152 resultados para Sexual ethics
Resumo:
O estudo identificou os tipos de suporte social oferecido pelo parceiro sexual da mulher com câncer de mama e verificou como este apoio é percebido por eles. Participaram do estudo nove parceiros de mulheres nessa condição. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e submetidos à análise de conteúdo. Os parceiros se perceberam como importantes elementos de suporte social para as suas esposas oferecendo afeto, estímulo ao auto cuidado e auxílio nos afazeres domésticos. Revelaram dificuldades enfrentadas ao oferecer suporte social as quais estavam relacionadas à esfera sexual, aos canais de comunicação, à sensação de impotência e insegurança para lidar com as implicações do diagnóstico e reorganizar as atividades domésticas.
Resumo:
Este artigo apresenta um dos temas emergentes de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com adolescentes do sexo feminino da Vila Acaba Mundo - Belo Horizonte/MG. Teve como objetivo compreender as representações sociais das adolescentes em relação à iniciação sexual sob o recorte de gênero. Os dados foram colhidos em quatro Oficinas de Trabalho e analisados à luz da teoria das representações sociais, sendo utilizada a técnica da análise de discurso. Duas categorias empíricas emergiram dos discursos: deixar de ser criança e temor pela gravidez e suas conseqüências. O entendimento das representações sociais e das relações de gênero evidenciou valores, idéias e práticas das adolescentes e suas famílias em freqüentes transformações, dentro do campo social.
Resumo:
Trata-se de estudo transversal conduzido com 222 adolescentes mulheres, entre 15 e 19 anos de idade, moradoras da área de uma unidade de saúde da família na zona leste da cidade de São Paulo, cujo objetivo foi descrever as motivações para iniciar ou não a vida sexual e os fatores associados a tal evento. As adolescentes que já haviam iniciado a vida sexual eram mais velhas, não coabitavam com os pais, estavam ausentes do sistema educacional, habitavam domicílios ocupados e namoravam em maior proporção do que as sem experiência sexual. Observou-se também que, na opinião das entrevistadas, a iniciação sexual, independente do matrimônio, pareceu ser aceita, mas foi largamente relatado o desejo da existência de vínculo afetivo-amoroso com o parceiro da primeira prática sexual, reforçando que o tradicional papel atribuído à sexualidade feminina, pelas relações de gênero, ainda forma a base do comportamento sexual dessas garotas.
Resumo:
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida com profissionais que atuam no Programa de Saúde da Família - PSF no Estado de Minas Gerais. O objetivo foi analisar as práticas destes profissionais voltadas para mulheres em situação de violência sexual. Os dados foram coletados em uma Oficina de Trabalho tendo como suporte teórico para a análise as categorias gênero e violência de gênero. Constatou-se que a violência sexual contra a mulher envolve questões nas dimensões singular, particular e estrutural da realidade objetiva, que merecem ser refletidas pelos profissionais de saúde. O atendimento às mulheres em situação de violência sexual só poderá ser eficaz à medida que houver um trabalho intersetorial, com políticas públicas claras e eficazes e com o adequado preparo dos profissionais de saúde.
Resumo:
Dado que a literatura enfatiza a estreita relação entre o início da vida sexual e a pressão exercida pelos pares, o objetivo deste trabalho foi identificar a presença da pressão social na iniciação sexual de adolescentes, com base nos relacionamentos com o grupo de iguais. Participaram 363 pessoas, com idade entre 15 e 19 anos, compreendendo uma amostra representativa dos adolescentes cadastrados em uma unidade do Programa de Saúde da Família da cidade de São Paulo. Foi utilizado um questionário estruturado e auto-aplicado. Os resultados mostraram associação entre a iniciação sexual e idade, já ter ficado com alguém sem vontade, ter a maior parte dos amigos com experiência sexual e estar namorando, o que revelou indícios de que os pares parecem exercer certa influência na opção pela iniciação sexual.
Resumo:
O Ministério da Saúde preconiza o atendimento integral e humanizado às mulheres vítimas de violência sexual. Teve-se por objetivo descrever o Protocolo de Enfermagem na Assistência às Mulheres Vítimas de Violência Sexual do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, recentemente revisado. Para tanto, seguiram-se as etapas do processo de enfermagem e após a identificação dos principais diagnósticos da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) foram determinadas as intervenções, com base em normas técnicas nacionais e internacionais. O protocolo atual engloba o atendimento imediato e tardio, o acompanhamento ambulatorial e as ações relacionadas à interrupção legal da gravidez decorrente do estupro. O protocolo de enfermagem tem proporcionado à cliente um atendimento integral e humanizado e à enfermeira, maior autonomia na sua área de atuação, favorecendo o trabalho colaborativo e interativo com a equipe multidisciplinar.
Resumo:
Este estudo descritivo e exploratório objetivou descrever e analisar a vulnerabilidade de casais sorodiscordantes ao HIV, e foi realizado em um Serviço Ambulatorial Especializado em aids de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais com 11 portadores do HIV/AIDS, que convivem com parceria sabidamente sorodiscordante. Para organização e análise dos dados, empregamos o método de análise de Prosa e o conceito de vulnerabilidade como referencial teórico. A naturalização da infecção do HIV/aids como doença controlável por medicamentos, crença na impossibilidade de transmissão do HIV relacionadas com carga viral indetectável, sentimento de invencibilidade que surge com o tempo de convívio entre o casal, e sua influência na manutenção do sexo seguro são fatores de vulnerabilidade para a parceria sexual soronegativa. Serviços especializados no atendimento a indivíduos com HIV/aids necessitam incluir a parceria sexual nas ações educativas/preventivas promovidas pelos profissionais de saúde.
Resumo:
Trata-se de pesquisa fenomenológica, que teve como objetivo compreender o significado da violência sexual na manifestação da corporeidade. Foi realizada no ambulatório de vítimas de violência sexual de um hospital universitário de Curitiba, de fevereiro a maio de 2007. Os discursos foram obtidos mediante a realização de entrevista aberta gravada com nove mulheres, e da análise emergiu o tema: Conviver com o medo no processo de coexistência. Constatou-se que o medo influenciou a vida social das mulheres, gerou insegurança, afetou o ser e estar no mundo, a sua corporeidade. Os profissionais da saúde devem ser capacitados, a fim de que possam perceber as mulheres vitimizadas em sua multidimensionalidade, para que suas ações de cuidado sejam não apenas instrumentais, voltadas à subjetividade, porque poderão ajudá-las a transcender o vivido e encontrar um novo sentido para a sua existência. Dessa forma, o atendimento será humanizado, ético e solidário.
Resumo:
Este estudo descritivo exploratório e qualitativo objetivou descrever e analisar o impacto da sorodiscordância na vida afetivo-sexual de indivíduos com HIV/AIDS que convivem em parceria heterossexual e soronegativa ao HIV. Foram entrevistados 11 portadores do HIV/AIDS que realizavam acompanhamento clínico ambulatorial em um hospital universitário-referência do interior paulista. Os dados foram coletados através de entrevista individual gravada, e analisados segundo análise de Prosa. A vivência com a sorodiscordância ao HIV/AIDS impõe a esses casais o manejo de muitas dificuldades relacionadas à sua intimidade, diante da possibilidade de transmissão do HIV para o parceiro soronegativo, com impacto negativo na vivência da sexualidade entre parceiros sorodiscordantes, repercutindo em alterações da resposta sexual humana, favorecendo até mesmo a abstinência sexual. Apontamos a necessidade de atendimento por equipes interdisciplinares junto aos portadores do HIV/AIDS, e também de sua parceria sexual, proporcionando assistência integral, contemplando a sexualidade e as dificuldades advindas com a sorodiscordância.
Resumo:
Estudos recentes têm demonstrado que actualmente os adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, sem contudo possuírem uma educação sexual consistente. Os objectivos deste estudo foram analisar o comportamento sexual de adolescentes do ensino secundário e identificar os hábitos de vigilância de saúde sexual em adolescentes, do ensino secundário, sexualmente activos. Realizou-se um estudo exploratório em que participaram 680 adolescentes, com idades entre 15 e 19 anos. Os resultados evidenciam que a maioria dos inquiridos ainda não iniciou a actividade sexual; são os rapazes os que mais reportam já ter tido relações sexuais; o preservativo não é um método utilizado por todos os adolescentes nas suas relações sexuais; a maioria dos adolescentes não faz vigilância de saúde sexual. É importante que os adolescentes sexualmente activos recebam cuidados de saúde e aconselhamento. As instituições de saúde e os seus profissionais necessitam de ser pró-activos tentando captar os adolescentes.
Resumo:
Objetivou-se descrever a experiência sobre a elaboração de material educativo, no formato de performance teatral criada e encenada por adolescentes, como estratégia para a obtenção de uma atitude reflexiva e autônoma desses sujeitos, no campo afetivo-sexual e reprodutivo. Processo de intervenção e de investigação desenvolvido em uma escola pública de Belo Horizonte - Minas Gerais, Brasil - com 12 estudantes de 14 a 18 anos. A análise baseou-se no método de educação pela experiência, de John Dewey. Foram realizadas 23 oficinas até a produção do espetáculo e do vídeo Sexo sim, Doença Não, exibido para alunos do ensino médio. A produção de tecnologias educativas, construída pelos próprios adolescentes, possibilitou a ampliação de suas vivências e a re-significação de conhecimentos. Também auxiliou a compreensão da realidade cotidiana desses sujeitos, permitindo a ligação entre o interno (o pensamento do adolescente) e o externo (que concretiza os fenômenos sociais) no campo afetivo-sexual e reprodutivo.
Resumo:
Dignity is recognised as both a central and also a contested value in bioethics discourse. The aim of this manuscript is to examine some of the key strands of the extensive body of dignity scholarship and research literature as it relates to nursing ethics and practice. The method is a critical appraisal of selected articles published in Nursing Ethics and other key manuscripts and texts identified by researchers in the UK and Brazil as influential. The results suggest a wide and rather confusing range of perspectives and findings albeit with some overall themes relating to objective and subjective features of dignity. In conclusion, the authors point to the need for more sustained philosophical engagement contextualising human dignity within a plurality of professional values. Future empirical work should explore what matters to patients, families, professionals and citizens in different cultural contexts rather than foregrounding qualitative research with such a contested concept.
Resumo:
Pregnancy is a period influenced by the interaction of several factors, therefore this study aimed to identify changes in lifestyles due to pregnancy and childbirth in Portuguese and immigrant women in Portugal. This is a qualitative study, using the semi-structured interview, with eighty-two Portuguese and immigrant women. Content analysis was used, with verbatim classification supported by Nvivo 10. It was authorized by an Ethics Commission. Results revealed that the primary changes in lifestyles due to pregnancy were in eating habits (nutrition), daily activity, exposure to danger, sleep and rest patterns, social and family relationships, going out, self-care, work, clothing and footwear, travel, health monitoring and sexual activity and substances consumption. The main change after the birth, manifested by these women, was that their lives began to revolve around their baby.