682 resultados para Obesidade Mulheres
Resumo:
Trs quartos da mortalidade no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil) ocorrem por doenas no-transmissveis. Dentre elas as doenas cardiovasculares, por si s, correspondem a 35% das causas de morte. Para avaliar a prevalncia de fatores de risco para essas doenas, foi realizado inqurito domiciliar no perodo de 1986/87. Foram entrevistados 1.157 indivduos entre 15-64 anos, residentes em setores censitrios de 4 reas docente-assistenciais do Municpio de Porto Alegre, RS. A prevalncia padronizada de tabagismo foi de 40%, hipertenso 14%, obesidade 18%, sedentarismo geral 47% e consumo excessivo de lcool, 7%. Trinta e nove por cento da amostra acumulavam dois ou mais desses cinco fatores de risco, somente 22% de homens e 21% de mulheres no apresentaram esses fatores de risco. As elevadas freqncias e concomitncias desses fatores de risco alertam para sua importncia em programas que visam a preveno das doenas no-transmissveis.
Resumo:
So apresentados resultados de pesquisa que avaliou o Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher (PAISM), realizada em 1988, no Estado de So Paulo, Brasil. Foram entrevistadas 3.703 mulheres de baixa renda que tinham entre 15 e 49 anos de idade, utilizando um questionrio estruturado e pr-testado. Os resultados referem-se s 669 mulheres grvidas durante 1987 ou 1988 que responderam s questes sobre assistncia pr-natal, parto e puerprio. Foi analisada a associao entre algumas de suas caractersticas sociodemogrficas e comparecimento s consultas pr-natais, a idade gestacional em que foi feita a primeira consulta e o nmero total de consultas. Os resultados mostraram associao entre caractersticas sociodemogrficas e comparecimento ao pr-natal. A maior percentagem de grvidas que fizeram pr-natal tinham mais que o primeiro grau de escolaridade. Foi maior a proporo de mulheres que comearam o pr-natal at o terceiro ms de gravidez entre aquelas que no tinham filho vivo (74%), que viviam com um companheiro (70%), que tinham mais que o primeiro grau de escolaridade (88%) e as que moravam no interior do Estado (71%).
Resumo:
Foi realizado estudo epidemiolgico sobre os seguintes fatores de risco de doenas cardiovasculares aterosclerticas: dislipidemias, obesidade, hipertenso, diabetes melito e alguns elementos definidores do estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo e hbitos alimentares) em populao pertencente rea Metropolitana de So Paulo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: a) desenvolver uma linha de base epidemiolgica para o estudo das doenas cardiovasculares aterosclerticas e os fatores de risco representados pelas dislipidemias, obesidades, hipertenso e diabetes melito e de suas relaes com caractersticas pessoais, familiares e sociais; b) encaminhar para tratamento clnico-educativo os indivduos doentes ou portadores de risco. A metodologia empregada a primeira parte de uma srie destinada divulgao dos resultados da pesquisa. Tendo em vista os objetivos, optou-se por se trabalhar integradamente com os centros de sade e associaes comunitrias locais na fase de coleta de dados em campo. Por isso, a metodologia empregada foi a de trabalhar em pequenas reas geogrficas, homogneas do ponto de vista socioeconmico, denominadas "reas de estudo". A caracterizao de grupos sociais foi feita atravs do conceito de classes sociais, operacionalizado por meio de indicadores como renda, escolaridade, ocupao, posio na ocupao, posse de propriedade e respectiva dimenso e emprego de mo-de-obra. Foram estabelecidas as seguintes classes sociais: burguesia, pequena burguesia tradicinal, proletariado e sub-proletariado. Foram realizados inquritos clnicos, bioqumico, alimentar e entrevistas para se obter informaes de carter demogrfico, socioeconmico e de estilo de vida. O inqurito clnico constou de tomada de medidas antropomtricas, presso arterial, eletrocardiograma e informaes sobre antecedentes pessoais e familiares de hipertenso, obesidade, cardiopatias e outras morbidades. O inqurito bioqumico constou da medida dos seguintes constituintes sangneos: colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicrides, magnsio, glicose, sdio, potssio, clcio e fsforo. O inqurito alimentar envolveu informaes sobre a histria alimentar do indivduo. A interveno clnico -educativa foi feita com a participao de associaes comunitrias e centros de sade, que criaram programas locais de atendimento aos doentes e portadores de risco.
Resumo:
Foi realizado estudo transversal de prevalncia da hipertenso arterial da populao de 15-74 anos de idade, residente na zona urbana do Municpio de Araraquara, localidade situada a 250 km da cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, Brasil, em 1987. Na ocasio foram perguntadas aos 1.199 entrevistados (533 do sexo masculino e 666 do sexo feminino) questes sobre o uso de tabaco (fumo), a forma de uso, o hbito de tragar, bem como variveis sociodemogrficas. A amostra foi equiprobabilstica, por conglomerados, em trs estgios. A prevalncia de tabagismo foi bastante alta, de 45,2% entre os homens e 22,8% entre as mulheres. Os ex-fumantes eram em percentagem de 15,9% entre os homens e 8,0% das mulheres. O sexo masculino fumava maior quantidade de equivalentes de cigarro do que o feminino. As camadas de mais baixa renda familiar fumavam mais, em ambos os sexos, do que os estratos de renda mais alta. Entre os homens, a prevalncia de tabagismo diminua com a maior escolaridade e nas mulheres, este aspecto no foi notado. Comparando com os resultados j publicados sobre a alta prevalncia de hipertenso arterial e de obesidade, nota-se que a populao de Araraquara, cidade mdia do interior urbano afluente do Brasil, apresenta uma freqncia bastante alta de fatores de risco para doenas crnicas no-transmissveis.
Resumo:
Em amostra representativa da populao de duas reas de estudo (568 indivduos), Municpio de Cotia, SP, Brasil, foi realizado inqurito alimentar, baseado na histria alimentar do indivduo. Os objetivos foram: identificar o potencial aterognico de dietas de diferentes agrupamentos humanos, estratificados em classes sociais e analisar diferenciais de consumo de alguns nutrientes, que conferem aterogenicidade dieta entre esses agrupamentos. Foram analisados diferenciais de consumo, entre homens e mulheres, segundo classes sociais e tomando-se como referncia o percentil 50 (P50) da amostra, dos seguintes constituintes da dieta: energia, protenas totais, protenas de origem animal, percentagem de calorias proticas (P%), cidos graxos, gorduras, carboidratos. Seguindo esse critrio, foram analisados perfis de dieta em relao s recomendaes do National Cholesterol Education Program (NEP) no que diz respeito s calorias fornecidas pelas gorduras (G >30%), ac. graxos saturados (AGS> 10%), carboidratos (HC>60%) e colesterol (>300mg/dia). Os resultados mostraram que os diferenciais de consumo foram mais pronunciados entre os homens do que entre as mulheres. As classes sociais, entre os homens, que apresentaram maiores percentuais acima do P50 da amostra, no que diz respeito energia , protenas totais, gorduras e carboidratos, foram as representadas pelos trabalhadores no qualificados, que se dedicam a trabalhos braais com alto consumo energtico e a dos pequenos proprietrios e comerciantes. A classe de maior poder aquisitivo e nvel educacional apresentou consumo moderado desses constituintes. O consumo de protenas de origem animal, acima do P50, entre homens e mulheres, guardou relao direta com o nvel socioeconmico da classe . A participao calrica das gorduras (G%) e protenas (P%) foi diretamente proporcional ao poder aquisitivo da classe, ao passo que a dos carboidratos (HC%) guardou relao inversa. Por outro lado, o consumo de colesterol acima de 300mg/dia situou-se nas faixas de 37 a 50% e de 20 a 32% para os homens e mulheres, respectivamente. A percentagem de dietas com calorias provenientes das gorduras (G%) acima de 30% variou de 25 a 40%, para os homens e de 45 a 50% para as mulheres. A participao dos cidos graxos saturados (AGS%) em propores maiores ou iguais a 10 foi relativamente baixa para ambos os sexos: de 5 a 17% para os homens e menos de 10% para as mulheres. Os percentuais de casos em que a relao cidos graxos saturados e insaturados (AGS/AGI) guardou valores menores ou iguais a 1, tambm foi baixa para a populao em geral; situou-se entre 7 e 22% para os homens e em propores abaixo de 10%, para as mulheres. Concluiu-se que a dieta se apresenta como provvel fator de risco de doenas cardiovasculares, dislipidemias, obesidade e hipertenso, para grande parte da populao.
Resumo:
Estudo realizado na regio metropolitana de So Paulo, Brasil, entre maro e julho de 1992, entre 3.149 mulheres de baixa renda com idade entre 15 e 49 anos, mostrou que 21,8% estavam esterilizadas. Entre as mulheres unidas, 29,2% estavam esterilizadas e 34,4% usavam a plula. Quatrocentos e sete mulheres esterilizadas abaixo dos 40 anos, que haviam se submetido cirurgia h pelo menos um ano antes da data da entrevista, foram perguntadas sobre sua histria reprodutiva, uso prvio de mtodos anticoncepcionais, o processo de deciso para esterilizar-se, o acesso esterilizao e adaptao aps o procedimento. Os resultados mostraram que mesmo para as mulheres de baixa renda o acesso esterilizao regulado pelo pagamento ao mdico. A baixa qualidade e cobertura das atividades de planejamento familiar do Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher, assim como a ausncia de regulamentao, est provavelmente contribuindo para a escolha da esterilizao feminina por mulheres jovens. A forma que a esterilizao tem sido realizada fere preceitos ticos. O estudo mostra que a irreversibilidade do procedimento no foi adequadamente entendida por quase 40% das mulheres esterilizadas. Discute-se a aceitabilidade da esterilizao como resultado de uma estratgia social complexa com o envolvimento de vrios setores da sociedade brasileira aliada necessidade de regulao da fertilidade das mulheres. A necessidade de regular e controlar o procedimento tambm discutida. A regulamentao criaria condies mais justas de acesso esterilizao para as mulheres de baixa renda e poderia salvaguardar aspectos ticos na sua escolha.
Resumo:
Com o objetivo de identificar os determinantes do aborto provocado entre mulheres admitidas por complicaes decorrentes dos abortos, nos hospitais-maternidades pblicos em Fortaleza, CE (Brasil) foram entrevistadas 4.359 pacientes entre 1 de outubro de 1992 e 30 de setembro de 1993. Os dados foram coletados atravs de questionrio estruturado. So apresentados os determinantes dos abortos provocados em 2.084 (48%) mulheres classificadas como tendo induzido aborto. Dois teros (66%) das mulheres relataram a induo do aborto com o uso isolado do Cytotec(R) (misoprostol) ou associado a outro meio abortivo. Os resultados indicam que, na populao estudada, a induo do aborto prtica comum entre jovens, solteiras (ou que vivem sem um parceiro estvel), de baixa paridade, com escolaridade incipiente e no-usurias de mtodos contraceptivos. Recomenda-se a realizao de estudos que investiguem os conhecimentos relacionados a percepes, conceitos culturais do aborto, e s razes por que mulheres pobres fracassam na adoo de mtodos de planejamento familiar.
Resumo:
Qualquer tentativa de se investigar a prtica de abortos ilegais deve lidar com o problema de estar perguntando s mulheres acerca de um tema delicado, sensvel, com implicaes mltiplas, o que leva a dificuldades para se obter informaes verazes. O estudo realizado enfoca principalmente aspectos metodolgicos de uma pesquisa realizada junto a uma populao de mulheres de 15 a 49 anos de idade, com o objetivo de verificar a freqncia e as condies em que era feito o aborto provocado em uma regio do Estado de So Paulo (Brasil). Foram entrevistadas, em seus domiclios, 1.955 mulheres. Utilizou-se um questionrio estruturado e pr-testado. A maioria das entrevistadas declarou nunca ter abortado nem pensado em faz-lo, enquanto 4% referiram alguma vez ter feito aborto; 16,7% disseram que, pelo menos uma vez, tomaram ch/remdio para menstruar. Entre as que acreditaram estar grvidas na ocasio, a maioria informou nunca ter abortado, apesar de terem menstruado quando ingeriram ch/remdio. Os resultados permitiram concluir que as mulheres tendem a omitir a informao sobre a prtica de aborto quando perguntadas diretamente sobre isso. Especialmente aquelas que o induzem por ingesto de substncias parecem no reconhecer esse ato como sendo uma forma de interromper a gestao.
Resumo:
Foi realizado estudo de corte transversal com 357 mulheres, respectivamente 174 esterilizadas e 183 no esterilizadas, visando a comparar o comportamento sexual e reprodutivo. A elaborao do instrumento de pesquisa foi precedida da realizao de grupos focais, com homens e com mulheres, de modo a adequar o vocabulrio e definir as categorias de respostas includas em cada um dos itens do questionrio. Os resultados mostraram que as mulheres esterilizadas que apresentam uma mdia etria mais alta e mais freqentemente tm parceiros fixos esto mais aderidas aos modelos tradicionais de feminilidade. Nenhuma mulher esterilizada usou o condom nos trinta dias que antecederam entrevista. O estudo sugere que as propostas de preveno do HIV, das doenas sexualmente transmissveis e do cncer crvico uterino, levem em considerao a questo das mulheres esterilizadas, desenvolvendo estratgias especficas de promoo do uso do condom para esse segmento da populao.
Resumo:
INTRODUO: Pesquisas sobre a amamentao e a questo do trabalho da mulher so de difcil comparabilidade. A prtica de amamentar entre mulheres com um emprego formal no Brasil tem sido pouco estudada, em que pesem as mudanas havidas como a extenso da licena maternidade para 120 dias. Decidiu-se realizar estudo com o objetivo de descrever o padro de amamentao de mulheres empregadas em empresas, as limitaes que elas enfrentam e que fatores contribuem para que elas possam conciliar trabalho e amamentao. MATERIAL E MTODO: Estudo exploratrio realizado em 13 indstrias de So Paulo em 1994, onde todas as mulheres no terceiro trimestre da gestao (76) foram entrevistadas e reentrevistadas (69) na volta ao trabalho (em torno de 5,4 meses ps-parto). RESULTADOS: Iniciaram a amamentao 97% das mulheres, apresentando uma durao mediana de 150 dias; quanto ao Aleitamento Materno Exclusivo, a durao mediana foi de 10 dias, e Amamentao Predominante, a mediana foi de 70 dias. As mulheres de melhor nvel socioeconmico e as que tinham creche no local de trabalho ou sala de coleta e estocagem de leite materno, foram as que amamentaram por mais tempo. A possibilidade de flexibilizar seu horrio e no trabalhar na linha de produo tambm mostraram ser fatores significantes que levam as mulheres dessas indstrias a amamentar mais. CONCLUSES: A licena-maternidade tem sido til e usada pela maioria das trabalhadoras para amamentar, mas h outros fatores que so fundamentais para que a manuteno da lactao seja facilitada, tais como aqueles que permitem a proximidade me-criana e/ou a retirada peridica de leite materno durante a jornada de trabalho.
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INTRODUO: O aborto provocado o principal determinante da mortalidade materna no Brasil. Isto tem provocado diversas discusses quanto possibilidade de legaliz-lo. MATERIAL E MTODO: Atravs de delineamento transversal e de amostragem sistemtica por conglomerados foram aplicados questionrios individualizados a todas as mulheres com idade entre 15 e 49 anos, residentes no Municpio de Rio Grande, RS. RESULTADOS: Dentre as 1.456 mulheres entrevistadas, 30% mostraram-se favorveis legalizao do aborto em qualquer situao; o percentual de mulheres favorveis esteve diretamente associado idade, escolaridade, renda familiar e ocorrncia prvia de aborto provocado (p<0,01). A anlise atravs de regresso logstica mostrou efeito independente da escolaridade e da ocorrncia prvia de aborto provocado sobre a opinio favorvel legalizao do aborto. CONCLUSO: A escolaridade e a induo prvia de aborto induzido foram os principais determinantes da deciso da mulher em ser favorvel legalizao do aborto. Esses aspectos devem ser levados em conta ao tratar desta questo.
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INTRODUO: A obesidade na adolescncia um fator preditivo da obesidade no adulto. Assim, foram avaliados os fatores associados obesidade e o uso do ndice de massa morporal (IMC). MTODO: Foram avaliados 391 estudantes aferindo-se: consumo de alimentos, hbitos alimentares, caractersticas antropomtricas dos pais e atividade fsica. O IMC foi a varivel dependente utilizada na regresso linear multivariada. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso foi 23,9% para meninos e 7,2% para meninas. Fazer dieta para emagrecer foi 7 vezes mais freqente entre meninas do que entre meninos com sobrepeso. Nos meninos, idade, uso de dieta, omisso de desjejum, horas de televiso/"vdeo-game" e obesidade familiar apresentaram associao positiva e significante com IMC. Nas meninas, associaram-se positivamente: uso de dieta, omisso de desjejum e obesidade familiar e negativamente idade da menarca. A correlao do IMC com medidas antropomtricas foi maior que 0,7. CONCLUSES: Um padro esttico de magreza parece predominar entre meninas e elas o atingem com hbitos e consumo alimentar inadequados.
Resumo:
INTRODUO: A disponibilidade de dados sobre o perfil socioeconmico, demogrfico e reprodutivo das mulheres tanto em nvel nacional, regional e municipal permite comparaes entre regies alm de oferecer subsdios para o planejamento de aes do Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base-populacional com uma amostra de 3.002 mulheres de 15 a 49 anos residindo na zona urbana da cidade de Pelotas, RS. As informaes socioeconmicas, demogrficas e reprodutivas foram obtidas atravs de um questionrio estruturado. A anlise foi realizada atravs da comparao estatstica de mdias e propores. Na anlise da esterilizao os dados foram controlados para a idade. RESULTADOS: Cerca de 56% das mulheres eram casadas/em unio e 35% solteiras. Um tero das mulheres eram donas-de-casa e 50% tinham trabalho remunerado. Cerca da metade das adolescentes tinham vida sexual ativa, e dessas, 33% j tinham estado grvidas. Observou-se elevado percentual de gravidez indesejada principalmente entre as jovens. O nmero mdio de filhos entre as mulheres de 45 a 49 anos - final da vida reprodutiva - foi de 2,4. Os mtodos contraceptivos mais prevalentes foram a plula e a esterilizao. Entre as mulheres casadas/em unio, 15% estavam esterilizadas. Cerca de 25% das mulheres acima de 35 anos haviam feito ligadura tubria. Entre as mulheres esterilizadas, 29,6% tinham tido perda fetal e 18,3% haviam tido pelo menos um filho prematuro. Entre o total de maridos/companheiros, 20% no aceitavam o uso de pelo menos um mtodo contraceptivo. CONCLUSES: Os resultados confirmam a necessidade de uma maior ateno e desenvolvimento de programas especiais para adolescentes, de melhorias no acesso aos servios, de expanso do uso das opes anticoncepcionais disponveis e de aes programticas e pesquisas sobre o tema "homem/sade reprodutiva".
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalncia e a distribuio social da desnutrio e da obesidade na infncia, estabelecer a tendncia secular dessas enfermidades e analisar sua determinao, com base nos dados coletados por trs inquritos domiciliares, realizados na cidade de So Paulo em 1974/75, 1984/85 e 1995/96. MTODOS: Os trs inquritos estudaram amostras probabilsticas da populao residente na cidade com idades entre zero e 59 meses (1.008 crianas em 1973/74; 1.016 em 1984/85 e 1.280 em 1995/96). O diagnstico da desnutrio foi feito com base nos ndices altura/idade e peso/altura adotando-se, como nvel de corte, dois desvios-padro da mdia esperada para idade e sexo segundo a referncia internacional de crescimento. O diagnstico da obesidade correspondeu a ndices peso/altura, alm de dois desvios-padro da mdia esperada segundo a mesma referncia. O estudo da distribuio social dos eventos de interesse levou em conta tercis da renda familiar per capita em cada um dos inquritos. A estratgia analtica, para estudar os determinantes da tendncia secular dos eventos de interesse, empregou modelos hierrquicos de causalidade, anlises multivariadas de regresso e procedimentos anlogos aos utilizados para calcular riscos atribuveis populacionais. RESULTADOS/CONCLUSES: No perodo de 22 anos coberto pelos trs inquritos, a desnutrio na infncia foi controlada na cidade de So Paulo, tornando-se relativamente rara mesmo entre as famlias mais pobres. O risco de obesidade permaneceu baixo e restrito s crianas pertencentes s famlias mais ricas. Mudanas positivas em determinantes distais (renda familiar e escolaridade materna) e intermedirios (saneamento do meio, acesso a servios de sade e antecedentes reprodutivos) do estado nutricional justificaram parte substancial do declnio da desnutrio observado entre meados das dcadas de 80 e 90.
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OBJETIVO: Medir a taxa metablica basal em mulheres de 20 a 40 anos, no-gestantes ou lactantes, e comparar o valor medido com os valores de taxa metablica basal estimados por equaes de predio. MTODOS: A taxa metablica basal foi medida por calorimetria indireta, pela manh, durante a fase folicular do ciclo menstrual, em 60 voluntrias residentes no municpio de Porto Alegre, RS, sob condies padronizadas de jejum, repouso e ambiente. RESULTADOS: A mdia ( desvio-padro) da taxa metablica basal medida foi 1.185,3148,6 kcal em 24 horas. A taxa metablica basal, estimada por equaes, foi significativamente maior (7% a 17%) do que a taxa metablica basal medida. CONCLUSES: Os dados evidenciaram que as equaes de predio no so adequadas para estimar a taxa metablica basal nas mulheres avaliadas. O emprego dessas equaes podem superestimar os requerimentos energticos para mulheres com caractersticas semelhantes.