232 resultados para Enfermagem em clínica médica
Resumo:
A questão da ética em pesquisa médica ganhou força no fim da Segunda Guerra Mundial, com o Código de Nuremberg. Nesse período, alguns casos ocorridos nos Estados Unidos da América contribuíram para evidenciar a necessidade de estabelecimento de regras e procedimentos em pesquisas médicas. Neste artigo, os Autores discorrem sobre alguns conceitos de ética e seus fundamentos filosóficos, enfatizando situações relacionadas à pesquisa. A ética em pesquisa médica apoia-se no tripé: aprovação pelos pares, consentimento do sujeito de pesquisa e sigilo dos dados individuais obtidos. Os Autores resumem as disposições legais brasileiras para seguir regras e controlar o processo de aspectos éticos em pesquisas envolvendo seres humanos. Finalmente, abordam questões práticas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido decorrente de suas experiências na direção do Comitê de Ética e Pesquisa que analisa mais de 1.000 projetos por ano no Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar, em crianças e adolescentes (7 a 17 anos, rede pública e privada de ensino), a freqüência de indivíduos já submetidos à medida da pressão arterial (MPA), o número de vezes, os locais em que foi realizada a aferição e o resultado informado. MÉTODOS: Estudo transversal. Amostragem por conglomerados em 40 escolas, nível fundamental e médio, sorteadas. Cálculo da amostra baseado na prevalência esperada de HAS em crianças e adolescentes. Protocolo: questionário sobre realização prévia de MPA (em caso afirmativo, quantas vezes, quando foi a última medida, o local e o resultado da medida) e duas MPA. Variáveis independentes: sexo, faixa etária, classe econômica, escola pública ou privada. RESULTADOS: Amostra constituída de 1253 estudantes 1215 responderam ao questionário (97%) 531 do sexo masculino média de 12,4 ± 3 anos. Prevalência de HAS: 7,7% 348 estudantes (29%) já haviam medido a PA (54% 1 vez 35% 2 a 4 vezes 11% 5 ou mais) 53% há menos de 1 ano. Posto de Saúde, residência, hospital e consultório foram os locais mais mencionados (27%, 16%, 15% e 14%, respectivamente). Houve associação significante entre prévia MPA com faixa etária de 15 a 17 anos, classes econômicas A e B e ser estudante de escola privada. CONCLUSÃO: Apesar das recomendações, há baixa freqüência de MPA (29%) em crianças e adolescentes, demonstrando que a mesma não foi ainda incorporada na prática clínica.
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OBJETIVO: Avaliar a evolução clínica de pacientes submetidos a transplante de rim, portadores de doença arterial coronariana, que foram tratados com implante de stent coronariano (ATC-ST). MÉTODOS: Entre julho de 1998 e novembro de 2004, foram realizados, no total, 3.334 transplantes de rim em nossa Instituição (Hospital do Rim e Hipertensão). Desse total, 33 pacientes previamente submetidos a transplante de rim fizeram ATC-ST para o tratamento de 62 estenoses graves em 54 artérias coronárias, nos quais foi realizada análise retrospectiva. O registro dos eventos clínicos foi feito por meio de análise do prontuário médico, consulta médica e ligações telefônicas. RESULTADOS: No seguimento clínico de 30 meses, após a ATC-ST, observou-se que 67% dos pacientes permaneceram assintomáticos, 18% dos pacientes apresentaram quadro de angina estável, 6% apresentaram síndrome coronariana aguda sem supra de ST e 3% apresentaram síndrome coronariana aguda com supra de ST. Não houve pacientes com acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva ou morte cardíaca. Houve três mortes não-cardíacas. Foi observado índice de reestenose de 9%, que é comparável ao dos estudos de stent farmacológico. CONCLUSÃO: Concluímos que pacientes submetidos a transplante de rim que desenvolveram doença arterial coronariana e que foram tratados com stent coronariano tiveram baixo porcentual de reestenose clínica, provavelmente relacionado ao regime de imunossupressão administrado para evitar rejeição renal.
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FUNDAMENTO: Apesar de algumas evidências sugerirem associação entre a exposição de uma tecnologia na literatura científica e sua difusão na prática clínica, poucos estudos avaliaram essa associação. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar se o padrão de publicação científica sobre duas tecnologias competitivas utilizadas na avaliação da doença arterial coronária (DAC) reflete o que ocorre na prática clínica. MÉTODOS: Avaliou-se o número de artigos científicos publicados anualmente na literatura médica (interesse científico global na tecnologia) sobre duas tecnologias utilizadas na avaliação da doença arterial coronária: tomografia computadorizada por feixe de elétrons e tomografia computadorizada com múltiplos detectores. Foi também analisado o número de países que publicam anualmente artigos científicos sobre essas tecnologias (interesse geográfico na tecnologia). RESULTADOS: A tomografia computadorizada por feixe de elétrons (electron beam computed tomography - EBCT) apresentou ápice de "interesse científico global" em 2001, com 127 artigos publicados. Após esse ápice, o "interesse científico global" diminuiu cerca de 50% em 2008. Em oposição, o "interesse científico global" pela tomografia computadorizada com múltiplos detectores (multidetector computed tomography - MDCT) aumentou progressivamente até 2007, com 454 artigos publicados nesse ano. O "interesse científico geográfico" pela EBCT teve ápice em 2002, com 14 países publicando sobre essa tecnologia. Após esse ápice, "o interesse científico geográfico" declinou em quase 25% até 2008, com 11 países publicando artigos sobre essa tecnologia. Em oposição, o "interesse científico geográfico" pela MDCT aumentou progressivamente até 2008, com 37 países publicando artigos sobre ela. CONCLUSÃO: A literatura científica médica é compatível com a substituição da EBCT pela MDCT na avaliação da DAC.
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FUNDAMENTO: A importância do manejo adequado e do controle da hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Estimar a prevalência do controle da hipertensão arterial e da inércia terapêutica em adultos atendidos nas unidades básicas da saúde (UBS) do município de Joinville e dos fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, com amostragem por conglomerados, mediante pesquisa em prontuários, em que foram avaliados 415 portadores de HA. Foram avaliados a pressão arterial (PA), os incrementos terapêuticos, os fatores de risco e as comorbidades associadas. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino e de consultas de enfermagem. A idade variou entre 28 e 90 anos (média de 61,5 anos). Observou-se redução das médias da PA (155,8 ± 20,8/95,7 ±10,6 mmHg para 140,3 ± 22/84,1 ± 12,4 mmHg) entre o primeiro e o último registro e a PA final normal em 36,6% dos pacientes, semelhante para homens e mulheres. Nos últimos 12 meses, a PA esteve elevada em 1.295 ocasiões, ocorrendo incremento terapêutico em apenas 156 (12,0%). Foram usados 1,85 fármacos por paciente, predominando diuréticos e IECA. Encontrou-se elevada prevalência de obesidade (40%), diabete (41%), LDL elevado (46%) e de hipertrofia ventricular esquerda (25,5%). CONCLUSÃO: A elevada inércia clínica, o baixo controle da HA e a elevada presença de comorbidades sugerem a necessidade de programas de educação permanente para os profissionais da saúde e de outras medidas para melhorar o controle da doença nas UBS.
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Esse trabalho é parte de um estudo mais abrangente. Após a realização de uma avaliação clínica específica executada por um grupo interdisciplinar, entrevistou-se 68 funcionárias de enfermagem de um Hospital Universitário com o objetivo de verificar características da ocorrência de cervicodorsolombalgias em profissionais de enfermagem, bem como sua interferência na realização das atividades cotidianas dessas pessoas.
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Os objetivos deste estudo foram descrever um programa extracurricular de educação em dor, organizado na forma de Liga, e identificar a opinião dos alunos sobre esse modelo de ensino. O Estatuto e o Regimento Interno da Liga de Dor foram as fontes e dados para a descrição da sua organização e funcionamento. Todos os alunos que frequentaram a Liga de Dor nos anos de 1995 e 1996 foram solicitados a responder um questionário sobre suas experiências na Liga. A Liga de Dor foi organizada sob o patrocínio do Centro Acadêmico Osvaldo Cruz, da Faculdade de Medicina da USP, e Centro Acadêmico XXXI de Outubro, da Escola de Enfermagem da USP, em 1995. É composta por alunos dessas duas faculdades e profissionais enfermeiros e médicos, de várias especialidades. Todas as atividades são voluntárias, desenvolvidas em período extracurricular e os estudantes dirigem a Liga. Os objetivos da Liga são: melhorar a qualidade do ensino sobre dor nas escolas médica e de enfermagem, desenvolver pesquisas relativas à epidemiologia, clínica e controle da dor e promover modelo de assistência multidisciplinar e multiprofissional. A maioria dos alunos expressou ter alcançado seus objetivos, total ou parcialmente; ter aumentado seu conhecimento sobre as síndromes álgicas e sobre o manejo do doente com dor; sentir-se gratificado com sua atividade; que o tema dor deveria ser incluído no currículo de modo mais específico e que recomendaria a outros colegas a participação na Liga de Dor. As opiniões dos estudantes mostraram que a Liga de Dor pode ser um modelo útil para a introdução do ensino da dor nos cursos de graduação e enfermagem e de medicina.
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A movimentação de pacientes no leito, é um procedimento que requer grande esforço físico e utilização de boa mecânica corporal pelo pessoal de enfermagem, afim de prevenir-lhes problemas de dores nas costas. Reconhecendo a importância da movimentação e posicionamento, para promover segurança e conforto ao paciente, e diante das queixas dos profissionais, descritas na literatura, este trabalho tem por objetivos: identificar e analisar as posturas assumidas pelos trabalhadores de enfermagem e, identificar as facilidades e dificuldades encontradas durante a execução da referida atividade. Através da técnica de observação direta foram filmados, através de vídeo tape, trinta procedimentos de movimentação de paciente no leito executados por trabalhadores de enfermagem de uma clínica ortopédica de um hospital universitário. Os resultados evidenciaram que os trinta procedimentos foram executados ao longo de 197,41 minutos e que a postura corporal mais freqüentemente assumida foi coluna inclinada, braço com cotovelo abaixo da bancada, pernas extensão (53,76%). De acordo com os princípios da mecânica corporal e da ergonomia, tal postura é considerada penosa ao homem, devido às agressões músculo-esqueléticas e à sobrecarga física que acarreta. Os trabalhadores apontaram os aspectos: pequeno espaço (58,82%), elevada carga física (52,94%) e falta de pessoal (47,06%) como as principais dificuldades encontradas na execução da movimentação de paciente no leito, corroborando com os achados da literatura, caracterizando essa atividade como penosa, também apontaram que o uso da técnica adequada para movimentar o paciente (35,29%), o uso do lençol (35,29%)e o espaço adequado da enfermaria (23,52%), como aspectos que facilitariam a execução do procedimento.
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O estudo foi desenvolvido em uma clínica cirúrgica de um hospital público universitário, onde, dentre as modalidades terapêuticas oferecidas, são realizados transplantes de fígado. Nessa clínica são internados pacientes que necessitam de cuidados de enfermagem de diferentes complexidades, desde intermediários até os intensivos. Teve-se como objetivo comparar o quadro de pessoal de enfermagem existente na unidade coin o preconizado pela Resolução COFEN nº 189/ 96, onde ficou demonstrado que o quadro da unidade respeita essa Resolução.
Resumo:
A experiência do Estágio Curricular em um serviço de atendimento à saúde mental, extra-hospitalar, o CAPS, levou ao desenvolvimento deste estudo na tentativa de entender e caracterizar uma equipe interdisciplinar nesta instituição, assim como, compreender a inserção de uma estudante de enfermagem nesta equipe. A análise das respostas revelou que nos discursos, encontra-se o conceito de interdisciplinaridade assim como o de multidisciplinaridade (trabalho compartimentado). A concepção que se tem do modelo assistencial e da inserção do projeto neste modelo, é compatível com as noções que fundamentam a descrição do serviço: flexibilidade, inter-relação dos projetos, a clínica ampliada e a reabilitação psicossocial. O fato do serviço ter um Programa de Integração Docente-Assistencial, "naturaliza" e valida a participação de uma estudante de enfermagem nos projetos assistenciais ou de sociabilidade.
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Este estudo avaliou a orientação final de enfermagem para a alta hospitalar quanto à terapêutica medicamentosa em uma clínica de internação hospitalar. A amostra constou de 38 pacientes com alta hospitalar em dezembro de 2001 e fevereiro de 2002 e dos enfermeiros que os orientaram. Para coleta dos dados utilizou-se a técnica de observação não participante. Obtivemos como resultados: locais inadequados para orientação, poucas informações por escrito, curto tempo para orientação e não utilização de estratégias que confirmem o entendimento do paciente quanto as orientações. Conclui-se que estes aspectos possam estar contribuindo para ocorrência de erros de medicação no domicílio, após a alta hospitalar.
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O estudo objetivou analisar, por meio de estudo de caso clínico e segundo o referencial psicanalítico, se as intervenções do Projeto Moradia possibilitam a estabilização do paciente por meio de construção de uma metáfora delirante. Os resultados indicaram o impacto do Projeto na vida do morador: ser aceito, evidenciando uma vitória nos objetivos relacionados à autonomia, redução do isolamento social e intervenção nas questões de moradias consideradas perniciosas, articulando "duas clínicas": uma que interfere diretamente na vida dos moradores a iniciar de suas intervenções e outra, que a sustenta, mas opera em outras instâncias de tratamento, compondo uma relação de interdependência institucional.
Resumo:
Neste trabalho apresentamos o relato de uma situação clínica em que identificamos a vulnerabilidade da família, propiciando ao enfermeiro pediatra a utilização deste conceito na sua prática e intervenção com famílias. O estudo foi realizado com uma família que experienciava uma situação de doença e hospitalização de um filho. A vulnerabilidade foi identificada nas interações da família com a doença, a própria família e a equipe de saúde, e serviu de guia para o planejamento da assistência de enfermagem. As intervenções realizadas permitiram o fortalecimento da família para enfrentar a situação e o reconhecimento da importância para o enfermeiro pediatra utilizar resultados de pesquisa teórica em sua prática profissional.
Resumo:
Este estudo validou o Inventário de Atitudes frente à Dor - versão reduzida (IAD-breve) para a língua portuguesa. Sessenta e nove pacientes brasileiros foram avaliados. Os pacientes foram mulheres (71%), a idade média foi 50,8 anos (±15,4), a escolaridade média 7,4 anos (±4,8), e as dores mais freqüentes foram de etiologia musculoesquelética (39,1%), relacionadas ao câncer (34,8%) e neuropáticas (20,3%). A análise fatorial resultou em sete domínios (Controle, Dano-físico, Incapacidade, Cura Médica, Emoção, Medicação e Solicitude), como no instrumento original. A consistência interna, avaliada pelo µ Chronbach, variou de 0,55 a 0,89, valores considerados moderados e bons. A versão em português apresentou equivalência conceitual à versão em inglês. A disponibilidade do IAD-breve, em português, pode contribuir para a melhoria da pesquisa e prática clínica em pacientes com dor crônica.
Resumo:
Este estudo de natureza exploratória descritiva teve como finalidade descrever a opinião dos discentes quanto à forma e conteúdo de um site educacional e a aplicação deste como recurso instrucional no ensino da Disciplina de Didática em Enfermagem de um Curso de Graduação em Enfermagem de uma escola do município de São Paulo. Os sujeitos do estudo foram alunos matriculados nessa disciplina no primeiro semestre do ano letivo de 2003. Os resultados do estudo demonstraram que os discentes apresentam prontidão ao uso da informática e são favoráveis à adoção de novas metodologias de ensino mediadas pelo computador na enfermagem, na perspectiva de ampliar e diversificar as formas de comunicação entre professores e alunos.