283 resultados para Prevenção do Câncer de Colo Uterino
Resumo:
Objetivo: avaliação ultra-sonográfica e comparação da medida do comprimento do colo uterino nas gestações gemelares com as pacientes nas posições de decúbito dorsal horizontal (DDH) e ortostática. Métodos: 50 gestações gemelares foram submetidas a avaliações ultra-sonográficas para medida do comprimento do colo uterino no período de maio de 1999 a dezembro de 2000. Os exames foram realizados pela via transvaginal com periodicidade de 4 semanas totalizando 136 avaliações. A cérvice uterina foi avaliada, segundo técnica normatizada, com a paciente nas posições de decúbito dorsal horizontal e ortostática. Resultados: as medidas do colo uterino nas posições DDH e ortostática na primeira avaliação apresentaram correlação inversa com a idade gestacional (DDH: r=-0,60; p<0,001; ortostático: r=-0,46; p=0,008). A média da medida do colo uterino em DDH foi de 35,2 mm (DP=9,9mm), e 33,4 mm (DP=9,5mm) na posição ortostática (p=0,06). Quando a diferença entre as medidas obtidas nas posiões ortostática e DDH era expressa como percentual da medida na posição DDH, não houve correlação significativa com a idade gestacional (p=0,07) e a média das diferenças percentuais foi de -2,9% (p=0,3). Comparando-se todas as avaliações, houve correlação significativa entre as medidas do colo nas posições DDH e ortostática (r=0,79; p<0,001). A média da medida do colo uterino em DDH foi de 33,5 mm (DP=10,8 mm) e 31,8 mm (DP=9,6mm) na posição ortostática (p=0,003). A diferença percentual não apresentou correlação significativa com a idade gestacional da avaliação (p=0,10) e a média das diferenças percentuais foi de -3,0% (p=0,10). Conclusão: as medidas do comprimento do colo uterino variam inversamente com a idade gestacional. Apesar de haver diferenças significativas entre as medidas absolutas em DDH e ortostática, quando essa diferença é expressa como percentual da medida do colo em decúbito, ela não foi significativa. Portanto, a avaliação cervical nas posições de decúbito e ortostática fornecem informações semelhantes.
Resumo:
Objetivo: analisar a evolução do comprimento do colo uterino ao longo da gestação gemelar e descrever a sua relação com a idade gestacional na época do parto. Métodos: estudo retrospectivo com análise de dados obtidos prospectivamente entre 1994 e 2000, no qual foram incluídas 149 grávidas com gestações gemelares. Estas foram submetidas a avaliações ultra-sonográficas para medida do comprimento do colo uterino no período de 1994 a 2000. A medida do colo uterino foi realizada na primeira avaliação ultra-sonográfica e, a partir desta, repetida em intervalos de quatro semanas. O exame foi realizado pela via endovaginal com a bexiga vazia. Resultados: em 127 gestações (85,2%), o parto ocorreu após a 34ª semana; em 20 (13,4%), entre a 24ª e a 33ª semanas, e 2 casos (1,3%) resultaram em abortamento espontâneo antes da 24a semana. A idade gestacional média na época dos partos foi 36,3 semanas. Um total de 497 avaliações do colo foram realizadas nas 127 gestações gemelares que resultaram em parto após 34 semanas (média de 4 avaliações por paciente). As avaliações foram realizadas entre a 91ª e a 39ª semana (idade gestacional média = 29,4 semanas). O teste de regressão polinomial demonstrou correlação inversa entre a medida do colo uterino e a idade gestacional (r=-0,44; p<0,0001). O valor médio foi de 44 mm na 10ª semana e 28 mm na 36ª semana. Os valores correspondentes para o 5º percentil foram de 28 mm e 12 mm, respectivamente. A mudança na medida do comprimento do colo do útero foi mais pronunciada na segunda metade da gestação (teste de Kruskal-Wallis, p=0,0006). A medida média do colo uterino e o 5ª percentil nos diferentes períodos da gestação foram determinados. Do total de 26 casos em que o parto ocorreu antes da 34ª semana, nove (34,6%) apresentavam pelo menos uma medida do colo abaixo do 5º percentil. Conclusão: o comprimento do colo do útero diminui gradualmente durante a gestação gemelar, mas as mudanças parecem ser mais significativas na segunda metade da gestação. Aproximadamente um terço das gestações em que o parto ocorreu antes da 34ª semana apresentou pelo menos uma medida do comprimento da cérvix abaixo do 5º percentil para a idade gestacional.
Resumo:
Objetivos:avaliar, no primeiro e segundo trimestres da gravidez, a correlação entre o comprimento do colo uterino e a ocorrência de parto prematuro espontâneo. Métodos:em 641 grávidas do pré-natal geral, a medida do comprimento do colo uterino foi realizada em dois momentos: entre a 11ª e a 16ª e entre a 23ª e a 24ª semana da gravidez. A avaliação do colo uterino foi feita pela ultra-sonografia transvaginal, com a grávida em posição ginecológica e tendo realizado previamente esvaziamento da bexiga. O comprimento do colo uterino foi medido linearmente do seu orifício interno ao externo. A medida do comprimento do colo uterino foi correlacionada com a idade gestacional no momento do parto. Para comparação das médias do grupo de grávidas que tiveram parto prematuro e a termo utilizamos o teste t de Student. A sensibilidade, especificidade, taxa de falso-positivos, falso-negativos e acurácia para o parto prematuro foram calculadas para os comprimentos de colo menores ou iguais a 30 mm, 25 mm e 20 mm. Resultados:a medida do comprimento do colo uterino entre a 11ª e a 16ª semana de gestação não apresentou diferença significativa entre o grupo de parto prematuro e o grupo a termo (40,6 mm e 42,7 mm, respectivamente, p=0,2459). A diferença entre os grupos, no entanto, foi significativa quando o colo foi medido entre a 23ª e a 24ª semana de gravidez (37,3 mm para o grupo que evoluiu com parto prematuro e 26,7 mm para o grupo a termo, p=0,0001, teste t de Student). Conclusões:o comprimento do colo uterino entre a 11ª e a 16ª semana de gravidez não foi significativamente diferente entre as gestantes com parto prematuro ou a termo. No entanto, na 23ª e 24ª semana esta diferença foi significativa, podendo ser um método de predição da prematuridade.
Resumo:
OBJETIVO: realizar estudo molecular (hibridização in situ) de pacientes com lesões intra-epiteliais do colo uterino, visando investigar a freqüência e o estado físico do papilomavírus humano (HPV). MÉTODOS: cortes histológicos de biopsias do colo uterino de 84 pacientes foram avaliados pela hibridização in situ, com sonda de amplo espectro, que permite identificação dos HPVs dos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 35, 39, 42, 45 e 56, e com sondas específicas para HPV dos tipos 6, 11, 16, 18, 31 e 33. Os padrões físicos de marcação do DNA dos HPV encontrados foram: epissomal, quando todo o núcleo ficou corado pela biotina (marrom); integrado, onde se visualizaram um ou dois pontos marrons no núcleo hibridizado, ou misto, com a associação dos dois padrões anteriores. Das 84 pacientes avaliadas, 31 (36,9%) tinham lesões intra-epiteliais de baixo grau (LIE-BG) e 53 (63,1%) tinham lesões intra-epiteliais de alto grau (LIE-AG) ao exame histológico. Para a análise estatística foi empregado o teste exato de Fisher. RESULTADOS: do total dos casos, 46 (54,7%) foram positivos para DNA de HPV pela sonda de amplo espectro. Na tipagem dos vírus, o HPV-16 foi mais freqüente nas LIE-AG, com 12 casos - 22,6% (p<0,05). As freqüências dos outros tipos de HPV não foram diferentes entre os casos com LIE-BG e LIE-AG. Na avaliação do estado físico do DNA de HPV, os percentuais de padrões epissomais (mais comum nas LIE-BG) e integrados não foram diferentes entre os dois grupos. Houve predomínio do tipo misto nas LIE-AG em relação às LIE-BG: 26,4% e 3,2%, respectivamente (p<0,01). O estado físico do DNA do HPV, integrado ao da célula hospedeira, foi mais freqüente nos casos mais graves. CONCLUSÕES: o HPV-16 foi o mais freqüente nas LIE-AG. As freqüências dos outros tipos de HPV não foram diferentes quando se compararam os casos com LIE-BG e LIE-AG. O estado físico do DNA do HPV, integrado ao da célula hospedeira, foi mais freqüente nos casos mais graves.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o comprimento do colo uterino, por meio da ultra-sonografia transvaginal, em gestantes com rotura prematura pré-termo de membranas. PACIENTES E MÉTODOS: o grupo de estudo (Ge) foi constituído por 26 grávidas entre a 24ª e a 36ª semana de gestação e o grupo controle (Gc) por 49 pacientes clinicamente normais, na mesma idade gestacional. As pacientes foram avaliadas entre a 24ª e 28ª, 28ª e 32ª, 32ª e 36ª semana de gestação, sendo subdivididas nos subgrupos Ge24-28, Ge28-32, Ge32-36 e Gc24-28, Gc28-32, Gc32-36, conforme pertencessem ao grupo de estudo e controle, respectivamente. O comprimento do colo uterino foi obtido por meio da ultra-sonografia transvaginal, em vista sagital, realizando-se a medida linear da distância entre os orifícios cervicais interno e externo. RESULTADOS: observamos diferenças significantes das medidas do comprimento do colo uterino entre Ge24-28 e Gc24-28, cujos valores foram 24,3 e 33,0 mm, respectivamente (p=0,04), como também entre Ge32-36 e Gc32-36, cujos valores foram, respectivamente, 20,1 e 28,0 mm (p=0,005). Os períodos de latência dos grupos Ge24-28, Ge28-32 e Ge32-36 foram, respectivamente, sete, cinco e três dias, apresentando correlação positiva com o comprimento do colo uterino (r=0,66) e negativa com a idade gestacional (r=-0,27). CONCLUSÃO: o comprimento do colo uterino variou de acordo com a idade gestacional em que a rotura prematura pré-termo das membranas foi detectada, sendo menor no grupo de estudo que no grupo controle entre a 24ª e a 28ª e entre a 32ª e a 36ª semana. Além disso, demonstrou-se que quanto menor o comprimento do colo, menor é o tempo de latência, e que houve diminuição no período de latência à medida que aumentou a idade gestacional em que se deu a rotura.