150 resultados para Meiofauna, substrato secondario algale, acidificazione, vent, Ischia
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar em campo os níveis de estresse hídrico das mudas de Eucalyptus grandis vs. Eucalyptus urophylla selecionado para tolerância ao déficit hídrico, em função dos substratos, do manejo hídrico e dos solos. As mudas foram produzidas em dois viveiros distintos do Estado de São Paulo: com o substrato Plantmax estacas® (PLX) em Bofete (SP) e com a mistura em partes iguais de casca de arroz carbonizada e vermiculita (CAC), em Ibaté (SP). A partir dos 60 dias após a estaquia (DAE), durante a rustificação as mudas foram manejadas com cinco frequências de irrigação por subsuperfície: F1 - irrigado uma vez ao dia, F2 - irrigado duas vezes ao dia, F3 - irrigado três vezes ao dia, F4 - irrigado quatro vezes ao dia e FD - mantido em irrigação, restabelecendo a capacidade de campo até o plantio aos 90 DAE, em um solo argiloso e outro arenoso. Foram realizadas avaliações dos níveis de estresse (brando, moderado e severo), que afetaram a sobrevivência nos dois solos, por meio de censo aos 15 e aos 30 dias após o plantio. Com relação aos níveis de estresse avaliados, verificou-se pouca influência do substrato, porém onde ocorreu o PLX proporcionou menores percentuais de plantas afetadas. Independentemente do tipo de solo onde as mudas foram plantadas, os sintomas de estresse nas plantas, de modo geral, foram semelhantes. O manejo de viveiro não influenciou na sobrevivência das mudas, embora tenham ocorrido algumas diferenças estatísticas quando se usaram CAC e plantio no solo arenoso, porém sem tendência clara de comportamento. Os critérios relativos à implantação foram mais determinantes na sobrevivência das mudas no campo até os 30 dias após o plantio, indicando a necessidade de replantio.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento inicial de mudas de Acacia mangium semeadas em "manta" de fibra de coco contendo substrato de lodo de esgoto. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 13 tratamentos e três repetições, distribuídos em esquema fatorial (6 x 2 + 1) com seis proporções de fibra de coco e resíduo agregante, combinados com substratos com e sem lodo de esgoto, mais o tratamento-controle (terra de subsolo). Foram avaliados o índice de velocidade de emergência (IVE), a percentagem de emergência (EM) e a altura das plantas aos 40 e 60 dias após a emergência. O tratamento- controle apresentou melhores resultados em relação ao IVE e EM quando comparado com os tratamentos utilizando "manta" de fibra de coco e resíduo agregante. Não houve diferença entre o controle e os tratamentos com "mantas" em altura das plantas aos 40 e 60 dias. Não foram observadas interações entre o tipo de substrato utilizado no semeio e as diferentes proporções de fibra de coco na "manta". A presença de lodo no substrato não influenciou o IVE e a EM, contudo verificou-se que o substrato sem lodo de esgoto proporcionou maior crescimento em altura das plantas. O uso de "mantas" contendo 50 e 100% de fibra de coco proporcionou maior crescimento às mudas de acácia em condições de campo.
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O gênero Calliandra Benth. (Leguminosae) possui 134 espécies exclusivamente neotropicais, das quais 42 ocorrem na Chapada Diamantina, sendo 32 endêmicas da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da luz e substrato na germinação e desenvolvimento inicial de C. viscidula e C. hygrophila. As sementes foram submetidas a três tratamentos em laboratório: luz, escuro e luz/escuro (12 h/12 h). Em viveiro foram utilizados três substratos: (I) areia; (II) terra vegetal + areia; (III) vermiculita + terra vegetal + areia, mantidos a 100%; e 70% de luminosidade. As avaliações da germinação foram diárias durante 21 dias, utilizando-se os parâmetros: germinabilidade, índice de velocidade de germinação (índice de velocidade de emergência para viveiro), tempo médio de germinação e frequência relativa. Os parâmetros analisados no desenvolvimento inicial foram: comprimentos da parte aérea e raiz, número de folhas, massa seca, relação parte aérea/sistema radicular e razão do peso da folha. C. viscidula e C. hygrophila foram classificadas como fotoblásticas neutras e apresentaram melhor desenvolvimento a 70% de luminosidade nos substratos III e I e II , respectivamente.
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A pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), que vem sendo largamente cultivada no Brasil para produção de palmito, é propagada por sementes, sendo a formação de mudas a etapa bastante importante para o êxito do cultivo. Esta pesquisa foi realizada entre setembro de 2005 e agosto de 2006, em Campinas, SP, e teve por objetivo avaliar a compactação do substrato no crescimento da parte aérea de mudas de pupunheira. As plantas foram cultivadas em vasos de PVC de 25 cm de diâmetro e 27 cm de altura, em substrato arenoso. Os níveis de compactação empregados, impostos mediante o uso de prensa hidráulica, foram: 0; 0,204; 2,037; 4,074; e 6,112 kg cm-2, que propiciaram as seguintes densidades: 1,11; 1,12; 1,64; 1,84; e 2,00 g cm-3, respectivamente. O efeito dos tratamentos sobre o crescimento das plantas foi avaliado por meio de medidas mensais das variáveis: altura da planta e altura da haste, diâmetro do colo e comprimento da folha mais jovem completamente expandida (folha +1). A densidade de 1,64 g cm-3 propiciou o maior crescimento em altura total e da haste, diâmetro do colo e comprimento da folha +1, que no fim do experimento corresponderam a 80 cm, 30 cm, 28 cm e 50 cm, respectivamente. Essa foi a densidade em que as mudas se tornaram aptas ao plantio no campo mais cedo, aos cinco meses.
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O êxito de plantios florestais não está ligado unicamente à espécie utilizada, mas depende diretamente do tipo de recipiente, da qualidade das sementes e do substrato utilizado. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do biossólido como substrato na produção de mudas de cedro-australiano (Toona ciliata). O experimento foi realizado em casa de sombra do Viveiro Florestal/CCA/UFES. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo constituído de seis tratamentos contendo biossólido, em proporções decrescentes, associado com terra de subsolo e dois tratamentos sem o uso de biossólido (esterco bovino + terra de subsolo e substrato comercial, respectivamente), com oito repetições. No geral, os melhores resultados para as características morfológicas analisadas foram obtidos com a utilização de 100 a 70% de biossólido na composição do substrato. Portanto, o biossólido pode ser considerado adequado para o crescimento de mudas de Toona ciliata o que demonstra uma alternativa viável de disposição final desse resíduo.
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Este trabalho objetivou avaliar a influência da composição de um substrato organoarenoso sobre a emergência e parâmetros fisiológicos de crescimento de plântulas de timbaúva. As sementes foram submetidas à germinação nas seguintes composições do substrato: T1) 100% areia; T2) 75% areia + 25% Tecnomax®; T3) 50% areia + 50% Tecnomax®, T4) 25% areia + 75% Tecnomax®; e T5) 100% Tecnomax®. As avaliações foram efetuadas aos 45, 90, 135 e 180 dias após a semeadura, aferindo a altura da parte área e o diâmetro do coleto. Aos 180 DAS, determinaram-se a massa da matéria seca de parte aérea, a massa da matéria seca de raízes, a massa da matéria seca total e os teores de clorofila a, b e clorofila total. A emergência e os parâmetros fisiológicos de crescimento foram afetados negativamente pela composição exclusiva de Tecnomax®, assim como os valores de clorofila b. O substrato comercial associado ao material inerte (areia) proporcionou maior expressão do vigor das sementes, teores de clorofila b e maior crescimento de mudas de timbaúva.
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Objetivou-se descrever a diversidade e a estrutura do componente lenhoso de uma floresta brejosa em substrato turfoso no sul do Estado de Santa Catarina, correlacionando dados florísticos com variáveis ambientais. Indivíduos com DAP ≥ 5 cm foram amostrados em 100 parcelas de 10 x 10 m em um quadrado permanente de 1 ha. As variáveis ambientais foram classificadas em topográficas, químicas e texturais do solo e de luminosidade. Correlações espécie-ambiente foram obtidas por Análise de Correspondência Canônica (CCA). Comparações florísticas foram realizadas por análise de agrupamento (UPGMA) e análise de correspondência. A diversidade específica foi considerada baixa, pois foram amostradas apenas 26 espécies. A CCA evidenciou que as variáveis ambientais mensuradas possuem pouca influência na distribuição das espécies, ressaltando assim sua adaptação ao ambiente anóxico, fortemente limitante. Dados de similaridade demonstraram que o substrato turfoso age como um filtro ambiental adicional, além do estresse hídrico, na composição de espécies nas formações turfosas/brejosas.
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A espécie Parkinsonia aculeata L. ocorre em zonas áridas, semiáridas e subúmidas, encontrando-se dispersa em várias regiões do planeta, onde é empregada em diferentes usos. Porém, em determinados ambientes, como caatinga e ecossistemas associados do Nordeste brasileiro, a espécie apresenta caráter invasor. Dessa forma, um experimento foi desenvolvido em abrigo telado para avaliar os efeitos da salinidade no comportamento germinativo e vegetativo de plantas de Parkinsonia aculeata. Inicialmente, o material de um Argissolo Vermelho-Amarelo foi irrigado com água salina (0,2; 1,5; 3,0; 4,5; e 6,0 dS m-1). Em seguida, foram acondicionados 16 kg de cada substrato em vasos plásticos com capacidade para 21 L, e os tratamentos foram arranjados em blocos casualizados com nove repetições. Após a emergência, 10 dias após a semeadura, realizou-se o desbaste, deixando quatro plântulas por vaso. As variáveis avaliadas foram: emergência, índice de velocidade de emergência, concentrações das clorofilas a, b e total, diâmetro do caule no nível do solo, altura e número de folhas, 69 dias após a semeadura. O aumento da salinidade no solo de não salino (CEes < 2 dS m-1) para ligeiramente salino (4 dS m-1 > CEes > 2 dS m-1) e moderadamente salino (8 dS m-1 > CEes > 4 dS m-1) estimulou a emergência, o crescimento inicial e a produção de clorofila nas plantas de Parkinsonia aculeata, ao contrário do que ocorre com a grande maioria das espécies. Em parte, isso explica o sucesso de sua proliferação em determinados sítios da caatinga.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento inicial de plântulas de M. urundeuva estabelecidas em diferentes substratos. O trabalho foi realizado no Laboratório de Sementes e no Viveiro de Mudas da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Barreiras, BA. As sementes foram coletadas de árvores daquela universidade. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos T1: solo; T2: areia; T3: solo + areia + esterco; T4: casca de madeira; T5: bagaço de cana-de-açúcar + esterco; e T6: bagaço de cana-de-açúcar + esterco + cinzas. A semeadura foi realizada em bandejas plásticas, com diferentes substratos, utilizando-se 20 sementes, colocadas a uma profundidade de 1,0 cm. Foram avaliados o índice de velocidade de emergência (%), a altura da parte aérea e da radícula, o comprimento das plântulas e das folhas, o número de folhas e as massas verde e seca da parte aérea e da radícula. Plântulas estabelecidas utilizando casca de madeira como substratos obtiveram melhores resultados quanto ao número e comprimento das folhas, altura da parte aérea e massa verde e seca da parte aérea. Em contraste, os percentuais de índice de velocidade de emergência obtiveram os piores resultados em plântulas estabelecidas em substratos com casca de madeira. Os resultados de radículas não diferiram entre as plântulas estabelecidas com os diferentes substratos. Os substratos contendo composto de casca de madeira ou bagaço de cana + esterco forneceram as melhores condições para o crescimento inicial de plântulas de M. urundeuva.
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Neste trabalho, avaliou-se a biodigestão anaeróbia de dejetos de suínos. Para isso, foi utilizado esquema laboratorial, constituído de 24 digestores com volume total de 14 L, sendo cada um abastecido com dejetos de suínos em fase de terminação, diluídos em água, perfazendo 10 L de volume útil de substrato com concentração inicial de sólidos totais de 6%. Três grupos formados por oito desses biodigestores foram expostos a três temperaturas (25; 35 e 40 ºC) e a dois níveis de agitação (com e sem) do substrato. A análise da fase de partida foi feita com base na produção média acumulada de biogás, num período de 71 dias. Os resultados demonstraram que a agitação não interferiu e que o melhor desempenho, inclusive o menor tempo gasto para atingir determinado nível de produção de biogás, foi verificado na temperatura de 35 ºC.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de um sistema de controle automático de fertirrigação para a produção do tomateiro em substrato de areia, comparativamente ao sistema de controle convencional quanto à redução de solução nutritiva. No método de controle automático, os eventos de fertirrigação foram estabelecidos em função das condições meteorológicas do ambiente de cultivo e do estádio de desenvolvimento da cultura. Para isso, o modelo de Penman-Monteith foi utilizado como suporte para a tomada de decisão sobre a frequência adequada para aplicação da solução nutritiva. No sistema de controle convencional, os intervalos entre as fertirrigações permaneceram fixos durante todo o ciclo do tomateiro. Os resultados demonstraram que o sistema de controle automático atendeu plenamente às necessidades hídricas da cultura, sem comprometer a produção do tomateiro, proporcionando reduções expressivas no consumo de solução nutritiva. Por outro lado, o sistema de controle convencional realizou número excessivo de fertirrigações, principalmente durante o estádio inicial de desenvolvimento do tomateiro e nos dias caracterizados por elevada nebulosidade. No estádio inicial de crescimento, verificou-se que os volumes totais de solução nutritiva, aplicados ao tomateiro pelo sistema convencional, excederam as necessidades hídricas da cultura em 1,31 e 1,39 L planta-1 em dias típicos com céu claro e nublado, respectivamente.
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Os solos agrícolas possuem banco de sementes de plantas daninhas cuja quantidade varia de dezenas a centenas de milhões de sementes por hectare, as quais são dotadas de mecanismos para detectar o tempo e o local apropriado para a germinação. A profundidade no solo em que uma semente é capaz de germinar e produzir plântula é variável entre as espécies e apresenta importância ecológica e agronômica. Com o objetivo de estudar a emergência de plântulas de erva-de-touro (Tridax procumbens), em função da profundidade de semeadura, do conteúdo de argila no substrato e do tratamento de sementes com luz, foram realizados dois experimentos no Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras. No experimento 1, a emergência das plântulas foi avaliada em vasos contendo substrato com 60% de argila, com semeadura realizada nas profundidades de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 cm, e também com aquênios parcialmente enterrados (APE). No experimento 2, foram utilizadas sementes com e sem tratamento para superação da necessidade de luz (embebição por 48 horas em GA3 1 mmol L-1 + KNO3 25 mmol L-1 + luz), semeadas em substratos com 30 e 60% de argila, a 1 cm, 2 cm e APE, e também em areia a 3 cm. A emergência das plântulas de erva-de-touro foi máxima quando os aquênios foram parcialmente enterrados no substrato, independentemente do conteúdo de argila deste. Em profundidades maiores ou iguais a 1 cm houve drástica redução na emergência, que foi nula (experimento 2) ou quase nula (experimento 1) a 3 cm. O tratamento para superação da necessidade de luz aumentou a emergência nas semeaduras a 1 e a 2 cm, mas não teve efeito a 3 cm.
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Recentes relatos apresentam Conyza canadensis e C. bonariensis como importantes espécies daninhas do sistema agrícola. A grande adaptabilidade ecológica dessas espécies a sistemas conservacionistas de manejo de solo e o aumento da pressão de seleção, pelo intenso uso de herbicidas, podem contribuir para a seleção de biótipos resistentes. O conhecimento dos fatores que controlam a germinação das sementes pode gerar subsídios para estratégias de manejo dessas espécies. A disponibilidade de água afeta diretamente a germinabilidade de sementes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito da restrição hídrica no substrato e seu efeito na germinação das sementes de Conyza canadensis e C. bonariensis. Foram realizados três ensaios no Laboratório de Sementes da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta-MT. No primeiro experimento, em caixas gerbox, foi estudado o comportamento germinativo das espécies segundo o arranjo fatorial 2 x 6, sendo duas espécies (Conyza canadensis e C. bonariensis) e seis potenciais osmóticos (0,0; -0,20; -0,40; -0,60; -0,80; e -1,00 MPa) proporcionados pela diluição em água de polietilenoglicol. No segundo experimento, também em arranjo fatorial 2 x 6, as espécies foram submetidas a menores potenciais osmóticos (0,0; -0,05; -0,10; -0,15; -0,20; e -0,30 MPa) em soluções de polietilenoglicol. No terceiro experimento, as sementes das espécies foram estudadas em esquema fatorial 2 x 2 x 5, em que as duas espécies (C. canadensis e C. bonariensis) foram colocadas para germinar em dois substratos (solo de mata e areia), fornecendo-se água suficiente para atingir cinco capacidades de retenção de água (20, 40, 60, 80 e 100%). Os resultados dos experimentos revelaram que a germinação total e a velocidade de germinação das sementes de Conyza foram reduzidas com a diminuição da disponibilidade hídrica no substrato, a partir de -0,20 MPa. Água em excesso no substrato reduziu a emergência total e a velocidade de emergência das sementes das duas espécies de Conyza.
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Foram estudadas as respostas plásticas em plântulas e plantas jovens de duas espécies arbóreas nativas, Adelia membranifolia (Müll. Arg.) Pax & K. Hoffm. (Euphorbiaceae) e Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (Leguminosae-Caesalpinoidae), submetidas ao alagamento do substrado associado ao déficit nutricional. Avaliou-se o acréscimo em superfície no módulo de expressão, definido como a região do eixo da plântula que, sob condições de estresse, sofre rediferenciação sendo considerada a hipertrofia lenticelar como a expressão morfogenética mais comum. Em A. membranifolia a associação do estresse nutricional e alagamento do substrato foi a condição mais restritiva tanto para o crescimento em altura e diâmetro do colo quanto para as expressões morfogenéticas. Já em P. dubium o estado nutricional foi mais restritivo que o alagamento para o crescimento do colo. Em geral, para ambas as espécies, plantas nutridas mantidas alagadas restabeleceram seu ritmo de crescimento a partir do terceiro mês de tratamento, além de expressarem respostas plásticas como a hipertrofia lenticelar e a formação de raízes adventícias. Quanto ao aumento em superfície, nos lotes desnutridos, verificou-se que em A. membranifolia de um total de 38% de superfície expressa, 12% corresponderam à hipertrofia lenticelar. Em P. dubium verificou-se as maiores variações de aumento em superfície expressa por hipertrofia lenticelar, elevando de 5% para 13%. Em geral a superfície modular nos lotes tratados foi o dobro em relação ao controle. É possível que o aumento em superfície, para algumas espécies, seja significativo como tendência ao aumento da estabilidade no desenvolvimento a partir de interações fisiológicas.
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Gallesia integrifolia é uma espécie arbórea nativa do Brasil, pertencente à família Phytolaccaceae e conhecida popularmente por pau-d'alho, importante como produtora de madeira. Este trabalho foi desenvolvido em laboratório, visando recomendar as condições a serem adotadas no teste padrão de germinação e prever o comportamento germinativo das sementes em condições naturais. As sementes foram submetidas às temperaturas constantes de 15, 20, 25, 30 e 35 ºC e alternada de 20-30 ºC, na ausência de luz e sob fotoperíodo de oito horas de luz dos espectros branco, vermelho e vermelho extremo. Como substrato foi utilizada vermiculita (30 g), umedecida com 45, 90 e 135 mL de água destilada. Foram avaliados a porcentagem total e o índice de velocidade de germinação das sementes. Os resultados obtidos mostraram que as sementes são indiferentes ao regime de temperatura e que nas melhores temperaturas testadas (20, 25, 30 e 20-30 ºC), elas são insensíveis à luz. O teste padrão de germinação pode ser conduzido com 30 g de vermiculita umedecida com 45 a 90 mL de água, nas temperaturas constantes de 20 ou 25 ºC, sob fotoperíodo de oito horas de luz branca. As sementes de pau-d'alho germinaram nos diferentes regimes de temperatura, qualidades de luz e níveis de umidade testados indicando que, em condições naturais, são capazes de germinar tanto sob o dossel como em clareiras.