195 resultados para Gato - Raças
Resumo:
Os autores realizaram uma pesquisa afim de verificar o conceito de que a couve-flor exerce um papel deprimente sobre a postura das galinhas. Para isso organizaram 20 grupos de 10 aves cada, onze dos quais da raça Rhode Island Red e 9 da Light Sussex. Desses grupos, 7 ocupavam parques gramados e os restantes parques sem grama. As aves permaneceram por 10 dias sob o regime verde de couve-flor. Houve dificuldade na análise dos resultados devido a diferenças genéticas entre as duas raças utilizadas. Das conclusões parciais constantes do texto deste trabalho, parece que a couve-flor exerce um efeito deprimente sôbre a postura, mas essa crença não chega a ser confirmada clarament na análise estatística dos dados obtidos. A conclusão final a que os AA. chegaram é que, se existe um efeito nocivo do suprimento de couve-flor, nas aves em postura, êsse efeito não chegaria a ser economicamente prejudicial, em vista do fato da couve-flor, sob a forma de folhas externas, refugo. só ser fornecida às aves, esporadicamente, durante períodos relativamente curtos, que correspondem aos da colheita das "cabeças" para serem entregues ao mercado, e, como demonstra a experiência, o suprimento por poucos dias não chega a prejudicar notavelmente a postura.
Resumo:
Este trabalho foi feito afim de determinar uma hipotética correlação existente entre a forma do ôvo e o sexo do pinto. Dois métodos foram utilizados. No primeiro considerou-se apenas a "ponta" do ôvo, dividindo-se um lote de 1100 ovos em dois grupos, um considerado ponteagudo e outro arredondado. Os resultados totais mostraram a nenhuma influência da forma da ponta na determinação do sexo, isto é, a falta de correlação era completa. No segundo método, determinou-se a média da relação entre a largura e o comprimento do ôvo, e adotou-se essa medida como linha divisória de dois grupos : um de ovos grossos com 223 ovos e outro de ovos finos, com 183 ovos. A relação sexual foi respectivamente de 38.60 e 37.07 o que mostra a falta de correlação. Os dez ovos mais compridos e os dez mais redondos, incubados separadamente, confirmaram os resultados anteriores. A determinação do sexo dos pintos foi feita pelo método de JAAP, aperfeiçoado nesta Seção. O Autor conclui, que na população estudada, da raça Rhode I. Red, não existe absolutamente a menor correlação entre a forma do ôvo e o sexo do pinto que êle possa determinar. Acredita que essas conclusões possam se aplicar a todas as variedades industriais, mas acha possível, que em raças muito antigas não provenientes de cruzamentos, talvez nalguma raça de briga, tal correlação possa existir.
Resumo:
A Murcha de Fusarium em tomateiro não está sendo eficientemente controlada no Estado de São Paulo, devido a falta de variedades resistentes, adequadas ao mercado. Como na produção destas, variedades resistentes é necessário um estudo sôbre a variabilidade do fango quanto a raças fisiológicas os autores pesquisaram 48 linhagens de Fusarium coletados em todo o Estado de São Paulo e através de testes em variedades diferenciais Bonny Best., Santa Cruz (Kobayashi) e S-34 em condições de casa de vegetação com contrôle parcial de temperatura e inoculaçôes artificiais. Concluiram que das 48 linhagens estudadas uma desta apresentava reação de raça 2 as demais 47 a da raça 1 sendo possível reparar as linhagens pelo gráu de patogenicidade.
Resumo:
Os autôres, trabalhando em condições de casa de vegetação com contrôle parcial de temperatura do ar e fazendo inoculações artificiais, testaram as reações de 9 variedades, e de 10 progênies de tomateiro e da espécie L. pimpinellifolium (P.I. 126915-1-8) quanto à resistência a um isolamento de Fusarium do Estado de São Paulo. Os resultados, permitiram chegar às seguintes conclusões: 1) as variedades comerciais com resistência às, raças 1 e 2 são suscetíveis ao fungo em estudo. 2) a espécie L pimpinellifolium (P.I. 126915-1-8) possui resistência à nova raça. 3) O isolamento em estudo pode ser considerado raça 3 de Fusarium oxysporum f. lycopersici (Wr) Sny & Hans.
Resumo:
O presente trabalho trata do estudo da variabilidade do fungo, Stemphylium solani Weber, agente causal da Mancha Foliar do tomateiro (Lycopersicum esculentun Mill.), "Mancha de Estemfilium" que está se tornando cada vez mais importante em tôda área, onde se cultiva o tomateiro. Os autores isolaram 33 culturas de S. solani, de 12 municípios do Estado de São Paulo e estudaram suas capacidades de esporulação em meio de cultura. O modo de esporulação dos isolamentos variou bastante e reisolamentos e repicagens sucessivas mostraram que todos os isolamentos mantiveramas características culturais originais. Dois isolamentos (T-347 e T-419) comportaram-se de maneira bastante diferente dos demais isolamentos. Assim, êstes esporulavam espontânea e abundantemente em quaisquer meios, e nos testes de patogenicidade em tomateiro da variedade Santa Cruz, mostraram possuir elevada patogenicidade, que também confirmada estatìsticamente. Com base na capacidade de esporular em meios de cultura, patogenicidade em tomateiro suscetível e estabilidade das características culturais, os autores propuseram a classificação de S. solani, em 3 raças fisiológicas e discutem sua importância na interpretação de dados divergentes da literatura. Além disso, chamam a atenção para as culturas patogênicas capazes de esporular espontâneamente no meio de batata-dextroseagar e suas aplicações nos trabalhos de melhoramento do tomateiro.
Resumo:
No presente trabalho, que o autor considera exploratório, foram estudadas as invertases presentes em folhas de cafeeiros das variedades Geisha (SH1 SH5) e Kent (SH2 SH5), inoculados com as raças III (n1 n5) e XXIV (n2 n4) de Hemileia vastatrix. Devido ao genótipo do material utilizado as reações são opostas, ou seja, o cafeeiro Kent é resistente à raça III e suscetível à raça XXIV e o Geisha o contrário. Em cada par de folhas, uma foi inoculada e outra mantida como controle e a determinação das invertases foi feita aos 6 e 16 dias após a inoculação. Os resultados preliminares obtidos mostraram que, independente da variedade de cafeeiro ou da raça de Hemileia vastatrix, nas combinações suscetíveis não houve alteração das invertases presentes, iguais às de plantas sadias, com o máximo de atividade em pH 4,5. Já nas combinações resistentes no 6.º dia após a inoculação houve o aparecimento de uma "invertase ácida pH 4,0", ausente tanto nas plantas sadias como nas combinações suscetíveis das mesmas variedades. O aparecimento da "invertase ácida pH 4,0" está relacionado com a diminuição do teor de sacarose nas folhas. Quanto ao significado desta "invertase ácida pH 4,0" na patogenese da ferrugem do cafeeiro, o autor aventa 3 hipóteses que poderiam ocorrer isolada ou simultaneamente. 1. A sacarose seria desviada para a formação de defesa, tais como fenóis, fitoalexinas e outras. 2. A sacarose seria desviada para outras partes da planta, num processo fisiológico semelhante ao das folhas em senectude. 3. Haveria um aumento da respiração e metabolismo dos tecidos doentes, com o implícito consumo da energia armazenada.
Resumo:
No presente trabalho foi determinada a variabilidade de X. malvacearum, em condições de casa de vegetação, baseando-se na reação dos hospedeiros diferenciais para raças fisiológicas do patógeno. A técnica de inoculação empregada foi a de riscos feitos na página inferior das folhas e para avaliação dos sintomas foi adotada uma escala que variou de 1 a 5. Foi detectada a ocorrência das raças fisiológicas 3, 8 e 10. A linhagem do algodoeiro IAC RM3-4133 71/523 foi resistente à raça fisiológica 3, enquanto que as linhagens (Acala x Nu.16) 71/213 e IAC 12-2 71/170 foram resistentes às raças 3, 8 e 10.
Resumo:
Os autores procuraram, face às evidências acumuladas, determinar: 1) a que raça fisiológica pertence o isolado T-18-1, descrito como raça 3 de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici; 2) qual o tipo de resistência que apresenta a linhagem CAST-M-Wd, usada como diferencial na determinação da raça 3. Para alcançar os objetivos almejados, instalaram-se 2 ensaios em casa de vegetação com controle parcial de temperatura. No ensaio I estudou-se a reação de 27 progênies de Cast-M-Wd ao isolado T-18-1, usando-se como diferenciais, a variedade Walter e a linhagem S-34, que possuem resistência monogênica às raças 1 e 2 e à raça 1, respectivamente. No ensaio II comparou-se a patogenicidade entre o isolado T-18-1 e a raça 2 do patógeno. Neste ensaio foram incluídas 6 progênies de CAST-M-Wd, considerando-se o comportamento destas no ensaio I. Usou-se, também, como diferenciais, a variedade Walter e a linhagem S-34. Os resultados obtidos permitiram tirar as seguintes conclusões: 1) o isolado T-18-1 pertence à raça 2 de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici; 2) a linhagem de tomateiro CAST-M-Wd, usada como diferencial na determinação da raça 3 do patógeno, não possui resistência monogênica e sim, resistência poligênica à raça 2; 3) o gene, 1-2 encontrado na variedade Walter, mostra-se eficiente no controle da raça 2 (isolado T-18-1) assinalada no Brasil.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi observar o comportamento imunológico de potros recém-nascidos das raças Mangalarga e Anglo-Árabe no que se refere ao processo de aquisição de anticorpos maternos e sua correlação com os níveis de imunoglobulina do colostro. Foram utilizados 7 potros Anglo-Árabe e 6 potros Mangalarga para amostragem de sangue imediatamente após o nascimento (antes de qualquer ingestão de colostro), 24 e 48 horas, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 60 e 70 dias após o nascimento, e suas respectivas mães cujo colostro foi amostrado imediatamente após a parição, antes da primeira mamada. A quantificação das imunoglobulinas séricas foi efetuada pelo método do ZST (Zinc Sulfate Turbidity) e para a análise dos resultados foram testados modelos matemáticos que estudam o processo em questão. Para a raça Mangalarga o modelo matemático foi: y = 23,9274 - 0,39766x + 6,4675 10-3 x², com r = 0,91 e P < 0,01 e para a raça Anglo Árabe foi y = 34,161 - 0,756062x + 0,015604x² - 1,013 10-3 x³, com r = 0,96 e P < 0,05. A concentração de IgG do colostro foi estimada com base na concentração de proteína total avaliada pelo método Micro-Kjeldhal. Este estudo permitiu concluir: (1) a presença de maior quantidade de IgG (imunoglobulina G) passiva no sangue dos potros, retardou o estabelecimento dos níveis normais de Ig (imunoglobulina G + M+A+E); (2) animais que adquiriram menor quantidade de IgG passiva apresentaram resposta mais intensa de produção endógena de Ig; (3) a concentração estimada de IgG no colostro apresentou correlação positiva com a concentração sérica dos potros no pico da absorção.
Resumo:
La regulación de ríos y arroyos mediante diques modifica parámetros que influyen directamente sobre la biota. En la cuenca endorreica Achiras-del Gato ha finalizado recientemente la construcción de una presa de mediana envergadura que alterará las características limnológicas del sistema y la estructura de las comunidades bentónicas. Este estudio aporta los primeros registros del macrobentos de este sistema lótico y analiza la variación espacio-temporal de la estructura de la comunidad en tramos pedemontanos del arroyo Achiras. Durante un año, antes de la construcción de la presa, se colectaron muestras de zoobentos y se registraron variables abióticas en correderas y rabiones de dos sitios del arroyo, uno situado río arriba del área del dique y otro aguas abajo de la misma. Para cada sitio, hábitat y estación del año se determinó abundancia, frecuencia, riqueza taxonómica, Índice de Shannon y equidad, y se analizaron mediante ANOVA de una y tres vías. Los atributos de las comunidades de referencia se complementaron con la determinación de taxa exclusivos e indicadores y detectores ecológicos. En el primer sitio se registraron 73 taxa, Simulium fue más abundante y Leptohyphes eximius Eaton, 1882, más frecuente. En el segundo se hallaron 75 taxa, Caenis fue más abundante y Cricotopus sp. 3 más frecuente. La abundancia y la riqueza fueron significativamente mayores en primavera, y la diversidad en rabiones de invierno. Se determinó que los atributos de la comunidad estuvieron afectados por la época de muestreo. El arroyo Achiras posee un régimen hídrico freático-pluvial, con caudales bajos en invierno y altos en verano, por lo que se esperan cambios en la biota nativa y la integridad del sistema en respuesta a la reducción de la variabilidad hidráulica cuando el funcionamiento de la presa altere el caudal natural.
Resumo:
1- No interior do nucleo de cellulas hepaticas de Macacus rhesus e M. cynomolgus (figs. 13-34) inoculado com o virus da febre amarella e de cellulas hepaticas de doentes de febre amarella (figs. 61-65 e 68-69) ocorre o processo regressivo referido na literatura sob o nome de «degeneração oxychromatica». Tal processo apresenta grande intensidade nos macacos, sendo, porém, assaz escasso no material humano colhido em autopsias. Esta alteração está intimamente associada ao effeito nocivo causado pelo proprio virus da febre amarella, sendo, neste sentido, a unica alteração verdadeiramente especifica na febre amarella. Não foram encontradas alterações do cytoplasma nem granulos intracellulares que tivessem relação com o virus da febre amarella. Assim sendo, a febre amarella pertencerá ao grupo de doenças de virus filtraveis produzindo alterações cellulares caracteristicas ou corpusculos especificos, exclusivamente limitados ao nucleo. Deve ser incluida, portanto no grupo karyo-oikon da classificação de Lipschütz, juntamente com herpes, varicella, virus III do coelho, «submaxillary disease», etc. Como acontece em geral, nas doenças de virus filtraveis, formando inclusões intracellulares, observa-se na febre amarella que a inclusão celular especifica predomina ou existe exclusivamente em determinada especie cellular. Até agora, no nosso material só conseguimos evidenciar a degeneração oxychromatica da febre amarella na cellula hepatica. Quando existe, porém, a sua abundancia é notavel, não raro attingido a quasi totalidade das cellulas hepaticas nos cortes histologicos examinados. Esse facto não poude ser observado nos casos humanos que examinamos,provavelmente em virtude de condições proprias do virus no homem e da phase da molestia na qual foi retirado o material para estudo. Nas cellulas da camada cortical das suprarenaes de M. rhesus infectados encontramos aspectos nucleares suggestivos de degeneração oxychromatica (figs. 37 e 40); são escassos e de caracterisação duvidosa em virtude da concomitancia de alterações necrobíoticas não específicas. 2- Durante a epidemia de febre amarella em 1928 no Rio de Janeiro, notamos differenças assaz pronunciadas entre as lesões hepaticas no homem e no M. rhesus. Taes differenças, existindo em material assaz homogeneo quanto ás amostras de virus em questão, nos levam a concluir que a capacidade de formar corpusculos intranucleares especificos, como tambem a já conhecida permanencia do virus no sangue e nos tecidos, depende, de modo evidente, da especie animal usada e não da propria amostra empregada, nem do numero de passagens que ella soffreu no macaco. Embora os doentes pertencessem a raças differentes (quadro VIII) e embora, possivelmente diversas amostras de virus tenham sido nelles inoculadas, estamos autorisados a concluir que a amostra ou amostras que infectaram o homem na epidemia de 1928, no Rio de janeiro, possuem nelle uma fraca capacidade de determinar inclusões intranucleares. Ao contrario, a mesma amostra ou amostras são capazes de produzir no M. rhesus, logo na primeira passagem, inclusões intranucleares assaz abundantes. Outra diferença que notamos e attribuimos a especie animal empregada foi; as alterações hepaticas de natureza toxica e circulatoria (congestão, necrose e necrobiose da cellula hepatica) são nitidamente mais intensas no homem que nos macacos injectados com as amostras brasileiras do virus da febre amarella isoladas durante a epidemia de 1928 no Rio de Janeiro. Conseguimos, no homem, evidencia de inclusões typicas na cellula hepatica, apenas em tres casos dentre dezesete examinados. Esse resultado, provavelmente, ainda não é definitivo, indicando, apenas a raridade extrema que os corpusculos podem apresentar nos casos de febre amarella que ordinariamente chegam á autopsia. Tambem não realisamos uma pesquiza exhaustiva dos corpusculos em outros orgãos além do figado. O caso no qual encontramos em maior abundancia os corpusculos intranucleares, offerecia duas circumstancias que isoladamente, e, com maior razão, associadas, não são habituaes em material de autopsia de febre amarella, a saber: trata-se de uma creança fallecida cerca de 40 horas após o inicio da molestia e a autopsia foi iniciada 30 minutos após o obito. Notamos que, quando em uma preparação é encontrada uma cellula hepatica com inclusão, o exame não tarda em demonstrar, em campos microscopicos visinhos, uma ou outra cellula tambem com inclusão, ao passo que em pontos mais distantes nenhuma cellula é encontrada apresentando inclusões. Esses «fócos» de cellulas com inclusões nem sempre são faceis de encontrar, o que está de accôrdo com as differenças topographicas de outras lesões hepaticas, referidas por Oskar Klotz (1928) e Hudson (1928). 3- A degeneração oxychromatica é um processo regressivo nuclear, no qual tomam parte predominante elementos presentes no nucleo normal de cellulas tratadas pelos fixadores habituaes. São elles: a oxychromatina, o reticulo de linina e as particulas de basichromatina neste ultimo incrustadas; de mistura e associadas á oxychromatina existem provavelmente outras albuminas nucleares acidophilas oriundas do nucleoplasma em condições pathologicas do nucleo. Apenas esses elementos se apresentam alterados, quer quantitativamente, quer em seu aspecto e disposição reciproca, quer em suas affinidades tinctoriaes. O facto importante a reter é que taes modificações regressivas interessam, no inicio, unicamente determinadas partes componentes do nucleo com exclusão de outras e reproduzem nas cellulas hepaticas de animaes infectados, de maneira constante e regular, aspectos nucleares absolutamente typicos e especificos da infecção pelo virus amarillico. 4- O corpusculo intranuclear da febre amarella, em phases typicas (figs. 69 e 71) mostra-se constituido por uma «substancia fundamental» e por um «stroma». A substancia fundamental é uma albumina nuclear basica, em parte formada pela oxychromatina ou lanthanina, em parte por outras nucleoproteinas...
Resumo:
1) Em trabalho sistematizado, foi estudada pela primeira vez a epidemiologia da doença de Chagas, em um trecho da região do estuário do Amazonas, cujas condições ecológicas diferem das encontradas em outras zonas onde teem sido feitas pesquisas semelhantes. 2) No local escolhido para estudo Aura uma localidade distante cerca de 10 km. de Belém, (Pará), não foi encontrada nenhuma infecção humana pelo S. cruzi, quer pelo exame de sangue, quer pelo xenodiagnóstico, ambos feitos em todos os habitantes (117 indivíduos). Não foi encontrada também sintomatologia atribuível à doença. 3) Em 6 xenodiagnósticos feitos em animais domésticos (5 cães e 1 gato), foi encontrado um cão infectado. Este animal pertencia á casa onde foi verificada maior infestação por Triatomídeos, com índice de infecção elevado. Pelas razões expostas no texto, porem, foi sugerida a hipótese do mesmo se ter infectado pela ingestão de vísceras de animais silvestres contaminados. 4) De 115 animais silvestres, cujo sangue foi examinado em gota espessa, 9 mostraram-se parasitados por Schizotrypanum (7,8%). Em 47 verificações pelo xenodiagnóstico, 15 animais silvestres (11 mucuras, 3 tamanduás e 1 tatú) se apresentaram positivos (32,6%) . O tamanduá (T. tetradactylus) foi pela primeira vez assinalado como depositário natural do Schizotrypanum. 5) Como resultado de buscas feitas durante 11 meses, sendo cada domicílio inspecionado pelo menos de 15 em 15 dias, foram encontrados Triatomídeos em 7 das 36 casas existentes no povoado. Todos os 39 exemplares capturados eram adultos; a procura exaustiva não revelou a existência de formas jovens no interior das habitações. Na ordem de freqüência, as espécies encontradas foram as seguintes: P. geniculatus (29 exemplares, dos quais 7 infectados); R. pictipes ( 9 exemplares, dos quais 2 infectados); E. mucronatus ( 1 exemplar, não infectado) . A grande maioria dos insetos foi capturada na segunda metade do ano (época do estío). 6) Em plena mata, numa toca de tamanduá (T. tetradactylus) foram encontradas larvas, ninfas e adultos de P. geniculatus. A casa situada mais próximo desse foco, foi a que apresentou maior infestação (22 exemplares) e exclusiva para essa espécie. Em uma toca de macaco da noite (P. flavus), foi encontrada uma larva de Triatomídeo. Este foco também ficava próximo à casa acima referida. Em toca de P. flavus foi também achado um exemplar adulto de Panstrongylus refotuberculatus. 7) Amostras de S. cruzi isoladas de animais silvestres, mostraram fraco poder infectante. A amostra isolada do cão, embora infectando facilmente os animais de laboratório, pelos estudos biométricos feito por DIAS e FREITAS, afasta-se das amostras humanas típicas. 8) São discutidos os resultados acima referidos e, pelos hábitos dos transmissores, pela predominância de depositários silvestres do parasito, conclue-se pela natureza silvestre da Tripanosomiase Americana no local estudado. Se bem que não tenham sido verificadas infecções humanas, dado o encontro de um cão parasitado infecção esta que se pode ter verificado pelo meio normal da transmissão da moléstia admite-se a possibilidade do aparecimento de casos humanos nessa região. Ressalta-se a confirmação que tais resultados parecem trazer á hipótese de CARLOS CHAGAS, que pensava ser esta doença primitivamente silvestre, com posterior adaptação aos animais domésticos e ao homem.
Resumo:
São relatados estudos epidemiológicos feitos em um foco potencial de Tripanosomiase americana no bairro Santa Teresa na Cidade do Rio de Janeiro. Enquanto a pesquisa intensiva de Triatomideos em 40 "cafuas" existentes em áreas silvestres do local foi negativa, 11 exemplares (seis fêmeas e cinco machos) de Panstrongylus mzgistus (Burmeister, 1835) foram capturados em um grande edifício do local, estando nove infectados pelo Trypanosoma (S.) cruzi. Positivamente, tais insetos aí vieram ter atraídos pela grande iluminação dêsse edifício, seus focos de criação encontrando-se na mata. Não foi possível demonstrar de modo indiscutível tais criadouros em cuidadosas pesquisas feitas durante 10 meses. Todavia, em ninho de gambá (Didelphis marsupialis) foi achado uma casca de ovo de Triatomídeo, o qual pode ser atribuído ao P. megistus. Também em ninhos dos mesmos marsupiais e também de ratos silvestres foi descoberto um novo Triatomídeo (Parabelminus carioca Lent, 1943) novo transmissor do Trypanosoma (S.) cruzi, e que foi motivo de uma publicação anterior. De 42 exemplares de gambás (D. marsupialis) submetidos ao exame direto do sangue e ao xenodiagnóstico, 15 (ou seja 35.7 %) mostraram-se naturalmente infectados pelo T. (S.) cruzi. Dêstes quinze, quatro foram negativos ao exame direto de sangue, mas positivos ao xenodiagnóstico. Outro marsupial (Metachirus nudicaudatus Geoffroy), antes ainda não referido como depositário silvestre do Trypanosoma (S.) cruzi, foi verificado com infecção natural pelo xenodiagnóstico. A amostra "gambá de T. (S.) cruzi, mostrou-se patogênica para cao rhesus, gato e cobaio. Foi possível cultivá-la em meios de Nöller e NNN. A amostra "cuica" foi capaz de infectar cão e cobaio e também foi cultivada. A amostra "panstrongylus" também infectou cão e cobaio. Camondongos (Mus musculus, var albina) inoculados com qualquer uma das amostras, não apresentaram infecção sanguínea apreciável ao exame direto, enquanto que exibiam uma infecção peritoneal. Exame clínico sumário de 58 indivíduos residentes no local, permitiram o encontro de duas crianças com sintomas atribuíveis a doença de Chagas, mas o xenodiagnóstico dêstes pacientes foi negativo. Exames de sangue à fresco e xenodiagnóstico de 19 cães (cerca de 50 % dos existentes na zona estudada) foram negativos. Assim também de dois gatos. A possibilidade de infecção humana pelo T. (S.) cruzi no local estudado, é remota, considerados os hábitos silvestres aí observados nos transmissores. Porém, uma vez que aí existem depositários naturais abundantes dêsse tripanosoma, e também transmissores com alto índice de infestação, é possível a ocurrência de casos clínicos da moléstia, tanto mais quando se recorda que P. megistus tem geralmente habitos domiciliares em outras regiões do País, fàcilmente podendo adaptar-se às "cafuas" existentes no local. Por outro lado, a presença aí de famílias oriundas de zonas de endemia (Minas) poderá ainda apressar a existencia de condições domésticas de contágio.
Resumo:
A profilaxia racional de um doença decorre do melhor e mais profundo conhecimento dela. A do tifo exantematico neotrópico, apesar do que se sabe da doença, não e fácil no Brasil. Uma das maiores dificuldade encontramos nas distancias do nosso "hinterland" e na falta de cultura dos nossos agricultores. O homem se infecta certamente com as raças VB, VA e VA do virus brasileiro: 1.°) no campo, nas matas e nas macegas; 2.°) dentro dos domicílios ou nos arredores dêstes. Os primeiros constitúem de regra, os casos insulados do mal. Os segundos fazem parte, não raro, dos focos domiciliares macicos, com 2, 5, 7 e até 12 casos na mesma casa. São responsáveis, pelos primeiros, os carrapatos, principalmente o Amblyomma cayennense e o Amblyomma brasiliense, mormente quando no estado de ninfas, dada a herança habitual das infecções nesses artrópodos, que se infestam em animais silvestres, depositários do virus. São responsáveis pelos segundos, os "Cimex lectularius", percevejos dos leitos e as ninfas e larvas dos carrapatos, deixadas cair junto aos domicílios ou mesmo dentro deles. A profilaxia racional e completa da doença entre nós compreende: 1.°) Descarrapatização das zonas infestadas, por meio de leis apropriadas, coercitivas e aplicadas sem excepção; 2.°) Combate aos cães vadios, cabritos e outros animais portadores do virus; 3.°) Queima dos pastes, campos e macegas de fraco valor econômico, principalmente os que confinam com residências; 4.°) A propaganda racional contra esta grave doença exantemática: a) com palestras locais, acompanhadas de fotografias e gráficos expressivos e ao alcance de todos; b) pelo cinema; c) com artigos simples, claros e precisos sôbre a matéria; d) com folhetos apropriados; 5.°) Combater toda a vermina dentro e nas proximidades dos domicílios, 6.°) Demonstrar que é possível, com toda a certeza, evitar a doença, retirando os carrapatos que se prenderem ao corpo, dentro de 12 ou 14 horas após a fixação; 7.°) Aconselhar o emprego do DDT, Gammexame" e Toxafeno" para o expurgo das casas e animais, a fim de combater os carrapatos; 8.°) Vacinação preventiva contra a doença, quando possível, em zonas delimitadas e já civilizadas, feitas principalmente com raças de virus colhidas no Brasil e, se possível, com uma só dose. O autor trabalhou durante algum tempo com a vacina tipo Spencer-Parker. Hoje aconselha o trabalho com a vacina tipo Cox, original ou modificada.
Resumo:
Foi levantada a prevalência de "I. felis" (24,0%), de "I. rivolta" (14,4%) e de infecções mistas (15,2%) em 125 gatos da Guanabara e do Rio de Janeiro, Brasil. Foi estudado o ciclo endógeno desses coccídios no epitélio intestinal. A "I. felis" se caracteriza pelo seu maior tamanho e pelo maior número de merozoítos e microgametos; e a "I. rivolta" por evoluir freqüentemente junto à lâmina própria, e quando isto não acontece, pelo seu menor tamanho em relação a "I. felis". Não foi conseguida a infecção de 3 cães desmamados e 4 recém-nascidos com as Isospora do gato. De 20 gatos com isosporose, apenas 2 deram reação de Sabin-Feldman positiva (1:16 e 1:64 respectivamente).