80 resultados para Planetas - Exploração
Resumo:
O pau-rosa (Aniba rosaeodora) é conhecido pela presença do álcool linalol, que fornece um odor forte e perfumado em todas as partes da planta. A sua exploração na Amazônia ao longo dos últimos anos, para utilização do linalol como fixador de perfumes, coloca o pau-rosa em risco de extinção, a sua frutificação irregular aumenta a dificuldade em se obter sementes para a produção de mudas e, além disso, parte de sua produção é perdida face ao ataque de pragas nas sementes. Em razão desses fatores o presente estudo teve como objetivo realizar a aplicação de inseticidas nas sementes e mudas em viveiro a fim de evitar ou minimizar o ataque de pragas, aumentando, assim, a produção de mudas. Utilizou-se um total de 300 sementes, distribuídas em 2 tratamentos e 1 testemunha. Cada tratamento (n = 100) foi constituído por 4 repetições (bandejas) com 25 sementes. O inseticida utilizado nos tratamentos foi acetamiprid e fipronil nas concentrações de 0,09 mg/planta e 0,18 mg/planta, respectivamente, para o tratamento 1 (T1) e o tratamento 2 (T2), distribuídos na forma de sachês. O T1 recebeu a aplicação de 1 sachê e o T2 a aplicação de dois sachês, enterrados com areia lavada nas sementeiras. Para avaliar os resultados foi feita uma análise de Variância (ANOVA), usando o programa Systat 9 e as médias comparadas pelo teste de Tukey em nível de 5%. As taxas de germinação foram: testemunha com 62%; T1 com 73% e T2 com 79%. Houve ataque de insetos em sementes apenas na testemunha com 23% do total (n = 100) e os resultados foram estatisticamente significativos (F = 31,263; p < 0,001). Houve diferenças significativas apenas entre a altura das plântulas nos tratamentos T1 e T2 e a testemunha (F = 15,090; p < 0,001). A principal praga identificada atacando as sementes foi Heilipus odoratus (Coleoptera: Curculionidae). Recomenda-se, portanto, a concentração de 0,09 mg de acetamiprid e fipronil distribuídos em sachês nas sementeiras e no transplantio para diminuir o ataque de pragas em sementes e mudas de pau-rosa em viveiros.
Resumo:
As comunidades tradicionais da várzea amazônica ocupam uma variedade de ambientes adaptadas às variações sazonais impostas pelo pulso de inundação, o que reflete no desenvolvimento de estratégias de uso e manejo dos recursos naturais. Neste trabalho foi avaliada a territorialidade dessas comunidades, observando a relação custo-beneficio da exploração pesqueira, madeireira e agrícola e sua relação com os conflitos sócioambientais oriundos da exploração de recursos naturais de uso comum em áreas de livre acesso. As entrevistas foram realizadas entre agosto de 2003 e novembro de 2004, atingindo 50% de cada comunidade estudada, na Costa do Canabuoca, município de Manacapuru. As variáveis utilizadas para avaliar a territorialidade foram: rendimento produtivo, econômico e distância percorrida para a exploração. Foram espacializados os ambientes usados para a exploração por meio do Sistema de Informação Geográfica (SIG). Os resultados indicam que a pesca é a atividade geradora de conflitos e territorialidade, produto da interação entre distribuição, disponibilidade, produtividade dos pesqueiros e organização político-institucional dos moradores, que se reflete na relação custo-beneficio.
Resumo:
Acidentes ofídicos foram registrados em dez comunidades ribeirinhas do baixo rio Purus através de entrevista às vítimas. Os ribeirinhos responderam perguntas sobre a percepção ambiental da ecologia das serpentes envolvidas nos acidentes. O tamanho das serpentes e a altura da mordida no corpo foram estimados com fita métrica. A correspondência entre os nomes locais e científicos das serpentes foi levantada utilizando descrições e imagens das espécies. Para outras 17 comunidades dados adicionais do número de famílias com vítimas de acidentes ofídicos foram avaliados através do diagnóstico sócio-ambiental da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus. Foram entrevistados 18 ribeirinhos e registrados 28 acidentes ofídicos em cinco comunidades. O número de vítimas por comunidade não teve relação com o tamanho da população. O número de famílias com vítimas foi maior em comunidades maiores (r²= 0,444; p= 0,003). Aproximadamente 88% das mordidas foram nos membros inferiores. Não houve relação do tamanho estimado da serpente com a altura da mordida. A maioria dos acidentes ocorreu de dia (82,14%) e no período de cheia (64,28%) na época de exploração da castanha-da-Amazônia e da madeira pelos ribeirinhos, atividades que despendem maior tempo na floresta. Um único caso de morte por acidente ofídico foi registrado. A serpente Bothrops atrox foi à espécie mais relacionada com acidentes na região. O reconhecimento das serpentes pelos ribeirinhos revelou várias sinonímias, com 20 nomes locais atribuídos a 33 espécies. Na percepção dos ribeirinhos as serpentes B. atrox e Lachesis muta foram às espécies mais temidas e diferem no comportamento de ataque.
Resumo:
Foram estudadas as mudanças na estrutura de 108ha de uma floresta primária submetida a duas intensidades de colheita de madeira, na Fazenda Rio Capim, pertencente à Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., no município de Paragominas, Pará. Os dados foram coletados, em dois períodos (2003, antes da exploração, e 2004, após a exploração) em 36 parcelas permanentes quadradas de 0,25ha, estabelecidas aleatoriamente na área, sendo12 em floresta não-explorada: Testemunha - T0; 12 em floresta explorada com colheita apenas do fuste comercial das árvores: Tratamento - T1; e 12 em floresta explorada com colheita do fuste e dos resíduos lenhosos: Tratamento - T2. Em 2003 foram registrados 4469 indivíduos com DAP > 10cm, nas 36 parcelas amostradas (9ha). Sete meses após a exploração (2004), foram observados na área 4531 indivíduos com DAP > 10cm, sendo 4330 vivos. Lecythis idatimon, Poecilanthe effusa, Rinorea flavescens, Eschweilera grandiflora, Eschweilera pedicellata, Inga sp., Protium spp., Vouacapoua americana, Guatteria poeppigiana e Eschweilera coriacea foram as dez espécies mais importantes, tanto antes como após a exploração. A estrutura da floresta, tanto no T1 como no T2, sofreu alterações significantes devido à exploração a que foi submetida. Entretanto, não foram verificadas diferenças significativas entre os três tratamentos, sugerindo que com a intensidade de exploração aplicada, mais a retirada adicional dos resíduos, a floresta manteve as características semelhantes à floresta original, apesar do menor estoque de árvores adultas de espécies comerciais. Recomendam-se estudos sobre a regeneração natural (DAP < 10cm), silvicultura pós-colheita e crescimento da floresta.
Resumo:
Analisou-se a sobrevivência de mudas plantadas em 400 clareiras causadas por exploração florestal de impacto reduzido, em floresta de terra firme na Amazônia Oriental. Foram plantadas 3.818 mudas de 17 espécies, das quais apenas Schizolobium amazonicum não ocorre na área de estudo. A distância entre as mudas plantadas foi de aproximadamente 5m. As avaliações ocorreram em 2005 e 2006. Com base na sobrevivência das mudas aos 11 meses após o plantio, as espécies indicadas para o enriquecimento de clareiras são: Schizolobium amazonicum, Cedrela odorata, Jacaranda copaia, Manilkara huberi, Astronium gracile, Pouteria bilocularis, Tabebuia impetiginosa,Pseudopiptadenia suaveolens, Cordia goeldiana, Parkia gigantocarpa, Simarouba amara, Sterculia pilosa, Laetia procera, Dinizia excelsa e Schefflera morototoni. Estudos sobre a taxa de crescimento, em períodos mais longos, são necessários para confirmar a utilização dessas espécies em plantios de enriquecimento de clareiras oriundas de exploração florestal, como alternativa para aumentar a produtividade e o valor econômico das florestas naturais manejadas na Amazônia brasileira.
Resumo:
A baixa tecnologia empregada no manejo do solo e utilização do fogo para o plantio de espécies ou cultivares florestais na Amazônia, tem sido apontada como a causa principal das áreas alteradas em sistemas florestais, resultando em erosão, poluição hídrica perda de nutrientes e da biodiversidade. Assim, pode-se hipotetizar que uma área alterada, seja em que ambiente ou tipo de exploração a que esteja submetida, estaria em fase de recuperação quando o teor de matéria orgânica no solo estiver aumentando. Tal condição pode ser medida, através de indicadores biológicos do solo: matéria orgânica e teores de nutrientes, e atividade da biomassa microbiana, e também influencia a qualidade e desenvolvimento (diâmetro e altura das árvores ou biomassa aérea) dos espécimes plantados. As áreas atualmente em recuperação ou recuperadas em suas propriedades edafológicas podem ser comparadas, em termos de bioindicadores, a solos enriquecidos com material orgânico proveniente de manejo pretérito, como em áreas de reflorestamento instaladas em áreas de "Terra Preta". Essa comparação, além de validar os indicadores de qualidade do solo, auxiliará estudos que contemplem a utilização racional, seja de florestas naturais ou florestas plantadas.
Resumo:
No Nordeste Paraense alguns agricultores familiares têm implantado pequenas áreas de pastagens e manejado pequenos rebanhos com o objetivo de aplicar eventuais ganhos obtidos com os cultivos, criando uma poupança a ser utilizada nas necessidades futuras da família ou da propriedade. Há indícios de problemas nas pastagens e no rebanho que limitam tanto a produção e a sustentabilidade da pecuária, como comprometem os cultivos agrícolas que realmente sustentam a propriedade. Este estudo tratou de identificar as principais limitações e propor alternativas de manejo que sejam econômica e ecologicamente mais sustentáveis. Na primeira fase do estudo, numa amostra ao acaso de 38 propriedades, descreveu-se o manejo da pastagem e do rebanho, e na segunda, numa amostra menor, de doze propriedades e por um período de 29 meses, avaliou-se o potencial desses dois componentes. As propriedades estudadas desenvolvem uma pecuária de baixa produtividade. Devido à baixa fertilidade do solo e o deficiente manejo, as pastagens não suprem os alimentos necessários ao rebanho, tanto em quantidade como em qualidade. Também foram identificadas deficiências no manejo do rebanho, próprias de sistemas extensivos. Contudo, as limitações podem ser solucionadas com práticas amplamente conhecidas de manejo da pastagem (como formação, manutenção e manejo) e do rebanho (reprodução, manejo de bezerros e sanidade em geral). Novos modelos de exploração também foram sugeridos.
Resumo:
Foi avaliado o crescimento diamétrico de uma população de Sterculia pruriens (Aublet) Schumann (axixá) após exploração florestal seletiva, na Estação Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, Moju, Pará, localizada entre as coordenadas geográficas 02º 07' 30" e 2º 12' 06" de Latitude Sul e 48º 46' 57" e 48º 48' 30" de Longitude Oeste. Em cada uma das nove clareiras selecionadas foram instaladas faixas de 10m x 50m, começando na bordadura da clareira para o interior da floresta, nas direções Norte, Sul, Este e Oeste. Cada faixa foi dividida em parcelas quadradas de 10m de lado, que foram numeradas de 1 a 5 da borda para o interior da floresta e constituem o nível II de abordagem. Foi analisado a distribuição diamétrica da espécie com amplitude de DAP e" 5cm em intervalos de 5cm de diâmetro, até o valor máximo de 66,8cm encontrado no início do monitoramento. Na área de estudo foi encontrado densidade elevada da espécie, logo após a exploração florestal e após três anos desta. Ao final do estudo, foi observado um acréscimo de 9,8% na densidade dos indivíduos acima de 5cm de diâmetro. O crescimento diamétrico da espécie em três anos de observação foi de 0,37cm. Embora baixo ele é crescente, justificado pela abertura do dossel. A análise da distribuição diamétrica mostra que a abertura do dossel foi benéfica para o incremento diamétrico da espécie, aumentando o número de indivíduos em cinco das oito classes de diâmetro analisadas, mantendo-se ainda como uma distribuição decrescente.
Resumo:
O crescimento demográfico da população de Manaus, principalmente a partir da metade do século XX, pressionou a ocupação de novos espaços com o uso, exploração, descaracterização, fragmentação e sub-fragmentação da paisagem e, em alguns casos, até a destruição da mesma. O envolvimento e a participação das comunidades do entorno das áreas protegidas, é fundamental em qualquer modelo ou plano de gestão. Com o objetivo de identificar e avaliar o grau de participação da população local no contexto da proteção dessas áreas, adotou-se procedimentos metodológicos exploratórios por intermédio de pesquisas qualitativa e quantitativa de abrangência sócio-natural. Em regiões próximas a cinco unidades de conservação situadas em locais estratégicos e de distintas categorias de manejo, a interpretação foi realizada utilizando as técnicas de percepção ambiental e a representação social. Dos resultados da pesquisa, pode-se inferir que os níveis de participação através das representações sociais, refletem os conflitos existentes entre o homem e a natureza, fortemente influenciados pelos níveis de escolaridade, faixa etária, estratificação social e percepção ambiental dos sujeitos da pesquisa sobre o meio em que compartilham suas diversas relações. Os cenários atuais, tendencial e normativo das paisagens naturais, modificadas ou mesmo organizadas da área de estudo, quando observados e analisados sob uma ótica investigativa, refletem essas diversas relações "in naturas" que vêm ocorrendo de forma dinâmica e com elevadíssimo grau de intensidade e rapidez, traduzida na violenta fragmentação dos ecossistemas naturais pela ação antrópica.
Resumo:
Nas últimas décadas tem surgido uma maior preocupação ambiental advinda das mudanças climáticas e dos desmatamentos contínuos das florestas tropicais. Para conciliar a exploração e a conservação das florestas surgiram alguns mecanismos, entre eles a certificação florestal. No Brasil, ela está presente há mais de uma década, através do FSC (Forest Stewardship Council), uma ONG (Organização Não-Governamental) que estabeleceu um padrão para a certificação do manejo florestal. Este padrão possui nove princípios e o primeiro deles trata da "Obediência às Leis e Princípios do FSC", exigindo o cumprimento e respeito de todas as leis aplicáveis ao país onde opera e obedecer a todos os seus Princípios e Critérios. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo verificar a influência da certificação florestal no cumprimento da legislação nas unidades de manejo de florestas nativas. Buscaram-se os dados nos relatórios públicos das unidades de manejo certificadas até 2007. A avaliação foi realizada por meio da identificação e análise das principais não-conformidades, com relação ao primeiro princípio. Verificou-se que os principais problemas estavam relacionados à legislação ambiental e trabalhista. As não-conformidades da legislação trabalhista foram em sua maioria referentes aos problemas com trabalhadores terceirizados e a legislação ambiental referentes às áreas de preservação permanente e falta de autorizações de órgãos ambientais. Caso sejam tomadas ações para resolvê-las, pode-se concluir que a certificação florestal pode contribuir para o atendimento da legislação nas unidades de manejo de florestas nativas.
Resumo:
A possibilidade do aproveitamento integral dos recursos pesqueiros tem produzido diversas pesquisas sobre os aspectos tecnológicos e nutricionais, objetivando estimular a exploração comercial de várias espécies, bem como oferecer suporte para a implantação de indústrias na região. O presente trabalho determinou o rendimento cárneo de dez espécies com maior volume de desembarque no estado do Amazonas, visando fornecer dados mais recentes para a indústria de beneficiamento de pescado. As espécies foram selecionadas segundo dados estatísticos do IBAMA e coletadas em dois períodos sazonais (cheia e seca), no município de Manacapuru-AM. No período da cheia, os percentuais médios de rendimento das espécies atingiram 69,4% de corpo limpo, 38,4% de filé com pele e 30,7% de filé sem pele, cortes preferenciais para comercialização. Na seca estes valores foram de 69%; 37,6%; 29,5%, respectivamente. As dez espécies de peixes amazônicos estudadas apresentaram bom rendimento cárneo, com potencial para uso em diversos procedimentos tecnológicos.
Resumo:
A intensa exploração econômica tem causado diminuição do estoque original das espécies madeireiras amazônicas, incluindo aquelas de alta durabilidade natural destinadas a usos em contato com o solo. A escassez dessas madeiras resulta na elevação do preço, inviabilizando economicamente seu uso, sendo uma alternativa a substituição por espécies plantadas de rápido crescimento tratadas com preservativos. Outra vantagem, além da econômica, de utilizar espécies plantadas em substituição às tradicionais é ambiental, pois reduzirá a pressão exploratória sobre aquelas. Este estudo teve por objetivo avaliar o grau de degradação biológica de madeira de eucalipto citriodora (Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson) tratado por processo a vácuo e pressão com arseniato de cobre cromatado (CCA) e exposta em ensaio de campo em Rio Branco-AC. O ensaio foi implantado em maio de 2005 com estacas tratadas ou não com CCA. As variáveis avaliadas foram: 1) degradação por fungos, 2) degradação por cupins, e 3) região ou parte da peça afetada. A partir da terceira avaliação (47 meses de ensaio), 100% dos corpos de prova não tratados foram classificados com o grau de degradação máximo e, ao contrário, 100% dos tratados com CCA, decorridos 60 meses de ensaio, foram classificados com o grau mínimo. As partes não tratadas com maior e menor grau de degradação foram, respectivamente, o topo inferior e a parte aérea acima de 10 cm do solo. A degradação provocada por fungos foi levemente inferior à dos cupins. O ensaio aponta para a viabilidade técnica do uso de madeira tratada de eucalipto em substituição às espécies tradicionais da Amazônia.
Resumo:
O desmatamento na Amazônia representa, atualmente, um dos principais problemas ambientais do Brasil. A contenção deste processo requer políticas públicas baseadas no entendimento das forças que controlam, aceleram e desaceleram a perda de floresta. Para avaliar ocorrências de desmatamento no sul do Estado de Roraima foram utilizados dois buffers de 20 km de largura subdivididos em oito faixas de 2500 metros ao longo das duas principais rodovias da região: BR-174 e BR-210 em um ambiente de Sistema de Informações Geográficas - SIG. O período analisado foi entre 2001 e 2007, sendo utilizados dados de desmatamento do PRODES e análises visuais em imagens TM Landsat 5. Também foram utilizados arquivos shapefile da malha viária e de Projetos de Assentamento (PAs) do Sul do Estado de Roraima, junto com observações de campo. Os resultados mostraram que os desmatamentos do período estão fortemente relacionados com a disponibilidade de estradas e com o número de famílias dentro dos PAs. O desmatamento foi maior na área da BR-210 pela presença na região de grandes proprietários e invasões de terras. O pólo madeireiro, situado à margem da BR-174, pode ter influenciado na formação de pequenas áreas de desmatamento na região de Rorainópolis. A exploração madeireira predatória e novas ocupações de terras estão acontecendo de forma rápida e desordenada. Este quadro indica forte potencial para a perda de floresta em Roraima caso o fluxo de migração para esta área aumentar, como seria esperado se Roraima for conectada ao "Arco do Desmatamento" pela reabertura da Rodovia BR-319, ligando Manaus a Porto Velho.
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OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi identificar, sob a ótica de usuários de crack, quais são as estratégias que eles utilizam para minimizar ou evitar os riscos decorrentes do consumo de crack. MÉTODO: Utilizou-se método qualitativo de pesquisa, desenvolvido mediante entrevistas semiestruturadas em profundidade. Foi entrevistada uma amostra intencional por critérios, composta por 30 usuários de crack, selecionados por meio de informantes-chave e distribuídos em oito diferentes cadeias. As entrevistas foram transcritas literalmente, inseridas e analisadas no software NVivo 8, com exploração dos dados mediante a técnica de análise de conteúdo. RESULTADOS: Os entrevistados acreditam que os maiores riscos decorrentes da dependência do crack sejam os relacionados aos efeitos psíquicos da droga, como fissura, sintomas paranoides transitórios e sintomas depressivos, assim como os decorrentes da ilegalidade dela, como a polícia e as questões referentes ao tráfico. Entretanto, os riscos de complicações físicas do consumo quase não foram apontados. As estratégias se concentraram no controle dos efeitos psíquicos, principalmente pelo consumo de álcool e maconha. Para lidar com as consequências da ilegalidade da droga, mostraram se preocupar com a postura que adotam perante o traficante e a polícia. CONCLUSÕES: As estratégias desenvolvidas pelos usuários focam na tentativa de se autoprotegerem principalmente dos episódios de violência e no alívio de sintomas desagradáveis causados pela droga - principalmente fissura e sintomas paranoides transitórios. Essas estratégias podem parecer efetivas a curto prazo, porém apresentaram riscos de longo prazo, tais como dependência de álcool e maconha.
Resumo:
Carne de galinhas leves, da raça Leghorn, foi utilizada, ao final da exploração comercial, para estudar o efeito da adição de sais (cloreto de sódio, isoladamente, ou em combinação com fosfatos alcalinos), em diferentes fases do processamento, sobre características organoléticas, físicas e químicas da carne. Soluções salinas foram injetadas nas carcaças imediatamente após a evisceração, seis horas após a mesma e depois de um período de congelação (-23°C) de cerca de um mês e meio. Feita a desossa, a carne recebeu, como ingrediente de cura, nitrito de sódio e, como flavorizante, uma solução aquosa de componentes da fumaça. Após trituração, a massa assim obtida foi submetida a processamento térmico até a temperatura interna de 80°C e, depois de resfriada, congelada a -23°C por cerca de dois meses. Em teste de preferência, realizado pelo método da escala hedônica, as amostras foram classificadas, em média, como agradáveis, para os fatores de qualidade considerados (cor, textura e «flavor»); houve exceção das amostras obtidas através da adição de cloreto de sódio, isoladamente, antes da congelação da carne crua, as quais foram consideradas desagradáveis em relação à cor e à textura. Os resultados sugerem que uma semi-conserva de boa aceitação em nosso meio pode ser obtida - através de processamento envolvendo desossa, trituração, cura, defumação e pasteurização - com a carne de poedeiras descartadas da produção por motivo de ordem econômica. Os resultados sugerem também a existência de um efeito positivo, sobre a liga, do pirofosfato de sódio, adicionado à carne (juntamente com cloreto de sódio) logo após o abate, em relação à adição feita seis horas «post mortem».