166 resultados para Segmentação de Imagem
Resumo:
OBJETIVO: Selecionar os melhores algoritmos para o exame de coluna lombar na avaliação de artrodese com material metálico. MATERIAIS E MÉTODOS: Utilizou-se um equipamento de tomografia computadorizada de 16 fileiras de detectores. Imagens de dez pacientes foram reconstruídas com filtros 20, 40, 60 e 80 e realizadas reformatações em três dimensões e multiplanares com espessuras de 2 mm e 4 mm. Um total de 320 imagens foi avaliado por três experientes radiologistas, que deram notas de 1 a 5 (1 = não-aceitável; 2 = abaixo dos padrões; 3 = aceitável; 4 = acima da média; 5 = excelente). Além disso, foram realizadas medidas de ruído para correlação com o tipo de filtro utilizado. RESULTADOS: As médias do valor de ruído para reconstrução com 2 mm e filtros 20, 40, 60 e 80 foram de 24,7 ± 4,3; 35,5 ± 4,2; 106,0 ± 18,5 e 145,9 ± 26,9, respectivamente, e para 4 mm foram de 18,1 ± 2,4; 25,1 ± 4,6; 76,7 ± 17,2 e 106,6 ± 23,4. CONCLUSÃO: As imagens coloridas em três dimensões são mais bem visualizadas com filtro 20, entretanto, nas imagens em tons de cinza um filtro intermediário de 40 ou 60 pode ser útil para demonstrar os parafusos com maior detalhe. Para reconstruções multiplanares com espessura de 2 mm o filtro 40 é mais bem aceito, e para uma espessura de 4 mm um filtro 60 apresentou melhor qualidade.
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OBJETIVO: Propor um modelo de programa para residência médica em radiologia e diagnóstico por imagem, com programa básico de treinamento teórico e de treinamento em serviço. MATERIAIS E MÉTODOS: O programa foi idealizado a partir de uma análise e revisão da literatura, com base nas recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e da Comissão Nacional de Residência Médica, e tendo como modelo o programa do Conselho Americano de Regulamentação de Educação Médica para Graduados. RESULTADOS: A proposta foi desenvolvida para um programa de duração de três anos, dividido em módulos de subespecialidades ou métodos diagnósticos. Foram descritos os objetivos e especificadas as competências a serem alcançadas pelos médicos residentes. CONCLUSÃO: Mudanças no modelo de ensino-aprendizado se tornaram necessárias face ao crescente acúmulo de informações e o desenvolvimento tecnológico. A organização da aquisição de conhecimentos de forma hierarquizada, com um conteúdo programático básico, permite uma formação adequada do futuro especialista. Espera-se que esta proposta possa contribuir como subsídio para o aprimoramento dos programas de residência médica, permitindo a implementação de um modelo em âmbito nacional.
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A nasofaringe é a parte mais superior das vias aéreas superiores. Seu limite superior é a base do osso esfenóide e occipital, situa-se anteriormente às duas primeiras vértebras cervicais e à frente do clivo. Seus limites laterais são formados pelas margens do músculo constritor superior da faringe e pela fáscia faringobasilar, recessos faríngeos, toro tubário e tuba auditiva. O limite inferior é um plano horizontal que passa pelo palato duro e pelo músculo palatofaríngeo. Anteriormente, comunica-se com a cavidade nasal via coana posterior. Mede cerca de 2,0 cm de diâmetro ântero-posterior e cerca de 4,0 cm de extensão crânio-caudal. O carcinoma de células escamosas compreende aproximadamente 70% a 98% de todas as neoplasias malignas da nasofaringe em adultos. Este tipo de tumor apresenta alta incidência na população asiática, sendo mais comum entre os homens e o terceiro mais comum entre as mulheres. A manifestação clínica do carcinoma da nasofaringe depende do tamanho da lesão e da sua localização, sendo que as lesões de pequenas dimensões são geralmente assintomáticas. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética desempenham papel essencial e complementar no estadiamento e no tratamento dos pacientes portadores de câncer da nasofaringe.
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Sacroiliíte é o processo inflamatório não-infeccioso das articulações sacroilíacas, sendo critério diagnóstico das espondiloartropatias soronegativas. O diagnóstico desta enfermidade requer confirmação pelos métodos de imagem. O presente trabalho faz um revisão de casos do arquivo didático e de artigos da literatura para ilustrar a anatomia, a técnica e os principais achados de imagem na radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, na determinação do diagnóstico de sacroiliíte, abordando inclusive os seus principais diagnóstico diferenciais.
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OBJETIVO: Identificar diferenças no perfil psicossocial do especializando e médico residente em radiologia e diagnóstico por imagem, avaliar a aspiração profissional e as motivações internas que os influenciaram a escolher a especialidade radiologia e diagnóstico por imagem e se o nível de satisfação profissional melhora a relação médico-paciente. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi aplicado um questionário com 26 perguntas que constava também do teste de auto-estima de Rosenberg. RESULTADOS: A auto-estima está acima da média para 39,6% dos médicos. Para 38,7% dos alunos, a escolha da medicina se deu por aptidão ou realizações pessoais. Para 50,9% dos médicos entrevistados, os clientes compreendem e assimilam as informações transmitidas. Apresentam condições para esclarecer as dúvidas dos pacientes 77,4% dos médicos. CONCLUSÃO: Não há diferença no perfil psicossocial do especializando e do médico residente em radiologia e diagnóstico por imagem. A aspiração profissional e as motivações internas dos médicos residentes e especializandos têm as mesmas influências na escolha da especialidade. Os médicos residentes estão mais preparados para o envolvimento na relação médico-paciente do que os especializandos.
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OBJETIVO: Foi realizada avaliação da dose de entrada na pele, da dose efetiva e da qualidade da imagem em radiografias de tórax de pacientes adultos. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo realizou-se em oito hospitais, sendo sete públicos (dois filantrópicos) e um particular nos municípios de Angra dos Reis, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Niterói, Recife e Rio de Janeiro. Foram avaliadas a dose de entrada na pele e a dose efetiva de 735 radiografias de tórax nas incidências póstero-anterior/ântero-posterior e perfil. No que se refere aos critérios de imagem, foram avaliadas 44 radiografias. RESULTADOS: Constatou-se variação de até nove vezes nos valores da dose de entrada na pele e de até seis vezes na dose efetiva para um mesmo tipo de projeção. Os valores das técnicas radiográficas também apresentaram grandes discrepâncias. A qualidade das imagens também não é boa, pois foi obtido valor médio de presença dos critérios de apenas 55%. CONCLUSÃO: Há necessidade de melhoria/padronização de procedimentos em radiologia convencional, o que pode ser atingido se for implantado um programa de controle e garantia de qualidade no setor de radiologia, incluindo o treinamento dos técnicos, a aferição do desempenho dos equipamentos emissores de radiação e o controle sensitométrico do sistema de processamento radiográfico.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi descrever os principais aspectos radiológicos encontrados nas obstruções intestinais pós-operatórias em pacientes submetidos a derivação gastrintestinal em Y de Roux pela técnica de Higa. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 10 pacientes com obstrução intestinal no pós-operatório de gastroplastia redutora, examinados entre novembro de 2001 e abril de 2006. Os casos foram obtidos em sete instituições hospitalares distintas. RESULTADOS: Nos 10 pacientes, a obstrução ocorreu em alça de delgado, sendo cinco por hérnia interna, três por brida, um por hérnia umbilical e um por intussuscepção gástrica. Em quatro pacientes a obstrução ocorreu precocemente (até o sétimo dia de pós-operatório) e em seis aconteceu tardiamente (entre o terceiro mês e cinco anos de pós-operatório). CONCLUSÃO: Todos os casos de obstrução intestinal ocorreram ao nível do intestino delgado. A hérnia interna foi a causa mais freqüente, seguida de brida. Outras causas foram hérnia umbilical e intussuscepção gástrica.
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OBJETIVO: Apesar de os achados radiográficos de apendicite aguda serem bem documentados, o valor da radiografia simples ainda não foi completamente determinado. O objetivo do presente estudo foi estabelecer a freqüência da associação de apendicite aguda a um sinal radiográfico caracterizado por imagem de acúmulo fecal ocupando todo o ceco. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizadas radiografias simples de abdome de 100 pacientes consecutivos com apendicite aguda, comprovada por operação e exame anatomopatológico. Pesquisou-se, nas radiografias, a presença de imagem de acúmulo fecal no ceco, caracterizada por hipotransparência ocupando todo o ceco e, eventualmente, também o cólon ascendente. RESULTADOS: A imagem de acúmulo fecal no ceco foi encontrada em 97% dos doentes, independentemente de idade, sexo, cor da pele ou estádio da apendicite. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que a presença de imagem radiográfica de acúmulo fecal no ceco pode ser um sinal útil no diagnóstico de apendicite aguda.
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OBJETIVO: Descrever os principais aspectos radiológicos encontrados nas fístulas pós-operatórias de anastomose superior em pacientes submetidos a derivação gastrintestinal em Y de Roux pela técnica de Higa. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 24 pacientes com fístula de anastomose no pós-operatório de gastroplastia redutora, avaliados por tomografias computadorizadas e/ou seriografias esofagogastrojejunais. RESULTADOS: As fístulas de anastomose superior ocorreram até o 30º dia de pós-operatório. Dezenove pacientes realizaram exame radiológico no momento do diagnóstico, sendo observado extravasamento de contraste, considerado sinal direto de fístula de anastomose, em dez pacientes. Dos nove restantes, em sete foi evidenciado extravasamento em exames subseqüentes, sendo ainda identificados sinais indiretos de fístula em seis destes. Sinais indiretos foram observados também em pacientes com extravasamento de contraste nos exames iniciais, sendo o pneumoperitônio o aspecto mais freqüente. Dos cinco pacientes sem exame radiológico no momento do diagnóstico, exames subseqüentes evidenciaram extravasamento de contraste em um e sinais indiretos em quatro pacientes. CONCLUSÃO: O achado radiológico mais comum foi o extravasamento de contraste (sinal direto de fístula). Os sinais indiretos foram: nível líquido bizarro, coleção intracavitária, pneumoperitônio desproporcional ao tempo pós-operatório, líquido na cavidade peritoneal, edema da anastomose inferior e distensão de delgado.
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OBJETIVO: Esta pesquisa visou a avaliar a qualidade dos serviços de mamografia do Distrito Federal e o impacto de uma intervenção de inspeção e capacitação. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 41 serviços de mamografia no Distrito Federal no período de 2000 a 2002. A intervenção consistiu na inspeção inicial seguida de um treinamento e notificação oficial da Vigilância Sanitária. Os resultados de qualidade da imagem foram comparados "antes" e "depois" da intervenção. RESULTADOS: O estudo demonstrou que dos 36 serviços que completaram a pesquisa, nenhum estava acima de 90% de conformidade antes da intervenção. Após a intervenção, dez unidades atingiram mais de 90%. As principais melhorias foram em relação aos chassis, compressão da mama e visualização de microcalcificações. CONCLUSÃO: Apesar de o Distrito Federal dispor de muitos serviços, na sua maioria não eram de qualidade. A intervenção foi eficaz para a melhoria da qualidade, porém, torna-se necessária uma ação continuada para resolver os problemas restantes e aumentar o impacto.
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Uma grande variedade de tumores benignos e malignos ocorre no fígado. Embora a caracterização de lesões hepáticas focais possa ser um desafio para o radiologista, a maioria das lesões se apresenta com características de imagem que permitem o seu diagnóstico. O objetivo deste trabalho é o de rever os principais aspectos de imagem dos tumores hepáticos benignos e malignos mais comumente encontrados no fígado adulto.
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As estruturas responsáveis pelo crescimento do osso incluem a fise (também chamada placa de crescimento) e as epífises. Afecções que acometem pacientes com o esqueleto imaturo, ou seja, com a placa de crescimento ainda aberta, podem interferir no crescimento ósseo, resultando em complicações como parada do crescimento, encurtamento dos membros ou deformidades angulares. Condições traumáticas que resultam muitas vezes em fraturas epifisárias são a causa mais comum das lesões da placa de crescimento. A avaliação cuidadosa desses pacientes pelos métodos de diagnóstico por imagem atualmente disponíveis, sobretudo a radiografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, permite o reconhecimento precoce do comprometimento das estruturas relacionadas ao crescimento ósseo, além de tratamento adequado, diminuindo a possibilidade do desenvolvimento de tais complicações.
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Mediastinite pós-cirurgias torácicas é definida como a infecção dos órgãos e tecidos do espaço mediastinal, ocorrendo em 0,4% a 5% dos casos. A gravidade da infecção pós-operatória varia desde infecção de tecidos superficiais da parede torácica até mediastinite fulminante com envolvimento esternal. O critério diagnóstico da tomografia computadorizada para mediastinite aguda pós-cirúrgica é a presença de coleção mediastinal, podendo estar associada ou não a anormalidades periesternais como edema/borramento de partes moles, separação dos segmentos esternais com reabsorção óssea marginal, esclerose e osteomielite. Achados associados incluem linfonodomegalias, consolidações pulmonares e derrame pleural e pericárdico. Pequenas coleções e gás mediastinais podem ser usualmente encontradas em pós-operatório recente de cirurgias torácicas sem a presença de infecções, limitando a eficácia da tomografia computadorizada nas duas primeiras semanas. Após esse período, a tomografia alcança quase 100% de sensibilidade e especificidade. Pacientes com suspeita clínica de mediastinite devem ser submetidos a exame de tomografia para pesquisa de coleções, identificando a extensão da doença e sua natureza. A versão de multidetectores propicia recursos de reconstruções em diversos planos e janelas, contribuindo especialmente para o estudo do esterno.
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Os procedimentos percutâneos orientados por imagem têm ganhado espaço crescente na radiologia intervencionista, constituindo ferramenta eficaz para a abordagem diagnóstica e terapêutica de massas e coleções nos diversos segmentos corporais. No entanto, localizações pélvicas profundas ainda representam grande desafio para o radiologista, por causa da interposição de estruturas anatômicas. Para que o procedimento seja bem sucedido é fundamental o planejamento da via de acesso baseado no conhecimento detalhado da anatomia radiológica da pelve. As principais vias de acesso para a abordagem destas lesões são: transabdominais (anterior e lateral), extraperitoneal ântero-lateral, transvaginal, transretal e transglútea. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da anatomia seccional pélvica normal, demonstrando as diversas vias de acesso para biópsias e drenagens guiadas pela ultra-sonografia e pela tomografia computadorizada, bem como discutir as principais vantagens e complicações potenciais de cada uma delas.