292 resultados para alimentação de larva
Resumo:
O conteúdo estomacal de 29 espécies de peixes e a distribuição destas em diferentes microhabitats existentes em um igarapé de terra-firme, igarapé do Candirú, na Amazônia Central, foram analisados. Sete tipos de microhabitats foram observados e algumas espécies apresentaram estruturas morfológicas adaptativas que eram adequadas à captura do alimento consumido e ao microhabitat onde foram sempre coletadas. A relação entre a dieta alimentar e o microhabitat no qual a espécie permanecia, foi observada. Outras espécies apresentaram mudanças na escolha do microhabitat em relação ao seu estágio de desenvolvimento, embora não tenha sido observada alteração quanto ao tipo de alimento consumido. Neste caso é possível que a diminuição no risco de predação seja o fator principal influenciando na mudança de microhabitat. Neste trabalho são discutidos alguns prováveis fatores que influenciam as espécies na escolha de um determinado microhabitat a ser explorado.
Resumo:
São apresentados os resultados de um experimento realizado com matrinxãs, Brycon cephalus,alimentados com nove dietas contendo três níveis de proteína (19, 25 e 31%) combinados com três níveis de fibra (cerca de 2, 10 e 20%). O peso final foi mais elevado para os peixes que receberam ração com maiores níveis de proteína bruta, mas não foi afetado pela elevação dos níveis de fibra bruta. Os níveis mais elevados de proteína na ração aumentaram o conteúdo de proteína da carcaça, e diminuíram o conteúdo de gordura e cinza, enquanto os peixes alimentados com as rações com os níveis mais elevados de fibra tinham mais proteína e cinza corporal e menores níveis de gordura. Os resultados sugerem que ingredientes com níveis elevados de fibra são bem utilizados pelo matrinxã, aumentando desta maneira a variedade de subprodutos agrícolas, normalmente ricos em fibra bruta, que podem ser usados na formulação de dietas práticas para esta espécie.
Resumo:
Determinou-se os constituintes nutricionais da alimentação de pré-escolares de uma creche de Manaus, AM, seguida da adequação da mesma. Foi realizada a coleta da alimentação (desjejum, almoço e lanches), por meio da porção em duplicata, e analisada quimicamente. Os alimentos frequentemente consumidos foram feijão (25,1%), leite com café (19.9%), chá/sucos/refrigerantes (13,9%) e arroz (10,3%). A adequação protéica e energética foram de 126,1% e 32,42%, considerando as necessidades para as faixas etárias de 1 a 3 anos e 84% e 23,4% para o intervalo de 4 a 6. A quantidade de fibra total encontrada na dieta analisada foi baixa (5,6 g/dia). A adequação de consumo de Cu (431.8% c 293.6%) c Na (512% e 384%), considerando as faixas de 1 a 3 anos e 4 a 6 anos, respectivamente. Ca, Zn e Fe foram limitantes, com adequação inferior a 50%.
Resumo:
Mylossoma aureum e M. duriventre são duas espécies abundantes na várzea do rio Solimões/Amazonas, entretanto, pouco se conhece sobre a ecologia de suas larvas. Aqui, são descritas as dietas de larvas de 4,5 a 16 mm de comprimento padrão, no rio e em cinco lagos de várzea. As capturas foram feitas com rede de ictioplâncton e rede de mão nos principais mesohabitats do rio e da sua planície de inundação. A contribuição relativa dos alimentos foi analisada pelos seus pesos secos no conteúdo estomacal. Os mesohabitats e o comprimento das larvas foram considerados na avaliação da dieta. Verificou-se que as duas espécies alimentaram-se com maior intensidade nas áreas inundadas, principalmente nos capins aquáticos, e raramente no canal do rio. Os alimentos que mais contribuíram nas dietas foram os copépodos ciclopóidos e os quironomídeos. As principais fontes de variação na composição da dieta foram os locais de captura e o comprimento da larva. Tanto as larvas de M. aureum como as de M. duriventre consumiram alimentos cujas larguras não ultrapassaram 50% do diâmetro de abertura bucal e larvas que ingerem alimentos maiores apresentam uma menor quantidade de presas no trato alimentar.
Resumo:
Com o objetivo de quantificar a contribuição que quatro espécies, Cassia leiandra Benth., Crescentia amazonica Ducke, Macrolobium acaciifolium (Benth.) Benth. e Vitex cymosa Bert. ex Spreng., oferecem através de seus frutos à alimentação dos peixes, foram marcados, aleatoriamente, dez indivíduos adultos destas quatro espécies da floresta de várzea na ilha da Marchantaria - Amazônia Central. O período de maior produção de frutos dá-se no período do alto nível das águas, entre janeiro e maio. A espécie Cassia leiandra apresentou a maior produção com 1.836 kg/ha e amplo consumo pela população local. Os principais peixes consumidores de frutos são tambaqui (Colossoma macropomum), matrinxã (Brycon cephalus), pirapitinga (Piaractus brachypomus), pirarara, (Phractocephalus hemioliopterus), bacu (Lithodoras dorsalis, Megalodoras sp.), pacu (Mylossoma sp., Myleus sp., Metynnis sp., Mylesinus sp.) e sardinha (Triportheus elongatus). As espécies de plantas estudadas apresentam potencial de aproveitamento como fonte de alimento para peixes.
Resumo:
Analisou-se o valor nutricional e energético de alguns frutos e sementes das florestas de várzea e igapó, próximas à região de Manaus-AM, importantes na alimentação do tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818). Para o levantamento das espécies e os tipos de frutos consumidos por esta espécie foram utilizadas informações da literatura, complementadas com os resultados de análises de conteúdo dos tratos digestivos coletados através de capturas de animais e no principal porto de desembarque e comercialização de peixes em Manaus, a feira da Panair. Foram realizadas, semanalmente, na feira, coleta de 15 tratos digestivos, durante nove meses. Após a evisceração, os tratos digestivos foram acondionados em sacos plásticos, armazenados em isopor com gelo e transportados até o laboratório onde permaneceram em freezer (-20ºC). As análises de conteúdo dos tratos digestivos consistiram na coleta dos frutos e sementes para identificação, após serem preservados em álcool a 70% constituindo uma coleção de referência. Após identificação, as espécies de frutos e sementes foram coletadas nas áreas de ocorrência na várzea e igapó para as análises bromatológicas, seguindo metodologia da A.O.A.C (1995) e a energia bruta (kJ/g) através de bomba calorimétrica. Identificou-se 46 espécies vegetais, distribuídas em 21 famílias e classificados nove tipos de frutos. De acordo com os dados atuais, a alimentação do tambaqui engloba, pelo menos, 133 espécies, entre frutos e sementes, distribuídas em 38 famílias e 15 tipos de frutos. O consumo destes itens variou entre inteiros e/ou triturados. A composição bromatológica de 14 espécies de sementes e 40 de frutos demostrou que estes itens são mais energéticos do que protéicos.
Resumo:
As enchentes anuais dos rios na Amazônia alagam extensas áreas de floresta conhecidas como várzeas ou igapós. Estas áreas têm papel importante na vida dos peixes da região, pois são fontes de alimento e de abrigo. Acreditamos que o desmatamento destas áreas ocasiona prejuízos à ictiofauna principalmente pela diminuição da quantidade e diversidade de alimento disponível. O estudo da relação entre a quantidade de floresta e a dieta de Parauchenipterus galeatus (Auchenipteridae, Siluriformes), Mylossoma duriventre (Characidae, Characiformes)e Triportheus elongatus (Characidae, Characiformes)permitiu registrar pela primeira vez a influência direta da floresta alagada na ecologia alimentar de peixes na Amazônia Central.
Resumo:
As inundações periódicas na Amazônia Central causam profundas modificações no meio ambiente. A alternância dos períodos de cheias e secas tem influência nos fatores bióticos e abióticos do meio aquático. Na enchente e na cheia é alta a oferta de alimentos, ampliando o espectro alimentar que é restrito na seca. As variáveis limnológicas também sofrem modificações. As concentrações de oxigênio têm variações sazonais e diárias, às vezes com períodos de hipoxia. Apesar dessas alterações, os lagos de várzea são habitados por muitas espécies de peixes e estão entre os ambientes de maior abundância e riqueza de peixes na Amazônia. A distribuição temporal e a alimentação de Triportheus angulatus (Spix & Agassiz, 1829) foi estudada em um lago de várzea da Amazônia Central para entender a influência das modificações hídricas sobre o tamanho dos indivíduos, a composição da dieta e a ingestão dos alimentos mesmo em condições de baixas concentrações de oxigênio. Na enchente predominam os indivíduos menores, enquanto que na cheia, vazante e seca os maiores. Houve mudança sazonal na composição da dieta que foi relacionada com a disponibilidade de alimentos no ambiente: na enchente os peixes ingerem principalmente insetos e zooplâncton; na cheia e vazante frutos e sementes, e na seca insetos. O consumo de alimento foi alto na enchente e cheia, decrescendo na vazante e atingindo as menores quantidades na seca. A atividade alimentar, no período estudado, não foi influenciada pelas baixas concentrações de oxigênio existentes no lago.
Resumo:
Estudou-se a dieta de 44 exemplares de juvenis de Brycon amazonicum (de 15 a 50mm de C.P), em áreas inundadas da Ilha de Marchantaria, no rio Solimões. Os peixes foram capturados com rede-de-mão com 30cm de diâmetro e cabo de 2 metros de comprimento. As análises foram baseadas em Freqüência de Ocorrência (%) e no número de presas. A dieta foi analisada pelo tamanho (C.P. (mm)) e por data de captura usando uma ANOVA com dois fatores. A data de captura explicou a oscilação no número de presas ingeridas pelos juvenis. A análise qualitativa mostrou poucas mudanças na dieta nesta fase de desenvolvimento. Verificou-se que B. amazonicum apresenta amplo espectro alimentar e que regula o número de presas na dieta de acordo com a disponibilidade dessas presas no ambiente.
Resumo:
Serrasalmus aff. brandtii e Pygocentrus nattereri são duas espécies de piranhas comuns no Lago de Viana, um lago formado a partir das inundações do Rio Pindaré, tributário da margem esquerda do Rio Mearim. Uma amostra composta por 249 exemplares destas espécies foi estudada a fim de identificar a composição da dieta e as estratégias alimentares empregadas pelas duas. Os peixes foram coletados trimestralmente durante um ano, entre março de 1998 e março de 1999, usando redes de emalhar e tarrafas. A composição qualitativa da dieta foi analisada com uso do método de freqüência de ocorrência. As estratégias alimentares empregadas pelas espécies foram inferidas através do método gráfico de Costello (1990), modificado por Amundsen et al. (1996). Os resultados indicaram que peixes foi o item encontrado com maior freqüência nos estômagos de ambas as espécies, seguido de matéria vegetal, com maior participação na dieta de P. nattereri. Os recursos peixes e vegetais tenderam a apresentar relações inversas quando comparados com as diferentes classes de comprimento. A análise gráfica da dieta de P. nattereri e S. aff. brandtii sugere que a maioria dos indivíduos utiliza vários recursos simultaneamente. Uma análise multivariada de índices ecomorfológicos indicou que as espécies são segregadas com relação à habilidade natatória, posição ocupada na coluna d'água e tamanho relativo das presas.
Resumo:
Objetivo: Avaliar como se relacionam as atitudes alimentares e corporais de pacientes com anorexia ou bulimia nervosa. Métodos: Pacientes adultas de um ambulatório especializado, com diagnóstico de anorexia (n = 48) ou bulimia nervosa (n = 58), responderam à Disordered Eating Attitude Scale (DEAS) para avaliação das atitudes alimentares e ao Body Attitude Questionnaire (BAQ) para atitudes corporais – ambos traduzidos e validados para mulheres jovens do Brasil. A correlação entre os escores da DEAS e do BAQ foi avaliada utilizando o coeficiente de Pearson. Modelos de regressão linear testaram preditores para atitudes alimentares e corporais. Resultados: Pacientes com bulimia apresentam relação com o alimento mais disfuncional – subescala 1 da DEAS (p < 0,001) e piores atitudes corporais (BAQ total e cinco fatores). Correlações entre a DEAS e BAQ foram mais fortes para a anorexia do que para bulimia e houve forte correlação (r > 0,6) para ambas apenas quando se analisou a relação com o alimento e o sentir-se gorda e entre atitudes corporais como um todo e a relação com o alimento. O escore total da DEAS foi preditor da BAQ total: cada um ponto na DEAS aumenta 0,788 na BAQ (R2 = 0,628). Conclusão: Pacientes com bulimia apresentam pior relação com o alimento e piores atitudes corporais. As atitudes corporais se correlacionaram com as atitudes alimentares, de maneira mais forte para pacientes com anorexia; atitudes alimentares mais disfuncionais predizem pior relação com o corpo para ambos os diagnósticos.
Resumo:
Dois lotes de 50 pintos foram submetidos, durante 25 dias, ao mesmo regime, salvo que um (A) recebeu 5% de carvão na farelada e outro (B) não. No fim da experiência, a média de peso do lote A era 174,9 grs. e a do lote B, 262,2; a diferença é significativamente favorável ao lote B em relação ao peso, contudo a mortalidade foi maior (12%) no lote que não recebeu carvão. A aparência geral dos pintos do lote B era muito melhor. Os AA. concluem que o carvão não deve ser usado como alimento, provavelmente por absorver muitas subtâncias úteis à nutrição, possivelmente vitaminas e amino-ácidos, mas sim para os pintos que se atrazam no crescimento devido a perturbações do aparelho digestivo, como um medicamento. Esta última conclusão depende de ulterior comprovação, pois a maior mortalidade constatada no lote sem carvão pode ser devida ao acaso, simplesmente.
Resumo:
Beginning an experiment on protein comparisons, at the Poultry and Rabbitry Departament of the Esc. Sup. de Agricultura "Luiz de Queiroz", University of S. Paulo, four groups of growing chicks were submitted during 40 days to the following rations: basal part - 50 corn meal and 30 wheat bran, variable part - R1 - 10 tankage and 10 peanut meal, R2 - 10 tankage and 10 cottonseed meal, R3 - 7 peanut meal, 7 cocoanut meal and 7 cottonseed meal, R4 - 5 tankage, 5 peanut, 5 cocoanut and 5 cottenseed meal, R2 and R3 gave results which may be considered as equal and inferior than those obtained with the others, R4 being the best one. The statistical analises showed no significant differences.
Resumo:
Os autores realizaram uma pesquisa afim de verificar o conceito de que a couve-flor exerce um papel deprimente sobre a postura das galinhas. Para isso organizaram 20 grupos de 10 aves cada, onze dos quais da raça Rhode Island Red e 9 da Light Sussex. Desses grupos, 7 ocupavam parques gramados e os restantes parques sem grama. As aves permaneceram por 10 dias sob o regime verde de couve-flor. Houve dificuldade na análise dos resultados devido a diferenças genéticas entre as duas raças utilizadas. Das conclusões parciais constantes do texto deste trabalho, parece que a couve-flor exerce um efeito deprimente sôbre a postura, mas essa crença não chega a ser confirmada clarament na análise estatística dos dados obtidos. A conclusão final a que os AA. chegaram é que, se existe um efeito nocivo do suprimento de couve-flor, nas aves em postura, êsse efeito não chegaria a ser economicamente prejudicial, em vista do fato da couve-flor, sob a forma de folhas externas, refugo. só ser fornecida às aves, esporadicamente, durante períodos relativamente curtos, que correspondem aos da colheita das "cabeças" para serem entregues ao mercado, e, como demonstra a experiência, o suprimento por poucos dias não chega a prejudicar notavelmente a postura.