818 resultados para Plantas dos cerrados
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência do herbicida fluridone no controle de plantas aquáticas submersas (Egeria densa, Egeria najas e Ceratophyllum demersum) que ocorrem no reservatório da Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias (Jupiá), região noroeste do Estado de São Paulo. A pesquisa, que consistiu de aplicações de fluridone, foi conduzida em lagoas marginais do rio Tietê, denominadas Flórida e Barrenta. As lagoas foram divididas em faixas, cada uma delas representando um tratamento. As faixas das lagoas receberam uma aplicação inicial de fluridone, procurando-se atingir a concentração de 20 ppb. As aplicações subseqüentes foram dimensionadas para recompor e/ou manter esta concentração, sendo realizadas sempre com o auxílio de uma barra de aplicação munida de três mangueiras, com pontas injetoras submersas na água, em três profundidades (0,2, 0,6 e 1,2 m). O volume de aplicação foi mantido próximo a 54 l ha-1 de calda. Foram feitas avaliações visuais dos sintomas de fitointoxicação nas três espécies estudadas, assim como avaliação da biomassa. Nas condições da pesquisa, o fluridone controlou as macrófitas submersas Egeria najas e Egeria densa; quando cessou o efeito do fluridone, aconteceu a reinfestação de Egeria densa e Egeria najas; e não houve controle de Ceratophyllum demersum nem das espécies não-alvo, como Salvinia auriculata, Ipomoea spp., Merremia sp., Typha latifolia e Cyperus spp.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de alguns herbicidas no controle de Polygonum lapathifolium. O experimento foi instalado e conduzido no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP - Botucatu-SP. Plantas de P. lapathifolium foram coletadas no rio Tietê e cultivadas em caixas d'água de fibra de vidro de 0,6 x 0,6 x 0,45 m, contendo 15 cm de solo. Os tratamentos utilizados foram: 2,4-D amina a 720 a 1.440 g e.a. ha-1; diquat a 480 g i.a. ha-1; glyphosate a 2.400 e 3.360 g e.a. ha-1 + Aterbane 0,5% v/v; imazapyr a 250 e 500 g e.a. ha-1; e testemunha sem aplicação de herbicida. A aplicação foi realizada com um pulverizador costal pressurizado a CO2, a pressão constante de 2,0 bars, equipado com barra de pulverização munida de dois bicos de jato plano, tipo Teejet XR 110.02 VS. O consumo de calda foi de 200 L ha-1. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três repetições. As avaliações foram visuais, atribuindo-se notas para os sintomas de injúrias de acordo com uma escala percentual. Apenas o herbicida glyphosate, independentemente da dose utilizada, controlou as plantas de Polygonum lapathifolium, atingindo 100% aos 46 dias após a aplicação. Inicialmente o herbicida diquat promoveu injúrias severas, entretanto, no decorrer do período de avaliações, elas se dissiparam e as plantas rebrotaram.
Resumo:
Dentre as plantas daninhas aquáticas submersas, o gênero Egeria é considerado um dos mais importantes de ocorrência nos reservatórios da região centro-sul do Brasil, pois acarreta prejuízos à geração de energia, pesca, navegação e recreação. O presente trabalho teve como objetivo estudar, em condições de caixa d'água, a degradação do herbicida diquat, na presença e na ausência de plantas de Egeria densa e Egeria najas e no solo. O experimento foi instalado e conduzido no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia, do Departamento de Produção Vegetal da FCA/UNESP-Botucatu-SP. Utilizaram-se caixas de 330 litros de água, com uma camada de solo de 20 cm de altura + 5 cm de areia, no qual foram plantados 20 ramos de cada uma das espécies de egéria. Os tratamentos constituíram-se de aplicações de 6 ppm de diquat (Reward), utilizando-se os seguintes tipos de combinação: caixas d'água apenas com água; caixas d'água com água e solo; e caixas d'água com água, plantas e solo. As plantas foram coletadas no reservatório de Jupiá, localizado no município de Castilho-SP; elas se encontravam no estádio adulto de desenvolvimento e foram transportadas às caixas no mesmo dia de coleta. As determinações das concentrações de diquat foram mensuradas através de espectrofometria (308 nm), em que se obteve a seguinte curva: CONCENTRAÇÃO DO HERBICIDA (ppm)=0,7418+50,95391*A, sendo A= leitura de absorbância. Obteve-se um coeficiente de correlação de 0,9956648. Na condição de caixas com água + planta + solo, a meia-vida do diquat foi de 29 dias após a aplicação do herbicida. Utilizando caixas com água + solo, a meia-vida do diquat foi de 23 dias após a aplicação do herbicida. Em se tratando de caixas contendo apenas água, a meia-vida do diquat foi de 18 dias após a aplicação do herbicida.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi caracterizar as comunidades infestantes de plantas aquáticas presentes nos reservatórios da Light-Sistema de Eletricidade S.A., localizada no município de Piraí-RJ. Os levantamentos foram realizados no período de julho a setembro de 1998. Os reservatórios analisados foram: Vigário, Pereira Passos e Lajes, sendo as quantidades de pontos amostrados de 19, 9 e 15, respectivamente. Em cada ponto amostrado fez-se a marcação das coordenadas geográficas e avaliou-se a porcentagem de ocupação do corpo d'água pelas espécies de plantas aquáticas presentes. Depois da identificação das plantas, pôde-se verificar quais eram as espécies mais freqüentes e a sua distribuição dentro do sistema de geração de energia. As espécies encontradas nos reservatórios foram: Brachiaria arrecta (Hack.) Stent.; Egeria densa Planch.; Eichhornia azurea (Sw.) Kunth.; Eichhornia crassipes (Mart.) Solms.; Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees.; Panicum rivulare Trin.; Pistia stratiotis L.; Polygonum spp.; Sagitaria montevidensis Cham. & Schlecht; Salvinia auriculata (Micheli) Adans; e Thypha dominguensis L.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi obter equações que, através de parâmetros lineares dimensionais do limbo e do pecíolo, permitam estimar a área foliar do limbo e a área externa do pulvino de Eichhornia crassipes. Para isso, estudaram-se correlações entre a área foliar real e os parâmetros dimensionais do limbo foliar, como o comprimento ao longo da nervura principal (C) e a largura máxima (L) perpendicular ao eixo principal, assim como correlações entre a área externa real e o comprimento máximo (CP) e o maior diâmetro transversal (DP) do pulvino. Todas as equações lineares simples, geométricas ou exponenciais permitiram boas estimativas da área foliar e área externa do pecíolo. Do ponto de vista prático, sugere-se optar pela equação linear simples envolvendo os respectivos produtos do comprimento pela largura máxima, considerando o coeficiente linear igual a zero. Desse modo, a estimativa da área foliar do limbo (AF) de E. crassipes pode ser feita pela fórmula AF = 0,720 (C x L); e a área externa do pulvino (AP) pode ser estimada pela fórmula AP = 2,378 (CP x DP), com coeficientes de determinação (R²) de 0,9716 e 0,9268, respectivamente.
Resumo:
A capacidade de supressão de plantas daninhas por culturas de cobertura é bastante conhecida e explorada, embora seja pouco pesquisada a importância relativa dos efeitos físicos e alelopáticos sobre esse fenômeno. Dois experimentos foram realizados a campo, em 1999/2000 e 2000/2001, na área experimental da Faculdade de Agronomia da UFRGS, no delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro repetições, objetivando determinar os efeitos da cobertura morta de plantas de sorgo e de milheto sobre a supressão de plantas daninhas. Nos dois anos de condução dos experimentos, os tratamentos resultaram de um fatorial, em que o fator A foi constituído pelos genótipos de sorgo RS 11, BR 601 e BR 304, representantes de três classes de produção de extratos radiculares hidrofóbicos em laboratório, pelo genótipo de milheto Comum RS e por uma testemunha sem culturas; e o fator B, constituído por níveis de palha de cada genótipo sobre o solo. Em 1999/2000, níveis de palha de sorgo de 1,3 t ha-1 foram suficientes para reduzir 50% das infestações de Brachiaria plantaginea (BRAPL) e Sida rhombifolia (SIDRH). Em 2000/2001, 4 t ha-1 de palha de sorgo ou milheto foram suficientes para reduzir 91, 96 e 59% da população total de SIDRH, BRAPL e Bidens pilosa, respectivamente. A presença de resíduos da parte aérea de sorgo é mais importante na supressão de plantas daninhas do que a presença de resíduos das raízes dessa cultura.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar os efeitos da cobertura do solo, com 0, 5, 10 e 15 t ha-1 de palha de cana-de-açúcar da variedade SP 79 2233, sobre a emergência de seis espécies de plantas daninhas (Brachiaria decumbens, Digitaria horizontalis, Sida spinosa, Ipomoea grandifolia, Ipomoea hederifolia e Ipomoea quamoclit), foi conduzido um experimento em casa de vegetação do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal, SP. Cada unidade experimental foi constituída por um vaso plástico com 21,50 cm de diâmetro e capacidade para quatro litros de solo. Foram semeados 0,112 g de sementes de D. horizontalis, 2,12 g sementes de I. quamoclit e 50 sementes das demais espécies, por vaso. Foram contabilizadas as plântulas emersas aos 6 e 32 dias após a semeadura (DAS) sob a palha e aos 30, 60 e 90 dias após a remoção da palha (DARP). Constatou-se que a cobertura do solo com 5, 10 e 15 t ha-1 de palha de cana inibiu a emergência de plântulas das espécies B. decumbens e S. spinosa, sendo o mesmo observado para D. horizontalis submetida a 10 e 15 t ha-1 de palha. No entanto, para I. grandifolia e I. hederifolia o número de plantas emersas não diferiu entre as quantidades de palha. Por outro lado, a presença da cobertura morta com palha de cana incrementou a emergência de plântulas de I. quamoclit. Não foram verificados, após a remoção da palha, fluxos expressivos na emergência de plântulas das espécies estudadas.
Resumo:
A otimização de um programa de controle de plantas daninhas depende da previsão precoce e confiável do impacto destas sobre o rendimento da cultura. Este trabalho teve por objetivos avaliar os efeitos de cultivares e de arranjos de plantas na perda de rendimento de grãos em arroz irrigado e identificar a variável explicativa que proporcione melhor ajuste ao modelo testado. Foram conduzidos dois experimentos em campo, na estação estival de crescimento 2000/01. Os tratamentos constaram de três cultivares de arroz (BRS-38 Ligeirinho, IRGA 417 e BR-IRGA 409), dois espaçamentos entre linhas (15 e 25 cm) e populações (dez e seis níveis para o primeiro e segundo experimentos, respectivamente) do cultivar de arroz EEA 406, simulando infestação de arroz-vermelho. Os dados foram analisados utilizando-se o modelo de regressão não-linear da hipérbole retangular, ajustado de modo independente para os três fatores estudados. Os resultados do primeiro experimento foram utilizados para avaliar o ajuste dos dados ao modelo e os do segundo para validar o modelo obtido no primeiro experimento. O cultivar IRGA 417 apresentou maior habilidade competitiva com o cultivar simulador de arroz-vermelho do que os outros dois. A redução no espaçamento entre linhas aumentou a habilidade competitiva dos cultivares de arroz em relação ao cultivar concorrente. O modelo da hipérbole retangular foi apropriado para estimar perdas de rendimento de grãos de arroz irrigado por interferência de plantas concorrentes. A variável explicativa área foliar do cultivar EEA 406, em geral, apresentou equivalência à população de plantas como variável independente no modelo matemático testado.