591 resultados para déficit hídrico do solo
Resumo:
A disponibilidade hídrica e o movimento de água para as sementes são importantes para a germinação e emergência das plântulas, sendo estes fatores influenciados pelo potencial hídrico do solo, textura do solo e área de contato solo-semente. Sabendo que a salinidade limita o crescimento de muitas plantas, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do estresse hídrico e salino na germinação de sementes e no crescimento de plântulas de três cultivares de milho-pipoca (IAC 112, Zélia e BRS-Angela). As sementes foram semeadas em rolos de papel-toalha embebidos com soluções de cloreto de potássio (KCl), utilizando-se cinco níveis de potencial osmótico: 0,0 (controle); -0,1; -0,3; -0,6 e -0,9MPa. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada por meio da primeira contagem e da contagem final de germinação, do comprimento da raiz primária e da parte aérea das plântulas bem como da biomassa seca das plântulas. Os resultados indicam que a diminuição do potencial osmótico provoca redução no desempenho de sementes de milho-pipoca. Houve comportamento diferenciado das cultivares quanto à tolerância ao estresse provocado pelo KCl. As sementes do cultivar BRS-Angela apresentam melhor germinação e crescimento de plântulas em relação às demais, quando submetidas aos mesmos níveis de potencial osmótico de KCl.
Resumo:
Condições de estresse hídrico e salino durante a fase de germinação afetam a emergência das plântulas no campo e, consequentemente, o estande das plantas e o desenvolvimento vegetativo das culturas. Através de dois experimentos objetivou-se avaliar os efeitos dos estresses hídrico e salino, na germinação e vigor de sementes de dois genótipos de sorgo forrageiro [Sorghum bicolor (L.) Moench]. A semeadura foi realizada no interior de caixas "Gerbox", sobre duas folhas de papel "germitest" umedecidas com água destilada (controle) ou com soluções de polietileno glicol 6000, de modo a fornecer os potenciais hídricos de -0,2, -0,4 e -0,8 MPa, ou com NaCl a 75, 150 e 300 mM, respectivamente. A germinação e o vigor das sementes foram avaliados através da primeira contagem (PCG), teste padrão (TG), índice de velocidade (IVG) e tempo médio de germinação (TMG). Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial (2x4), totalizando oito tratamentos, com quatro repetições de 50 sementes cada, em ambos os ensaios. O genótipo CSF 18 teve a germinação afetada somente no maior nível de salinidade (300 mM), observando-se aumento no TMG e redução nas variáveis PCG, IVG e TG. O genótipo CSF 20 apresentou comportamento semelhante, exceto para as variáveis IVG e TMG, as quais foram afetadas pelo NaCl a partir da concentração de 150 mM. Os genótipos mostram respostas diferenciadas quanto às condições de déficit hídrico e salinidade, sendo que as sementes de sorgo do genótipo CSF 18 apresentam germinação e vigor superiores em relação às do genótipo CSF 20.
Resumo:
A salinidade e o déficit hídrico são os fatores abióticos que têm afetado acentuadamente a produção de espécies vegetais de importância socioeconômica nas regiões áridas e semi-áridas. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi de avaliar os efeitos do cloreto de sódio (NaCl) e do polietilenoglicol (PEG 6000), agentes estressores comumente utilizados para simular os estresses salino e hídrico, respectivamente, na germinação de sementes de cártamo (Carthamus tinctorius L.), uma oleaginosa da família Asteraceae. A germinação foi conduzida em sistema de rolo, com delineamento experimental de sete tratamentos osmóticos (controle; "0,450; "0,852; "1,271 MPa), sendo três com concentrações isosmóticas de NaCl (100; 200 e 300mM) e PEG (188,35; 267,75 e 357,24 g/L), e cada tratamento com seis repetições. Durante a germinação, foram avaliados parâmetros como a porcentagem de germinação, o índice de velocidade de germinação (IVG), e três dias após o semeio, foram registrados o índice de crescimento relativo da radícula (ICRR) e a massa fresca dos eixos das plântulas. A porcentagem de germinação e o IVG não sofreram alterações significativas no tratamento osmótico de "0,450 MPa induzido por NaCl quando comparado com o controle, enquanto no mesmo tratamento, induzido pelo PEG, estes dois parâmetros apresentaram uma intensa diminuição e um leve aumento, respectivamente. O ICRR e a massa das plântulas apresentaram diminuições proporcionais à redução do potencial osmótico ao utilizar ambos os compostos. Com base nos resultados alcançados, pôde-se concluir que a germinação de sementes de cártamo é influenciada pelo tipo de estresse aplicado e sua respectiva dose. Adicionalmente, o estresse osmótico induzido por PEG 6000 é mais agressivo que o salino, e potenciais osmóticos mais baixos ("0,851 e "1,271 MPa) são limitantes para a germinação desta espécie.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi determinar as probabilidades de ocorrência de períodos secos e chuvosos na região de Sete Lagoas, MG, a partir de uma série de 66 anos de dados diários de precipitação pluvial, visando subsidiar a definição da melhor data de semeadura do milho. Foram considerados dias secos aqueles que apresentaram precipitação inferior à evapotranspiração do milho, ETmilho. O estudo foi realizado para as fases de floração e enchimento de grãos a partir de sete datas de semeadura DS (01/10, 16/10, 31/10, 15/11, 01/12, 16/12 e 31/12). As chances de ocorrência dos períodos secos e chuvosos foram estimadas mediante o uso da cadeia de Markov. A probabilidade de ocorrência de dias secos foi sempre superior à de dias chuvosos. As maiores possibilidades de ocorrência de dias secos foram observadas entre as DS 15/11 e 31/12. A maior probabilidade de ocorrência de dias chuvosos foi registrada na DS 01/10. Considerando o ciclo médio estudado (para a fase mais crítica do milho), a combinação de menor chance de períodos secos com a de dias chuvosos indica que as melhores datas para iniciar a semeadura de sequeiro seriam as de DS 01/10 e 16/10.
Resumo:
Com o objetivo de selecionar genótipos de trigo tolerantes à seca, por meio da indução de déficit hídrico por diferentes agentes osmóticos, sementes e embriões imaturos de oito genótipos foram submetidos a diferentes gradientes osmóticos e avaliados quanto ao comprimento da parte aérea e da raiz principal e à produção de biomassa total. As sementes foram submetidas aos agentes polietilenoglicol-6000 e manitol, em sete gradientes osmóticos, e avaliadas após dez dias. Os embriões foram cultivados em meio macrobatata, suplementado com PEG 6000, manitol e maltose nas concentrações de 10, 20 e 30%, além do controle, e avaliados após 30 dias de incubação. O delineamento foi inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de regressão, utilizando-se o teste "t", para comparar os valores de Beta, e análise de variância, com teste de médias pelo teste "t". Houve efeito do estresse hídrico em todos os genótipos testados para as plântulas oriundas de sementes, com interação significativa entre agente e cultivar e efeito negativo maior para PEG 6000. Os genótipos BH 1146 e Ocepar 14 apresentaram maior tolerância à seca, redução média no crescimento, na presença dos agentes estressantes, de 58 e 62%, respectivamente. Em contraste, o Aliança foi o mais sensível, com redução média de 92%. Para as plântulas oriundas de embriões imaturos, o genótipo BH 1146 também apresentou relativa tolerância; já o Ocepar 14 e Aliança foram altamente sensíveis. Porém, estes genótipos também apresentaram baixo desempenho no meio sem a presença dos agentes estressantes, podendo o efeito negativo estar condicionado ao cultivo in vitro.
Resumo:
As características morfológicas relacionadas com a ontogenia foliar das espécies de seringueira foram influenciadas pela deficiência hídrica. O déficit hídrico provocou redução significativa no número de folhas, no comprimento do folíolo central, na matéria seca foliar, na matéria fresca foliar, na classe do ângulo folíolo-pecíolo e no tamanho da brotação em H. brasiliensis e H. pauciflora. A espessura dos tecidos anatômicos das folhas foi pouco modificada cm ambos os tratamentos, provavelmente devido ao pequeno efeito do curto período de aplicação do estresse hídrico e das condições do ambiente sobre a formação desses tecidos. No entanto, H. pauciflora tende a apresentor maior resistência à perda de água, quando comparada com H. brasiliensis (IAN 873), visto apresentar folhas com características mais xeromórficas. A classe do ângulo folíolo-pecíolo e o índice plastocrono não foram adequados para representar a idade fisiológica das folhas da seringueira. No entanto, foi possível determinar o valor de referência (R = 50,0 mm) para a seringueira. Verificou-se que as plantas com déficit hídrico apresentaram menor taxa de emergência de folhas durante o desenvolvimento do lançamento. A classe do ângulo folíolo-pecíolo foi significativamente influenciada pelas condições do ambiente.
Resumo:
Através de cromatografia descendente em papel, com a utilização de três sistemas de solventes, indentificaram-se os pigmentos presentes nas folhas de seringueira. Por meio das análises dos cromatogramas e dos RF encontrados, verificou-se a presença de duas antocianinas, a pelargonidina e a cianidina. Foi observada a presença de uma mancha amarela, com RF acima de 0,90, provavelmente o quempferol. O teor de antocianina foi influenciado pelo déficit hídrico em plântulas de serigueira, com drástica redução nos primeiros dez dias de antogenia foliar. Após o vigésimo dia de idade, não houve diferença significativa entre os tratamentos. A progênie do clone IAN 873 de Hevea brasiliensis foi mais influenciada pela deficiência hídrica que a de H. pauciflora.
Resumo:
Empregando substratos com potenciais hídricos variáveis entre 0 e -12atm, o presente trabalho objetivou avaliar o comportamento das sementes de milho postas a germinar. As situações de deficiência hídrica foram diretamente comparadas à testemunha (plena disponibilidade de água), usando sementes com e sem tratamento fungicida. A análise e a interpretação dos resultados permitiram concluir que a absorção de água, a emergência e o desenvolvimento inicial das estruturas embrionárias são interdependentes e reagem no mesmo sentido ao déficit hídrico; para esses casos, a redução do potencial hídrico promove dificuldades na evolução dos processos. Paralelamente, a presença de tratamento fungicida pode não influenciar, quantitativamente, os fenômenos envolvidos no início da germinação.
Resumo:
Em experimento realizado na região de Santa Bárbara (MG), no período de agosto de 1994 a fevereiro de 1995, avaliaram-se a precipitação pluviométrica interna, a evapotranspiração da cultura (ETc) e o regime hídrico do solo sob povoamento de Eucalyptus grandis (dos 32 aos 38 meses de idade) com densidades populacionais variando de 500 a 5.000 plantas ha-1. A umidade volumétrica do solo, em uma seção de controle de 0 a 285 cm de profundidade, foi determinada quinzenalmente, por meio de moderação de nêutrons. A interceptação de água pelas copas aumentou linearmente com o aumento da população de plantas, enquanto a ETc não foi significativamente influenciada. A umidade do solo tendeu a aumentar com a redução da população de plantas. A umidade do solo em todas as épocas monitoradas nunca apresentou valores inferiores àquele correspondente à água retida à tensão de 1,5 MPa.
Resumo:
O comportamento físico e hídrico do solo fundamenta as práticas de seu uso e manejo. O objetivo deste trabalho foi avaliar as inter-relações entre as propriedades físicas e os coeficientes da curva de retenção de água de um Latossolo Vermelho distrófico sob diferentes sistemas de uso. Em 2004, foram selecionadas três áreas contíguas utilizadas por mais de vinte anos com mata (nativa), pousio (Brachiaria decumbens) e cultivo (culturas anuais). Foram coletadas 25 amostras de solo com estrutura não deformada na camada de 0-0,15 m de profundidade, que foram utilizadas para determinação das curvas de retenção de água do solo. As curvas de retenção de água foram ajustadas pela equação de van Genuchten, obtendo-se os coeficientes qs, qr, a e n. Também foram mensuradas as variáveis densidade do solo, teor de C orgânico e teor de argila do solo (grupo I). Essas variáveis e os coeficientes das curvas de retenção do solo (grupo II) foram submetidos às análises de correlações canônicas. Verificou-se que a intensificação do uso do solo (mata, pousio e cultivo) resultou em maiores valores de densidade do solo e na redução dos teores de C orgânico e argila. O primeiro par das variáveis canônicas indicou dependência de qs em relação a densidade, e o segundo par distinguiu os sistemas de uso do solo verificado pela dependência de qr em relação aos teores de argila e de C orgânico. As modificações dos teores de C orgânico e da densidade do solo sugerem a degradação da qualidade física e hídrica do solo.
Resumo:
Para o conhecimento do comportamento físico-hídrico do solo, é fundamental a determinação da curva de retenção de água (CRA). A aquisição de dados para obtenção da CRA envolve processos demorados e custos elevados. A hipótese deste estudo foi a de que é possível determinar a CRA com menor número de tensões, reduzindo seu tempo de obtenção, sem, contudo, comprometer a acurácia dos resultados. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar quais tensões podem ser utilizadas para determinação da CRA de Latossolo Vermelho eutrófico de maneira acurada e em menor tempo. Foram determinados os conteúdos de água retidos em amostras de um Latossolo Vermelho eutrófico sob sistema de semeadura direta (SSD). As tensões utilizadas na determinação dos conteúdos de água foram: 0, 10, 20, 40, 60, 80, 100, 200, 300, 500, 700, 1.000, 3.000, 5.000 e 15.000 hPa. Os dados foram combinados e determinaram-se 450 CRAs ajustadas pelo modelo de van Genuchten. Os parâmetros α, m, n e Ug res, gerados pelo modelo, foram submetidos à análise de variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p = 0,05). A hipótese deste estudo foi confirmada, ou seja, é possível determinar a CRA com menor número de tensões, reduzindo seu tempo de obtenção em até cinco vezes, sem, contudo, comprometer a acurácia dos resultados. A tensão de 15.000 hPa deve estar contida na combinação de tensões a serem utilizadas para determinação da curva característica de retenção de água, quando se emprega o modelo matemático de van Genuchten para ajuste dos dados. As curvas características de retenção de água do solo, definidas com as combinações de tensões (0, 60, 700 e 15.000 hPa), (0, 80, 700 e 15.000 hPa), (0, 100, 1.000 e 15.000 hPa), (0, 20, 60, 100, 700 e 15.000 hPa), (0, 80, 300, 700 e 15.000 hPa) e (0, 100, 300, 1.000 e 15.000 hPa), sendo os dados ajustados ao modelo de van Genuchten, proporcionaram estimativas dos conteúdos de água, retidos no Latossolo Vermelho eutrófico sob sistema de semeadura direta, com a mesma acurácia, quando comparada à curva de referência partindo-se de um conjunto de 15 valores de tensões.
Resumo:
Neste trabalho foram estudadas as relações hídricas de dois híbridos de milho (Zea mays L.), em casa de vegetação: o IAC 8222 (híbrido com tolerância ambiental) e o DINA 10 (híbrido comum); submetidos a um ou a dois ciclos de estresse, aos 30 e 46 DAP. O IAC 8222 manteve o potencial hídrico de folha (psihf) superior ao do DINA no primeiro ciclo de estresse e no segundo ciclo, em plantas que sofreram os dois ciclos (com endurecimento), no sexto e último dia de deficiência hídrica, não havendo diferenças em relação ao conteúdo hídrico relativo (CHR) entre os híbridos. Houve um aumento da concentração de açúcares solúveis e de aminoácidos com a deficiência hídrica, sem diferenças entre os híbridos no primeiro ciclo de déficit hídrico, e com aumento significativo somente na concentração de aminoácidos no DINA 10 submetido aos dois ciclos, no último dia do segundo ciclo. A concentração de K+ não variou nem com os ciclos nem entre híbridos. Portanto, só houve diferenças na acumulação de solutos osmóticos entre os híbridos, quanto ao teor de aminoácidos no DINA 10 submetido aos dois ciclos, no segundo ciclo. Contudo, o IAC 8222 manteve o seu psihf alto, podendo ter promovido um ajuste do coeficiente de extensibilidade de parede, que foi acentuado com o endurecimento.
Resumo:
Com o objetivo de estabelecer parâmetros para avaliação de tolerância à seca, 15 genótipos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) foram monitorados durante a indução de estresse hídrico na pré-floração, por meio do potencial hídrico nas folhas (psif) e de outras variáveis. Os genótipos A 222, A 285, BAT 477, BAT 561 e IPA 7 apresentaram valores de psif superiores ao dos outros genótipos, durante o estresse, sugerindo um maior controle da abertura estomática. Os genótipos com tolerância à antracnose mostraram possuir este mecanismo de controle, enquanto as cultivares Carioca e Ouro Negro recuperaram-se mais rapidamente, após a reidratação. O potencial de fixação biológica do nitrogênio, avaliado pelo número e peso seco de nódulos, foi significativamente pouco afetado pelo estresse. Quanto aos parâmetros morfológicos, aqueles que sofreram maior efeito do déficit hídrico foram a área foliar e o peso seco da parte aérea. Nos componentes de rendimento, o número de vagens por planta foi afetado somente nos genótipos Xodó e CNF 0145, enquanto os genótipos Carioca, A 285, CNF 0145, BAT 477 e cv. 121 e a linhagem LM 30036 sofreram diminuição no peso de grãos por planta, devido à deficiência hídrica. Dos genótipos estudados, somente A 222 e IPA 7 mantiveram o psif mais alto do que os outros e não sofreram redução significativa na área foliar e no peso de grãos, apesar de o primeiro genótipo apresentar baixa produção por planta, em condições de estresse.
Resumo:
Este trabalho foi desenvolvido na área experimental da Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC) com o objetivo de estudar os efeitos de diferentes regimes hídricos e de diferentes doses de N sobre a produtividade e componentes de produção de feijão Pérola (Phaseolus vulgaris L.) cultivado após o milho, na região de cerrado. As aplicações de água foram feitas quando a tensão de água no solo, medida a 10 cm de profundidade, atingia valores de 41, 55, 75 e 300 kPa. As doses de N testadas foram: 0, 40, 80 e 160 kg/ha. As doses foram parceladas em duas aplicações, a saber: a metade, aplicada por ocasião da emergência das plântulas, e o restante, no início do estádio de florescimento da cultura. A máxima produtividade foi obtida com as irrigações quando a tensão de água no solo era de 41 kPa, medida a 10 cm de profundidade. As doses de N que propiciaram as máximas produtividades variaram com a tensão de água no solo utilizada para o controle da irrigação. A quantidade de água aplicada para uma produtividade superior a 4.800 kg/ha foi em torno de 450 mm. O valor da relação entre a produtividade e a lâmina de água aplicada aumentou com o aumento da tensão de água no solo e das doses de N.
Resumo:
O trabalho objetivou a estimativa das necessidades hídricas da videira (Vitis vinifera L.), cv. Itália, sob as condições edafoclimáticas da Região do Submédio São Francisco. A parte experimental foi conduzida no campo experimental de Bebedouro da Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido, no município de Petrolina, PE, durante o período de maio a agosto de 1996. A evapotranspiração da cultura foi determinada pelo método do balanço hídrico no solo, e a evapotranspiração de referência foi estimada pelo método de Penman, visando avaliar o comportamento do coeficiente de cultura (Kc) ao longo do ciclo da cultura. O parreiral, com cinco anos de idade, foi conduzido em sistema de latada a 2 m acima da superfície do solo, num espaçamento de 4 m x 2 m e irrigado diariamente por gotejamento. O consumo hídrico diário máximo da cultura foi de 4,33 mm dia-1, totalizando 333,6 mm no período de observações. Os valores de Kc variaram de 0,50 a 0,74. Determinou-se uma curva característica de Kc para o ciclo vegetativo da videira, a qual permite obter o Kc diário em função dos dias após a poda.