68 resultados para MESTRADO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
Resumo:
JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A dor sempre foi uma das maiores preocupações do homem, entretanto, apesar dos progressos da ciência, ainda existem várias barreiras ao seu adequado tratamento, incluindo a falta de conhecimento por parte da equipe médica, sobre o mecanismo das diversas drogas e técnicas empregadas. O objetivo deste trabalho é abordar as principais drogas e técnicas empregadas no controle da dor pós-operatória, visando estimular o interesse sobre o assunto bem como aumentar a eficácia do tratamento dado aos pacientes. CONTEÚDO: Está ressaltada neste artigo, a importância da adequada analgesia pós-operatória, considerando as principais drogas e técnicas utilizadas no controle da dor, seus mecanismos de ação, posologias, vias de administração e efeitos colaterais, bem como a importância da integração de toda a equipe envolvida nos cuidados do paciente para o sucesso do tratamento. O tratamento inadequado da dor no pós-operatório não se justifica, pois há um arsenal considerável de drogas e técnicas analgésicas. O que se faz necessário, portanto, é que toda equipe, anestesistas, cirurgiões, e enfermeiros tenham conhecimento e estejam integrados na utilização deste arsenal.
Resumo:
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar os resultados clÃnicos iniciais após a implementação do projeto Acerto Pós-operatório (ACERTO) em pacientes operados num serviço universitário de cirurgia geral. MÉTODO: 161 pacientes foram prospectivamente observados durante dois perÃodos: o primeiro, entre janeiro a junho de 2005 (n=77) formado por pacientes submetidos a condutas convencionais (perÃodo PRÉ-ACERTO) e o segundo, entre agosto a dezembro de 2005 (n=84), formado por pacientes submetidos a um novo protocolo de condutas peri-operatório estabelecidas pelo projeto ACERTO (perÃodo PÓS-ACERTO). A coleta de dados nos dois perÃodos ocorreu sem o conhecimento dos profissionais do serviço. As variáveis observadas foram: indicação de suporte nutricional pré-operatório, tempo de jejum pré e pós operatório, volume de hidratação, uso de sondas e drenos, tempo de internação e morbidade pós-operatória. RESULTADOS: Na fase pós-ACERTO, o percentual de pacientes desnutridos que receberam suporte nutricional foi trêsês vezes maior (78,6%; 11/14 vs. 23,5%; 4/17; p <0.01). Houve uma diminuição no tempo de jejum pré (16 [8-27] vs 5 [2-20] horas, p<0,01) e pós-operatório (3 [1-15] vs 1 [1-6] dias, p<0,01) e na hidratação venosa (8 [1-63,5] vs 4 [0,5-63] litros, p<0,001) na segunda fase do estudo. O conjunto de mudanças determinou uma redução de dois dias no tempo de internação (5 [2-46] vs 3 [1-64] dias, p<0,05) e de 60% na morbidade pós-operatória (18,2%;14/77 vs 7,1%;6/84, p=0,03; RR=2,55, IC95%1,03-6,29, p<0,05). CONCLUSÕES: A adoção das medidas multidisciplinares peri-operatórias como as do projeto ACERTO é factÃvel dentro da nossa realidade e pode, melhorar a morbidade e diminuir o tempo de internação em cirurgia geral.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os resultados da introdução de novas medidas visando acelerar a recuperação pós-operatória de pacientes submetidos à cirurgia abdominal eletiva. MÉTODOS: Foram observados e entrevistados 162 pacientes e entrevistados durante dois perÃodos distintos: o primeiro, entre outubro a dezembro de 2009 (n=81) formado por pacientes submetidos à condutas convencionais de acompanhamento peri-operatório (perÃodo pré-intervenção) e o segundo, entre março a maio de 2010 (n=81), formado por um novo grupo de pacientes submetidos, então, ao novo protocolo de condutas de acompanhamento peri-operatório. A coleta de dados nos dois perÃodos ocorreu sem o conhecimento dos profissionais do serviço. As variáveis observadas foram: indicação de suporte nutricional pré-operatório; tempo de jejum pré e pós-operatório; volume de hidratação; uso de sondas e drenos; tempo de internação e morbidade pós-operatória. RESULTADOS: Na comparação entre os dois perÃodos, observou-se no perÃodo pós-intervenção uma diminuição de 2,5 horas no tempo de jejum pré-operatório (p=0,0002). Em relação à reintrodução da dieta por via oral houve diferença entre os dois perÃodos (p=0,0007). Considerando os pacientes que não apresentaram complicações no pós-operatório houve diminuição significativa no tempo de internação (p=0,001325). Houve uma redução de aproximadamente 50% no uso de antibiótico no perÃodo pós-intervenção (p=0,00001). CONCLUSÃO: A adoção de medidas multidisciplinares peri-operatórias é exequÃvel dentro da nossa realidade e embora não tenha havido alterações com significância estatÃstica no presente estudo, pode melhorar a morbidade e diminuir tempo de internação em cirurgia geral de modo significante.
Resumo:
OBJETIVOS: avaliar os aspectos epidemiológicos e os relacionados ao parto de gestantes e puérperas transferidas para unidades de terapia intensiva (UTI's) e a freqüência com que estas pacientes necessitam de cuidados intensivos. MÉTODOS: estudo observacional e descritivo das transferências obstétricas para UTI's, entre janeiro de 1999 e dezembro de 2001. A análise incluiu as seguintes variáveis: idade materna, paridade, indicações obstétricas e não-obstétricas para as transferências, momento em que estas ocorrem no ciclo gravÃdico-puerperal, tipo de parto, desfecho materno e freqüência com que estas transferências ocorrem em relação ao número total de partos (razão de morte iminente - RMI). A análise estatÃstica foi realizada pelo teste do chi2 ou teste exato de Fisher, com nÃvel de significância fixado em 5%. RESULTADOS: no perÃodo de 36 meses, ocorreram 86 transferências maternas (em 4.560 partos). Entre as pacientes transferidas, 52,3% (n=45) eram nulÃparas e 63 (73,2%) tinham idade entre 19 e 35 anos. As sÃndromes hipertensivas representaram 57,7% (n=41) das indicações e as sÃndromes hemorrágicas, 19,7% (n=14). Eclâmpsia (n=23), sÃndrome HELLP (n=13) e descolamento prematuro da placenta normalmente inserida (n=5) foram as causas obstétricas mais prevalentes na determinação destas transferências. As cardiopatias maternas somaram 4 casos entre as indicações não-obstétricas. Houve predomÃnio das transferências puerperais (82,35%). Cinqüenta e cinco pacientes (72,3%) tiveram seus partos realizados através de cesarianas. O tempo médio de internação nas UTI's foi 5,1 dias. A mortalidade materna encontrada neste estudo correspondeu a 24,2%, sendo que as sÃndromes hipertensivas foram responsáveis por 52,9% (9/17) das mortes obstétricas diretas. Não houve diferença significante (p=0,81) entre os decessos maternos e suas causas (sÃndromes hipertensivas, hemorrágicas, infecciosas ou outras) ou entre mortalidade materna e duração da internação (< ou >48 horas) nas UTI's (p=0,08). A RMI encontrada foi de 18,8/1.000 partos. CONCLUSÕES: a necessidade de cuidados intensivos estimada pela RMI foi de 18,8/1.000 partos, sendo que as sÃndromes hipertensivas induzidas pela gestação foram responsáveis pela maioria das indicações para as transferências maternas.
Resumo:
Resumo Introdução: A urolitÃase pediátrica tornou-se mais prevalente nas últimas décadas, com altas taxas de recorrência e considerável morbidade. A maioria das crianças com urolitÃase idiopática tem uma anormalidade metabólica subjacente e a investigação adequada permite intervenções terapêuticas para reduzir a formação de novos cálculos e suas complicações. Objetivos: Identificar caracterÃsticas demográficas e clÃnicas da urolitÃase pediátrica, a etiologia, condutas terapêuticas, recidiva da doença e evolução dos pacientes em um hospital infantil de cuidados terciários. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo com pacientes pediátricos internados no Hospital Infantil Joana de Gusmão, Florianópolis, SC, Brasil, com diagnóstico de urolitÃase, no perÃodo de janeiro 2002 a dezembro de 2012. Dados foram obtidos dos prontuários e foram incluÃdos aqueles com diagnóstico confirmado por exame de imagem e urina 24h ou amostra única urinária. Resultados: Foram avaliados 106 pacientes (65%M) pediátricos. Idade média ao diagnóstico 8,0 ± 4,2 e 85% tinham história familiar positiva para urolitÃase. Dor abdominal, cólica nefrética clássica e infecção urinária foram as principais manifestações. 93,2% tinham alteração metabólica, sendo a hipercalciúria a mais comum. Tratamento farmacológico foi instituÃdo em 78% dos casos. Utilizou-se citrato de potássio e hidroclorotiazida. Tratamento cirúrgico foi realizado em 38% dos pacientes. Houve resposta ao tratamento em 39% deles, com recidiva da urolitÃase em 34,2%. Apenas 4,7% dos pacientes continuaram acompanhamento, 6,6% foram encaminhados para outros serviços, 8,5% receberam alta e 73,8% perderam acompanhamento. Conclusão: A urolitÃase pediátrica merece avaliação metabólica detalhada após sua apresentação inicial para tratamento, acompanhamento e prevenção da formação lÃtica e de suas complicações.