o de 90 mm no Neossolo Quartzar��nico, o sulfentrazone formou uma banda de arraste de at�� 12,5 cm e, no Nitossolo Vermelho, at�� os 7,5 cm.

Potencial de esp��cies utilizadas como adubo verde no manejo integrado de plantas daninhas

O presente trabalho foi conduzido na Esta����o Experimental da Universidade Federal do Tocantins, Gurupi-TO, Brasil. O experimento foi instalado com o objetivo de avaliar durante 60 dias, em campo, a interfer��ncia de oito esp��cies utilizadas freq��entemente como adubos verdes (Mucuna aterrima, Mucuna pruriens, Crotalaria ochroleuca, Crotalaria spectabilis, Canavalia ensiformis, Cajanus cajan, Pennisetum americanum e Sorghum bicolor, h��brido BR304) sobre a comunidade infestante. As esp��cies de plantas daninhas mais freq��entes na ��rea do experimento foram: Digitaria horizontalis, Hyptis lophanta e Amaranthus spinosus. Foram realizadas amostragens aos 15, 30, 45 e 60 dias ap��s a forma����o da cobertura, utilizando um quadrado de amostragem equivalente a 0,25 m��. As plantas daninhas foram devidamente identificadas, coletadas, secas e pesadas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado e constou de nove tratamentos, com quatro repeti����es cada. Verificou-se que as esp��cies C. spectabilis, S. bicolor, C. ochroleuca, M. aterrima e M. pruriens reduziram significativamente o n��mero e o peso da mat��ria seca da popula����o das plantas daninhas avaliadas (D. horizontalis, H. lophanta e A. Spinosus), principalmente as duas ��ltimas, enquanto P. americanum mostrou-se a menos eficiente nesse aspecto.

Mobilidade do sulfentrazone em latossolo vermelho e em chernossolo

Este trabalho objetivou determinar a mobilidade do sulfentrazone em duas classes de solos em fun����o de ��ndices pluviom��tricos, bem como poss��veis influ��ncias das propriedades qu��micas e f��sicas de Latossolo Vermelho e Chernossolo com diferentes teores de ferro na a����o do herbicida. Foram utilizados como recipientes 36 tubos de PVC de 10 cm de di��metro por 50 cm de comprimento. Os recipientes foram preenchidos com os solos e umedecidos a 65% (p/p) da capacidade de satura����o, quando se fez a aplica����o do sulfentrazone (800 g ha-1 de i.a.) na ��rea exposta dos solos. Na seq����ncia, foram simuladas chuvas di��rias de 10 mm at�� atingir o ��ndice pluviom��trico desejado (30, 60 e 90 mm), sendo, posteriormente, desmontados seis tubos de cada solo (com e sem aplica����o). Foram semeadas cinco sementes de sorgo (Sorghum bicolor) nas profundidades de 2,5; 7,5; 12,5; 17,5; 22,5; e 30,0 cm, mantidas em casa de vegeta����o por 15 dias para avalia����o da germina����o e do crescimento inicial. Decorrido esse tempo, foi realizada avalia����o de poss��veis altera����es morfofisiol��gicas que pudessem ser caracterizadas como efeitos t��xicos do produto e mediu-se o comprimento da parte a��rea at�� a ��ltima l��gula vis��vel. As partes a��reas foram secas em estufa com circula����o for��ada de ar (70 ��C por 96 horas), para obten����o de mat��ria seca. No Chernossolo ocorreu uniformidade da distribui����o do produto ao longo do tubo, proporcional �� precipita����o, e no Latossolo Vermelho o sulfentrazone foi pouco m��vel, permanecendo na camada superficial, independentemente da precipita����o.

Efeito da umidade do solo sobre a capacidade de Canavalia ensiformis e Stizolobium aterrimum em remediar solos contaminados com herbicidas

Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os efeitos da umidade do solo sobre a capacidade de Canavalia ensiformis e Stizolobium aterrimum em remediar solos contaminados com os herbicidas tebuthiuron e trifloxysulfuron-sodium. O trabalho foi realizado em duas etapas, sendo na primeira avaliado o crescimento de C. ensiformis e S. aterrimum em solo com diferentes n��veis de umidade, contaminados ou n��o com herbicidas. Os tratamentos foram compostos pela combina����o entre os herbicidas tebuthiuron, trifloxysulfuron-sodium e aus��ncia de herbicida, associados a quatro teores de ��gua do solo (0,287, 0,358, 0,431 e 0,575 kg kg-1), dispostos em esquema fatorial 3 x 4, sob delineamento inteiramente casualizado, com tr��s repeti����es, para cada esp��cie remediadora. Ap��s o preparo do substrato e enchimento dos vasos, aplicou-se �� superf��cie do solo o herbicida trifloxysulfuron-sodium ou tebuthiuron. Um dia ap��s essa aplica����o, procedeu-se �� semeadura das esp��cies remediadoras. Nessa mesma ��poca, utilizaram-se, como testemunha, vasos sem planta remediadora, por��m com os mesmos n��veis de umidade e com aplica����o do herbicida mantido nas mesmas condi����es daqueles com plantas remediadoras, as quais foram colhidas 60 dias ap��s semeadura. Nessa ocasi��o, foram avaliadas a altura e a massa seca da parte a��rea (MSPA) dessas esp��cies. Todo o material colhido foi triturado e incorporado ao solo dos seus respectivos vasos. Na segunda etapa, avaliou-se a capacidade remediadora de C. ensiformis e S. aterrimum. Os tratamentos foram compostos pela combina����o entre quatro n��veis de umidade e cinco tipos de cultivo pr��vio: cultivo de C. ensiformis e S. aterrimum na presen��a e aus��ncia do herbicida e um tratamento sem cultivo pr��vio e com aplica����o do herbicida, dispostos em esquema fatorial 4 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com tr��s repeti����es, para cada herbicida avaliado. Amostras de 0,5 kg de solo foram retiradas dos vasos (6 L) utilizados na primeira etapa e colocadas em vasos de 0,5 L. Em seguida, cultivaram-se as esp��cies indicadoras de res��duo dos herbicidas no solo: sorgo (Sorghum bicolor) para o trifloxysulfuron-sodium e soja (Glycine max) para o tebuthiuron. Estas plantas foram colhidas 20 dias ap��s a semeadura, ��poca em que se avaliaram a altura, a MSPA e o grau de intoxica����o delas pelos herbicidas. Canavalia ensiformis n��o sobreviveu at�� a ��poca de avalia����o (60 DAS) em solo contaminado pelo tebuthiuron, independentemente do n��vel de umidade mantido no solo. S. aterrimum sobreviveu quando cultivada em solo com teor de ��gua entre 0,287 e 0,358 kg kg-1 e, quando comparada a C. ensiformis, foi mais eficiente na descontamina����o do solo com residual do tebuthiuron. Nos solos contaminados com trifloxysulfuron-sodium ou com tebuthiuron, com o cultivo pr��vio das esp��cies remediadoras, o crescimento do sorgo e da soja foi melhor se comparado ao daquelas plantas cultivadas no solo onde n��o foi feito o cultivo das esp��cies remediadoras. De maneira geral, a varia����o da umidade n��o interferiu no processo de remedia����o, sendo os efeitos observados no desenvolvimento das esp��cies remediadoras. O melhor desenvolvimento de C. ensiformis e S. aterrimum foi observado em solo com teor de ��gua mantido em torno de 0,431 kg kg-1; contudo, nesse teor de ��gua, o tebuthiuron �� mais facilmente disponibilizado para a solu����o do solo.

Fitorremedia����o de solo adubado com composto org��nico e contaminado com trifloxysulfuron- sodium

Objetivou- se neste trabalho avaliar a capacidade remediadora das esp��cies vegetais feij��o- de- porco (Canavalia ensiformis) e mucuna- preta (Stizolobium aterrimum), em solo adubado com composto org��nico e contaminado com o herbicida trifloxysulfuron- sodium. Na primeira etapa, avaliou- se o crescimento de C. ensiformis e S. aterrimum nos diferentes substratos, contaminados ou n��o com herbicida. Os tratamentos foram compostos pela combina����o entre duas doses do herbicida trifloxysulfuron- sodium (0,0 e 7,5 g ha- 1) e cinco teores de composto org��nico: 0, 25, 50, 100 e 200 m�� ha- 1 (equivalentes a 0, 1,25, 2,5, 5 e 10% do volume de solo em cada vaso, respectivamente), dispostos em esquema fatorial 2 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com tr��s repeti����es, para cada esp��cie remediadora. Um dia ap��s a aplica����o do herbicida �� superf��cie do solo, procedeu- se �� semeadura das esp��cies remediadoras, deixando- se como testemunha vasos sem planta. Na colheita, aos 60 dias ap��s a emerg��ncia, avaliou- se a altura e a massa seca da parte a��rea (MSPA) dessas esp��cies. Todo o material colhido foi triturado e incorporado ao solo dos seus respectivos vasos. Na segunda etapa, avaliou- se a capacidade remediadora de C. ensiformis e S. aterrimum. Os tratamentos foram compostos pela combina����o entre cinco teores de composto org��nico e cinco tipos de cultivo pr��vio: cultivo de C. ensiformis e S. aterrimum na presen��a e aus��ncia do herbicida trifloxysulfuron- sodium e um tratamento sem cultivo pr��vio e com aplica����o de trifloxysulfuron- sodium, dispostos em esquema fatorial 5 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com tr��s repeti����es. Amostras de 100 g de solo foram retiradas dos vasos (6 L) usados na primeira etapa e colocadas em vasos de 100 cm��. Em seguida, cultivou- se sorgo (Sorghum bicolor) para indica����o de res��duo do herbicida no solo. Essas plantas foram colhidas 20 dias depois, ��poca em que se avaliaram a altura, a MSPA e o grau de intoxica����o delas pelo herbicida. No solo com trifloxysulfuron- sodium e sem cultivo pr��vio das esp��cies remediadoras, as plantas de sorgo tiveram seu crescimento reduzido, mesmo com a adi����o de composto org��nico. O cultivo pr��vio de C. ensiformis e S. aterrimum proporcionou crescimento normal ��s plantas de sorgo, confirmando a capacidade remediadora dessas esp��cies. A adi����o de composto org��nico n��o influenciou a capacidade remediadora das esp��cies.

Fitoestimula����o por Stizolobium aterrimum como processo de remedia����o de solo contaminado com trifloxysulfuron-sodium

Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito da microbiota associada �� rizosfera de mucuna-preta (Stizolobium aterrimum) na fitorremedia����o de um solo contaminado pelo herbicida trifloxysulfuron-sodium. Os tratamentos no esquema fatorial 2 x 4 foram compostos por amostras de solo rizosf��rico de S. aterrimum cultivado por 60 dias e solo n��o-rizosf��rico ou n��o cultivado, todos submetidos a quatro n��veis de contamina����o pelo trifloxysulfuron-sodium (0,0, 7,5, 37,5 e 375 g ha-1). As amostras foram incubadas por 30 dias em recipientes apropriados para avalia����o do desprendimento de di��xido de carbono (CO2) pela respira����o microbiana e quantifica����o de carbono da biomassa. Para comprova����o de resultados, realizou-se o plantio de sorgo (Sorghum bicolor) nas amostras dos tratamentos, como planta indicadora da presen��a de res��duos do herbicida. Observou-se que o solo da rizosfera de S. aterrimum na presen��a do herbicida trifloxysulfuron-sodium se apresentou com maior atividade biol��gica, evidenciada pelo maior desprendimento de CO2. A biomassa microbiana foi maior nas amostras de solo rizosf��rico, independentemente da presen��a do herbicida. Comprovou-se a contribui����o da microbiota no processo de descontamina����o do solo, pelo fato de o crescimento das plantas de sorgo em solo rizosf��rico ter se apresentado semelhante na aus��ncia ou presen��a do trifloxysulfuron-sodium, enquanto no solo n��o-rizosf��rico o crescimento do sorgo foi inversamente proporcional �� dose do herbicida.

Efici��ncia de herbicidas pr��-emergentes ap��s per��odos de seca

Objetivou-se, com este trabalho, estudar a efic��cia de herbicidas pr��-emergentes ap��s per��odos de seca, em dois tipos de solo. Foram realizados dois ensaios simult��neos em casa de vegeta����o: no primeiro foram aplicados os herbicidas (trifloxysulfuron-sodium + ametryn - 351 + 99 g ha-1) + (diuron + hexazinone - 1.097 + 27,77 g ha-1), trifloxysulfuron-sodium + ametryn - 1.463 + 37 g ha-1, diuron + hexazinone - 1.170 + 330 g ha-1, imazapyr - 200 g ha-1 e imazapic - 122,5 g ha-1, em vasos com amostras de Latossolo Vermelho distrof��rrico (textura argilosa); e, no segundo, as doses foram ajustadas em fun����o dos teores de mat��ria org��nica e argila do solo e aplicadas em vasos com amostras de Latossolo Vermelho distr��fico (textura m��dia). Em cada ensaio, foram utilizados Cucumis sativus e Sorghum bicolor como esp��cies bioindicadoras e seis per��odos de seca ap��s as aplica����es dos herbicidas (0, 10, 20, 40, 60 e 90 dias), com quatro repeti����es. Os sintomas de intoxica����o foram observados aos 7, 14 e 21 dias ap��s semeadura dos bioindicadores. Os herbicidas apresentaram maior estabilidade, ou seja, maior efeito t��xico sobre os bioindicadores ao longo do tempo, no solo com maior teor de argila e mat��ria org��nica; o isoxaflutole e as misturas (trifloxysulfuron-sodium + ametryn) + (diuron + hexazinone) e diuron + hexazinone demonstraram maior efeito residual em ambos os solos, afetando o desenvolvimento dos bioindicadores em 100%.

Sele����o de plantas para fitorremedia����o de solos contaminados com picloram

Uma das primeiras etapas quando se inicia um programa de fitorremedia����o de herbicidas �� a avalia����o da toler��ncia das esp��cies vegetais selecionadas ao respectivo contaminante. Registrado para uso no Brasil, o picloram apresenta elevada persist��ncia no solo, podendo causar problemas de carryover e de contamina����o de ��guas subterr��neas. Em decorr��ncia disso, objetivou-se com este trabalho selecionar esp��cies que apresentem toler��ncia �� presen��a do picloram no solo, para utiliza����o futura em programas de fitorremedia����o de solos contaminados com este herbicida. O experimento foi realizado no per��odo de outubro a dezembro de 2005, em casa de vegeta����o em Rio Verde/GO. Os tratamentos foram compostos pela combina����o entre 19 esp��cies vegetais [Brachiaria brizantha (cv. Marandu); Brachiaria brizantha (cv. MG-5 Vit��ria); Brachiaria brizantha (cv. Mulato); Brachiaria decumbens; Brachiaria humidicola; Brachiaria ruziziensis; Panicum maximum (cv. Massai); Panicum maximum (cv. Momba��a); Panicum maximum (cv. Tanz��nia); Pennisetum purpureum x Pennisetum glaucum - capim-elefante (cv. Para��so); Eleusine coracana - capim-p��-de-galinha-gigante; Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-300); Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-500); Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - Cover Crop; Sorghum bicolor x Sorghum sudanense sorgo (cv. Jumbo); Paspalum atratum - capim-pojuca; Zea mays - milho (h��brido Coodetec 208); Canavalia ensiformis - feij��o-de-porco; e Stizolobium aterrimum - mucuna-preta] e de cinco doses do picloram (0, 80, 160, 320 e 640 g ha-1), totalizando 95 tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 19 x 5, com quatro repeti����es. As plantas foram cultivadas em solo classificado como Latossolo Vermelho eutrof��rrico; ap��s o preenchimento e umedecimento dos vasos, aplicou-se o picloram. Quinze dias ap��s a aplica����o do herbicida foi realizada a semeadura das esp��cies vegetais. Ap��s a an��lise dos resultados, constatou-se que as esp��cies Zea mays - milho (h��brido Coodetec 208), Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - Cover Crop, Eleusine coracana - capim-p��-de-galinha-gigante, Brachiaria brizantha (cv. MG-5 Vit��ria), Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-500), Brachiaria decumbens, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria humidicola, Pennisetum glaucum - milheto (cv. ADR-300), Brachiaria brizantha (cv. Mulato), Sorghum bicolor x Sorghum sudanense - sorgo (cv. Jumbo), Panicum maximum (cv. Tanz��nia), Panicum maximum (cv. Momba��a) e Panicum maximum (cv. Massai) apresentaram toler��ncia �� atividade residual do picloram no solo, podendo ser inseridas inicialmente para avalia����o em programas de fitorremedia����o desse herbicida.

Sor����o do imazapyr em solos com diferentes texturas

O conhecimento do comportamento de herbicidas no ambiente, sobretudo no solo, permite a predi����o de poss��veis impactos do seu uso em sistemas agr��colas. Com o intuito de avaliar a sor����o do herbicida imazapyr no solo, foi realizado um experimento, utilizando sorgo (Sorghum bicolor) como planta bioindicadora. A sor����o do imazapyr foi avaliada em areia lavada e em tr��s solos, com as seguintes texturas: muito argilosa, franco-argilo-arenosa e areia-franca, provenientes, respectivamente, das cidades de Sete Lagoas, Jo��o Pinheiro e Rio Casca, em Minas Gerais. Foram determinados: o valor de I50 (dose que inibiu 50% no ac��mulo de massa seca da planta-teste) e a rela����o de sor����o [RS = (I50 solo -I 50 areia)/I50 areia]. Os valores de I50 observados foram: 29,41; 10,20 e 7,33 mg kg-1, e a rela����o de sor����o (RS): 9,77; 2,73 e 1,68, respectivamente para os solos muito argiloso, franco-argilo-arenoso e areia franca. O herbicida imazapyr apresentou a seguinte ordem de sor����o nos substratos: muito argiloso > franco-argilo-arenoso > areia-franca > areia lavada. Em solos arenosos e com baixos teores de mat��ria org��nica, a baixa sor����o do imazapyr predisp��e o produto �� lixivia����o no perfil do solo, podendo contaminar mananciais de ��guas subterr��neas.

Lixivia����o de clomazone + ametryn, diuron + hexazinone e isoxaflutole em dois tipos de solo

Objetivou-se neste trabalho avaliar a lixivia����o de herbicidas pr��-emergentes recomendados para cana-de-a����car em solos com textura argilosa e m��dia. Os ensaios consistiram na aplica����o de ametryn + clomazone (1.500 + 1.000 g ha-1), isoxaflutole (187,5 g ha-1) e diuron + hexazinone (1.170 + 330 g ha-1) no topo das colunas de solo montadas em tubos de PVC. Foram simuladas precipita����es pluviais de 10, 20, 40 e 80 mm decorridas 24 h da aplica����o dos herbicidas. Os tubos foram desmontados para a semeadura de Sorghum bicolor e de Cucumis sativus, tr��s dias ap��s a simula����o. O herbicida ametryn + clomazone em solo com textura argilosa foi detectado aos 20 e 35 cm de profundidade, nas aplica����es de 10 e 80 mm de ��gua, respectivamente. Em solo com textura m��dia, observou-se maior efeito deste herbicida em todas as precipita����es, em rela����o ao argiloso. Com a aplica����o de 40 e 80 mm de ��gua, o herbicida foi detectado at�� 35 cm de profundidade em solo com textura argilosa. O herbicida isoxaflutole aplicado em solo argiloso causou albinismo na parte a��rea das plantas at�� 15 e 25 cm de profundidade no solo com chuvas de 10 e 80 mm, respectivamente. Em solo com textura m��dia, as maiores simula����es de chuva possibilitaram detectar este herbicida at�� 30 cm. Com a simula����o de 80 mm de chuva, o herbicida diuron + hexazinone foi encontrado aos 30 cm de profundidade em ambos os solos, provocando efeitos t��xicos sobre as plantas bioindicadoras de 25 e 60% em solos argiloso e m��dio, respectivamente. Concluiu-se que todos os herbicidas avaliados t��m tend��ncia a serem lixiviados por influ��ncia das precipita����es pluviais ou de irriga����es artificiais, com efeitos mais pronunciados em solos com textura m��dia e com menor teor de mat��ria org��nica.

Lixivia����o de sulfentrazone e amicarbazone em colunas de solo com adi����o de ��leo mineral

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a lixivia����o dos herbicidas sulfentrazone e amicarbazone, com e sem ��leo mineral, em ��rea de plantio de cana-de-a����car sobre um Latossolo Vermelho-Escuro, por meio de colunas de solo. Para avalia����o da lixivia����o, ap��s acumuladas as precipita����es de 35, 67 e 106 mm, tubos de PVC de 10 cm de di��metro, seccionados longitudinalmente, foram enterrados at�� a profundidade de 35 cm, procurando-se manter a estrutura original do solo. Os tubos foram retirados, separados em suas metades e acondicionados em casa de vegeta����o, onde se semearam as plantas-teste sorgo (Sorghum bicolor) e corda-de-viola (Ipomoea nil) longitudinalmente ao longo do perfil de cada metade dos tubos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repeti����es. As parcelas consistiram da aplica����o dos dois herbicidas, adicionados ou n��o de adjuvante, e uma testemunha sem herbicida. Nas subparcelas estudaram-se as profundidades de percola����o (0,0-2,5; 2,5-5,0; 5,0-10; 10-15; 15-20; 20-25; 25-30; e 30-35 cm). Aos 20 dias ap��s a semeadura, determinou-se a mat��ria seca das pl��ntulas. Observou-se que o sulfentrazone lixiviou at�� 10 cm de profundidade, mesmo com 106 mm de precipita����o, sem efeito diferenciado do ��leo. Os efeitos foram mais pronunciados para o sorgo. O amicarbazone n��o interferiu na mat��ria seca das pl��ntulas de sorgo. Quanto �� corda-de-viola, o herbicida sob precipita����o de 35 mm reduziu o desenvolvimento das pl��ntulas, independentemente da profundidade e sem efeito diferenciado do ��leo; com 67 mm de precipita����o, o herbicida lixiviou pelo solo, e o ��leo mineral o manteve na camada mais superficial. Com 106 mm, o herbicida foi totalmente lixiviado e n��o se constatou efeito do ��leo.