104 resultados para Superfícies
Resumo:
O conceito de superfície geomórfica permite uma interligação entre os diferentes ramos da ciência do solo, tais como geologia, geomorfologia e pedologia. O objetivo deste trabalho foi estudar as relações solo-superfície geomórfica em uma topossequência de 4.500 m na transição várzea/terra firme, na região de Humaitá (AM). Do divisor de águas até a planície do rio Madeira, as superfícies geomórficas foram identificadas com base na ruptura do declive do terreno, em critérios estratigráficos e em outras observações de campo. Foram abertas trincheiras nos segmentos mapeados da topossequência, os perfis de solos foram caracterizados morfologicamente e amostras foram coletadas de seus horizontes. Foram realizadas análises físicas de granulometria, argila dispersa em água, grau de floculação, densidade do solo, densidade das partículas, porosidade total e condutividade hidráulica do solo saturado. As análises químicas incluíram pH em água e KCl; Ca, Mg, K, Na e Al trocáveis; P disponível; H + Al e C orgânico; SiO2, Al2O3 e Fe2O3 do ataque sulfúrico; Fe "livre" extraído com ditionito-citrato-bicarbonato; e ferro mal cristalizado, extraído com oxalato de amônio. Os índices ∆pH, relação silte/argila, Ki e Fe d/Fe t indicaram solos mais intemperizados na parte mais elevada da paisagem em comparação ao declive de infiltração, declive convexo e sopé aluvial, coincidindo com a maior idade da superfície geomórfica I em relação às superfícies geomórficas II e III. As variações dos solos na transeção estudada mostraram solos mais intemperizados nos ambientes de terra firme quando comparados aos solos dos ambientes de várzeas. O entendimento dos eventos geomórficos favoreceu a compreensão da variação dos atributos dos solos na topossequência.
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O Arquipélago de Fernando de Noronha (FN) possui solos pouco desenvolvidos das classes dos Cambissolos, Vertissolos e Neossolos, com características peculiares relacionadas ao material de origem vulcânico, clima tropical com franco domínio oceânico e relevo ondulado a forte ondulado. Os Vertissolos de FN são formados a partir de rochas básicas, tufos vulcânicos e sedimentos aluvionares e estão associados às superfícies rebaixadas com drenagem impedida do planalto central ou da baixada litorânea. Tendo em vista a necessidade de preservação ambiental, uso agrícola ou geotécnico e características peculiares desse ambiente insular, os Vertissolos de FN precisam de melhor entendimento de seus atributos. O objetivo deste trabalho foi, portanto, caracterizar morfológica, física, química e mineralogicamente Vertissolos de ocorrência comum na ilha de Fernando de Noronha. Três perfis de Vertissolos derivados de diferentes materiais de origem, classes de drenagem e níveis de salinidade e sodicidade foram descritos e coletados para realização das análises de caracterização. Os solos estudados foram: Vertissolo Háplico órtico solódico (P01), Vertissolo Háplico sálico gleissólico (P02) e Vertissolo Háplico sódico gleissólico (P03). Os Vertissolos de FN apresentam feições típicas da ordem, como a textura argilosa a muito argilosa, as superfícies de fricção (slickensides) e o fendilhamento horizontal e vertical quando secos. Esses solos são imperfeitamente a maldrenados e sofrem alagamento temporário no período de maior concentração das chuvas. Apresentam elevados valores de soma e saturação por bases, além de teores altos a muito altos de P extraível, de distribuição irregular entre perfis e com dominância de formas inorgânicas. Não obstante, esses apresentam problemas de acumulação de sais, o que restringe a utilização agrícola ou geotécnica deles. Os principais minerais da fração argila dos solos são do grupo das esmectitas, seguidos por caulinitas e, ou, haloisitas. A fração silte é constituída por hematita, goethita, magnetita/maghemita, ilmenita, mica e feldspato e por minerais pouco comuns em solos brasileiros como crandalita e holandita.
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A identificação de padrões de variabilidade dos atributos do solo permite o uso e a ocupação do solo de maneira sustentável. O objetivo deste trabalho foi delimitar áreas de manejo específico utilizando ferramentas matemáticas, suscetibilidade magnética e modelos de paisagem. A área de estudo localiza-se no município de Guariba, SP. Escolheu-se uma área de 110 ha, onde foram identificadas e mapeadas três superfícies geomórficas (I, II e III). Na área, foram coletadas 204 amostras de solo em uma transeção, nas profundidades de 0,00-0,20 e 0,60-0,80 m. Foram determinados o pH em CaCl2, os teores de areia, argila, matéria orgânica, P, Ca, Mg, K, H+Al, e calculados SB, CTC e V. A suscetibilidade magnética (SM) foi medida com o auxílio de uma balança analítica. Os limites matemáticos da técnica Split Moving Windows Dissimilarity Analysis (SMWDA) utilizando as informações da suscetibilidade magnética ficaram próximos aos limites de campo identificados com base nos modelos de paisagem. A utilização conjunta da suscetibilidade magnética, dos modelos matemáticos e de paisagem permitiu identificar diferentes áreas de manejo, locais com diferentes teores de argila e níveis de fertilidade do solo. A susceptibilidade magnética pode ser adotada como alternativa para identificar e mapear unidades de manejo.
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Uma topossequência apresenta solos com características estruturais e morfológicas distintas que podem alterar a susceptibilidade à deformação estrutural em curtas distâncias espaciais. Os objetivos deste estudo foram avaliar a capacidade de suporte de carga e a suscetibilidade à compactação e mensurar o efeito que cargas acima e abaixo da pressão de preconsolidação causam na permeabilidade ao ar de solos numa topossequência da Depressão Central do Rio Grande do Sul, Brasil. Amostras indeformadas foram coletadas nos horizontes de três perfis de Argissolos (Ap, A1, AB, BA, Bt1 e Bt2; Ap, A1, A2, AB, BA, Bt1 e Bt2; e Ap, A1, BA, Bt1 e Bt2) e dois de Gleissolos (A1, A2, Bg; A, Bg e Cg), no longo de uma topossequência. Essas amostras foram submetidas ao teste de compressão uniaxial, sendo avaliada a permeabilidade ao ar antes e após compressão. Na condição de capacidade de campo, os Gleissolos apresentaram menor suscetibilidade à compactação e maior capacidade de suporte de carga que os Argissolos. O teor de argila esteve diretamente correlacionado com a capacidade de suporte de carga. Portanto, foi inversamente proporcional à suscetibilidade à compactação, exceto em condições de elevada umidade do solo quando a água lubrificou as superfícies aumentando a susceptibilidade à compactação de quaisquer solos. Até 25 kPa de carga ao solo não resultou degradação física do solo, mas quando foram aplicadas cargas de 200 kPa, mesmo na condição de capacidade de campo, houve redução significativa do volume de macroporos e porosidade total em níveis inferiores ao limite crítico (0,10 m3 m-3).
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Este trabalho teve por objetivo avaliar as variações do fator de refletância bidirecional (FRB) de três séries de solo (McAllister, Stronghold e Epitaph) da microbacia experimental de Walnut Gulch (Arizona, EUA) em razão do ângulo de visada, da rugosidade superficial e do teor de umidade. Foram consideradas as faixas espectrais do visível e do infravermelho próximo e médio presentes no sensor TM, e os resultados foram expressos em termos de FRB em relação à resposta no Nadir (FRB relativo). O anisotropismo variou de solo para solo e foi maior nas menores faixas espectrais, nos ângulos de visada maiores localizados na direção do retroespalhamento, nos ângulos solar-zenitais maiores, e na condição de solo seco. No solo Epitaph (único solo submetido ao estudo de rugosidade) o anisotropismo foi também maior na superfície mais rugosa. Entretanto, uma melhor diferenciação entre as superfícies lisa e rugosa do solo Epitaph foi obtida na direção do espalhamento da energia refletida. Diferenças na escala e nos métodos de obtenção dos dados são apontadas como causas do realce do comportamento anisotrópico dos dados obtidos em condições de laboratório, em comparação com os dados de campo.
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Este trabalho teve o objetivo de avaliar as interações Si-P em dois solos, por meio do estado nutricional de P em mudas de Eucalyptus grandis sob efeito de aplicação de Si. Foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação, utilizando como substratos as camadas superficiais (0-20 cm de profundidade) de um Latossolo Vermelho-Escuro fase cerrado e de um Cambissolo fase campo cerrado da zona fisiográfica Campos das Vertentes, MG . Cada solo foi submetido a três incubações seqüenciais: CaCO3 + MgCO3 para manter o pH em torno de 6, fertilização básica, incluindo o P em dose única, para manter 0,2 mg L-1 de P em solução e seis doses de Si (CaSiO3) definidas com base na dose de P. Foram avaliados a produção de matéria seca da parte aérea (MSPA), conteúdo de P e Si na MSPA e frações fosfatadas e fosfatase ácida em folhas apicais aos 60, 90 e 120 dias após o transplantio das mudas para os vasos. Ajustaram-se superfícies de resposta para essas variáveis em razão das doses de Si e das épocas. Mudas cultivadas no Cambissolo tiveram ganho de 15,25% no conteúdo de P na MSPA. Frações fosfatadas e atividade da fosfatase ácida em plantas não mostraram sensibilidade para avaliar a interação Si-P nos dois solos.
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Com base em levantamento pedológico de reconhecimento de alta intensidade, foram investigadas relações pedogeomorfológicas em uma área do Planalto Central Brasileiro, com vistas à predição de atributos e distribuição dos solos em áreas vizinhas carentes de mapas pedológicos. Três superfícies geomórficas, com distintos padrões de espacialização de solos, foram identificadas. Na mais elevada, a distribuição dos solos é estreitamente relacionada à variação do regime hídrico ao longo das encostas. Ocorrem Latossolo Vermelho (LV), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Latossolo Amarelo (LA), Latossolo Amarelo plíntico, Latossolo Amarelo petroplíntico (concrecionário) e Plintossolo Háplico, todos muito argilosos, com teores de Fe2O3 e TiO2 relativamente homogêneos e índices Ki e Kr indicativos de mineralogia oxídica. Na segunda superfície, os solos apresentam maior variação quanto à textura e teores de Fe e Ti. Predominam LV e LV acriférrico, além de LVA e LA. Nos limites com as chapadas, observa-se a ocorrência de LVA e LA acriférricos endopetroplínticos. Na terceira superfície, que disseca as anteriores, predominam solos menos intemperizados, com atributos muito variáveis, como Cambissolo Háplico, Argissolos Vermelho e Vermelho-Amarelo, Nitossolo Vermelho eutroférrico, Neossolo Litólico e Neossolo Flúvico. O trabalho inclui a proposição de um modelo de evolução para a paisagem regional.
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Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar os parâmetros genéticos para o peso de bovinos Nelore, do nascimento até 1.000 dias de idade, por meio de modelos de regressão aleatória. Utilizaram-se 115.096 registros de peso de 19.417 animais. Os parâmetros genéticos foram obtidos por modelos de regressão aleatória via inferência bayesiana. A trajetória média de crescimento foi ajustada com um polinômio de Legendre quártico. O efeito genético aditivo direto foi ajustado com um polinômio quadrático de Legendre. Os efeitos de ambiente permanente direto e materno foram ajustados com polinômios de Legendre quíntico e quadrático, respectivamente. A variância residual foi modelada com três classes de idades. Os valores genéticos dos pesos, do nascimento até 1.000 dias de idade, foram utilizados para a análise da tendência genética, por meio de superfícies de resposta. As herdabilidades variaram entre 0,16 e 0,47. Os efeitos de ambiente permanente direto e materno foram responsáveis por 5 a 77% e 0,2 a 11% da variância fenotípica, respectivamente. As correlações genéticas dos pesos em diferentes idades foram altas e superiores a 0,40. Os valores genéticos foram crescentes ao longo dos anos, e a tendência genética foi máxima para peso aos 500 dias.
Pontos críticos de impacto em linhas de beneficiamento utilizadas para citros no Estado de São Paulo
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A produção citrícola brasileira é uma das mais importantes para a fruticultura do País, comercializando principalmente para o mercado externo. O impacto mecânico é um fator importante a ser minimizado, visando a reduzir as perdas pós-colheita, diminuindo conseqüentemente os prejuízos decorrentes do manejo inadequado. Neste trabalho, foram avaliados os pontos críticos e o nível de impacto em que os frutos são submetidos em equipamentos nacionais e importados, utilizados para beneficiamento e classificação de citros. Utilizou-se da esfera instrumentada (70 mm) (Techmark, Inc., Lansing, EUA), com registrador de aceleração, para a avaliação da magnitude de impactos (G, m/s²) nos pontos de transferência das linhas de classificação de laranjas e lima-ácida Tahiti. A esfera instrumentada foi colocada, juntamente com os frutos, na etapa de recebimento das linhas que funcionavam em seu volume padrão diário, e seguiu o fluxo dos frutos até a etapa de classificação. Os resultados demonstraram que os maiores impactos foram causados por quedas em pontos de transferência com superfícies rígidas, sendo os maiores valores encontrados na etapa de recebimento e na entrada dos frutos em "containers" utilizados para o armazenamento. Observou-se, também, que a magnitude de impacto foi significativamente reduzida quando se utilizaram superfícies recobertas com acolchoados nos diversos pontos de transferência.
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Com o objetivo de avaliar a interferência da relação fósforo-zinco sobre o crescimento inicial de pitaia para fornecer informações que subsidiem a definição de sistemas de produção mais adequados para a exploração desta cultura no Brasil, realizou-se o experimento, testando cinco doses de P (0; 75; 150; 225 e 300 mg dm-3) e Zn (0; 2; 4; 6 e 8 mg dm-3), sendo os níveis de cada nutriente arranjados em esquema fatorial 5x5, com quatro blocos. Para a interação significativa (p<0,05), procedeu-se ao ajuste em superfícies de resposta do tipo Y = β0 + β1(A) + β2(A)² + β3(B) + β4(B)² + β5(A).( B) + e. As estimativas das correlações fenotípicas foram obtidas considerando apenas o intervalo das doses de P e Zn que promoveram as melhores respostas do acesso de pitaia para os caracteres estudados. A aplicação de P e Zn, e a interação P x Zn afetam a disponibilidade de ambos os nutrientes no substrato, sistema radicular e parte aérea, influenciando, assim, o crescimento inicial de plantas de pitaia. Os rendimentos mais satisfatórios ocorrem quando há 60 - 75 mg de P dm-3 e 3,0 - 4,0 mg de Zn dm-3 no substrato, e 4,5 - 6,0 g kg-1 de P e 150 mg de Zn kg-1 na parte aérea. Esses níveis foram obtidos para a combinação de 150 - 225 mg dm-3 de P, com 4 - 6 mg dm-3 de Zn. Os teores de P e Zn na parte aérea e o somatório do comprimento dos cladódios (SCC) säo os caracteres explicativos que apresentam maiores efeitos diretos sobre a massa seca dos cladódios (MSC).
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A pitaia ainda é uma cultura carente de estudos e informações que subsidiem a definição/adaptação de sistemas de produção mais adequados às condições edafoclimáticas brasileiras, embora nos últimos anos tenha havido aumento de sua expansão agrícola, tanto no Brasil quanto em outros países. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adubação mineral sobre o crescimento de mudas de pitaia e, dessa maneira, obter informações direcionadas para a definição de manejos de fertilização adequados à exploração agrícola da cultura. Para isto, foram testadas cinco doses de nitrogênio (N) (0; 150; 300; 450 e 600 mg dm-3) e potássio (K) (0; 75; 150; 225 e 300 mg dm-3), sendo os níveis de cada nutriente arranjados em esquema fatorial 5x5, com quatro blocos. Para a interação significativa a (p<0,05), procedeu-se ao ajuste em superfícies de resposta do tipo Y = β0 + β1(A) + β2(A)² + β3(B) + β4(B)² + β5(A).(B) + e. As estimativas das correlações fenotípicas foram obtidas considerando apenas o intervalo das doses de N e K, que promoveram as melhores respostas do acesso de pitaia para os caracteres estudados. Ao término do presente estudo, foi constatado que a aplicação de doses crescentes de N e K, e a interação NxP afetam os teores de ambos os nutrientes no solo, o sistema radicular e a parte aérea, influenciando, desse modo, sobre o crescimento inicial das plantas de pitaia. Os rendimentos mais satisfatórios ocorrem quando há 0,7 mmol dm-3 de K no solo, e 20 - 25 g kg-1 de N com 30 - 40 g kg-1 de K na parte aérea. Esses valores foram obtidos para a aplicação de 300 - 450 mg dm-3 de N com 150 - 225 mg dm-3 de K. O somatório do comprimento dos cladódios (SCC) e a massa seca do sistema radicular (MSSR) são as variáveis explicativas que apresentam maiores efeitos diretos sobre a massa seca dos cladódios (MSC).
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Neste trabalho avaliou-se a resistência à corrosão em solução salina das fases presentes na microestrutura de amálgamas dentários comerciais: gama1-Ag2Hg3, o eutético Ag-Cu e gama2-Sn7-8Hg, empregando-se técnicas eletroquímicas de potencial a circuito aberto com o tempo, de polarização potenciodinâmica e de espectroscopia de impedância eletroquímica. As ligas metálicas em estudo já foram caracterizadas em um trabalho prévio, por meio de microscopia eletrônica de varredura e difratometria de raios X. A resistência à corrosão se origina da formação de filmes passivos na superfície metálica e parece estar determinada pela natureza rugosa e porosa das superfícies.
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Visando relacionar a reação de Capsicum spp. resistentes e suscetíveis à Oidiopsis haplophylli com o padrão dos respectivos complexos estomáticos, foram analisados em dois ensaios, 5 e 15 genótipos de Capsicum spp. em delineamento inteiramente casualizado. Avaliou-se a abertura do ostíolo, a morfometria do estômato (comprimento, largura e área), o número de estômatos.mm-2 e a freqüência de estômatos (unidades de estômatos por células da epiderme) nas superfícies adaxial e abaxial da epiderme foliar de plantas cultivadas em casa-de-vegetação. A variável abertura ostiolar não explicou a reação dos genótipos ao oídio, nem na face adaxial (R²=0,16) nem na abaxial (R²=0,13). Entretanto, o número de estômatos.mm-2 explicou a reação ao oídio em 84 % (face adaxial) ou 74 % (face abaxial). Para a freqüência de estômatos, o modelo ajustou-se melhor na face adaxial (R² = 0,76), do que na face abaxial (R²=0,48). Maiores números e freqüências de estômatos em ambas as faces foliares ocorreram em pimentão 'Magali' (altamente suscetível), com valores significativamente maiores do que em 'HV-12' (altamente resistente). Sugere-se que a suscetibilidade de genótipos de Capsicum a O. haplophylli está parcialmente relacionada a mecanismos de defesa estruturais pré-formados, como o número e freqüência de estômatos, os quais se relacionam com o número de sítios de infecção. Por outro lado, para alguns genótipos, esta relação não foi significativa, indicando que outros mecanismos de resistência também estejam envolvidos.
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O presente estudo objetivou avaliar o efeito da temperatura (15, 20, 25 e 30ºC), do período de molhamento foliar (0, 6, 12 e 24 h), de épocas (setembro, outubro, novembro e dezembro) e métodos de plantio (semeadura direta e transplantio de mudas), na intensidade da seca da haste (Botrytis cinerea) do hibisco (Hibiscus sabdariffa). As variáveis ambientais foram avaliadas em condições controladas com inoculação artificial e as épocas e métodos de plantio foram avaliados em condições de infecção natural em campo. Os dados de frequência de infecção analisados, como área abaixo da curva de progresso da frequência de infecção (AACPF) e comprimento de lesões relacionados às variáveis ambientais, foram submetidos à análise de variância e regressão e, em seguida, plotadas as superfícies de resposta. Os dados de incidência (AACPI) relacionados às épocas e métodos de plantio foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o programa estatístico Sisvarâ/UFLA. A interação da temperatura e da duração do período de molhamento foliar influenciou a frequência de infecção e o comprimento de lesões da seca da haste. Houve aumento na frequência de infecção e no comprimento de lesões com o incremento do período de molhamento foliar e redução da temperatura. As lesões apresentaram maior tamanho na temperatura de 15ºC e 24 horas de molhamento foliar. Na ausência de molhamento foliar houve manifestação de sintomas somente a 15ºC. A 30ºC houve dependência de maior período de molhamento foliar para a manifestação de sintomas. Houve interação significativa de métodos e épocas de plantio na incidência da doença. Constatou-se menor incidência da seca da haste em transplantio de mudas comparado à semeadura direta em todas as épocas de plantio. Verificou-se aumento da incidência proporcionado pelo atraso na época de plantio nos dois métodos. Registrou-se uma relação direta entre queda de temperatura e aumento da incidência da seca da haste.
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As dificuldades quanto ao uso da madeira do eucalipto, na forma sólida, estão baseadas na falta de conhecimentos de como trabalhar corretamente esse material. É preciso conhecer a estrutura da madeira e os parâmetros de usinagem para entender suas relações, que proporcionam os bons resultados em qualidade. O presente trabalho visou verificar as variações no sentido medula-casca de diferentes operações de usinagem e das dimensões das fibras da madeira de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden. A madeira foi proveniente de plantio comercial da Klabin Fabricadora de Papel e Celulose S.A., com 25 anos de idade. Os dados foram avaliados através de análises de variância e testes de médias. Além disso, realizaram-se as correlações de Pearson entre as operações de usinagem e as dimensões das fibras. Foram obtidos diferentes modelos de variação da medula para a casca. Nas operações de usinagem, pôde-se concluir que as condições de corte foram insuficientes para apresentar melhores qualidades das superfícies, podendo detacar as baixíssimas velocidades de corte, que produziram pré-clivagem. A madeira de Eucalyptus grandis apresentou resultados satisfatórios, mas inferiores aos do mogno e da imbúia. A utilização de operações como a moldura no topo (corte 90º-90º), moldura axial ";parada"; (corte 90º-0º) e perfilagem axial sinuosa com faca plana (corte 90º-0º, contra as fibras) permitem apreciar a usinabilidade da madeira, pois esta é usinada sob drásticas condições, podendo mostrar seu verdadeiro potencial.