583 resultados para Política internacional Relações exteriores Brasil
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo discutir os atuais desafios do multilateralismo tradicional no comrcio, visveis nos impasses da Rodada Doha, diante das novas realidades do comrcio internacional globalizado, caracterizado pela disperso e fragmentao da produo sob a lgica das cadeias de valor globais (CVG). O artigo discute a forma em que essas transformaes esto desafiando pressupostos tradicionais do sistema multilateral de comrcio e as negociaes da Rodada Doha. Tomando o caso do Brasil como exemplo, o artigo argumenta que o descompasso entre a agenda negociadora e as novas realidades do comrcio internacional reside nos prprios pases-membros da OMC que, em sua maioria, ainda no pautam suas políticas comerciais e suas estratgias de insero internacional por essas novas dinmicas do comrcio internacional. Por fim, o trabalho mostra que a política comercial brasileira durante a ltima dcada esteve desalinhada com essa nova realidade ao dar demasiada nfase s formas tradicionais de negociao comercial, deixando de considerar as modificaes essenciais ocorridas nos padres de comrcio na esteira do processo de globalizao.
Resumo:
Este artigo analisa as configuraes da política externa brasileira ps-2002 para relacionar os ganhos e perdas com as mudanas estruturais do sistema internacional. O intuito e realizar um balano das capacidades materiais do Brasil, assim como dos seus desafios e oportunidades, a partir das categorias propostas por Randall Schweller. Chacal ou Cordeiro? Como se comporta o Brasil num sistema internacional em transio e quais podem ser as consequncias? Ou seja, atua como chacal na busca de ganhos relativos ao seguir o ator mais revisionista (China), e como cordeiro na associao direta com a potncia unipolar.
Resumo:
Frente al cada vez ms complejo sistema internacional contemporneo, se plantea la necesidad de crear nuevas herramientas conceptuales que contribuyan a una mejor comprensin de la realidad mundial. En este contexto, se otorga especial relevancia al fortalecimiento de una perspectiva propiamente latinoamericana introduciendo la nocin de estrategia de quodlbet con el objetivo de analizar la creciente y multifactica presencia de los poderes emergentes en los mbitos decisorios globales.
Resumo:
No artigo so examinados os fundamentos da insero internacional do Brasil sob o primeiro governo da Presidente Dilma Rousseff (2011-2014). So analisadas as causas da perda de eficincia da estratgia de ao internacional adotada no governo de Lus Incio Lula da Silva (2003-2010), a partir da elaborao de hiptese analtica relacionada com a ideia de declnio relativo.
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consensual entre os analistas da Política Externa Brasileira o reconhecimento da priorizao do eixo Sul-Sul nas estratgias de insero internacional do pas durante o governo Lula da Silva, bem como o papel de destaque concedido ao continente africano. Com o intuito de dar lastro emprico s anlises sobre a retomada e repriorizao das relações entre Brasil e frica, este trabalho pretende analisar comparativamente a cooperao tcnica provida pelo Brasil para os pases africanos durante os governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula da Silva (2003-2010). Procura-se identificar e comparar o nmero e os tipos de acordos firmados, a disperso geogrfica desses acordos e a diversidade temtica dos projetos de cooperao tcnica horizontal desenvolvidos pelo Brasil naquele continente. A fonte principal dos dados analisados, ainda pouco explorada pela literatura acadmica brasileira, o banco de dados do Departamento de Atos Internacionais do Ministrio das Relações Exteriores.
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Este trabalho tenciona ser uma reflexo sobre a importncia da aproximao entre o Brasil e a Argentina no campo nuclear, na segunda metade da dcada de 80 e no incio dos anos 90, como fundamento para a construo de um relacionamento novo que suplantou uma rivalidade histrica entre ambos. O processo de aproximao encetado com um propsito aparentemente econmico, tinha uma dimenso estratgica. As repercusses desse esforo iam alm dos interesses bilaterais imediatos e se refletiram na busca de uma nova insero internacional dos dois pases, num momento de transformaes profundas nos planos interno e internacional. Atravs do programa de integrao Brasil-Argentina (que mais tarde tambm envolveu o Uruguai) e do MERCOSUL buscou-se estabelecer uma arquitetura poltico-jurdica, que criou uma realidade que extrapola o campo econmico e projeta-se no terreno poltico.
Resumo:
Expe-se o pensamento do governo brasileiro e a política de comrcio exterior entre 1930 e os dias presentes. Trs constataes da diplomacia brasileira condicionaram o processo decisrio: as doutrinas no presidem prtica das grandes potncias, um pas emergente dispe de escasso poder nos foros multilaterais, experincias liberais radicais no produzem os efeitos apregoados por seus doutrinrios. A política de comrcio exterior evitou por essa razo obedecer a grandes princpios e modelos, orientando-se por crescente realismo. Foi historicamente concebida como instrumento de reforo economia e ao mercado internos e evoluiu com base numa estratgia contraditria que protegia o mercado interno e reivindicava a abertura do mercado global. Cedeu nos anos noventa tendncia da globalizao, no sem estender a introspeco para o mercado regional ampliado, o Mercosul.
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Este trabalho analisa a política exterior chilena das trs ltimas dcadas tendo como pano-de-fundo a situao interna do Pas e seus reflexos na insero internacional do Chile. Neste sentido, ressalta a importncia da relao democracia-política externa e, principalmente, os elementos de continuidade e mudana que afetam esta relao durante os ltimos trinta anos.
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O presente trabalho focaliza o complexo processo de integrao bilateral Brasil-Argentina, iniciado formalmente na dcada de 80, desdobrado em sua dupla abrangncia: a) cooperao pacfica da tecnologia nuclear; b) constituio de um mercado comum. A evoluo desse processo conduziu-se atravs de ciclos fundamentais: primeira etapa, antecedentes de aproximao; segunda etapa, os decisivos instrumentos da ampla integrao; terceira etapa, solidificao de duas bases, uma de nvel tecnolgico nuclear, pactuando um sistema sui generis de salvaguardas e a vigncia do Tratado de Tlatelolco (emendado), e, outra, de nvel econmico pelo Tratado de Assuno, instituindo o Mercosul.
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O artigo parte de uma anlise das estratgias de perpetuao das estruturas hegemnicas de Poder e dos objetivos mais gerais dos grandes pases perifricos (no caso, Brasil e ndia) para, ento, propor estratgias para a melhor insero destes naquelas.
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O artigo demonstra que as relações regionais na frica Austral sofreram uma mudana dramtica que transformou esta regio de conflito, a partir de 1989, em uma zona de relativa paz e segurana entre os Estados. O abandono da política sul-africana de desestabilizao foi instrumental neste processo. Dentro do novo clima de paz e consenso poltico, surgiram outras frices, principalmente de carcter econmico, que deixam a regio pendular entre um grande compromisso para integrao e "guerras comerciais". De novo, a política regional da frica do Sul o fator decisivo para o surgimento desta constelao. Ela oscila entre forte retrica moral e puro racionalismo econmico.
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O Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso deu seguimento a uma linha de conduta que, ao longo do tempo, tem feito da política externa brasileira um fator de credibilidade para o Pas. O Presidente agregou, no entanto, a confiabilidade e atratividade que decorrem do xito do Plano Real, a qualidade de sua liderana e o peso de seu envolvimento pessoal na atividade diplomtica, alm do compromisso com os valores e ideais - democracia, direitos humanos, justia social, preservao do meio ambiente - dominantes neste momento da histria mundial.
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O trabalho um estudo de caso do descompasso existente entre o princpio neoliberal da abertura plena dos mercados e a cultura política dominante no Brasil, tendo como exemplo a nova política de privatizao das comunicaes.
Resumo:
A política externa brasileira, de 1958 a 1998, atravessa trs grandes perodos ou mudanas em suas orientaes e formas de atuao. Numa primeira fase, herdada ainda do perodo anterior do imediato ps-guerra e mesmo anterior a ela, ela vive ainda o "paradigma Rio Branco", isto , orienta-se basicamente e busca manter relações especiais com a principal potncia hemisfrica. No perodo do regime militar, assiste-se a uma ampliao do quadro de relacionamento externo, contemporaneamente a grandes mudanas na estrutura econmica do Pas. Na fase recente, finalmente, emerge a importncia do multilateralismo econmico, no contexto da globalizao. Essas inflexes so analisadas colocando-se lado a lado mudanas na conjuntura internacional e nas condies políticas e econmicas do Pas.
Resumo:
Durante o primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a renovao do sentimento de autoconfiana do pas e o respeito da comunidade internacional favoreceram a política externa. Diante das dificuldades econmicas na virada de ano 1998-99, a diplomacia deve manter a viso do longo prazo. O Brasil continua a ser um "pas que conta", e que depende fundamentalmente de si prprio para desenvolver-se. Mas tambm preciso que melhorem as condies externas. O Brasil empenha-se em contribuir para os debates sobre transformaes na ordem internacional. A tarefa prioritria da diplomacia nacional a de criao de condies externas to favorveis quanto possvel para o desenvolvimento. A agenda externa do pas em 1999 - crise financeira internacional; protecionismo dos pases industrializados; integrao regional (MERCOSUL, Comunidade Andina, Mxico); ALCA; Cpula Amrica Latina e Caribe-Europa; negociaes agrcolas e "Rodada do Milnio" na OMC; imagem - tem conseqncias importantes para o processo de desenvolvimento nacional.