219 resultados para Macrófagos Teses
Resumo:
São descritas as alterações microscópicas presentes na forma localizada (ulcerada) da Leishmaniose cutânea produzida por Leishmania (Leishmania) amazonensis. Nesse tipo de manifestação, menos conhecido do que a forma anérgica ou difusa devida ao mesmo agente, as lesões são clinicamente idênticas à s de leishmaniose cutânea causada por espécies outras de Leishmania, pertencentes ao subgênero Viannia. Na infecção localizada por L. (L.) amazonensis, entretanto, há um aspecto peculiar, só recentemente conhecido, ou seja, cerca de 50% dos indivÃduos atingidos não reagem ao teste de Montenegro. A principal caracterÃstica histológica observada foi a acumulação na derme, quase sempre focal, de numerosos macrófagos contendo no citoplasma um grande vacúolo cheio de amastigotas. O quadro é semelhante ao da forma difusa, porém sem o aspecto histiocitomatóide, próprio da última. Afora esses grupos de macrófagos, vêem-se também, na forma localizada, muitas células mononucleares da inflamação, principalmente plasmócitos e macrófagos não parasitados. Os acúmulos de macrófagos com amastigotas, quando volumosos, podem sofrer necrose na parte central; os parasitos, contidos nas células, são destruÃdos com elas ou liberados, e sua eliminação através da úlcera deve contribuir para a cura do processo. Esse tipo de necrose nunca foi descrito em casos da forma difusa. Não houve grande diferença, no quadro histológico, entre pacientes Montenegro-negativos e positivos. Apenas em alguns casos, do grupo Montenegro-positivo, havia granulomas formados por histiócitos epitelióides sem parasitos. Quanto à persistência das células com parasitos nas lesões, observou-se que aos seis meses ou mais de evolução, em ambos os grupos, ainda estavam elas presentes. Tal achado não é comum na leishmaniose tegumentar por L. (V.) braziliensis.
Resumo:
De uma mortandade de garças de vida livre, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, foi isolada Salmonella typhimurium por hemocultura de material proveniente de uma ave que se mostrava enferma e que à necrópsia não apresentavam lesões a na tomopa tológicas. A Salmonella typhimurium foi também isolada de água de um lago existente no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, onde as aves tinham acesso permanente. Durante a mortandade das aves foi observada uma hepatite necrótica na qual havia colônias bacterianas, tesões atribuÃdas a esta salmonelose.
Resumo:
Um estudo histopatológico e ultraestrutural das lesões da leishmaniose cutânea causada pela Leishmania mexicana amazonensis em duas cepas isogênicas de camundongo, uma susceptÃvel (Balb/c) e outra resistente (A/J), demonstrou que os amastigotas ficavam bem preservados nos vacúolos parasitóforos dos macrófagos, igualmente em ambas as cepas. A reação de imunofluorescência revelou antigenos parasitários no interior e na membrana dos macrófagos de maneira idêntica para ambas as cepas. A diferença ocorria quando os macrófagos apareciam destruÃdos e as leishmanias ficavam livres ou fagocitadas por polimorfonucleares, neutrófilos e eosinófilos. Estes parasitos exibiam então graus variáveis de nÃtidas alterações degenerativas. No camundongo resistence, a necrose, de tipo caseoso ou fibrinóide, era mais disseminada e mais freqüente que no animal susceptÃvel. Os achados observados indicaram que as leishmanias não são destruÃdas no interior dos macrófagos e sim fora deles, especialmente quando fagocitadas por leucócitos polimorfonucleares. A necrose apareceu como o mecanismo mais saliente através do qual o hospedeiro elimina os parasitos das lesões, sendo a mesma um aspecto importante da reação de hipersensibilidade tardia que ocorre nos animais resistentes.
Resumo:
Observamos a cromatina deformas amastigotas de T. cruzi associada a cromossomos de macrófagos metafásicos obtidos em diversos perÃodos da infecção aguda. O estudo imunocitogenético demonstrou que o material genético inserido naqueles cromossomos era produto do T. cruzi. Pelo teste de hibridizaçâo in situ com sonda biotinilada de DNA de T. cruzi, foi confirmada a inserção de DNA do protozoário nos cromossomos murinos. A inserção seletiva de ³H-DNA do protozoário em alguns cromossomos sugere que podem ocorrer rearranjos transxenogénicos em infecções de mamÃferos pelo T. cruzi.
Resumo:
Em virtude da conveniência de tentar aprimorar o tratamento da toxoplasmose, de semelhanças taxonômicas e de informes contidos na literatura cientÃfica, foi considerado oportuno verificar se a artemisinina, medicamento eficiente no sentido de poder debelar a malária, é ativa na infecção experimental de camundongos pelo Toxoplasma gondii. Houve, então, administração de diferentes quantidades desse antiparasitário, inclusive após prévio contato in vitro com toxoplasmas e estimulação da produção de macrófagos, para observações diversificadas a propósito da intenção referida. Pelo menos de acordo com a metodologia usada, a artemisinina não se mostrou eficaz e sugestões para prosseguimento de avaliações acerca do assunto ficaram consignadas.
Resumo:
O sistema nervoso é freqüentemente comprometido em pacientes com a sÃndrome de imunodeficiência adquirida. As lesões observadas podem decorrer da ação direta do vÃrus da imunodeficiência humana (HIV), de agentes oportunistas, do aparecimento de neoplasias e de eventuais fatores inespecÃficos como alterações circulatórias, metabólicas ou degenerativas. Dentre as alterações diretamente relacionadas à ação do HIV estão a encefalite e a leucoencefalopatia do HIV, a poliodistrofia difusa e a mielopatia vacuolar. A patogenia destas lesões ainda não está plenamente elucidada, sendo que os macrófagos são as principais células infectadas pelo HIV, parecendo que os efeitos citotóxicos sobre as células do sistema nervoso sejam indiretos, talvez a partir de substâncias liberadas pelos macrófagos infectados. Dentre as infecções oportunistas, a mais freqüente é a toxoplasmose, seguida da criptococose e da infecção pelo citomegalovÃrus, com algumas diferenças nas séries dos vários paÃses. Vários outros agentes já foram observados no sistema nervoso de pacientes com AIDS. Dentre as neoplasias, o linfoma primário de células B é o mais freqüentemente encontrado. E comum o achado de mais de uma infecção ou a associação de infecções e neoplasia no sistema nervoso de pacientes com AIDS.
Resumo:
Em dois pacientes, com suspeita clÃnica de linfoma ou escrofuloderma - por apresentarem linfadenopatias cervicais importantes o estudo dos linfonodos removidos para exame histológico revelou um processo necrótico-granulomatoso e a presença de leishmanias (amastigotas) no interior de macrófagos. Lesões cutâneas ou em membranas mucosas, caracterÃsticas da leishmaniose tegumentar americana, não foram percebidas, embora um dos pacientes viesse posteriormente a desenvolvê-las, como provável efeito de tratamento para toxoplasmose. O achado fundamenta a suspeita de que os agentes da doença, após penetrarem no organismo do hospedeiro, podem alojar-se em órgãos do sistema monocÃtico-fagocitário, aà permanecendo durante muito tempo, talvez mesmo por toda a vida do indivÃduo infectado. Eventualmente, sob a ação de fatores diversos, capazes de afetar a resistência do hospedeiro, migrariam os parasitos para a pele ou as mucosas, determinando lesões secundárias ou de reativação.
Resumo:
Um caso de leishmaniose visceral em associação com a sÃndrome da imunodeficiência adquirida em paciente do sexo masculino, com 32 anos de idade é relatado, tendo a protozoonose sido responsável pelo óbito do paciente. À necropsia, a leishmaniose visceral manifestou-se de uma forma atÃpica, com intenso parasitismo visceral, comprometendo órgãos não comumente atingidos pela doença, tais como adrenais, rins, pulmão e cérebro. Os órgãos do sistema fagocÃtico mononuclear foram intensamente afetados e macrófagos parasitados foram observados na luz de pequenos vasos em vários tecidos. Foi realizado estudo imuno- histoquÃmico de amostras tissulares de baço, linfonodo e cérebro, comprovando-se a presença de material antigênico relacionado com a leishmânia.
Resumo:
A análise histopatológica e imunohistoquÃmica de 25 biópsias cutâneas e da mucosa oral de portadores da associação AIDS e histoplasmose mostrou o seguinte: 1) em 18 casos as lesões cutâneas eram múltiplas e se apresentavam sob a forma de pápulas (eritematosas, violáceas ou acastanhadas), úlceras, vesÃculo-pústulas e eram distribuÃdas por todo tegumento cutâneo; Em sete casos as lesões se localizavam na mucosa da lÃngua, palato, úvula e eram do tipo ulcerado ou moruliforme; 2) histologicamente as lesões apresentavam quatro aspectos distintos: macrofágico difuso; granulomatoso; vasculÃtico com leucocitoclasia; e com escassa reação inflamatória; 3) a tipagem dos linfócitos T e B e dos macrófagos através dos anticorpos monoclonais mostrou que a resposta imunológica ao Histoplasma capsulatum é predominantemente do tipo celular nos quatro tipos histológicos; 4) o teste imunohistoquÃmico para o fungo nas lesões confirmou o diagnóstico morfológico de H. capsulatum.
Resumo:
O Clostridium difficile tem sido apontado como um importante agente causador de doenças diarreicas associadas ao uso de antimicrobianos. Contudo, em razão da sua complexidade a fisiopatologia dessas doenças ainda se encontra apenas parcialmente esclarecida, muito embora, uma série de trabalhos cientÃficos demonstrem a importância das toxinas A e B na patogênese da diarréia inflamatória induzida por esse microrganismo. Os mecanismos inflamatórios envolvidos nas atividades biológicas dessas toxinas são bastante complexos. Existem alguns estudos relatando que a toxina B é desprovida de efeitos enterotóxicos, in vivo. No entanto, essa toxina provoca, de forma dose-dependente, alterações eletrofisiológicas e morfológicas na mucosa colônica humana, in vitro. Ademais, a toxina B estimula a sÃntese de potentes mediadores inflamatórios, por monócitos e macrófagos. Os efeitos provocados pela toxina A sobre a mucosa intestinal são bastante evidentes e caracterizam-se por uma intensa secreção de fluidos e por um grande acúmulo de células inflamatórias, do tipo macrófagos, mastócitos, linfócitos e neutrófilos, com a conseqüente liberação de seus mediadores, tais como prostaglandinas, leucotrienos, fator de agregação plaquetária, óxido nÃtrico e citocinas.
Resumo:
Neste trabalho, quantificamos fatores de crescimento em fragmentos de miocárdio de 19 cardiopatas chagásicos crônicos com insuficiência cardÃaca congestiva, através da técnica da imunoperoxidase. Pesquisamos: antÃgenos de T. cruzi , fatores de crescimento (GM-CSF, TGF-beta1, PDGF-A e PDGF-B) e células inflamatórias (CD4+, CD8+, CD20+ e CD68+). A razão média CD4+/CD8+ foi 0,6 ± 0,3. O número médio de macrófagos (CD68+) foi 5,9±3,1; de células intersticiais PDGF-A+ foi 7,5 ± 4,3; PDGF-B+ 2,9 ± 2,7, TGF-beta1+ 2,2 ± 1,9 e GM-CSF+ 2,3 ± 1,9. A marcação para PDGF-A foi geralmente intensa, ocorrendo também em endotélio, células musculares lisas e sarcolema; não houve correlação dessa positividade com a quantidade de células intersticiais positivas para os mesmos fatores. TGF-beta1 ocorreu em baixa expressão em 100% dos casos. Em conclusão, PDGF-A e B são, provavelmente, os fatores de crescimento mais relacionados à s lesões proliferativas na cardiopatia chagásica crônica e, conseqüentemente, à fibrose. GM-CSF e TGF-beta1 estão pouco expressos. Não houve correlação estatisticamente significante entre os fatores de crescimento e a quantidade de parasita.
Resumo:
A Casearia sylvestris (Flacourtiaceae) é uma planta popularmente conhecida como "guaçatonga" e é usada por povos indÃgenas da América do sul (Brasil, Peru e Bolivia) no tratamento de muitas doenças, incluindo câncer. Estudos citotóxicos mostraram que esta planta apresenta um possÃvel e interessante potencial antitumoral devido à presença de moléculas chamadas casearinas. Além disso, a composição do óleo essencial mostrou uma alta concentração de sesquiterpenos de alto potencial citotóxico. Neste trabalho, nós verificamos que o óleo essencial da C. sylvestris apresentou uma boa citotoxicidade seletiva contra as linhagens de células tumorais HeLa, A-549 and HT-29 (CD50 63,3, 60,7 e 90,6 µg.ml-1, respectivamente) quando comparada à s células não-tumorais Vero (CD50 210,1 µg.ml-1) e macrófagos de camundongos (CD50 234,0 µg.ml-1). Além disso, o óleo causou hemólise em sete diferentes tipos de eritrócitos, indicando que a C. sylvestris precisa ser usada com cuidado. Também foram testados padrões de β-cariofileno e α-humuleno que mostraram citotoxicidade similar à quelas apresentadas pelo óleo, indicando que estes compostos podem ser os responsáveis pelos efeitos tóxicos que foram observados neste estudo.
Resumo:
FUNDAMENTO: Um estudo avaliou a relação entre defesas de tese e publicações no âmbito de toda a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Questiona-se a existência de diferenças entre diferentes áreas do conhecimento e no domÃnio do tempo. OBJETIVO: Caracterizar as publicações relacionadas à s teses defendidas na pós-graduação do Instituto do Coração (InCor) da FMUSP. MÉTODOS: Realizou-se um levantamento retrospectivo junto à pós-graduação de cardiologia da FMUSP, no perÃodo de 1994 a 2004. Inicialmente foram coletados dados de alunos que defenderam teses nesse perÃodo, de seus orientadores e das próprias teses. A seguir, cruzando informações da Medline® e Web of Science®, localizaram-se publicações desses autores e dados referentes à s respectivas publicações. RESULTADOS: Nesse perÃodo, foram defendidas 268 teses, que resultaram em 195 publicações, no perÃodo de até dez anos após a defesa. As publicações ocorreram com mediana de um ano e nove meses após a sua defesa, com fator impacto mediano de 2,1 e uma mediana de 4 citações por trabalho. Não houve correlação com significância estatÃstica em nenhum dos dados estudados. CONCLUSÃO: Uma porcentagem importante das teses é publicada. A publicação tem ocorrido de maneira cada vez mais precoce após a defesa. Esse fato pode estar relacionado ao sucesso das polÃticas das comissões de pós-graduação e à importância com que esse tema já é debatido atualmente, contribuindo para a melhoria da qualidade da pós-graduação.
Resumo:
FUNDAMENTO: A pós-graduação stricto sensu no Brasil foi implementada em 1965 para aumentar a qualidade de ensino nas Universidades e preparar pesquisadores completos e independentes. A participação brasileira nas publicações ISI tem aumentado desde então de forma significante, mas pouca informação está disponÃvel sobre a qualidade dos pós-graduados. OBJETIVO: Revisar 29 anos de programa de pós-graduação em cardiologia na Universidade Federal de São Paulo e analisar as caracterÃsticas dos alunos de mestrado e doutorado em relação à origem, publicações e carreira subsequente. MÉTODOS: Desenvolvemos um questionário para avaliar 168 alunos de pós-graduação que produziram 196 teses (116 de mestrado e 80 de doutorado), no perÃodo de 1975-2004 e entramos em contato com 95,9% deles. As informações sobre as publicações foram obtidas através dos bancos de dados cientÃficos usuais. RESULTADOS: 30% dos alunos de pós-graduação eram das regiões Norte-Nordeste-Centro-Oeste e apenas 50% deles retornou à sua região de origem. A idade média quando da admissão na pós-graduação foi de 32,5 anos e 34,9 anos para mestrandos e doutorandos, respectivamente; a duração média dos programas de pós-graduação foi respectivamente de 39,0 e 43,2 meses e aproximadamente 50% dos alunos fez o curso de pós-graduação sem qualquer bolsa de estudo. A publicação das teses durante esses 29 anos apresentou uma média de 36,5% para mestrado e 61,9% para doutorado, mas quaisquer publicações posteriores foram da ordem de 70,2% e 90,6%, respectivamente. O fator de impacto médio da tese publicada foi de 1,3 para mestrado e 3,1 para doutorado, com 65,5% e 87,5% de Qualis A, respectivamente. Atualmente, há ex-alunos de pós-graduação originários de nossa instituição em 17 estados da federação e 12 deles tornaram-se professores titulares. CONCLUSÃO: Embora o programa stricto sensu, especialmente no mestrado, ainda apresente muitas áreas que necessitam de melhoras, ele parece estar contribuindo para melhorar a qualidade profissional e das publicações brasileiras indexadas.
Resumo:
O processo de angiogênese envolve uma sequência complexa de estÃmulos e respostas integradas, como estimulação das células endoteliais (CE) para sua proliferação e migração, estimulação da matriz extracelular, para atração de pericitos e macrófagos, estimulação das células musculares lisas, para sua proliferação e migração, e formação de novas estruturas vasculares. Angiogênese é principalmente uma resposta adaptativa à hipóxia tecidual e depende do acúmulo do fator de crescimento induzido pela hipóxia (FIH-1 α) na zona do miocárdio isquêmico, que serve para aumentar a transcrição do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e seus receptores VEGF-R, pelas CE em sofrimento isquêmico. Esses passos envolvem mecanismos enzimáticos e proteases ativadoras do plasminogênio, metaloproteinases (MMP) da matriz extracelular (MEC) e cinases que provocam a degradação molecular proteolÃtica da MEC, bem como pela ativação e a liberação de fatores de crescimento, tais como: fator básico de crescimento dos fibroblastos (FCFb), VEGF e fator de crescimento insulÃnico-1 (FCI-1). Posteriormente, vem a fase intermediária de estabilização do novo broto neovascular imaturo e a fase final de maturação vascular da angiogênese fisiológica. Como conclusões generalizáveis, é possÃvel afirmar que a angiogênese coronária em adultos é, fundamentalmente, uma resposta parácrina da rede capilar preexistente em condições fisiopatológicas de isquemia e inflamação.