177 resultados para Aspecto geral
Resumo:
Foi estudado o efeito das carências combinadas de alguns macronutrientes no crescimento, aspecto e composição mineral do algodoeiro, Gossypium hirsutum L., var. IAC RMB. O trabalho regstra: sintomas foliares dos macronutrientes estudados nas folhas superiores e inferiores das plantas.
Resumo:
No presente trabalho foi determinada a contagem total de bactérias (incubação a 32°C e a 5°C) existentes na superfície de alguns cortes de varejo de carne bovina comercializada por tres supermercados de Piracicaba, SP, bem como da superfície de diversos tipos de equipamento utilizado nas salas de desossa desses estabelecimentos. Foi determinado também o número mais provável (NMP) de coliformes totais e, para um grupo de amostras de carne, o NMP de Escherichia coli. Para um dos supermercados (o mais antigo e menos adequado sob o aspecto sanitário) foi possível constatar uma diferença significativa entre as contagens totais em cortes recebidos já desossados pelo estabelecimento, a favor destes, e as contagens em cortes preparados na sala de desossa. O equipamento, tanto no estado considerado limpo (após o dia de trabalho) e aquele em uso apresentaram contagens totais excessivas; não houve diferença significativa entre um e outro caso, e, em ambos, a temperatura de incubação 32°C resultou em valores estatisticamente superiores aos obtidos com a incubação a 5°C. As contagens provenientes de análises de superfícies de madeira foram significativamente mais elevadas que as verificadas em superfícies metálicas (serra elétrica, facas, afiadores). A ocorrência de coliformes totais foi geral, tanto na carne como no equipamento, muitas vezes em números elevados. Em amostras de carne, analisadas quanto à presença e ao número de coliformes totais e de Escherichia coli, verificou-se que 96% daquelas positivas para coliformes totais também o eram para esta bactéria. Atras de material em uso foram positivas quanto à ocorrência de coliformes totais. Tal como ocorreu a carne, o número mais possível (NMP) assumiu, em vários casos, elevados valores. Embora não comprovado estatisticamente, os resultados sugerem uma maior ocorrência desse grupo de microrganismos nas superfícies de madeira (mesa e ou cepo).
Resumo:
No presente trabalho foi estudado o efeito de reguladores de crescimento (CCC, Alar, Giberelina e Ethephon) nas características do tomate. Os reguladores foram aplicados uma só vez, em pulverização foliar aos 38 dias após a semeação. Foram efetuadas duas colheitas, aos 60 dias e aos 100 dias após a aplicação dos reguladores. A qualidade foi avaliada através de análises físicas (Brix e cor), químicas (pH, ácido ascórbico e atividade de pectinesterase) e sensorials (cor, "flavor", aspectos interno e externo). Dentro das condições deste experimento os autores concluíram que a aplicação daquelas substâncias não teve influência no pH, na cor, nos conteúdos de sólidos solúveis e de ácido ascórbico dos frutos. Houve pequena influência na atividade da pectinesterase porém, devida à interação entre tratamentos e época de colheita. O "flavor" não foi afetado pelos tratamentos, mas os tomates da segunda colheita foram significativamente melhores. O aspecto interno e o externo foram bastante afetados, tendo o Ethephon sido o pior e o CCC, o melhor. Em termos de qualidade geral, os tratamentos classificaram-se, de acordo com a preferência dos julgadores, em ordem decrescente de qualidade como segue: CCC, Ethephon, Testemunha, Giberelina e Alar.
Resumo:
Azolla filiculoides Lam foi cultivado em solução nutritiva arejada, sempre desprovida de N combinado, sendo submetida aos seguintes tratamentos: omissão de P, K, Ca, Mg, S, Fe e Mo, excesso de Mn e Al. As plantas foram colhidas depois de 3 semanas da inoculação. Verificou-se que as deficiências de P, K, Ca e Mg provocaram diminuição na produção de matéria seca e na atividade de nitrogenase. A análise mineral mostrou que: a falta de um elemento provoca redução no seu teor; grande acumulo de Mo; diminuição no teor de Al (do inóculo ou contaminação) no tratamento menos S que garantiu o maior crescimento; efeitos inibitórios ou sinergísticos semelhantes aos descritos no caso de plantas superiores. A toxidez de Al e Mn causou, principalmente a primeira, redução no crescimento e na atividade da nitrogenase. Houve correlações positivas entre: N total e crescimento, atividade de nitrogenase e N total.
Resumo:
1- No interior do nucleo de cellulas hepaticas de Macacus rhesus e M. cynomolgus (figs. 13-34) inoculado com o virus da febre amarella e de cellulas hepaticas de doentes de febre amarella (figs. 61-65 e 68-69) ocorre o processo regressivo referido na literatura sob o nome de «degeneração oxychromatica». Tal processo apresenta grande intensidade nos macacos, sendo, porém, assaz escasso no material humano colhido em autopsias. Esta alteração está intimamente associada ao effeito nocivo causado pelo proprio virus da febre amarella, sendo, neste sentido, a unica alteração verdadeiramente especifica na febre amarella. Não foram encontradas alterações do cytoplasma nem granulos intracellulares que tivessem relação com o virus da febre amarella. Assim sendo, a febre amarella pertencerá ao grupo de doenças de virus filtraveis produzindo alterações cellulares caracteristicas ou corpusculos especificos, exclusivamente limitados ao nucleo. Deve ser incluida, portanto no grupo karyo-oikon da classificação de Lipschütz, juntamente com herpes, varicella, virus III do coelho, «submaxillary disease», etc. Como acontece em geral, nas doenças de virus filtraveis, formando inclusões intracellulares, observa-se na febre amarella que a inclusão celular especifica predomina ou existe exclusivamente em determinada especie cellular. Até agora, no nosso material só conseguimos evidenciar a degeneração oxychromatica da febre amarella na cellula hepatica. Quando existe, porém, a sua abundancia é notavel, não raro attingido a quasi totalidade das cellulas hepaticas nos cortes histologicos examinados. Esse facto não poude ser observado nos casos humanos que examinamos,provavelmente em virtude de condições proprias do virus no homem e da phase da molestia na qual foi retirado o material para estudo. Nas cellulas da camada cortical das suprarenaes de M. rhesus infectados encontramos aspectos nucleares suggestivos de degeneração oxychromatica (figs. 37 e 40); são escassos e de caracterisação duvidosa em virtude da concomitancia de alterações necrobíoticas não específicas. 2- Durante a epidemia de febre amarella em 1928 no Rio de Janeiro, notamos differenças assaz pronunciadas entre as lesões hepaticas no homem e no M. rhesus. Taes differenças, existindo em material assaz homogeneo quanto ás amostras de virus em questão, nos levam a concluir que a capacidade de formar corpusculos intranucleares especificos, como tambem a já conhecida permanencia do virus no sangue e nos tecidos, depende, de modo evidente, da especie animal usada e não da propria amostra empregada, nem do numero de passagens que ella soffreu no macaco. Embora os doentes pertencessem a raças differentes (quadro VIII) e embora, possivelmente diversas amostras de virus tenham sido nelles inoculadas, estamos autorisados a concluir que a amostra ou amostras que infectaram o homem na epidemia de 1928, no Rio de janeiro, possuem nelle uma fraca capacidade de determinar inclusões intranucleares. Ao contrario, a mesma amostra ou amostras são capazes de produzir no M. rhesus, logo na primeira passagem, inclusões intranucleares assaz abundantes. Outra diferença que notamos e attribuimos a especie animal empregada foi; as alterações hepaticas de natureza toxica e circulatoria (congestão, necrose e necrobiose da cellula hepatica) são nitidamente mais intensas no homem que nos macacos injectados com as amostras brasileiras do virus da febre amarella isoladas durante a epidemia de 1928 no Rio de Janeiro. Conseguimos, no homem, evidencia de inclusões typicas na cellula hepatica, apenas em tres casos dentre dezesete examinados. Esse resultado, provavelmente, ainda não é definitivo, indicando, apenas a raridade extrema que os corpusculos podem apresentar nos casos de febre amarella que ordinariamente chegam á autopsia. Tambem não realisamos uma pesquiza exhaustiva dos corpusculos em outros orgãos além do figado. O caso no qual encontramos em maior abundancia os corpusculos intranucleares, offerecia duas circumstancias que isoladamente, e, com maior razão, associadas, não são habituaes em material de autopsia de febre amarella, a saber: trata-se de uma creança fallecida cerca de 40 horas após o inicio da molestia e a autopsia foi iniciada 30 minutos após o obito. Notamos que, quando em uma preparação é encontrada uma cellula hepatica com inclusão, o exame não tarda em demonstrar, em campos microscopicos visinhos, uma ou outra cellula tambem com inclusão, ao passo que em pontos mais distantes nenhuma cellula é encontrada apresentando inclusões. Esses «fócos» de cellulas com inclusões nem sempre são faceis de encontrar, o que está de accôrdo com as differenças topographicas de outras lesões hepaticas, referidas por Oskar Klotz (1928) e Hudson (1928). 3- A degeneração oxychromatica é um processo regressivo nuclear, no qual tomam parte predominante elementos presentes no nucleo normal de cellulas tratadas pelos fixadores habituaes. São elles: a oxychromatina, o reticulo de linina e as particulas de basichromatina neste ultimo incrustadas; de mistura e associadas á oxychromatina existem provavelmente outras albuminas nucleares acidophilas oriundas do nucleoplasma em condições pathologicas do nucleo. Apenas esses elementos se apresentam alterados, quer quantitativamente, quer em seu aspecto e disposição reciproca, quer em suas affinidades tinctoriaes. O facto importante a reter é que taes modificações regressivas interessam, no inicio, unicamente determinadas partes componentes do nucleo com exclusão de outras e reproduzem nas cellulas hepaticas de animaes infectados, de maneira constante e regular, aspectos nucleares absolutamente typicos e especificos da infecção pelo virus amarillico. 4- O corpusculo intranuclear da febre amarella, em phases typicas (figs. 69 e 71) mostra-se constituido por uma «substancia fundamental» e por um «stroma». A substancia fundamental é uma albumina nuclear basica, em parte formada pela oxychromatina ou lanthanina, em parte por outras nucleoproteinas...
Resumo:
Resulta das descripções e documentos examinados que as inclusões cytoplasmaticas da variola vera, no material humano examinado, apresentam caracteres geraes que poderão ser assim resumidos: 1. intensa coloração pela safranina nos preparados pelo methodo de Unna modificado (Fig. 42), mostrando a inclusão matiz semelhante ao dos nucleolos da mesma cellula. 2. reacção predominantemente acidophila nos preparados pela hematoxylina-eosina, traduzida pela tonalidade rosea ou vermelha de coloração (Figs. 27, 29, 30, 31 e 31). 3. frequente multiplicidade de inclusões de fórma e dimensões variadas na mesma cellula (Figs. 29 e 30), as maiores inclusões (Figs. 29 e 32), sendo menores que as grandes inclusões cytoplasmaticas solitarias do alastrim (Figs. 15, 16 e 18). É a regra, ainda, observar-se desapparecimento de qualquer estructura no cytoplasma das cellulas com inclusões em zona muito extensa, tornando-se difficil explicar tal aspecto unicamente pela retracção das inclusões no acto da fixação (Figs. 31 e 32). Quanto ás inclusões intranucleares, ellas se apresentam sob tres aspectos, dois dos quaes bem reconhecidos por Luger e Lauda (1926). Em um primeiro aspecto, o nucleo conserva, em parte, o reticulo de linina e encerra uma massa irregular (Fig. 35) ou, então, pequenas massas e granulos de dimensões variaveis (Figs. 33 e 34) constituidos por material acidophilo que ali não existe em condições normaes. A membrana nuclear tem espessura visinha do normal. Em um segundo aspecto, a inclusão occupa a totalidade do nucleoplasma (Fig. 3), apenas separado da membrana nuclear, em alguns casos (Fig. 38), por um estreito espaço claro (zona de retracção). Por vezes apresenta um aspecto homogeneo (Fig. 37); outras vezes a inclusão mostra pequenas areas chromophobas ( Fig. 38). A hyperchromatose da membrana nuclear é accentuada, tanto neste como no aspecto seguinte. No terceiro aspecto (aspecto corpuscular) (Figs. 39, 40, 48 e 50), a inclusão intranuiclear é formada por um ou mais corpusculos acidophilos, de contornos muito nitidos e fórma regular, ora ovoide, ora espherica. No interior de cada corpusculo, apparecem zonas chromophobas multiplas, sendo ordinariamente uma maior que as outras (Figs. 39, 40, 48 e 50). Fóra desses corpusculos, o nucleoplasma contem, por vezes material menos intensamente corado pelo eosina ou pela safranina (Figs. 40). O reticulo de linina, porém, acha-se completamente desapparecido, e não raro se observa, em torno dos corpusculos acidophilos, uma zona algum tanto extensa de nucleoplasma sem nenhuma estructura apparente (Fig. 48, á direita). Frisamos o modo peculiar de se comportar o nucleolo nas cellulas epidermicas com inclusões intranucleares da variola. Recalcado, a principio, de encontro á membrana nuclear (Fig. 36), elle em seguida é englobado pela propria membrana nuclear, parecendo incluso nessa estructura (Figs. 37, 35, 38 e 48, á direita). A « marginação » do nucleolo, e o seu englobamento ou inclusão na membrana nuclear, bem como o terceiro aspecto que descrevemos, de corpusculos intranucleares esphericos ou ovoides com zonas chromophobas, são caracteres que differenciam, de modo nitido, as inclusões intranucleares da variola vera da das demais inclusões das doenças de virus. Nem sempre, porém, os aspectos encontrados podem ser incluidos, com facilidade, em um dos tres grupos atraz mencionados, o que indica a existencia de phases de transição entre elles. Tal como assignalou Ewing, as cellulas epidermicas com inclusões intranucleares são geralmente as attingidas pela « ballonierende Degeneration ». Em geral taes elementos revestem o fundo da vesicula, ás vezes formando uma unica camada, e representando tudo o que resta da epiderme. Comtudo, em nosso material, conseguimos encontrar inclusões intranucleares em cellulas espinhosas do corpo mucoso de Malpighi que ainda conservaram relações normaes com os elementos contiguos e não eram attingidas pela « ballonierende Degeneration ». Em taes inclusões é que, de preferencia, observamos o aspecto de granulos mencionado no grupo I (Fig. 34). A hyperchromatose da membrana nuclear é, então, pouco notavel, constratando como o grau pronunciado que apresenta nos dois outros aspectos. Existiam, ellas em «lambeaux » epitheliaes, presos em certos pontos, por extreito pediculo, á camada basal, no fundo da vesicula.
Resumo:
Foi pesquisada a produção de H²S em varias espécies da maioria dos gêneros de bactérias heterotróficas com o meio fígado-baço, com indicador de bismuto, ultimamente proposto pelos autores. 2) Todas as espécies submetidas à prova com esse meio se revelaram dotadas da capacidade de decompor os compostos sulfurados do meio de cultura com produção de H²S. 3) Resulta que todas as bactérias heterotroficas produzem H²S. 4) Houve variações no teor de produção entre amostras da mesma espécie, entre espécies do mesmo gênero e de um gênero para outro, computado pelo escurecimento maior ou menor do bismuto. 5) Também houve diferenças entre os especimens experimentados quanto ao tempo que levaram para produzir H²S. 6) E proposta a expressão < capacidade sulfidrigena > para a produção de H²S pelas bactérias.
Resumo:
Os A.A. mostram electrocardiogramas de um portador de fórma cardíaca crônica da doença de Chagas. O ecg variava, de tempos a tempos, evidenciando, ora um bloqueio auriculo-ventricular total, ora um bloqueio auriculo-ventricular do tipo 2 : 1, ora rítmo normal, etc. Além disso foram registradas variaçãoes em um mesmo ecg. Foram levantadas duas hipóteses para interpretação dêstes achados: uma, em que as toxinas seriam responsáveis; outra, em que houvesse aumetno do período refratário ventricular.
Resumo:
Em um foco de bouba existente na Baixada Fluminense (Estado do Rio de Janeiro), onde já foram tratados pela penicilina cêrca de 800 doentes, foram encontradas 7 pessoas da raça negra com quadro clínico semelhante a pinta terciária. Todas referiam um passado boubático que pode ser considerado indiscutível, uma vez que pràticamente todas as pessoas de suas famílias tinham tido ou estavam com a moléstia. É feito um apanhado geral da pinta (mal del pinto, carate, purú-purú), e faz-se referência a um foco estudado pelo autor, existente, na cidade de Labrea, no Rio Purús. Comenta-se a semelhança de pintides aí observadas com pianides tardias vistas no foco de bouba acima referido, e de um modo mais geral, a semelhança de lesões encontradas nas diferentes treponematoses: bouba, sífilis, pinta e bejel. É feito o estudo histopatológico das lesões cutâneas de dois dos 7 pacientes e de um nódulo juxta-articular de um dêles. Na pele foram encon¬tradas alterações semelhantes a outras descritas para casos de pinta no México e em Cuba e no nódulo juxta-articular, as mesmas descritas por Ferris & Turner (7) além de lesões vasculares não encontradas pelos autores referidos. Nos cortes impregnados (método de Lavaditi) tanto da pele, como do nódulo, não foram encontrados treponemas. Com o tratamento feito pela penicilina em 3 casos, observou-se: desaparecimento da queratose palmar e plantar; volta da pele ao seu aspecto brilhante, normal (que antes era mumificada. exfoliativa ao nível das zonas com discromios); desaparecimento dos nódulos juxta-articulares em ambos os casos. As manifestações discrômicas não mostraram alterações apreciáveis. A reação de Wassermann, antes fortemente positiva em todos os casos, nos tratados tornou-se negativa. Mesmo estes três casos apresentaram períodos de oscilação de positividade e negatividade, fato que é comum nas treponematoses, particularmente na bouba. Três doentes apresentavam flexão permanente do dedo mínimo, o que é considerado por Pronk como característico do terciarismo boubático (16). A lesão é devida à queratose e atrofia palinar, não havendo comprometimento ósseo. Um dos 7 casos apresentava ainhum, tendo perdido o dedo mínimo do pé direito, em conseqüência de uma lesão boubatica («cravo»), segundo informou o paciente. É referida e ilustrada a presença de lesões ainhumóides boubaticas. A relação do ainhum com a bouba já tinha sido referida por Clarke e Ramos e Silva (18).
Resumo:
É feito um estudo comparado sôbre a estrutura e o mecanismo dos estigmas de Triatoma vitticeps, Triatoma maculata, Triatoma sórdida, Triatoma brasiliensis, Rhodnius prolines e Panstrongyius megistus com os de Triatoma infestans, anteriormente já tratados. É, assim, elaborada uma tabela comparativa sôbre o tamanho e localização, dos espiráculos torácicos e abdominais, nas espécies citadas. Os estigmas mesotorácicos nas espécies do gênero Triatoma apresentam-se com várias modificações morfológicas, porém, não tão significantes como as encontradas em Panstrongyius megistus e Rhodnius prolixus. Seu mecanismo mostra acentuadas diferenças morfológicas. De um modo geral, os estigmas mesotorácicos possuem uma zona dorsal e outra ventral, que se diferenciam nas diferentes espécies e gêneros. A abertura do átrio para o exterior faz-se, perpendicularmente ao eixo maior do corpo do inseto. Nota-se uma região onde a cutícula é mais espêssa e que serve de base para a implantação dos músculos destinados ao seu funcionamento. O côndilo, que varia quanto à forma, nos diversos Triatomíneos, não é evidenciado nos estigmas metatorácicos. Os espiráculos metatorácicos encontram-se ocultos, totalmente, pelos escleritos do mesotórax e metatórax. O aspecto morfológico do mesmo é semelhante ao do mesotorácico, porém, apresenta algumas diferenças. Os espiraculos abdominais são em número de 8 pares. O 1.º par está situado na região látero-dorsal da membrana intersegmental, entre o tórax e o abdômen. Em Rhodnius prolixus o estigma apresenta-se circundado por zonas esclerosadas, em forma de listas. Nos demais Triatomíneos os escleritos estigmatíferos são semelhantes e menos reforçados. A forma e a estrutura e o mecanismo dêstes estigmas variam em todas as espécies citadas, Encontram-se 3 elementos de proteção à traquéia que se limita com o átrio. São eles: 1) rêde protetora que recobre parcialmente a entrada do estigma, semelhante a um peritrema; 2) côndilo interno que comanda a entrada e saída do ar das traquéias; e 3) falsos espinhos, situados no átrio e que variam de tamanho e espessura nos diferentes Triatomíneos. Finalmente, observa-se o VIII par de estigmas abdominais, cuja forma, mecanismo e localização o diferenciam dos demais. Êste par encontra-se citado por alguns autores, porém, na realidade, sua estrutura só é apresentada no presente trabalho.
Resumo:
Observações hidrobiológicas do Lago de Brasília, em 1965, mostraram algas planctônicas Desmidiaceae predominantes, com espécies dos gêneros Staurastrum, Micrasterias, Euastrum, Cosmarium Xanthidium, Bambusina, Closterium, Spondilosium, Penium, principalmente, de águas puras e naturais; conforme o texto, são sêres comuns nas águas indígenas do Brasil Central. Mas a nova capital brasileira cresceu ràpidamente, alcançando oerto de meio milhão de habitantes: a influência do homem se apresentou e, em 1968, já causava outro regime hidrobiológico dentro das faixas de saprobidade, com planctos cosmopolitas indicadores de poluição. Encontramos águas já mesossapróbias com cianofíceas indesejáveis em quantidades maciças, como as Aphanizomenon flos-aquae, a Anacystis cyanea (= Microcystis aeruginosa), Anabaenopsis, Gomphosphaeria e outras. O lago que era "Lago de Desmidiáceas" passou a ser um "Lago de Cianofíceas". Os índices de eutrofização dependem de eutrofizantes no numerador, divididos por desmidiáceas no denominador. Quanto maior o número de algas eutrofizantes, tanto maior a eutrofização; exatamente o que acontece no lago de Brasília. os autores chamam a atenção para os estudos de saprobidade das águas do lago, baseado na teoria que os moluscos Planorbidae se instalem dependentes do regime de poluição mesossapróbio; supõe-se por isso a razão por que êsses moluscos acompanham o homem nas suas migrações. Poder-se-à determinar a faixa de saprobidade em que se instalam os moluscos, suspeitando-se entre os regimes A- e B- mesossapróbio. Propõem medidas preventivas de caráter hidrobiológico para evitar a instalação de planorbídeos. Embora os esgotos sejam todos muito bem tratados sanitàriamente e não há nenhum perigo ou queixa quanto a essa parte; mas é o resultado do tratamento de esgotos e restos de águas usadas pelo homem que fornecem nutritivos às àguas: N, P, Ca, Cl, K, etc. ... e que eutrofizam. A eutrofização normal é ótima; o lago fica produtivo de bom plancto e ótimos peixes. Para eutrofia em excesso, os autores criaram o nôvo têrmo HIPEREUTROFIA, descrevem êsses fenômenos, de ordem geral, com explosivo crescimento da população planctônica e fitoplanto mesossapróbio causador de calamitosos problemas. Pode a "hipereutrofia" ser considerada uma nova e grave "praga das águas" que surgiu depois da 2ª guerra mundial, devido á rápida industralização e explosão populacional do homem. Medidas preventivas contra a hipereutrofia poderão ser conseguidas com planejamentos integrados das bacias dos rios, lagos e baías evitando despejos de excessos de nutrientes, em zonas que fiquem como reservas, preservando a biota aquática natural e normal. É possível tal planejamento no Brasil, porque é um dos poucos países, com bacias de rios e lagos artificiais ainda não poluídos.