M��todo e estilo, subjetividade e conhecimento nos ensaios de Montaigne

A caracter��stica mais not��vel da filosofia renascentista foi tamb��m o que tornou sua assimila����o pela hist��ria da filosofia t��o dif��cil: a intera����o entre forma e conte��do, entre ideia e sua express��o. Tal resulta da tentativa de realizar outra inter-rela����o que lhe �� ainda mais essencial: aquela entre teoria e pr��tica, pensamento e a����o. Nos Ensaios de Montaigne, o m��todo constitui antes de tudo um estilo de vida: a linguagem �� a�� o meio pelo qual a implica����o entre mundos externos e internos, o eu e a realidade - assim entre intelecto e sensibilidade, arte e natureza, fato e valor, identidade e alteridade etc. - busca tornar-se evidente, permitindo a percep����o de seu permanente remodelar rec��proco.

Docinhos e ensaios de n��o inferioridade: uma experi��ncia pedag��gica criativa

Os novos desafios na ��rea da educa����o surgem com o pr��prio desenvolvimento do conhecimento. Novas t��cnicas de pesquisa possibilitaram grandes descobertas na ci��ncia e, com isso, uma crescente complexifica����o dos temas estudados. Os alunos, inseridos no universo din��mico da internet, tamb��m evolu��ram e n��o se encaixam mais nas prescri����es da pedagogia tradicional. Para essas novas realidades, a forma de educar no s��culo XXI exige dos educadores um esfor��o de criatividade para transmitir um conhecimento cada vez mais complexo. Para ilustrar essa nova situa����o, relatamos uma experi��ncia pedag��gica que buscou, com a criatividade de uma interven����o fict��cia, favorecer o ensino dos ensaios cl��nicos de n��o inferioridade. A experi��ncia demonstra a utilidade de tais ensaios cl��nicos quando se necessita testar a efic��cia de tratamentos. A utiliza����o dos docinhos e a participa����o dos alunos como sujeitos do ensaio configuraram-se como uma metodologia ativa, de aproxima����o entre os educandos e seu objeto de estudo. O exerc��cio realizado est�� de acordo com os modelos pedag��gicos sugeridos pela teoria da aprendizagem significativa e pode servir de refer��ncia para iniciativas semelhantes.

Determina����o da incerteza de medi����o nos ensaios de compress��o paralela ��s fibras

O objetivo deste trabalho foi apresentar uma metodologia para o c��lculo da incerteza de medi����o do resultado do ensaio de resist��ncia �� compress��o paralela ��s fibras. Pretendeu-se reunir subs��dios que justifiquem a ado����o do Procedimento de C��lculo de Incerteza de Medi����o como exig��ncia normativa e parte integrante do relat��rio de ensaios de caracteriza����o de madeiras. A motiva����o para a apresenta����o dessa proposta surgiu devido �� dificuldade observada no atendimento a alguns requisitos t��cnicos da norma ABNT 2005 - NBR ISO/IEC 17025, em especial o requisito 5.9 sobre a "Garantia da Qualidade de Resultados de Ensaio e Calibra����o". A metodologia proposta consolida os procedimentos necess��rios para a obten����o da incerteza de medida individual da tens��o de ruptura e o resultado da incerteza da m��dia das tens��es de ruptura. Essa metodologia atende aos requisitos de um Sistema de Gest��o da Qualidade. Os valores de incerteza obtidos dos resultados individuais da tens��o de ruptura foram pouco significativos, indicando elevada qualidade dos equipamentos e boa calibra����o dos mesmos. J�� a incerteza de medi����o da m��dia da tens��o de ruptura foi consider��vel, indicando a import��ncia de sua considera����o na seguran��a das estruturas de madeira.

Avalia����o da madeira de Eucalyptus camaldulensis Dehnh e Eucalyptus urophylla S.T. Blake em ensaios de usinagem, visando �� produ����o moveleira

Este estudo teve como objetivo avaliar a potencialidade de uso da madeira de clones de Eucalyptus urophylla S. T. Blake, de 6 e 8 anos, e Eucalyptus camaldulensis Dehnh, de 10 anos, no que tange aos processos de usinagem, visando ao seu uso na ind��stria de m��veis. A madeira utilizada originou-se de plantios comerciais cultivados em sistema de cons��rcio agrossilvipastoril, proveniente da Votorantim Metais Zinco S/A, situada no Munic��pio de Vazante, no Estado de Minas Gerais. Utilizaram-se seis ��rvores por clone, totalizando 18 exemplares. Foram realizados os seguintes ensaios de usinagem: corte paralelo ��s fibras, corte transversal ��s fibras, fresagem, aplainamento, fura����o, fura����o para espiga, fura����o para cavilha e moldura. Os resultados mostraram-se satisfat��rios, com destaque para o clone de Eucalyptus urophylla com 8 anos, principalmente nos ensaios de corte paralelo e fura����o para espiga, apresentando grande potencial de uso da esp��cie para produ����o de m��veis. A madeira dos clones testados apresentou bom desempenho na realiza����o dos ensaios de usinagem, no que se refere �� trabalhabilidade, n��o havendo entraves na sua utiliza����o como fonte de mat��ria-prima na ind��stria moveleira.

Avalia����o do subleito de rodovias vicinais de baixo volume de tr��fego por meio de ensaios geot��cnicos

Este artigo aborda a viabilidade t��cnica do uso de solos locais, preferencialmente os de comportamento geot��cnico later��tico, em camadas de refor��o do subleito de rodovias vicinais de baixo volume de tr��fego, atrav��s de ensaios geot��cnicos e da classifica����o MCT (Miniatura, Compactado, Tropical). Para este prop��sito, consideraram-se amostras deformadas de solos coletadas no subleito das estradas VCS 493 e VCS 296, pertencente �� malha rodovi��ria vicinal do munic��pio de Vi��osa-MG, Brasil. O programa de estudo de laborat��rio envolveu a realiza����o dos seguintes ensaios: (i) granulometria conjunta; (ii) limites de Atterberg (LL e LP); (iii) massa espec��fica dos gr��os do solo; (iv) compacta����o e CBR realizados na energia do Proctor normal; (v) compacta����o Mini-MCV; e (vi) perda de massa do corpo-de-prova por imers��o em ��gua. Os resultados desta pesquisa possibilitaram verificar que os solos de comportamento later��tico foram enquadrados no grupo LG' na classifica����o MCT e que, mesmo apresentando valores de Limite de liquidez e ��ndice de plasticidade elevados, quando compactados na energia do Proctor normal e, conseq��entemente, imersos em ��gua, n��o apresentaram expans��o com valor significativo no ensaio de CBR. Por outro lado, as areias saprol��ticas apresentam perda de massa por imers��o (Pi) dif��cil de ser previsto na Metodologia MCT, pois podem apresentar valores muito elevados e baixos, conforme a compacidade atingida durante o processo de compacta����o dos corpos-de-prova, como pode ser notado no resultado da amostra 8.

Compara����o entre valores de ensaios experimentais e calculados da resist��ncia ao embutimento da madeira de Pinus taeda L.

Para dimensionar liga����es entre membros estruturais de madeira com pinos met��licos (pregos ou parafusos), dois fen��menos devem ser levados em considera����o: a flex��o do pino met��lico e a resist��ncia da madeira ao embutimento. A norma brasileira ABNT NBR 7190:1997 preconiza a metodologia empregada em ensaios laboratoriais para determina����o da resist��ncia da madeira ao embutimento com pino met��lico e, na aus��ncia dos ensaios, especifica rela����es para estimar a resist��ncia da madeira ao embutimento a partir da resist��ncia na compress��o. O objetivo desta pesquisa consistiu na compara����o entre valores de resist��ncia ao embutimento da madeira determinados experimentalmente e calculados utilizando par��metros recomendados pela ABNT NBR 7190:1997. Pelos resultados dos testes de hip��tese, pode-se concluir que a estimativa da resist��ncia ao embutimento paralelo ��s fibras proposta pela ABNT NBR 7190:1997, que estabelece equival��ncia com os resultados de compress��o na mesma dire����o, mostrou-se precisa para as madeiras de Pinus taeda L.. Entretanto, o mesmo n��o foi observado na dire����o normal em rela����o ��s fibras, possivelmente explicada pelo valor do coeficiente ��e presente na equa����o para o c��lculo de fe90.

Modelagem de m��quina pneum��tica recolhedora de frutos de caf�� em terreiro usando an��lise por elementos finitos

Teve-se o objetivo de desenvolver um modelo matem��tico por meio de an��lise de elementos finitos, utilizando o programa computacional ANSYS��, vers��o 5.7, para otimizar o projeto de m��quina recolhedora de frutos de caf�� no terreiro. A modelagem da m��quina foi realizada com base no levantamento das caracter��sticas aerodin��micas dos frutos de caf�� e da vaz��o de ar necess��ria para o transporte pneum��tico dos frutos. Foram obtidas, experimentalmente, as press��es est��ticas nos dutos da m��quina, sendo esses valores comparados com os resultados determinados pelo programa ANSYS, no intuito de validar o modelo. Com base nos resultados num��ricos obtidos, concluiu-se que a modelagem desenvolvida apresentou resultados pr��ximos aos determinados experimentalmente, obtendo erro relativo m��dio nos valores simulados de press��o de 9,2%. Por meio da modelagem, identificaram-se faixas de press��o que dificultariam o transporte pneum��tico dos frutos de caf�� em alguns pontos da m��quina. Esses problemas foram corrigidos e, com isso, o fluxo de ar proporcionado pelo ventilador foi suficiente para succionar os frutos de caf�� no terreiro e transport��-los para dentro do reservat��rio da m��quina. A modelagem desenvolvida atendeu ��s necessidades propostas no trabalho para o recolhimento dos frutos de caf�� utilizando transporte pneum��tico eficientemente.

Determina����o do perfil radial de aspersores a partir de ensaios de distribui����o de ��gua em sistemas autopropelidos de irriga����o

Este trabalho apresenta uma rotina computacional, em Visual Basic 6, para determinar o perfil radial de aspersores, mediante ensaios de equipamentos autopropelidos de irriga����o. Para a avalia����o do programa, foi utilizado o aplicativo computacional SIMULASOFT e dados de ensaios de campo de sistemas autopropelidos de irriga����o. As l��minas aplicadas, geradas pelo programa SIMULASOFT, foram para o aspersor PLONA-RL250 (bocal = 20 x 6 mm; press��o = 490 kPa), em deslocamento linear com velocidade de 50 m h-1, e quatro ��ngulos de giro distintos (180; 270; 330 e 360��). As l��minas aplicadas, observadas nos ensaios de campo, em condi����es de vento menores que 1,5 m s-1, foram para o aspersor PLONA-RL250, operando na press��o de 392 kPa e sob as condi����es: i) bocal de 14 mm, ��ngulo de giro de 240�� e velocidade de 30 m h-1; ii) bocal de 14 x 6 mm, ��ngulo de giro de 270�� e velocidade de 55 m h-1. O perfil radial gerado pela rotina computacional com as l��minas aplicadas, geradas com SIMULASOFT, foi igual ao perfil radial obtido em ensaios de laborat��rio, revelando que o procedimento de c��lculo est�� correto. Uma boa semelhan��a entre os perfis radiais do aspersor, determinados em ensaios de laborat��rio e gerados pela rotina computacional, com as l��minas obtidas nos ensaios de campo, foi observada, mostrando que ensaios de campo de sistemas autopropelidos de irriga����o podem ser utilizados para a obten����o do perfil radial de aspersores.

Tamanho amostral para ensaios de mecanismos dosadores de sementes de milho em esteira carpetada

Devido �� grande diversidade de tamanhos amostrais empregados em avalia����es de desempenho de mecanismos dosadores de sementes, o objetivo deste trabalho foi determinar o tamanho de amostra para experimentos em laborat��rio, com dosadores de sementes tipo disco alveolado horizontal e pneum��tico, e estudar o efeito dos tratamentos na regularidade de distribui����o de sementes da cultura do milho. Para isso, foi conduzido experimento em condi����es de laborat��rio, conforme a norma ISO 7256/1. Os tratamentos compreenderam a combina����o de quatro mecanismos dosadores (dois pneum��ticos e dois de disco alveolado horizontal), com tr��s velocidades de semeadura, de 0,7; 1,4 e 2,1 m s-1. Foram utilizados os m��todos de determina����o do tamanho de amostra, intensidade de amostragem e bootstrap adaptado. Quanto �� distribui����o de sementes, os mecanismos dosadores estudados n��o apresentam diferen��as na regularidade de distribui����o, cuja regularidade caiu com aumento da velocidade de deslocamento na m��dia dos dosadores. No que se refere ao tamanho da amostra, �� poss��vel reduzir, para a cultura do milho, para 103 espa��amentos entre sementes com n��vel de erro de 5% da m��dia amostral, independentemente da velocidade de semeadura e mecanismo dosador utilizado.

Registro dos ensaios cl��nicos

The International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) proposed trials registration in a public trials registry, as a condition for publication. This policy started after July 1, 2005, and was supported by the World Association of Medical Editors (WAME). In May 19, 2006, the WHO urged research institutions and companies to register all medical studies that test treatments on human beings, whether they involve patients or healthy volunteers. The WHO also started the International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP), aimed at standardizing the way information of studies is made available to the public. The following registers contribute data directly to the Who Search Portal: Australian Clinical Trials Registry, ClinicalTrials.gov, and International Standard Randomized Controlled Trial Number Register. In May 15, 2007, the Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information (BIREME) published a recommendation for editors of health journals indexed in Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS) and Scientific Library Electronic Online (ScieLO) about registration of clinical trials. In addition to the UMIN Clinical Trial Registry and the Nederlands Trial Register, the ICMJE is now accepting registration in any of the primary registers that participate in the WHO ICTRP. The ICMJE is also adopting the WHO's definition of clinical trial. Three years ago, trials registration was the exception; now it is the rule. Registration facilitates the dissemination of information, and it helps to assure trial participants that the information that accrues as a result of their altruism will become part of the public record.

Formas moleculares da gonadotrofina cori��nica humana: caracter��sticas, ensaios e uso cl��nico

A gonadotrofina cori��nica humana (hCG) �� estruturada pela combina����o n��o covalente de duas subunidades, alfa (alfahCG) e beta (betahCG), sintetizadas separadamente pelo tecido trofobl��stico normal, mola hidatiforme, coriocarcinoma, c��lulas hipofis��rias e tecidos tumorais de diversos tipos histol��gicos. A s��ntese da cadeia pept��dica e sua glicosila����o na c��lula secretora envolve complexa a����o de v��rias enzimas. Esta complexidade resulta na secre����o de mol��culas heterog��neas. As diferentes formas moleculares secretadas podem ser encontradas no soro, urina e l��quido amni��tico de gestantes; soro, urina e ves��culas em pacientes com mola hidatiforme ou coriocarcinoma e em fluidos biol��gicos de mulheres n��o gr��vidas e homens normais ou acometidos de tumores de diferente origem embrion��ria. Tanto a mol��cula hCG nativa, intacta,como suas subunidades nas formas livres e as variantes hCG hiperglicosilada (H-hCG), hCG clivada (N-hCG) e fragmento-n��cleo de betahCG (CF-betahCG) t��m aplicabilidade cl��nica relevante. Dependendo da forma molecular mais prevalente ou da propor����o da mol��cula variante/mol��cula hCG intacta numa determinada condi����o cl��nica, h�� indica����o para a dosagem espec��fica de uma ou mais destas mol��culas. Este texto rev�� o conhecimento b��sico e analisa o uso da hCG e suas variantes na detec����o precoce da gravidez ect��pica ou gestantes em risco de abortamento, na identifica����o precoce de anomalias cromoss��micas ��mbrio-fetais e estima o risco da gesta����o de evoluir com pr��-ecl��mpsia ou crescimento intra-uterino restrito. Examina, ainda, fora da gravidez, o emprego destas mol��culas como marcadores laboratoriais de tumores com diferentes tipos histol��gicos e seguimento ap��s a terapia inicial. Conclui-se ser ��til o uso da dosagem de hCG e suas mol��culas variantes na pr��tica cl��nica, mas a dificuldade no desenvolvimento e obten����o de ensaios mais sens��veis e espec��ficos restringe a aplica����o mais universal destes marcadores hormonais.

Detec����o de Brucella abortus em tecidos bovinos utilizando ensaios de PCR e qPCR��

Objetivou-se no presente estudo avaliar as t��cnicas rea����o em cadeia da polimerase (PCR) e PCR em Tempo Real (qPCR) para detectar Brucella abortus, a partir de tecidos bovinos com les��es sugestivas de brucelose. Para isto, 21 fragmentos de tecidos bovinos coletados em abatedouros de Mato Grosso do Sul foram processados e submetidos ao cultivo microbiol��gico e extra����o do DNA gen��mico para realiza����o das rea����es de PCR e qPCR. No cultivo microbiol��gico, oito amostras apresentaram crescimento bacteriano e cinco foram confirmadas como B. abortus por PCR. Diretamente das amostras de tecido, DNA do g��nero Brucella (oligonucleot��deos IS711) foi detectado em 13 (61,9%) amostras de tecido e 17 (81%) amostras de homogeneizado. J�� com os oligonucleot��deos esp��cie-espec��ficos BruAb2_0168F e BruAb2_0168R, 14 (66%) amostras de tecido e 18 (85,7%) amostras de homogeneizado foram amplificadas. Seis amostras positivas na PCR esp��cie-espec��fica foram sequenciadas e o best hit na an��lise BLASTn foi B. abortus. Na qPCR, 21 (100%) amostras de tecidos e 19 (90,5%) amostras de homogeneizado foram positivas para B. abortus. Dez amostras de DNA de sangue bovino de rebanho certificado livre foram utilizadas como controle negativo nas an��lises de PCR e qPCR utilizando-se os oligonucleot��deos BruAb2_0168F e BruAb2_0168R. Na PCR nenhuma amostra amplificou, enquanto que na qPCR 2 (20%) amplificaram. Conclui-se que as duas t��cnicas detectam a presen��a de B. abortus diretamente de tecidos e homogeneizados, por��m a qPCR apresentou maior sensibilidade. Os resultados obtidos indicam que a qPCR pode representar uma alternativa r��pida e precisa para a detec����o de B. abortus diretamente de tecidos, e ser utilizada em programas de vigil��ncia sanit��ria, por apresentar sensibilidade e especificidade satisfat��rias.