321 resultados para mancha-marrom de alternária
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo avaliar sob condições de laboratório, o efeito de temperatura (15, 18, 20, 21, 24, 25, 27, 30, 33 e 35 ± 1 ºC) nas condições escuro, luz contínua e fotoperíodo 12/12 h, na produção de pseudotécios de isolados de Guignardia citricarpa, provenientes de regiões cítricolas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Discos de folhas de limoeiro 'Cravo' (Citrus limonia), de 12 mm de diâmetro, foram autoclavados e depositadas (parte abaxial) na superfície do meio de cultura constituído por ágar-água 2%. Foram colocados quatro discos de folhas por placa onde, de forma conjunta e intercalar aos mesmos, depositaram-se dois discos obtidos de colônias de Phyllosticta citricarpa, com 21 dias de incubação. Foi, também, estudado o efeito da temperatura e do tempo de incubação (2, 8 e 16 h) na germinação dos ascósporos. Após 21 dias de incubação, a ótima temperatura ajustada pela função beta generalizada, para produção de pseudotécios deu-se a 26 e 22,5 a 27,5 °C, sob condição de escuro e de luz, respectivamente. Observou-se também produção de pseudotécios a 27 ºC em fotoperíodo 12/12 h. Em estudo complementar foi verificado que, aos 19 dias, a 27 ºC, cerca de 90% dos pseudotécios haviam alcançado a maturidade, com abundante produção de ascósporos. A maior porcentagem de ascósporos germinados foi constatada na temperatura de 24 ºC, após 16 h de incubação. Dentre as vantagens alcançadas, incluem-se a possibilidade (i) da produção massal de ascósporos em curto período de tempo, e (ii) da padronização do inóculo, tanto qualitativa, quanto quantitativa.
Resumo:
Este trabalho objetivou estudar o efeito da temperatura e do molhamento foliar no desenvolvimento da ferrugem e da mancha angular do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). Foram conduzidos ensaios em condições de campo durante os plantios das águas (outubro a dezembro), de inverno (maio a agosto) e da seca (fevereiro a maio). Os ensaios foram instalados em blocos casualizados com três repetições e dois tratamentos. Os tratamentos consistiram de: 1) inoculação com Uromyces appendiculatus e 2) inoculação com Phaeoisariopsis griseola. No inverno, a ferrugem ocorreu com maior intensidade, atingindo um valor máximo de severidade (Ymax) igual a 1,3 e as maiores taxas de crescimento (0,09, 0,04 e 0,07 aos 34, 55 e 62 dias, respectivamente), devido à predominância, nessa época, de temperaturas inferiores a 21,1 °C, e de maior número de horas diárias com temperaturas menores ou iguais a 16 °C, quando ocorreu molhamento foliar. Nos plantios das águas e da seca, a mancha angular ocorreu com maior intensidade, atingindo Ymax iguais a 2,6 e 3,5, respectivamente e as maiores taxas de crescimento (0,06, 0,02 e 0,15 aos 46, 60 e 67 dias, respectivamente, no plantio das águas, e 0,13 e 0,38 aos 51 e 58 dias, respectivamente, no plantio da seca), devido à predominância, nessa época, de temperaturas superiores a 21,1 °C, quando ocorreu molhamento foliar e não ocorrência de temperaturas menores ou iguais a 16 °C. Com esse estudo pôde-se caracterizar, em função das condições climáticas, o plantio de inverno como favorável à ocorrência da ferrugem e os plantios da água e da seca como favorável à ocorrência da mancha angular.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo estabelecer metodologias adequadas para o isolamento e inoculação de Septoria lactucae e avaliação de nove cultivares de alface (Lactuca sativa), Vitória-de-Santo-Antão, Uberlândia 10.000, Maioba, Elba, Aurélia, Black Seeded Simpson, Grand Rapids, Salad Bowl-Mimosa e Babá de Verão, quanto aos níveis de resistência à septoriose, em condições de casa de vegetação e campo. Os melhores resultados obtidos foram: a) para isolamento: transferência dos cirros de conídios diretamente para o meio de BDA com os antibióticos estreptomicina, cloranfenicol, ampicilina e rifampicilina; b) para inoculação: aspersão das plantas no estádio de seis a oito folhas com a suspensão de inóculo na concentração de 1 x 10(4)conídios/ml, e manutenção em câmara úmida por 48 h. Houve diferenças significativas entre as cultivares testadas em casa de vegetação e em campo. Tanto em casa de vegetação quanto em teste de campo as cultivares Maioba e Vitória de Santo Antão foram avaliadas como a mais susceptível e a mais resistente, respectivamente. Diante desses resultados, a metodologia de casa de vegetação pode ser considerada como altamente promissora para a avaliação rápida de grande número de variedades ou materiais genéticos, nos trabalhos de melhoramento de alface para a resistência à S. lactucae.
Ocorrência da mancha-aquosa causada por Acidovorax avenae subsp. citrulli, em melão-pepino no Brasil
Resumo:
Foram analisadas as influências da temperatura (15, 20, 25, 30, 35 e 40 °C), umidade (0 e 6 h em câmara úmida), concentração de inóculo de Acidovorax avenae subsp. citrulli (0; 3,4 x 10¹; 3,4 x 10²; 3,4 x 10³; 3,4 x 10(4); 3,4 x 10(5); 3,4 x 10(6) e 3,4 x 10(7) UFC.ml-1) e idade do fruto (40, 50, 60 e 70 dias) na severidade da mancha-aquosa em frutos de melão (Cucumis melo) do tipo Amarelo. Os frutos foram inoculados pelo método de injeção subepidérmica determinando-se: período de incubação, diâmetro da lesão externa e profundidade da lesão. O período de incubação não foi influenciado significativamente pela temperatura nos frutos mantidos sem e com câmara úmida. As maiores lesões externas foram observadas em frutos mantidos a 30 °C (19,5 mm) em câmara úmida por 6 h, e a 35° C (15,3 mm) sem câmara úmida. Maior profundidade das lesões foi observada nos frutos mantidos em câmara úmida a 30 °C (17,5 mm). Sem câmara úmida, as lesões foram maiores nas temperaturas de 25 °C (11,7 mm) e 30 °C (11,3 mm). Não foram observados sintomas da doença em frutos mantidos a 15 e 20 °C. A umidade não influenciou o diâmetro e a profundidade da lesão nas temperaturas de 35 e 25 °C, respectivamente. O diâmetro e profundidade das lesões aumentaram com a elevação da concentração de inóculo. A idade do fruto não influenciou significativamente o diâmetro da lesão externa e maior profundidade das lesões foi observada nos frutos com 50 dias.
Resumo:
Uma escala diagramática, abrangendo os dois tipos prevalentes de sintomas de mancha preta em frutos cítricos (Citrus spp.), os de mancha dura e de falsa melanose, foi desenvolvida para padronizar a avaliação da severidade da doença. A escala foi elaborada considerando os limites máximos e mínimos de severidade da doença observados no campo. Os valores intermediários seguiram incrementos logarítmicos para os sintomas do tipo mancha dura (0,5; 1,7; 5,0; 11,5; 22,5 e 49,0%) e do tipo falsa melanose (1,1; 4,5; 15,0; 31,0; 53,0 e 68,0%). Para a validação da escala, seis avaliadores quantificaram a severidade da doença a partir das imagens digitalizadas de 50 frutos com diferentes níveis de doença. Inicialmente, a estimativa da severidade foi feita sem auxílio da escala. Em seguida, os mesmos avaliadores, utilizando a escala diagramática proposta, estimaram a severidade nos mesmos frutos avaliados anteriormente. As avaliações com a escala diagramática foram mais precisas e acuradas nas estimativas de todos os avaliadores e proporcionaram maior reprodutibilidade entre avaliações de diferentes avaliadores. A escala diagramática proposta foi considerada adequada para estimar a severidade da mancha preta nos frutos e será usada em estudos epidemiológicos e de avaliação de estratégias de controle desta doença.
Resumo:
A mancha preta dos citros (Citrus spp.), causada por Guignardia citricarpa, vem causando sérios prejuízos à citricultura paulista. O parque citrícola está alicerçado em praticamente quatro variedades de copa de laranja doce (Citrus sinensis): 'Hamlin', 'Pera', 'Valência' e 'Natal'. A literatura cita as variedades tardias ('Valência' e 'Natal') como as mais suscetíveis, em razão da elevada severidade da doença nos frutos dessas variedades por ocasião da colheita, mas não há informações sobre o progresso temporal da doença no campo. A resistência das variedades 'Hamlin' (precoce), 'Pera' (meia estação) e 'Valência' (tardia) à mancha preta dos citros foi avaliada em pomar comercial, sob infecção natural. Avaliaram-se a severidade e a incidência da doença em 100 frutos de 100 plantas de cada variedade, a cada 15 dias, desde a primeira observação dos sintomas no campo até o momento da colheita. O modelo monomolecular foi ajustado às curvas de progresso da incidência e da severidade da doença para as três variedades. As três variedades apresentaram a mesma taxa de progresso da doença (r). Concluiu-se que as variedades 'Hamlin', 'Pera' e 'Valência' possuem o mesmo nível de suscetibilidade à mancha preta dos citros.
Resumo:
Bipolaris maydis was consistently isolated from infected Paspalum atratum cv. Pojuca plants showing leaf spot symptoms in the Cerrado of Brazil, in 2002. Pathogenicity tests under greenhouse conditions and subsequent reisolations of B. maydis from artificially inoculated Pojuca seedlings confirmed the hypothesis that this fungus was the causal agent of the disease. Symptoms of leaf spot appeared four days after inoculation in 100% of the inoculated Pojuca plants. All seven species of grasses evaluated were susceptible to B. maydis. The occurrence of leaf spot of Pojuca caused by B. maydis is reported for the first time in Brazil.
Resumo:
Componentes da resistência e crescimento da população bacteriana de Xanthomonas campestris pv. vesicatoria (Xcv), raça T2, foram quantificados em genótipos de tomateiro (Lycopersicon esculentum) resistentes ('Ohio 8245', 'Agrocica 30' e 'Hawaii 7998') e suscetíveis ('CNPH 401-08'e 'CNPH 416.81.01.02'). A população bacteriana de Xcv evoluiu diferentemente em genótipos resistentes e suscetíveis, atingindo valor até 100 vezes maior no genótipo suscetível 'CNPH 401-08', sete dias após a inoculação. Os componentes de resistência avaliados foram tamanho de lesão, número de lesões, área lesionada e período latente. Os genótipos resistentes e suscetíveis diferiram estatisticamente entre si para todos os componentes avaliados, exceto para o diâmetro da lesão, onde somente o genótipo 'CNPH 416.81.01.02' diferiu dos genótipos resistentes. O período latente foi significativamente diferente em genótipos resistentes e suscetíveis no campo, casa de vegetação e câmara de crescimento, e variou entre seis e 11 dias. Tamanho de lesão não foi um bom indicador para separar genótipos quanto à resistência, por ser um caráter bastante influenciado pelo ambiente. O número de lesões e o período latente apresentaram-se como caracteres fáceis e rápidos de serem avaliados; estes componentes explicam, em grande parte, a resistência observada nos genótipos avaliados pelo sistema de notas.
Resumo:
Phoma sp. (sect. Peyronellaea) foi consistentemente isolado de plantas de Paspalum atratum cv. Pojuca (capim Pojuca) com sintomas de manchas foliares em uma população no Distrito Federal, em 2002. Os conídios mostraram-se hialinos, predominantemente elípticos, unicelulares, gutulados, medindo entre 2,50-5,25 mim de largura e 10,25-17,25 mim de comprimento. Os picnídios mostraram-se escuros, medindo entre 100-310 mim de diâmetro, com pescoço curto, na maioria são globosos e solitários. Clamidósporos multicelulares, freqüentemente semelhantes a conídios de Alternaria foram observados nas colônias. Testes de patogenicidade em casa de vegetação e o ubsequente reisolamento do fungo confirmaram a hipótese de que Phoma sp. é o agente etiológico das manchas foliares de capim Pojuca. Os primeiros sintomas apareceram em todas as plântulas inoculadas, quatro a cinco dias após a inoculação. Sete outras espécies de gramíneas foram suscetíveis ao fungo. A ocorrência de manchas foliares de capim Pojuca causadas por Phoma sp. é relatada pela primeira vez no Brasil.
Resumo:
Experimentos foram conduzidos na FAMV/UPF, em 2002, com o objetivo de avaliar a influência do tratamento de sementes no processo de expansão de lesão pela mancha-reticular da cevada (Hordeum vulgare). Utilizaram-se as cultivares BR 2 e MN 698, com e sem tratamento de sementes com o fungicida triadimenol (40 g i.a./100 kg sementes), combinado com aplicações foliares de um fungicida triazol (tebuconazole) e uma combinação de triazól e estrobirulina (epoxiconazole + piraclostrobim), sob uma ou duas aplicações, em diferentes estádios fenológicos da planta. O tamanho das lesões e a severidade da doença foram avaliadas aos 62, 79, 88, 95, 103 e 111 dias após a semeadura. O tamanho da lesão foi significativamente menor nas plantas a partir de sementes com baixa incidência do patógeno, de sementes tratadas e plantas pulverizadas com fungicidas foliares. O número de aplicações, se uma ou duas, e o tipo de fungicida não influenciaram o tamanho das lesões. A severidade da mancha-reticular foi pequena, especialmente sob tratamento de sementes. Evidenciou-se o efeito restritivo do tratamento de sementes sobre o crescimento das lesões, o qual é um componente importante de epidemias por manchas foliares em cevada.