268 resultados para Idosos Recreação
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a associao entre sexo e grupo etrio com variveis socioeconmicas e de sade dos idosos. MTODOS: Estudo transversal realizado no Distrito Noroeste de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 2004. Foram estudados indivduos acima de 60 anos (N=292), selecionados por amostra probabilstica em dois estgios. Os dados de variveis socioeconmicas e demogrficas foram coletados por inqurito domiciliar. As condies de sade foram auto-referidas. Foram realizadas anlises descritivas, de qui-quadrado de Pearson e tendncia linear. RESULTADOS: Entre os idosos, 67,8% eram do sexo feminino, 84% encontravam-se na faixa dos 60 aos 79 anos, 81% consideravam-se saudveis. Em comparao com os homens, as mulheres moravam mais sozinhas (p=0,046), sem companheiro (p<0,001), tinham menor escolaridade (p=0,021); relatavam mais problemas de sade (p=0,003) e uso de medicao sistemtica (p=0,016); realizavam menos atividades fsicas (p=0,015) e eram mais dependentes nas atividades de vida diria (p<0,001), recebiam menos aposentadoria (p<0,001), exerciam menos atividades remuneradas (p=0,002), mas se percebiam mais apoiadas pela rede social informal (p=0,023), consumiam menos bebidas alcolicas (p=0,003) e no eram fumantes (p<0,001). Os mais idosos tinham menor escolaridade (p<0,001), piores condies econmicas (p=0,004), recebiam menos aposentadoria (p<0,001), no tinham companheiro (p<0,001), eram mais dependentes nas atividades de vida diria (p<0,001), mas se percebiam mais apoiados pela rede social informal (p=0,014) e no eram fumantes (p<0,001). CONCLUSES: Foram evidenciadas diferenas quanto a gnero e grupo etrio para variveis socioeconmicas e de sade, sendo piores para as mulheres e para os idosos mais velhos.
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OBJETIVO: Estimar a cobertura e determinar os fatores associados vacinao contra a gripe em idosos residentes na comunidade. MTODOS: O estudo foi conduzido na regio metropolitana de Belo Horizonte em amostra probabilstica de 1.786 residentes com>60 anos de idade. A varivel dependente foi o relato de vacinao contra a gripe nos 12 meses precedentes. As variveis independentes incluram caractersticas sociodemogrficas, estilos de vida relacionados sade; condies de sade auto-referidas e uso de servios de sade. RESULTADOS: A cobertura da vacinao foi de 66,3%. As variveis que apresentaram associaes positivas e independentes com a vacinao foram faixa etria (70-79 e>80 anos; razes de prevalncia ajustadas [RP] =1,20 e 1,18, respectivamente), exerccios fsicos 6-7 dias por semana nos ltimos 90 dias (RP=1,16); ter tido a presso arterial aferida nos ltimos dois anos (RP=2,37) e ter consultado um mdico no ltimo ano (1 e >2 consultas; RP=1,28 e 1,32, respectivamente). Associao negativa foi encontrada para ser solteiro (RP=0,82). CONCLUSES: Os resultados mostraram que a cobertura da vacinao na populao estudada estava prxima meta de 70% estabelecida pelo Ministrio da Sade. Os fatores associados vacinao apresentaram estrutura multidimensional, que incluiu caractersticas demogrficas, hbitos saudveis e uso de servios de sade.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre nvel de atividade fsica e o estado de sade mental de pessoas idosas. MTODOS: Inqurito de base populacional com amostragem probabilstica, incluindo 875 idosos da cidade de Florianpolis, Santa Catarina, em 2002. Foram aplicados os questionrios: Internacional de Atividades Fsicas e Brazil Old Age Schedule. Os problemas de sade mental avaliados foram depresso e demncia, alm da prtica de atividade fsica total (lazer, ocupao, deslocamentos e servios domsticos). Aps anlises descritivas e bivariadas, realizou-se anlise ajustada por meio de regresso logstica, com ajuste para os fatores de atividade fsica total, atividade de lazer, escores de depresso e demncia. RESULTADOS: Verificou-se associao estatisticamente significativa e inversa de demncia e depresso com atividade fsica total e atividade fsica no lazer. A odds ratio ajustada para demncia entre os sujeitos sedentrios para atividade fsica total comparada dos ativos foi de 2,74 (IC 95%: 1,85; 4,08), enquanto o respectivo valor para depresso foi de 2,38 (IC 95%: 1,70; 3,33). CONCLUSES: Os resultados reforam a importncia de estilo de vida ativo para preveno de problemas de sade mental de idosos. Infere-se que a atividade fsica tem conseguido reduzir e/ou atrasar os riscos de demncia, embora no se possa afirmar que a atividade fsica evita a demncia.
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OBJETIVO: Avaliar a confiabilidade do Instrumento para Classificao de Idosos quanto Capacidade para o Autocuidado, desenvolvido para auxiliar o terapeuta ocupacional na ateno a idosos em unidades bsicas de sade. MTODOS: Foram realizados testes de estabilidade e consistncia interna. Para validao do Instrumento, os testes foram aplicados amostra de 30 indivduos com 60 anos ou mais, em dois momentos. A anlise estatstica foi realizada a partir de agrupamentos criteriosos de respostas, o que levou formulao de uma verso simplificada do Instrumento. A estabilidade desta verso foi avaliada pelo coeficiente kappa e a consistncia interna pelo coeficiente alpha de Cronbach. RESULTADOS: A estabilidade variou de moderada a excelente. A consistncia interna foi verificada somente para reas que se mostraram adequadas para o uso da metodologia baseada no clculo do alpha de Cronbach: trs das seis questes da rea "perfil social" e os blocos das atividades bsicas e instrumentais de vida diria da rea "capacidade funcional", respectivamente com nove e oito atividades. CONCLUSES: Aps os testes de estabilidade e consistncia interna, o Instrumento possibilita classificao sucinta e simplificada de idosos quanto capacidade funcional para atividades bsicas e instrumentais e sua caracterizao quanto aos demais aspectos do autocuidado. Evidncias acerca de sua confiabilidade e validade podem ser ampliadas por meio de novos estudos.
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OBJETIVO: Analisar fatores associados autopercepo da necessidade de tratamento odontolgico entre idosos. MTODOS: Foram pesquisados 5.326 indivduos includos em amostra dos idosos (65-74 anos) brasileiros do inqurito domiciliar de sade bucal realizado em 2002/2003 pelo Ministrio da Sade. A anlise foi baseada no modelo de Gift, Atchison & Drury e foi utilizada a regresso de Poisson para anlise de inquritos com amostras complexas. RESULTADOS: Do total da amostra, 2.928 (55%) idosos relataram necessitar tratamento odontolgico. A autopercepo dessa necessidade foi menor entre aqueles com 70 anos ou mais (RP=0,94; IC 95%: 0,89;0,99), que no receberam informaes sobre como evitar problemas bucais (RP=0,89; IC 95%: 0,83;0,95) e que eram edentados (RP=0,68; IC 95%: 0,62;0,74). Foi maior entre aqueles que autoperceberam: sade bucal regular (RP=1,31; IC 95%: 1,21;1,41) ou ruim/pssima (RP=1,29; IC 95%: 1,19;1,41); aparncia como regular (RP=1,23; IC 95%: 1,15;1,32) ou ruim/pssima (RP=1,28; IC 95%:1,18;1,39); mastigao como regular (RP=1,08; IC 95%: 1,01;1,15) ou ruim pssima (RP=1,13; IC 95%:1,05;1,21); os que relataram dor nos dentes ou gengivas nos seis meses anteriores ao inqurito (RP=1,27; IC 95%: 1,18;1,36); os que necessitavam de prtese em uma arcada (RP=1,29; IC 95%: 1,19-1,39) ou em ambas (RP=1,27; IC 95%: 1,16;1,40). CONCLUSES: Informao, condies de sade bucal e questes subjetivas estiveram associadas autopercepo da necessidade de tratamento odontolgico. Os resultados reforam a necessidade de capacitar os indivduos para realizarem o auto-exame bucal e identificar precocemente os sinais e sintomas no dolorosos das leses da mucosa, da crie e da doena periodontal.
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OBJETIVO: Analisar aspectos da cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica na sade suplementar e a caracterizao sociodemogrfica desses beneficirios. MTODOS: Estudo descritivo da populao idosa do Brasil e dos estados de So Paulo e Rio de Janeiro, no ano de 2006. Foram utilizados dados do Sistema de Informaes sobre Beneficirios da Agncia Nacional de Sade Suplementar e dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios. A anlise foi conduzida considerando-se as variveis: sexo, idade, distribuio por unidade federada, modalidade da operadora, tipo de contratao e segmentao do plano. RESULTADOS: As maiores coberturas na populao geral foram observadas nas faixas etrias de 70 a 79 anos (26,7%) e 80 anos e mais (30,2%). Entre as mulheres na faixa de 80 anos e mais, 33% possuam plano privado de assistncia mdica, e entre os homens, esse percentual foi de 25,9%. Cerca de 80% dos beneficirios de planos de sade encontravam-se nas regies Sudeste e Sul, dos quais 55% no eixo Rio-So Paulo. As cooperativas mdicas tiveram maior cobertura nas faixas mais jovens do que entre os idosos (39% e 34,5% respectivamente) e os planos de autogesto tiveram participao mais significativa na cobertura de idosos no Pas (22,8% e 13,8%, respectivamente). CONCLUSES: A cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica foi significativa e as faixas etrias iniciadas em 70 anos representaram o percentual de cobertura mais elevado entre a populao brasileira, especialmente entre as mulheres.
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OBJETIVO: Caracterizar o uso de medicamentos por aposentados e pensionistas idosos, com nfase nas diferenas entre gneros. MTODOS: Inqurito domiciliar conduzido com amostra aleatria simples de 667 indivduos com 60 anos ou mais, residentes em Belo Horizonte, MG, em 2003. Os idosos foram entrevistados por farmacuticos, utilizando questionrio padronizado. Foram estimadas a prevalncia de uso e a mdia de medicamentos usados nos ltimos 15 dias anteriores entrevista, as quais foram estratificadas de acordo com o gnero segundo variveis sociodemogrficas e de sade. RESULTADOS: A prevalncia de uso de medicamentos foi de 90,1%, significativamente maior entre as mulheres (93,4%) do que entre os homens (84,3%). Mulheres utilizaram em mdia 4,6±3,2 produtos e homens 3,3±2,6 (p<0,001). Os princpios ativos mais usados pelos idosos pertenciam aos sistemas cardiovascular, nervoso, e do trato alimentar e metabolismo. O consumo foi superior entre as mulheres nesses trs grupos, assim como as mdias de uso de medicamentos segundo variveis sociodemogrficas e de sade selecionadas. CONCLUSES: O estudo identificou uso mais intenso de medicamentos pelas mulheres, fato que as torna mais vulnerveis aos prejuzos de polifarmcia, como risco de interaes e uso inadequado.
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OBJETIVO: Analisar os fatores relacionados determinao e s desigualdades no acesso e uso dos servios de sade por idosos. MTODOS: Estudo integrante do Projeto Sade, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), no qual foram entrevistados 2.143 indivduos com 60 anos ou mais no municpio de So Paulo, SP, em 2000. A amostra foi obtida em dois estgios, utilizando-se setores censitrios com reposio, probabilidade proporcional populao e complementao da amostra de pessoas de 75 anos. Foi mensurado o uso de servios hospitalares e ambulatoriais nos quatro meses anteriores entrevista, relacionando-os com fatores de capacidade, necessidade e predisposio (renda total, escolaridade, seguro sade, morbidade referida, auto-percepo, sexo e idade). O mtodo estatstico utilizado foi regresso logstica multivariada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 4,7% referiram ter utilizado a internao hospitalar e 64,4% o atendimento ambulatorial. Dos atendimentos ambulatoriais em servio pblico, 24,7% ocorreram em hospital e 24,1% em servio ambulatorial; dentre os que ocorreram em servios privados, 14,5% foram em hospital e 33,7% em clnicas. Pela anlise multivariada, observou-se associao entre a utilizao de servios e sexo, presena de doenas, auto-percepo de sade, interao da renda e escolaridade e posse de seguro sade. A anlise isolada com escolaridade apresentou efeito inverso. CONCLUSES: Foram observadas desigualdades no uso e acesso aos servios de sade e inadequao do modelo de ateno, indicando necessidade de polticas pblicas que levem em conta as especificidades dessa populao, facilitem o acesso e possam reduzir essas desigualdades.
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OBJETIVO: Poucos estudos no Brasil investigaram a validao de testes cognitivos em amostras populacionais de idosos e nenhum deles analisou as propriedades psicomtricas do Teste do Relgio de Tuokko. O objetivo do estudo foi traduzir e adaptar o modelo desse teste ao contexto brasileiro e avaliar sua validade de construto. MTODOS: Estudo transversal com uma amostra populacional constituda por 353 sujeitos de Juiz de Fora (MG), 2004-2005. Para avaliar as validades convergente e discriminante, utilizou-se a correlao de Pearson. Os subtestes do Teste do Relgio foram correlacionados com os instrumentos de referncia: cubos e dgitos, e mini-exame do estado mental para avaliar a validade convergente. A validade discriminante foi investigada por meio da correlao dos subtestes com a Center for Epidemiologic Studies Depression Scale. RESULTADOS: Da amostra, 74,1% eram do sexo feminino, com idade entre 63 e 107 anos (73,8+8,5) e mdia de escolaridade foi 7,4 anos (DP=4,7). Obteve-se validade convergente, com correlaes estatisticamente significativas entre todos os subtestes (p<0,01). Quanto validade discriminante, o nico subteste que teve correlao significativa com a escala de referncia foi o "indicao das horas" (p<0,05). CONCLUSES: O Teste de Relgio traduzido e adaptado em uma amostra comunitria de idosos mostrou ser um instrumento de rastreio cognitivo breve, com boa validade de construto quando analisado com outros dados da literatura. Futuros trabalhos devem investigar outras propriedades psicomtricas, como as validades de critrio e de contedo.
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OBJETIVO: O aumento da expectativa de vida nos pases em desenvolvimento tem provocado preocupao com a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos, principalmente a ocorrncia de quedas. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi descrever a prevalncia de quedas em idosos que vivem em asilos e fatores associados. MTODOS: Estudo de delineamento transversal na cidade de Rio Grande (RS), em 2007. Participaram 180 indivduos idosos (65 anos ou mais) residentes em asilos para acolhimento. Em entrevista, os idosos responderam a questes de instrumento pr-testado sobre a ocorrncia de quedas. Alm de anlise bivariada (Wald), foi realizada anlise por regresso de Poisson com clculo de razes de prevalncia e intervalos de confiana de 95%, ajustada para as variveis de confuso. RESULTADOS: A prevalncia de quedas entre os idosos asilados estudados foi de 38,3%. As quedas foram mais comuns no ambiente do asilo (62,3%), sendo o quarto o ambiente onde ocorreu o maior nmero de quedas (23%). Na anlise ajustada, as quedas se mantiveram associadas com cor da pele branca, com os idosos separados e divorciados, com depresso, e maior quantidade referida de medicamentos para uso contnuo. CONCLUSES: O estudo mostra que a prevalncia de quedas entre idosos asilados alta. Embora alguns dos possveis fatores associados sejam passveis de preveno, ainda ocorrem quedas em locais que deveriam ser considerados seguros, como o quarto do idoso.
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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de servios de sade entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de sade em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Sade da Famlia. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de sade. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos servios foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de sade com Programa Sade da Famlia. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Sade da Famlia promover maior uso de servios das unidades bsicas de sade pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e os fatores associados incapacidade funcional para atividades bsicas e instrumentais da vida diria em idosos. MTODOS: Estudo transversal com 598 indivduos com idade igual ou superior a 60 anos, selecionados em amostragem por conglomerado em dois estgios na cidade de Pelotas, RS, entre 2007 e 2008. Para a avaliao das atividades bsicas e instrumentais foram empregados o ndice de Katz e a Escala de Lawton, respectivamente. Definiu-se como incapacidade funcional para cada domnio a necessidade de ajuda parcial ou total para a realizao de, no mnimo, uma atividade da vida diria. Empregou-se a regresso de Poisson com varincia robusta nas anlises bruta e ajustada levando-se em considerao a amostragem por conglomerados. RESULTADOS: A prevalncia de incapacidade para as atividades bsicas foi de 26,8% (IC 95%: 23,0; 30,8) e a menor proporo de independncia foi para controlar funes de urinar e/ou evacuar. Para as atividades instrumentais, a prevalncia de incapacidade funcional foi de 28,8% (IC 95%: 24,5; 33,1), sobretudo para realizar deslocamentos utilizando algum meio de transporte. Elevado percentual de idosos (21,7%) apresentou mais de uma atividade com incapacidade nas atividades instrumentais; j nas atividades bsicas, a maior parte apresentou dependncia para apenas uma atividade (16,6%). Na anlise ajustada, a incapacidade para as atividades bsicas associou-se com cor da pele parda/preta/outras (p=0,01) e com o aumento da idade (p<0,001). J a incapacidade para as atividades instrumentais associou-se apenas com o aumento da idade (p<0,001). CONCLUSES: A associao entre incapacidade funcional em atividades bsicas e instrumentais com o aumento da idade um importante indicador para que os servios de sade planejem aes visando prevenir ou postergar a incapacidade funcional, garantindo independncia e maior qualidade de vida ao idoso.
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OBJETIVO: Estimar os fatores socioeconmicos e sociodemogrficos associados ao consumo dirio de cinco pores de frutas e hortalias por idosos residentes em reas de baixa renda, identificando as principais frutas e hortalias que compem a dieta desta populao. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com 2.066 idosos (>60 anos) de baixa renda residentes na cidade de So Paulo, SP, em 2003-2005. Para a avaliao do consumo de frutas e hortalias foi aplicado questionrio de freqncia alimentar. As respostas foram transformadas em consumo dirio e comparadas s recomendaes da Organizao Mundial da Sade (consumo de cinco ou mais pores dirias). A relao entre consumo recomendado de frutas e hortalias e variveis socioeconmicas foi avaliada mediante modelos de regresso logstica. RESULTADOS: Dos participantes, 60,5% eram mulheres e 39,5% homens. Cerca de um tero dos idosos (n=723; 35,0%) no consumia diariamente nenhum tipo de fruta ou hortalia e 19,8% relataram consumo dirio de cinco ou mais pores de frutas e hortalias. Este consumo esteve positivamente associado renda e escolaridade. CONCLUSES: O consumo de frutas e hortalias de idosos de baixa renda do municpio de So Paulo mostrou-se insuficiente em relao s recomendaes da Organizao Mundial da Sade e est associado a condies socioeconmicas desfavorveis.
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OBJETIVO: Analisar a associao da prtica de atividades fsicas no lazer com a percepo do ambiente por idosos. MTODOS: Estudo transversal realizado com 385 idosos com 60 anos ou mais residentes do distrito de Ermelino Matarazzo no municpio de So Paulo, SP, em 2007. Para a avaliao das atividades fsicas no lazer foi utilizado o Questionrio Internacional de Atividades Fsicas verso longa, acrescida de questes especficas para o estudo. A avaliao do ambiente foi realizada por meio de escala de percepo adaptada do instrumento Neighborhood Environmental Walkability Scale. Para a anlise estatstica, modelos de anlise de regresso logstica mltipla foram estratificados segundo sexo, controlados por escolaridade. Para a classificao de ativo no lazer, foi utilizado o ponto de corte de 150 min semanais de atividade fsica. RESULTADOS: A proporo de idosos fisicamente ativos no lazer foi de 15,2% (19,1% e 12,5%, para homens e mulheres, respectivamente). A presena de quadras (OR=2,95), agncias bancrias (OR=3,82) e postos de sade (OR=3,60), boa percepo de segurana durante o dia (OR=4,21) e receber convite de amigos para fazer atividade fsica (OR=3,13) tiveram associao com a prtica de atividade fsica no lazer nos homens. Presena de igrejas ou templos religiosos (OR=5,73), academias (OR=2,49) e praas (OR=3,63) tiveram associao com a prtica de atividade fsica no lazer em mulheres. CONCLUSES: Programas de promoo de atividades fsicas para a populao idosa devem considerar as variveis relacionadas s estruturas pblicas e privadas (academias, praas, quadras, postos de sade e bancos), locais que congregam reunies sociais (igrejas), ao suporte social (ser convidado por amigos para praticar atividade fsica) e percepo de segurana.
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OBJETIVO: Estimar as prevalncias de comportamentos prejudiciais sade e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertenso auto-referida e comparando-as com de no-hipertensos. MTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domiclios com pelo menos uma linha telefnica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitncia de trs ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalncias de atividades fsicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortalias inferior a cinco pores dirias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adio de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de lcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalncias foram semelhantes s observadas entre no hipertensos (p >0,05), exceto tabagismo. A prevalncia do tabagismo foi menor entre hipertensos (razo de prevalncia ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalncias de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais sade entre idosos persistem aps o diagnstico da hipertenso arterial.