572 resultados para Tratamento da leishmaniose tegumentar americana


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Os treinamentos militares na selva amazônica constituem importantes fatores na incidência de leishmaniose tegumentar americana na região. Este trabalho descreve 48 casos de leishmaniose tegumentar americana em pacientes militares nos quais a doença se manifestou após operação de treinamento na Amazônia. O período de incubação médio foi de 27,6 dias. Houve predomínio de lesões nos membros superiores, face e pescoço. A maioria dos indivíduos apresentou duas lesões, sendo as úlceras as manifestações mais freqüentes. O diagnóstico foi realizado pelo exame de escarificação das lesões, sendo confirmado pela demonstração do parasito em 43 (89,6%) casos.

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De maio de 2000 a janeiro de 2001, foram realizadas 4 capturas de flebotomíneos em área de transmissão da leishmaniose tegumentar americana na bacia do rio Araguari, no Município de Uberlândia, MG, com duração de 15 horas consecutivas cada, para observar o comportamento dos insetos. A primeira captura foi em maio de 2000 (frio e úmido), a segunda em junho de 2000 ( frio e seco), a terceira em outubro de 2000 (quente e seco) e a quarta em janeiro de 2001 (quente e chuvoso). Utilizaram-se para capturar os flebótomos armadilhas Center on Disease Control e Shannon. Foram capturados e identificados 6551 flebótomos, sendo 1990 machos e 4561 fêmeas distribuídos em 2 gêneros (Lutzomyia e Brumptomyia) e 8 espécies. A Lutzomyia intermedia predominou com o maior número de espécimens (6531), representando 99,7% dos flebótomos capturados. Nas quatro capturas observou-se a preferência de Lutzomyia intermedia pelo mês que precede o período chuvoso (outubro), com temperaturas e umidade relativa do ar altas.

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No município de Paracambi, Estado do Rio de Janeiro, foi realizado um inquérito epidemiológico sobre a leishmaniose tegumentar americana na população canina residente em áreas endêmicas rural e semiurbana. Foram cadastrados 179 cães e 138 (77,1%) foram examinados, segundo seus aspectos clínicos e desenvolvimento de hipersensibilidade tardia ao antígeno Imunoleish® e respostas sorológicas à reação de imunofluorescência indireta e ao ensaio imunoenzimático. Dos 9 (6,5.%) animais portadores de lesões/cicatrizes suspeitas, 66,7% foram causadas por Leishmania sp; 44,4% produziram infecção em hamsters e apresentaram crescimento em meio de cultura, compatíveis com o comportamento de Leishmania do complexo braziliensis. A caracterização molecular (análises isoenzimáticas e do perfil de restrição do KDNA) identificou 2 amostras como similares à Leishmania (Viannia) braziliensis. A prevalência da infecção canina observada através do teste cutâneo, RIFI e ELISA foi, respectivamente, 10,1%, 16,7% e 27,8%. A presença das formas clínica/subclínica da LTA na população canina associada à infecção humana sugere que o cão pode atuar como possível fonte de infecção, assim como na disseminação da doença.

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Este estudo tem como objetivo geral caracterizar a epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana em unidade de treinamento militar, localizada no Estado de Pernambuco. Entre 2002 e 2003, vinte e três casos foram diagnosticados através de exame clínico, detecção do parasita e teste de intradermoarreação de Montenegro. Sete amostras de Leishmania (Viannia) braziliensis foram isoladas destes pacientes, identificadas através de reações com anticorpos monoclonais específicos e perfil eletroforético com isoenzimas. Um inquérito epidemiológico de prevalência da infecção por IDRM foi realizado na população que realizou treinamento neste período, no qual foi identificada uma prevalência de 25,3% de infecção. Os dados obtidos, associados com achados prévios nesta área, apresentam evidências da manutenção de um ciclo enzoótico, com a ocorrência de surtos periódicos de leishmaniose tegumentar americana posteriormente à realização de treinamentos nas áreas de floresta Atlântica remanescente.

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São relatados nove casos de leishmaniose tegumentar americana ocorridos no ano de 2001 em uma unidade de treinamento militar localizada no município de Bela Vista, Estado de Mato Grosso do Sul. Parasitas obtidos de lesões de seis pacientes foram isolados em cultura e posteriormente identificados através da análise de isoenzimas como sendo Leishmania (Leishmania) amazonensis. Esta é a primeira evidência da presença desta espécie de parasita em Mato Grosso do Sul.

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No período de novembro de 2000 a novembro de 2001, foi realizado o estudo dos flebotomíneos nos municípios de Alto Caparaó e Caparaó, com o objetivo de determinar a sua variação sazonal, comparar os pontos de estudo quanto à ocorrência destes insetos e determinar os ambientes de prevalência destes. Foram realizadas coletas mensais, com armadilhas luminosas de Falcão em nove pontos, sendo quatro armadilhas por ponto, nos seguintes ambientes: abrigo de animais, mata, cafezal e parede externa das casas. Lutzomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912) foi a espécie predominante, e o abrigo de animais o ambiente com maior ocorrência de flebotomíneos. Encontrou-se diferença significativa na composição de espécies de flebotomíneos nos pontos estudados. Lutzomyia intermedia é a espécie suspeita de transmitir a Leishmania na região.

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No período de agosto de 2001 a julho de 2002, usando armadilhas CDC e Disney, realizaram-se coletas de flebotomíneos, na base de árvores no peridomicílio e nas matas da Comunidade São João, área periurbana de Manaus, Amazonas. Foram capturados 4.104 espécimes, pertencentes a quatro subtribos, 13 gêneros e 49 espécies da subfamília Phlebotominae. Predominou a subtribo Psychodopygina com 3.403 (83%) espécimes, destacando-se Nyssomyia umbratilis, Nyssomyia anduzei, Trichophoromyia eurypyga, Bichromomyia olmeca nociva e Bichromomyia flaviscutellata. O registro de Nyssomyia umbratilis e Nyssomyia anduzei, incriminadas como vetoras de Leishmania (Viannia) guyanensis, e de Bichromomyia flaviscutellata e Bichromomyia olmeca nociva, de Leishmania (Leishmania) amazonensis, indicam risco de infecção para os moradores da área. A grande maioria (98,5%) dos flebotomíneos foi capturada na área de mata. Nyssomyia anduzei e Bichromomyia olmeca nociva foram coletadas no peridomicílio. A riqueza de espécies vetoras de Leishmania nessa área revela a necessidade de uma vigilância entomológica constante.

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A leishmaniose tegumentar americana adquiriu caráter epidêmico no Litoral Norte Paulista, desde a década de 1990. A partir de dados secundários, realizou-se estudo descritivo da doença no período de 1993 a 2005 nos quatro municípios que compõem a região e analisou-se a freqüência dos flebotomíneos capturados nos locais prováveis de transmissão. Foram notificados 689 casos autóctones de leishmaniose tegumentar, com casos isolados e agrupados, determinando uma distribuição espacial heterogênea, com sincronismo na manifestação e ciclicidade, em intervalo de seis a oito anos. Todas as faixas etárias foram acometidas, com ligeiro predomínio do sexo masculino, sem associação com uma ocupação. Capturou-se 2.758 flebotomíneos e a espécie Nyssomyia intermedia predominou (80,4%), no peri e intradomicílio. A doença apresentou perfil de transmissão peri e intradomiciliar, entre o periurbano e a mata, e no interior da mata. Neste caso, a transmissão estaria mais relacionada com os focos enzoóticos.