205 resultados para Emprego e Renda


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OBJETIVO Analisar a prevalência de hábito tabagista em bombeiros e os fatores associados. MÉTODOS Estudo transversal com 711 bombeiros de Belo Horizonte, MG, em 2011. As informações foram obtidas por meio de questionário estruturado autoaplicado, incluindo características sociodemográficas, estressores de origem ocupacional, situação de saúde e eventos adversos na vida. O tabagismo foi analisado como variável dicotômica (regressão logística múltipla). RESULTADOS A prevalência de tabagismo entre bombeiros foi de 7,6%. O hábito atual de fumar foi positivamente associado à baixa escolaridade, faixa intermediária de renda mensal, presença de problemas psiquiátricos no passado, alta exposição a eventos traumáticos na vida, discriminação social, estressores operacionais e baixa demanda de trabalho. CONCLUSÕES A baixa prevalência de tabagismo indica a relevância das condições de emprego na explicação de hábitos nocivos e saúde. Estressores organizacionais e operacionais contribuem independentemente para explicar o hábito de fumar na população estudada.

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OBJETIVO : Analisar a influência de programas de transferência condicionada de renda sobre desfechos relacionados à alimentação e nutrição de famílias beneficiadas no Brasil. MÉTODOS : Foi realizada revisão sistemática da literatura com estudos de avaliação originais feitos no Brasil, incluindo ensaios clínicos e estudos observacionais. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e LILACS, incluindo estudos publicados desde 1990. Analisaram-se os estudos segundo programa avaliado, participantes, delineamento da pesquisa, local de realização, principais conclusões, fatores de confundimento e limitações metodológicas. Os estudos foram classificados de acordo com o desfecho (estado nutricional, consumo alimentar e segurança alimentar e nutricional) e tipo de inferência para a associação com programas de transferência condicionada de renda (adequação, plausibilidade ou probabilidade). RESULTADOS : Foram encontrados 1.412 documentos não duplicados. Quinze preencheram os critérios de elegibilidade e 12 destes avaliaram o Programa Bolsa Família. Cinco estudos de plausibilidade e dois estudos de adequação apontam uma influência positiva dos programas de transferência de renda no estado nutricional das crianças beneficiárias. A influência desses programas sobre o consumo alimentar foi analisada em um estudo de adequação de base populacional e três pesquisas transversais de plausibilidade em municípios diferentes. Todas indicaram maior consumo de alimentos entre os beneficiários. As três análises transversais de plausibilidade sugerem influência positiva desses programas na segurança alimentar e nutricional dos beneficiários. As principais limitações metodológicas apontadas foram corte transversal e dificuldades da coleta de dados, pequeno tamanho amostral e limitações do instrumento. CONCLUSÕES : Os poucos estudos encontrados indicam associação positiva entre pertencer ao programa de transferência de renda e a melhoria da alimentação e nutrição das famílias beneficiárias no Brasil. Mais esforços para ampliação e qualificação de projetos de avaliações são necessários para avaliar de maneira mais abrangente o impacto desses programas no Brasil.

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Foram estudadas a anemia e suas relações com a renda per capita em 1178 pessoas na cidade de Cáceres, Maio Grosso, Brasil nas faixas etárias de 6 a 14 anos (ambos os sexos), 15 a 45 anos do sexo feminino e 15 a 45 anos do sexo masculino. Encontrou-se maior prevalência de pessoas anêmicas nas faixas de renda < 1/4 do salário mínimo e 1/4 - 1/2 do salário mínimo nas três faixas etárias estudadas. Observou-se associação estatística entre a renda per capita e as médias de hemoglobina para as três faixas etárias.

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Foi utilizada a exsangüineotransfusão, associada à soroterapia heteróloga específica e alcalinização urinaria, em um caso de acidente loxoscélico humano na cidade de São Paulo. A indicação da exsangüineotransfusão foi a intensa hemólise associada à gravidade e o iminente risco de morte.

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Apresentamos registro de caso de paciente agredida por cão que morreu 4 dias depois, e que se apresentou para tratamento 11 dias após o acidente. Foi indicado esquema de soro-vacinação a ser iniciado imediatamente com administração de soro anti-rábico (9ml, correspondente a 40 UI/Kg de peso) e série de 10 doses de vacina aplicadas em dias consecutivos e 3 doses de reforço, com 10 dias de intervalo, conforme normas da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Por engano, entretanto, foram aplicadas inicialmente 9 doses de vacina em 3 locais anatômicos diferentes. Verificado o erro de imediato, optamos pela suspensão do tratamento por alguns dias e sua reimplantação completa, o que só foi feito após 8 dias. O seguimento sorológico (pelas provas de soro-neutralização em cultura celular) evidenciou resposta inteiramente satisfatória, superando largamente em níveis, precocidade e duração as recomendações da OMS. A paciente permanecia sadia até o 240º dia após o acidente, quando foi observada pela última vez antes desta publicação.

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O presente trabalho, além da revisão da literatura sobre quimiotipagem do C. neoformans, com novos dados sobre a epidemiologia da criptococose, teve por finalidade principal a caracterização das duas variedades desta levedura em pacientes com neurocriptococose, HIV + e HIV -. As variedades neoformans e gattii estão hoje bem definidas bioquimicamente, com o emprego do meio C.G.B., proposto por KWON-CHUNG et al. (1982) 24. O isolamento do C. neoformans var. gattii das flores e folhas do Eucalyptus camaldulensis e do Eucalyptus tereticornis, na Austrália, através dos trabalhos de ELLIS & PFEIFFER (1990)16 e PFEIFFER & ELLIS (1992)41, possibilitou investigações epidemiológicas das mais interessantes sobre este microrganismo, levedura capsulada a qual SANFELICE50, 51, na Itália, em 1894 e 1895 despertou a atenção do meio médico. BUSSE8, em 1894, descrevia o primeiro caso de criptococose humana sob a forma de lesão óssea, simulando sarcoma. As pesquisas nacionais sobre o assunto em foco foram destacadas, seguindo-se a experiência dos Autores com o meio de C.G.B. (L - canavanina, glicina e azul de bromotimol). Foi possível, através deste meio o estudo de 50 amostras de líquor, sendo 39 procedentes de aidéticos (78%) e 11 de não aidéticos (22%). De pacientes HIV+, 37 (74%) foram identificados como C. neoformans var. neoformans e 2 (4%) como C. neoformans var. gattii. Dos HIV- 8 ( 16%) foram classificados como C. neoformans var. neoformans e 3 (6%) como C. neoformans var. gattii. Através deste trabalho, evidencia-se a importância da neurocriptococose, principalmente entre os aidéticos, demonstrando-se mais uma vez o interesse do meio CGB na quimiotipagem do C. neoformans em suas duas variedades, ganhando em importância a demonstração de que duas espécies de eucalipto podem funcionar como "árvores-hospedeiras" para o Cryptococcus neoformans var. gattii.

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Acentuando a necessidade da continuação das pesquisas terapêuticas em pacientes com paracoccidioidose (blastomicose sul-americana), os autores apresentam 23 pacientes submetidos a diferentes esquemas terapêuticos, sendo 14 virgens de tratamento e 9 com uso prévio de uma ou mais drogas. A associação sulfametoxazol + trimetoprim ( SMZ + TMP) foi empregada em 5 pacientes virgens de tratamento e 9 sulfa-resistentes. Outros sete foram submetidos ao esquema clássico com sulfadoxina. Os pacientes que não responderam aos dois esquemas anteriores, com exceção de dois casos inicialmente graves, receberam anfotericina B. A avaliação clínica, radiológica, micológica e sorológica a longo prazo não demonstrou vantagens no emprego de SMZ + TMP em substituição aos sulfamídicos, nos pacientes virgens de tratamento. Entretanto, a associação SMZ + TMP parece ser uma opção válida nos casos sulfa-resistentes, onde teria primazia, considerando-se a toxicidade e necessidade de controle em regime hospitalar da anfotericina B. Ressaltam ainda a boa tolerância clínica e laboratorial da associação SMZ + TMP em cursos terapêuticos prolongados de até 2 anos, quando empregadas em baixas doses de manutenção.

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O método de fixação de complemento em gotas, sobre placas de plástico, usando antígeno misto de cardiolipina, suspensão de brucelas e extrato de T. cruzi, foi utilizado no exame de 112.365 soros provenientes de bancos de sangue e do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Os 18.279 soros que reagiram com o antígeno tríplice foram re-examinados com cada um dos antígenos, verificando-se que 77% a 88% deles eram chagásicos, de 8% a 23% eram sifilíticos e que 1% a 3% reagiam com o antígeno de brucelas. Pela sua simplicidade, economia de tempo e de material, a técnica de fixação de complemento, com antígeno tríplice, se recomenda para a rotina dos bancos de sangue, hospitais e laboratórios de saúde pública, quando número elevado de sangue deve ser examinado.

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Cento e dez pacientes com malária falciparum não complicada, provenientes da Amazônia brasileira, foram tratados com cloridrato de tetraciclina, na dose de 250 mg a cada 6 horas por 7 dias, associado ao sulfato de quinino na dose de 1,5 a 2,0 gramas/dia nos 3 ou 4 dias iniciais de tratamento. Os pacientes tiveram acompanhamento clínico e parasitológico por pelo menos 7 dias e em todos observou-se a negativação da parasitemia após o tratamento. Setenta e cinco pacientes foram acompanhados por 28 dias ou mais e destes 71 tiveram resposta do tipo Se4do tipo RI. O cloridrato de tetraciclina associado ao sulfato de quinino mostrou-se altamente eficaz no tratamento de malária falciparum não complicada, sendo bem tolerado e portanto útil na terapêutica das infecções por P. falciparum multirresistentes contraídas na Amazônia.

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O método de Kato-Katz é muito utilizado para pesquisa de ovos de helmintos nasfezes e, em determinadas ocasiões, como por exemplo no trabalho de campo, afigura-se conveniente preservar o material a examinar, com o intuito de facilitar o transporte e operacionalidade. Na tentativa de poder usar conservador sôliào, capaz de, em relação a ovos de Schistosoma mansoni, manter a morfologia, impedir a evolução e não interferir no processo de clarificação pela glicerina, os autores utilizaram a azida sádica (NaN3), que foi misturada, na quantidade de 2-3mg em aproximadamente 2 g de fezes de pacientes eliminando número conhecido de ovos, quantificados pelo processo de Kato-Katz. As fezes com preservador ficaram mantidas em temperatura ambiente e foram feitas contagens, pela mesma técnica, após uma, duas, quatro, oito e doze semanas. As observações, feitas em 53 amostras, demonstraram que em 51 o número de ovos permaneceu, aproximadamente, idêntico e com estruturas conservadas, de molde a permitir o dignóstico. Em dois casos, nas oitava e décima-segunda semanas, as fezes estavam desidratadas, ressecadas e impróprias para a contagem. A azida sódica, portanto, mostrou-se adequada para a conservação de fezes a serem submetidas ao método de Kato-Katz.

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Em duas alíquotas de 208 amostras de fezes foram feitos exames pelo método de Kato-Katz, sendo uma após o emprego de 0,2mg de azida sódica para 200mg e em outra sem o referido conservador. Os resultados percentuais com e sem conservador foram, respectivamente, para os Ancilostomídeos 12,5 e 25,9, para Ascaris lumbricoides 71,6 e 72,5, para Schistosoma mansoni 7,6 e 17,7 e para Trichuris trichiura 86 e 85. A contagem dos ovos com e sem o conservador foi, respectivamente, 264 e 539 para os Ancilostomídeos, 13816 e 33751 para A. lumbricoides, 55,5 e 63,5 para S. mansoni e 1345 e 2068 para T. trichiura. Os autores não confirmaram a vantagem do uso de azida sódica para estudo em áreas endêmicas. Sugerem que o ressecamento das fezes e a baixa intensidade das infecções possam explicar os resultados desfavoráveis do presente ensaio clínico.

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Reações cutâneas de hipersensibilidade tardia ao antígeno T12E foram identificadas em 35,7% da amostra de 842 indivíduos do município de Mambaí, Goiás. Suas especificidade e sensibilidade foram comparadas com aquelas dos exames sorológicos. Em 94 pacientes chagásicos comprovados pelo xenodiagnóstico, o teste cutâneo foi positivo em 98,7% dos casos, a imunofluorescência em 97,8% e afixação do complemento em 80,6%. A hemaglutinação foi positiva em todos esses casos. O índice de 0,897 mostrou a estreita relação entre os percentuais positivos dos exames de hemaglutinação e de imunofluorescência com o teste cutâneo, nos chagásicos sem comprovaçãoparasitológica. Esse dado indica que em aproximadamente 90% dos casos os resultados desses três exames são concordantes. A quantidade de 50µg do antígeno T12E empregada no teste cutâneo não apresentou efeitos colaterais e não produziu conversão das provas imunológicas, mesmo quando foi repetido cinco vezes em voluntários sadios, em intervalos de 15 dias. A potência do antígeno permaneceu inalterada após a estocagem a -10ºC, durante 24 meses.

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Com o objetivo de racionalizar o emprego de recursos econômicos em programas de vacinação contra hepatite B, em profissionais da área de saúde, foram estudados dois aspectos distintos: necessidade ou não de triagem sorológica pré-vacinação e viabilidade da utilização de doses reduzidas de vacina por via intradérmica (ID). A análise econômica de custo-minimização demonstrou que com prevalência de imunes na população a ser vacinada superior a 11% (o que ocorreu em nosso estudo apenas no grupo de funcionários) passou a ser economicamente viável a triagem sorológica, diferentemente do grupo de alunos e médicos, nos quais a vacina sem triagem foi a melhor opção estratégica. Quanto ao esquema a ser utilizado, o emprego de três doses por via intramuscular (IM) (esquema A) foi comparado com dois esquemas alternativos: 1) esquema B, utilizando primeira dose via ID e duas via IM e 2) esquema C, empregando as duas primeiras doses via ID e a terceira via IM. Após a terceira dose, as taxas de soroconversão nos esquemas Ae B (92% e 93%, respectivamente) e os títulos médios geométricos de antiHBs (1278 Ul/L e 789,6UI/L) foram semelhantes entre os dois grupos, e apresentaram diferença significante em relação ao esquema C, demonstrando que esquemas alternativos podem ser custo-efetivos.

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A prevalência da infecção chagásica em 368 garis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal foi inicialmente indicada pelos exames de hemaglutinação e imunofluorescência, quando encontrou-se 32,1% e 47,6% de resultados positivos, respectivamente, para cada exame. Em vista das discrepâncias obsevadas. utilizou-se o teste cutâneo com o antígeno T12E para esclarecimento do diagnóstico em 15,5% dos que tinham apenas um teste sorológico positivo. O teste cutâneo foi positivo em 38,6% dos garis. A análise dos resultados de 183 garis mostrou 47% dos casos com três exames concordantes positivos. Mais 19, 7% tiveram dois exames concordantes positivos. Porém, 33,3% dos garis tinham apenas um dos três exames positivo. Empregou-se também o "immunoblot" na tentativa de esclarecer o diagnóstico nos 61 casos com apenas um resultado positivo. Foram encontrados 37,5% (3/8) dos casos positivos pela hemaglutinação, 11,5% (3/26) pelo teste cutâneo, e apenas 3,7% (1/27) pela imunofluorescência. Após a adição desses casos positivos pelo "immunoblot", o total de chagásicos passou a ser de 129, ou seja, 35%/ dos garis da amostra estudada.

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Foi realizado um estudo controlado para avaliar a eficácia terapêutica e a tolerância do nifurtimox e do benznidazole em pacientes com a doença de Chagas crônica. Todos os pacientes tinham as reações de imunofluorescência e fixação do complemento positivas para anticorpos anti-T. cruzi e pelo menos dois xenodiagnósticos positivos em três realizados, antes do tratamento, e foram submetidos a exames clínicos, eletrocardiográficos e radiográficos do coração e do esôfago. De 77 pacientes estudados, 27 foram tratados com nifurtimox, 26 com benznidazole, ambos na dose de 5mg/kg/dia, durante 30 dias consecutivos, e 24 receberam um placebo em comprimidos semelhantes aos do benznidazole. Dos 77 pacientes, 64 (83,1%) completaram o tratamento: 23 (88,4%) com benznidazole, 19 (70,3%) com nifurtimox e 22 (91,6%) com placebo. Os pacientes foram avaliados clinicamente, sorologicamente e parasitologicamente (seis xenodiagnósticos no período de um ano após o tratamento). O grupo do benznidazole mostrou apenas 1,8% de xenodiagnósticos positivos pós-tratamento, o grupo do nifurtimox 9,6% e o do placebo 34,3%. Todas as reações sorológicas continuaram positivas e não houve alterações clínicas, eletrocardiográficas ou radiológicas um ano após o tratamento.