113 resultados para INFECCIONES BACTERIANAS


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É proposto nesse trabalho a utilização do substrato phytagel para a germinação de sementes bacterizadas e visualização de colônias bacterianas. Sementes de limoeiro cravo (Citrus limonia Osbeck) foram inoculadas e monitoradas com rizobactérias utilizando-se tubos de ensaio contendo diferentes substratos para germinação de sementes, quais sejam: Ágar-Ágar, Ágar Noble e Phytagel, onde foram avaliados sete isolados rizobacterianos além de um isolado de Escherichia coli DH5a como controle negativo. Verificou-se que o Phytagel permitiu uma visualização nítida da colonização ao longo das raízes, pelas bactérias, como também proporcionou ser uma boa ferramenta para estudar a colonização via microscopia de varredura. As rizobactérias que melhor colonizaram as raízes e que apresentaram turbidez no ágar, ao seu redor, mostraram-se aderidas à superfície radicular, com colonização eficiente em diferentes sítios ao longo das raízes, quando observadas em alta magnificação.

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A mancha-aquosa, causada por Acidovorax avenae subsp. citrulli (Aac) causa grandes prejuízos à cultura do melão. O controle dessa doença foi estudado in vivo, com microbiolização de sementes de melão Amarelo infectadas, com líquidos fermentados de Bacillus subtilis R14, B. megaterium pv. cerealis RAB7, B. pumilus C116 e Bacillus sp. MEN2, com e sem células bacterianas. O mecanismo de ação dos isolados foi estudado in vitro pelo método de difusão em ágar e os compostos bioativos parcialmente caracterizados por testes de hemólise e atividade surfactante. Nos testes in vivo, não houve diferença significativa entre os tratamentos com e sem células, indicando que o controle ocorreu devido à presença de compostos bioativos produzidos durante as fermentações. Todos os tratamentos diferiram da testemunha sem diferir entre si (P=0,05%). B. megaterium pv. cerealis RAB7 proporcionou redução da incidência (89,1%) e do índice de doença (92,7%), elevou o período de incubação da mancha-aquosa de 9,8 para 11,9 dias e reduziu a AACPD de 3,36 para 0,17. In vitro, todos isolados apresentaram antibiose contra Aac e os compostos bioativos foram parcialmente caracterizados como lipopeptídeos.

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Estudou-se a eficiência do meio semi-seletivo desenvolvido para Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam) do algodoeiro, com algumas modificações, na detecção de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (Xap) em sementes de feijoeiro, bem como a eficiência do fungicida tolylfluanid na erradicação de Xap através do tratamento de sementes. Foram utilizadas sementes naturalmente infectadas por Xap, procedentes de diferentes municípios do Estado do Paraná. Houve o desenvolvimento de colônias bacterianas ao redor das sementes infectadas sob meio semi-seletivo entre seis e 12 dias de incubação. A freqüência de recuperação de colônias da bactéria em relação ao meio Agar nutriente (AN) variou entre 30 a 112%. O crescimento de Xap foi inibido a concentrações entre 54 a 1500 ppm do fungicida tolylfluanid. A bactéria foi recuperada das sementes não tratadas em meio semi-seletivo, mas não das sementes tratadas em solução do fungicida tolylfluanid (1,20g/L água). Em casa de vegetação, das 400 sementes tratadas com tolylfluanid não foi produzida nenhuma planta com sintomas da doença até 30 dias após a semeadura, enquanto que 9,75% das sementes não tratadas apresentaram sintomas de Xap. Em um outro experimento, das 1200 sementes não tratadas um total de 7,08% e 11,67% das plantas mostraram-se com sintomas da doença, enquanto que das sementes tratadas 0,5% e 2,4% apresentaram sintomas, 26 e 46 dias após a semeadura, respectivamente.

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Observações com microscopia eletrônica de transmissão em secções ultrafinas de células de caules de feijoeiros (Phaseolus vulgaris L.), inoculados com Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), mostraram alterações nos vasos de xilema em genótipos de feijoeiros altamente resistentes, como formação de estrutura semelhante a tilose e presença de fibrilas ao redor das células bacterianas. Em genótipos suscetíveis, Cff colonizou além de vasos de xilema, células parenquimáticas e metaxilema.

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A frequência de dermatoses é alta, apresentando grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Contudo, há poucas políticas públicas nesta área de saúde, e o tempo destinado ao ensino dermatológico na graduação médica é restrito. Objetivos Definir as hipóteses diagnósticas e as condutas mais frequentes adotadas nas consultas realizadas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Métodos Foram utilizados cadernos de registro de atendimento da UBS para análise de variantes como idade, sexo, diagnóstico, conduta e encaminhamento dos pacientes. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa SPSS 15.0. Resultados As hipóteses diagnósticas mais frequentes foram: eczemas, tumores benignos, transtornos pigmentares, onicopatias, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões acneiformes foliculares e eritematodescamativas. Conclusão As hipóteses diagnósticas mais frequentes nas consultas de um médico generalista diferem daquelas feitas pelo especialista. Os resultados deste estudo deverão promover uma discussão sobre o ensino da Dermatologia nos cursos de Medicina.

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Doenças causadas por bactérias constituem um novo desafio à cultura do Eucalyptus spp., podendo, inclusive, limitar o uso de clones suscetíveis. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de antibióticos e rizobactérias na inibição do crescimento "in vitro" de isolados de bactérias fitopatogênicas ao Eucalyptus spp. na fase de viveiro e de campo. O antibiótico sulfato de amicacina e a rizobactéria S1 (Bacillus subtillis) destacaram-se quanto à inibição do crescimento do isolado fitopatogênico IP1-05 (Pseudomonas chichorii), enquanto a cefoxitina causou maior inibição dos isolados BSV16 e RVV11 (Rhizobium sp.). Os antibióticos de uso comercial na área agronômica, Mycoshield (oxitetraciclina) e Agrimicina (estreptomicina e tetraciclina) foram pouco efetivos. Este trabalho proporciona embasamento a alternativas para controle biológico de doenças bacterianas em mudas de Eucalyptus spp. na fase de viveiro.

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Este trabalho objetivou estudar a disseminação de Ralstonia solanacearum por meio de mudas e avaliar os efeitos da murcha-bacteriana sobre a produtividade na clonagem do eucalipto. Amostras de minicepas, miniestacas e mudas de sete clones foram avaliadas quanto à presença de infecções bacterianas. Em experimento específico, avaliou-se o substrato de enraizamento como fonte de inóculo do patógeno. Em intervalos mensais, determinaram-se o enraizamento médio e o índice de produtividade (IP), visando avaliar os efeitos da doença sobre a produtividade de minicepas. Constatou-se a presença do patógeno em minicepas de cinco clones, enquanto todas as mudas de todos os setes clones avaliados apresentaram a doença. Essa diferença comprovou que a disseminação do patógeno e a transmissão da doença ocorreram durante o processo de clonagem do eucalipto. O substrato de enraizamento foi eficiente para a sobrevivência do patógeno e como fonte de inóculo para a doença. As mudas sem sintomas e com infecções sistêmicas provaram o potencial de transmissão do patógeno para o campo no sistema de propagação clonal do eucalipto. Os estresses fisiológicos causados pelas infecções bacterianas reduziram quatro vezes o IP dos minijardins clonais. As medidas adotadas foram eficientes para a erradicação da doença no viveiro e para evitar a disseminação do patógeno para o campo.

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Atualmente, a árvore mais plantada no Brasil é o Eucalyptus spp., ocupando 81,6% das florestas plantadas. Sua produtividade em 2009 foi de 44,2 m³ de eucalipto com casca/ha, gerando aproximadamente 46.850 empregos diretos. Estudos de bactérias benéficas, como as Rizobactérias Promotoras de Crescimento de Plantas (RPCPs), vêm sendo desenvolvidos há mais de um século. Este trabalho objetivou avaliar estirpes de bactérias extremófilas facultativas que possuam potencial na promoção de crescimento do eucalipto. As sementes do híbrido "urograndis" foram microbiolizadas com uma suspensão de 10(9) UFC/mL das 10 estirpes bacterianas, através da agitação a 150 rpm, em incubador rotativo a 28 ºC, por 24 h. Em seguida, foram plantadas em sementeiras e mantidas em casa de vegetação. Após 60 dias, avaliou-se o peso de matéria seca da parte aérea e das raízes. O peso de matéria seca da parte aérea revelou que todas as estirpes bacterianas resultaram em ganhos quando comparado com o da testemunha, variando entre 11,3 e 78,0%. Entretanto, as estirpes UnB 1366, UnB 1371, UnB 1375, UnB 1370 e UnB 1373 foram as que se diferiram significativamente. Em contrapartida, a estirpe UnB 1368 (Bacillus sp.) destacou-se individualmente no incremento (130,0%) da biomassa radicular. Tais estirpes devem ser mais bem estudadas, quanto a formas de veiculação, combinações, formulações etc., para que possam ser utilizadas na otimização da produção de mudas.

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O objetivo deste estudo é o desenvolvimento de peritonite difusa com qualitativos e quantitativos bacterianos conhecidos. Foram analisados 150 ratos, adultos, machos, da raça Wistar, com peso médio de 150 gramas. Inocularam-se, percutaneamente, na cavidade peritoneal, suspensões constituídas de Escherichia coli e Bacteróides fragilis em concentrações conhecidas, na proporção de 1 ml para cada 100 gramas de peso. Os animais foram distribuídos em cinco grupos de trinta ratos. No grupo I (grupo-controle) inoculou-se solução de cloreto de sódio a 0,9%. Nos demais grupos a concentração do inóculo foi a seguinte: grupo II, com suspensão a 10 (9); grupo III, com suspensão a 10 (8): grupo IV, suspensão a 10 (7) e grupo V com suspensão a 10 (6). Sempre que se detectou o óbito, o animal era submetido à necropsia para avaliação da cavidade peritoneal e colheita de secreções para cultura. Os ratos sobreviventes foram aleatoriamente alocados em dois subgrupos. Os animais do subgrupo A foram sacrificados 24 horas após a inoculação e os do subgrupo B, 120 horas após a inoculação. Observou-se que os ratos do grupo I (controle) evoluíram sem o desenvolvimento de peritonite. Nos grupos II e III,100% dos ratos do subgrupo A e 95,83% dos ratos do subgrupo B desenvolveram peritonite aguda e óbito em menos de 24 horas. No grupo IV, somente 4,17% desenvolveram peritonite e foram a óbito em 72 horas, e no grupo V não ocorreu a formação de peritonite e não houve óbito. Os animais que foram a óbito dos grupos II e III, 96,67% mostraram alterações macroscópicas com exsudato peritoneal difuso, aderências peritoneais mas sem abscesso. Todos os animais com peritonite, desenvolveram derrame pleural bilateral. Nos animais que foram a óbito, nos grupos II e III, evidenciou-se a presença de Escherichia coli e Bacteroides fragilis como causadores das alterações peritoneais e pleurais. Este modelo mostrou que os animais que receberam altas concentrações bacterianas mostraram maior perda de peso, alterações clínicas de sepsis, peritonite difusa aguda, derrame pleural e óbito precoce.

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OBJETIVO: Comparar o uso das soluções orais de manitol a 10% e de bifosfato de sódio no preparo mecânico do cólon quanto a qualidade da limpeza, a tolerabilidade e as alterações hidroeletrolíticas e da osmolaridade plasmática. MÉTODO: Foram analisados 60 pacientes de modo randomizado, duplo-cego e prospectivo, com indicação de colonoscopia. A qualidade da limpeza intestinal foi analisada pelo examinador através da classificação de Beck. A tolerabilidade à ingestão baseou-se na pesquisa do gosto, presença ou não de desconforto, aparecimento de efeitos adversos e a quantidade da solução ingerida. Foram dosados o sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, uréia, creatinina, glicose, hematócrito, hemoglobina e calculado a osmolaridade plasmática, antes e após a ingestão da solução oral de preparo inestinal. RESULTADOS: Ambas as soluções atingiram qualidade de preparo classificado como bom ou superior em mais de 80% dos pacientes. O uso do bifosfato de sódio determinou menor desconforto e melhor tolerância, apesar de não ter sido superior ao manitol quanto à análise do gosto e presença de efeitos adversos. O bifosfato induziu ao aumento e o manitol a uma redução da osmolaridade, reflexo do que ocorreu com o sódio plasmático nos dois grupos respectivamente. O bifosfato ainda determinou alteração significativa dos níveis séricos de fósforo, cálcio, magnésio e potássio, sem repercussões clínicas. CONCLUSÃO: Ambos os tipos de preparo intestinal determinaram qualidade de limpeza adequada. O bifosfato de sódio, apesar de melhor tolerado, determina maior quantidade de alterações hidroeletrolíticas.

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OBJETIVO: avaliar os efeitos de diferentes tempos de pré-condicionamento isquêmico(PCI) intestinal sobre a translocação bacteriana (TB). MÉTODOS: Trinta ratos Wistar pesando 280±27g foram alocados em cinco grupos. No grupo IR (n=6), foi realizada laparotomia e a artéria mesentérica superior foi ocluída por microclampe atraumático por 30 minutos. Nos quatro grupos com pré-condicionamento (n=6 cada), antes dos 30 minutos de isquemia-reperfusão (I/R) os ratos foram submetidos a PCI de dois, cinco, dez e 15 minutos e, em seguida, ao mesmo tempo de reperfusão. Vinte e quatro horas após, para avaliar se os tempos de pré-condicionamento influenciam o aparecimento de translocação bacteriana, amostras de linfonodos mesentéricos, fígado e baço foram coletadas em condições estéreis, para quantificação de unidades formadoras de colônias bacterianas por grama de tecido (UFC/g). Sangue foi coletado para dosagem de citocinas. RESULTADOS: No grupo I/R, o total de UFC/g em linfonodos mesentéricos, baço, fígado, bem como, a dosagem sérica de TNF-a, IL-1b e IL-6 foram significativamente maiores do que nos demais grupos (p<0,05). Pré-condicionamento de 15 minutos atenuou significativamente a BT e as citocinas séricas, comparando com os outros tempos de pré-condicionamento (p<0,05). CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem o pré-condicionamento como fator-chave para reduzir translocação bacteriana em I/R intestinal. Numa escala de dois a 15 minutos, o melhor tempo de pré-condicionamento isquêmico para a atenuação da translocação bacteriana foi 15 minutos.

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Objetivo: determinar a presença de infecção assintomática do líquido amniótico em gestantes, identificar os agentes bacterianos envolvidos na infecção e determinar o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos in vitro. Métodos: foram obtidas 81 amostras de líquido amniótico, colhidas por amniocentese, em gestantes sem sinais de trabalho de parto e sem suspeita clínica de infecção, atendidas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, entre agosto/97 e janeiro/99. Pesquisou-se a presença de bactérias aeróbias, anaeróbias estritas/facultativas e micoplasmas genitais. As bactérias anaeróbias foram identificadas pelo sistema ATBÒ (Bio-Mérieux) e os micoplasmas pelo kit Micoplasmas ISTÒ (Bio-Mérieux). Resultados: entre as amostras obtidas, oito (9,8%) apresentaram culturas positivas, sendo que em duas foram identificadas duas espécies bacterianas. Os patógenos isolados foram: Ureaplasma urealyticum (7 casos, 8,6%), Mycoplasma hominis (1 caso, 1,2%) e Peptostreptococcus sp (2 casos 2,4%). O padrão de resistência aos antimicrobianos caracterizou-se pela maior resistência dos micoplasmas à eritromicina (37,5%) e nenhuma resistência às ciclinas. Conclusões: o percentual de infecções assintomáticas foi muito elevado, havendo necessidade de serem realizadas novas pesquisas para avaliar as conseqüências da infecção subclínica nas grávidas e em seus conceptos, que envolvam métodos que identifiquem micoplasmas genitais, já que foram as bactérias mais freqüentemente isoladas.

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OBJETIVO: analisar o conteúdo vaginal utilizando o exame citológico a fresco na primeira consulta pré-natal em mulheres com ou sem queixas genitais e correlacionar os resultados com os encontrados na citologia corada pela técnica de Papanicolaou. A microscopia direta durante a gravidez deve ser valorizada e reconhecida como método propedêutico capaz de diagnosticar, de forma imediata, 90% dos casos de vaginose bacteriana, candidose e tricomonose. MÉTODOS: estudo prospectivo em 216 gestantes, selecionadas em ambulatório de pré-natal no período de 30 de outubro de 2001 a 12 de novembro de 2002. Foram colhidas duas amostras do conteúdo existente no fundo de saco vaginal posterior e depositadas em lâminas de vidro para microscopia. Sobre a primeira e a segunda amostra eram colocadas uma gota de NaCl a 0,9% e uma de KOH a 10%, respectivamente. Adicionalmente, em todas as grávidas determinou-se o pH vaginal e realizaram-se os testes de produção das aminas com odores de pescado. O material era examinado ao microscópio em aumentos de 100 vezes, 400 vezes e excepcionalmente 1000 vezes. Foram realizados esfregaços cervicovaginais para citologia corada pelo método de Papanicolaou. A correlação entre os resultados dos métodos citológicos empregados foi realizada pelo cálculo do coeficiente kappa, que avalia a concordância para variáveis qualitativas. RESULTADOS: o encontro nos esfregaços a fresco de flora bacteriana normal foi de 51,8, representando o aspecto citológico mais observado e sem correspondência com os 3,7% apurados na microscopia corada. No exame citológico direto foram observados 30,9% de vaginose bacteriana e 7,9% de candidose. Todavia, no Papanicolaou não foi encontrada tal equivalência, sendo as porcentagens de 0,7 e 24,3%, respectivamente. A ausência de correlação no diagnóstico de colpite bacteriana inespecífica na microscopia direta (17,5%) e corada (51,3%) talvez deva-se ao subdiagnóstico de vaginose neste último método propedêutico. Os diagnósticos de tricomoníase observados em ambos os métodos citológicos (3,7 e 2,7%) traduzem a baixa prevalência destes parasitas na gestação. O cálculo do índice kappa para avaliação da concordância entre os dois procedimentos citológicos nos diversos achados microbiológicos demonstrou baixa correlação nos diagnósticos da vaginose bacteriana e colpites bacterianas inespecíficas, bem como na identificação da flora vaginal normal. CONCLUSÕES: embora a citologia corada apresente melhor acurácia no diagnóstico de fungos não formadores de micélios, a citologia direta a fresco demonstrou ser melhor avaliador dos elementos não epiteliais dos esfregaços vaginais. Entretanto, a microscopia corada pela técnica de Papanicolaou, por permitir melhor apreciação das células epiteliais cervicovaginais, representa o mais importante instrumento revelador das agressões e reações nucleocitoplasmáticas.

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OBJETIVO: estudar o perfil clínico e microbiológico de mulheres portadoras de vaginose bacteriana participantes de um ensaio clínico randomizado, duplamente mascarado, que comparou aroeira e metronidazol, em uso vaginal, para tratamento do corrimento genital. MÉTODOS: o estudo constitui-se em uma série de casos de 277 mulheres portadoras de vaginose bacteriana diagnosticada, concomitantemente, pelos critérios de Amsel e Nugent, selecionadas a partir de um total de 462 recrutadas, utilizando as informações colhidas antes da intervenção. A análise dos dados foi efetuada utilizando-se o programa Epi-Info 3.32. Para comparar as frequências dos desfechos entre os grupos de intervenção, foi utilizado o teste do χ2 e foi calculada a razão de risco e o intervalo de confiança a 95%. Foi feita análise por intenção de tratar. Além dos parâmetros de diagnósticos, foram também colhidas cultura do conteúdo vaginal e uma citologia de Papanicolaou. RESULTADOS: entre as queixas clínicas, as mais frequentes foram o corrimento genital, observado em 206 participantes (74,4%) e o odor de peixe da secreção vaginal, que ocorreu em 68,6% dos casos (190 pacientes). Dentre os critérios clínicos de diagnósticos, a presença de clue-cells foi positiva em 275 mulheres (99,3%), o teste de Whiff positivo apareceu em 266 participantes (96,0%), seguido do pH >4,5, que ocorreu em 92,8% dos casos e da presença de corrimento fluido e acinzentado, citado por 206 participantes (74,4%). Com relação ao critério de Nugent, a mediana dos escores foi o valor 8,0. As culturas de conteúdo vaginal permitiram a identificação de Gardnerella vaginalis em 96,8% e de Mobiluncus, em 53,1% dos casos. Apenas uma terça parte dos exames mostrou a presença de Lactobacillus (89 mulheres - 32,1%). Houve crescimento de fungos em culturas de 14 participantes (5,1%). Na maior parte dos casos, os resultados das culturas demonstraram a presença de Corynebacterium (94,2%), Cocos Gram-positivos (98,2%), além de bacilos Gram-positivos (99,3%) e negativos (91,0%). As colpocitologias oncóticas mostraram presença muito escassa de lactobacilos, que estiveram presentes em apenas 8 citologias (2,9%) do total de 273 exames realizados. CONCLUSÕES: os resultados do estudo não mostraram diferença em relação à literatura quanto aos sintomas referidos pelas mulheres, os critérios clínicos mais observados no diagnóstico, ou as espécies bacterianas demonstradas nas culturas de conteúdo vaginal. Os achados demonstram serem necessários novos estudos que melhor elucidem as inter-relações entre os achados microbiológicos e a expressão clínica da vaginose bacteriana. Registro do ensaio clínico: ISRCTN18987156

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OBJETIVO: Aquilatar a prevalência da vaginose bacteriana e comparar a acurácia dos testes do pH e do KOH com o gradiente de Nugent, método padrão-ouro, no diagnóstico da vaginose bacteriana (VB) em gestantes assintomáticas e sintomáticas de baixo risco. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal em 321 grávidas, com idade gestacional entre 14ª e 26ª semanas, 218 assintomáticas e 103 com queixa de secreção vaginal sugestiva de vaginose bacteriana. Todas as gestantes foram avaliadas pelos critérios de Nugent e submetidas à pHmetria vaginal e ao teste do KOH a 10%. O coeficiente de Kappa foi utilizado para avaliar os métodos quanto à concordância diagnóstica. RESULTADO: A maioria das gestantes era adolescente (média etária 21,0±5,6 anos), nulípara e parda. A prevalência da vaginose bacteriana foi de 33,3% pelo método de pH e KOH e de 35,5% pelo Nugent. Entre as grávidas assintomáticas, foi observada ótima concordância dos métodos, com 72,5% delas apresentando resultados negativos para ambos os métodos, o que resultou em um elevado coeficiente de Kappa (k=0,82). No grupo de gestantes sintomáticas, houve 49,5% de positividade para ambos os métodos diagnósticos, demonstrando ótima concordância (k=0,74). CONCLUSÃO: A prevalência da vaginose bacteriana foi elevada tanto pelo método de pH e KOH quanto pelo Nugent. O método do pH e KOH é tão capaz em diagnosticar a vaginose bacteriana quanto os critérios de Nugent.