612 resultados para Espécies nativas brasileiras
Resumo:
O maracujazeiro tem-se destacado entre as principais frutíferas do País. Porém, a vida útil vem sendo reduzida principalmente devido aos danos causados por doenças do sistema radicular, sendo que a enxertia com espécies nativas e resistentes a doenças pode solucionar o problema. Com isso, objetivou-se avaliar o desempenho vegetativo das mudas enxertadas de combinações de variedades-copa e espécies de porta-enxertos de maracujazeiro. O trabalho foi desenvolvido em viveiro telado (50% de sombreamento), na Embrapa/Acre, em Rio Branco-AC, entre setembro e dezembro de 2007. As sete variedades estudadas foram o maracujazeiro-amarelo 'FB 100' e 'FB 200' do viveiro Flora Brasil (Araguari-MG), UFAC 07; 25; 38; 64 e 70 (Universidade Federal do Acre, Rio Branco-AC), e os porta-enxertos foram Passiflora edulis f. flavicarpa (acesso Cuiabá-MT), P. alata, P. edulis e P. quadrangularis (acesso Guiratinga-MT), P. serrato-digitata (acesso IAC-Campinas-SP). O delineamento experimental foi o de blocos ao caso, com 12 repetições. Os tratamentos foram 35 combinações copa/porta-enxerto constituídas por 5 portas-enxertos combinados com 7 copas. O método de enxertia utilizado foi o de fenda cheia no topo hipocotiledonar, tendo os porta-enxertos as seguintes características: três folhas verdadeiras e altura de plântula variável (6 a 8cm), 30 a 90 dias após a semeadura. Foram avaliadas a altura de plantas, o diâmetro do caule, o número de folhas e de entrenós como valores de desenvolvimento das plantas. As combinações de melhor desenvolvimento vegetativo para o diâmetro e o número de entrenós foram FB 100 e FB 200 sobre P. edulis e P. alata, UFAC 07 sobre P. serrato-digitata e P. quadrangularis, UFAC 38 sobre P. edulis. Já para a altura de plantas e o número de folhas, as combinações de melhor desenvolvimento vegetativo foram FB 100 e FB 200 sobre P. edulis e P. alata, bem como FB 100 e FB 200 sobre P. serrato-digitata, UFAC 38 sobre P. alata para diâmetro de plantas e número de folhas.
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Várias espécies da família Annonaceae produzem frutos comestíveis cultivados em pomares comerciais ou coletados de forma extrativista, em diversas partes do mundo. O gênero Annona possui elevado número de espécies nativas, no entanto poucas produzem frutos comestíveis. Algumas são cultivadas comercialmente, outras são obtidas de forma extrativista. As principais anonáceas cultivadas no mundo são: Annona muricata, Annona squamosa e Annona cherimola, com destaque também para a atemoia (híbrido entre A. squamosa x A. cherimola). Economicamente, são importantes para muitos países da África, Ásia e também da América Central, do Norte e do Sul. Os principais países produtores são: Austrália, Chile, Espanha, Estados Unidos, Nova Zelândia e Israel para cherimólia; México, Brasil, Venezuela e Costa Rica para graviola; e Índia, Brasil, Tailândia, Filipinas e Cuba para pinha. A produtividade de frutos das anonáceas nos diversos países produtores é relativamente baixa, em função do uso inadequado de técnicas de manejo (irrigação, fertilização, podas, polinização, controle de insetos e enfermidades, etc.). No Brasil, os cultivos comerciais mais relevantes com anonáceas são: pinha (A. squamosa L.), graviola (A. muricata L.) e atemoia. O objetivo deste trabalho é apresentar a situação atual e as perspectivas para as anonáceas no Brasil e no mundo. O cultivo é caracteristicamente de pequenos agricultores, usando especialmente a mão de obra familiar. De um modo geral, esses cultivos apresentam relevância socioeconômica nos países que possuem produção comercial pela geração de emprego e renda, e vêm, recentemente, ganhando importância no mercado mundial, dada sua condição de fruta exótica e pela sua qualidade, dentre as quais o valor nutracêutico (vitaminas, antioxidantes e outras propriedades funcionais). A expansão do consumo e sua maior relevância no mercado mundial dependem de ações relativas à divulgação do produto por meio de um programa de marketing, demonstrando suas qualidades nutricionais e funcionais para a saúde dos consumidores.
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RESUMO Eugenia dysenterica DC. (cagaiteira) destaca-se entre as espécies nativas do Cerrado por produzir frutos de sabor agradável, os quais podem ser consumidos tanto in natura quanto processados na forma de doces, compotas e geleias. Apesar do potencial econômico, é uma planta pouco explorada, principalmente devido à baixa durabilidade dos frutos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da embalagem e da temperatura sobre a conservação pós-colheita de frutos de E. dysenterica. Para isto, os frutos de cagaita foram coletados no estádio verde-maduro, ainda ligados à planta-mãe, e levados ao Laboratório de Botânica da Universidade Federal da Bahia, onde foram selecionados quanto à integridade física, ausência de danos mecânicos epatogênicos. Após lavagem em água corrente, os frutos foram secos e acondicionados em bandejas de poliestireno expandido, cobertas por filme de policloreto de vinila (PVC) de 10 micras, perfurados e sem perfuração, e em bandejas sem revestimento de PVC. A perfuração foi realizada visando a maior circulação de ar dentro das embalagens. Em seguida, foram armazenados em duas temperaturas, 5 e 25ºC. Para a avaliação da durabilidade dos frutos, foram realizadas avaliações diárias das características físicas e químicas, incluindo coloração, firmeza, pH, perda de massa, altura e diâmetro. O metabolismo de carboidratos também foi avaliado por meio da quantificação dos açúcares solúveis. Os frutos da cagaita apresentaram durabilidade de 5 dias, independentemente dos tratamentos utilizados, sendo que os submetidos à refrigeração apresentaram sintomas de injúria por frio, alteração da coloração e firmeza (25%), redução de pH e do consumo de carboidratos. Já em frutos mantidos a 25ºC, houve amarelecimento completo, perda de firmeza, aumento do pH e maior consumo de carboidratos. Verificou-se que o uso de embalagens, praticamente, não promoveu efeitos benéficos significativos. Desta forma, concluiu-se que o armazenamento dos frutos em temperatura de 25 e 5ºC não é aconselhável, sendo que esta última causa injúrias, e os frutos, por serem climatéricos, têm vida de prateleira curta.
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RESUMO O conhecimento da diversidade genética de espécies nativas é de grande valia quando se objetiva o melhoramento e a conservação de populações naturais. Neste sentido, o objetivodeste trabalho foi selecionar iniciadores ISSR (inter repetições de sequências simples) para Hancornia speciosa (Apocynaceae), assim como quantificar a variabilidade genética em uma população natural. Foramamostrados 15 indivíduos de uma população localizada em Natal-RN. Amostras de caule foram coletadas para a posterior extração do DNA. DNA. Para a seleção, 19 primers ISSR foram testados, dos quais seis foram eficientes, apresentando locos nítidos e em maior número (UBC 808; UBC 810; UBC 826; UBC 827; UBC 841 e UBC 842), totalizando 63 locos. Desses, apenas 30 (47,62%) apresentaram polimorfismo. O valor de PIC (conteúdo de informações polimórficas) para os primers selecionados atingiu a média de 0,37, variando de 0,26 a 0,44. A diversidade genética foi considerada baixa dentro da população, com o número de alelos observados (na =1,48), número de alelos efetivos (ne = 1,32), índice de diversidade de Nei (He = 0,18) e índice de Shannon (I = 0,26). Os padrões de diversidade alélica encontrados indicam a ocorrência de um gargalo populacional recente. A utilização de marcadores ISSR para Hancornia speciosa mostrou-se eficaz para a quantificação da diversidade genética dos indivíduos, servindo como aporte para estratégias e planos que visem à conservação e à manutenção da espécie.
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O presente trabalho teve como objetivos fazer o levantamento de remanescentes de mata ciliar existentes ao longo de um trecho do curso principal do ribeirão São Bartolomeu, em Viçosa, MG, e estimar a área a ser revegetada com espécies nativas da região, através de uma metodologia simples, porém eficaz no caso de pequenos cursos de água e com pouca área de preservação permanente com floresta. A área em estudo apresentou apenas 5,7% da área de mata ciliar que deveria existir de acordo com a legislação vigente, representada por nove fragmentos florestais em diferentes estágios de sucessão ecológica, totalizando 3,46 ha. Para a revegetação completa do trecho em estudo, propôs-se um modelo de plantio baseado na combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos. A área a ser revegetada para atender às exigências da legislação é de 57,24 ha, e serão necessárias cerca de 82.830 mudas de espécies nativas da região para o plantio.
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O capim-gordura, Melinis minutiflora, é uma gramínea de origem africana que invade áreas degradadas da região do Cerrado em detrimento das espécies nativas. A interferência do capim-gordura no processo de sucessão e o efeito da queimada controlada sobre essa gramínea foram estudados em uma cascalheira localizada no Parque Nacional de Brasília. O estudo foi realizado numa área experimental em que, em 1993, havia sido implantado um experimento para avaliar o estabelecimento de gramíneas nativas pela técnica do "coquetel de sementes". Mesmo não estando entre as espécies semeadas, o capim-gordura estabeleceu-se nas parcelas experimentais, onde se incorporou torta de mamona ou turfa. Metade das parcelas que apresentaram os melhores índices de cobertura do solo foi queimada no final da estação seca, em setembro de 1998. Em maio de 1999, oito meses após a queimada verificou-se redução da cobertura do substrato superior a 50%, em comparação com a cobertura antes da queimada. Nos anos subseqüentes, o índice de cobertura do substrato voltou a crescer, atingindo, em maio de 2001, os valores observados antes da queimada. Durante esse período, notou-se, nas parcelas queimadas e nãoqueimadas, aumento na contribuição do capim-gordura para o índice total de cobertura do solo, em detrimento das espécies nativas. O uso do fogo não foi eficaz no controle dessa invasora. Assim, em programas de recuperação de áreas degradadas em áreas protegidas é necessário controlar as espécies invasoras exóticas para permitir o estabelecimento de um maior número de espécies nativas do Cerrado.
Efeito da adubação nitrogenada na produção de mudas de sete-cascas (Samanea inopinata (Harms) Ducke)
Resumo:
O entendimento da nutrição das mudas e o uso de substratos de cultivo apropriados são essenciais para definição da recomendação adequada de fertilização. Devido à dificuldade de se fazerem recomendações de fertilização específicas, testou-se o efeito da adubação nitrogenada no crescimento e qualidade das mudas de sete-cascas (Samanea inopinata). Foram estudados nove tratamentos com três repetições cada e parcelas com seis sacolas plásticas, em delineamento de blocos ao acaso. A fonte de nitrogênio utilizada foi o sulfato de amônio aplicado sob diferentes dosagens (0, 0,7; 1,4; 2,1; e 2,8 g/muda) a cada 14 ou 28 dias. O experimento foi acompanhado por 12 meses, sendo, então, colhido. Avaliaram-se a altura (H), diâmetro do coleto (D) e matéria seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR), calculando-se a matéria seca total (MST) e os índices de qualidade de mudas: H/D, H/MSPA, MSPA/MSR e o IQD. Procedeu-se à análise estatística por análise fatorial e de regressão. Todos os parâmetros morfológicos avaliados foram afetados significativamente, com exceção dos índices MSPA/MSR e H/D. Devido à importância da altura e do diâmetro, recomenda-se aplicar 0,91 g de sulfato de amônio por muda a cada 14 dias, quando cultivadas em Latossolo Vermelho-Amarelo combinado com composto orgânico.
Resumo:
Cerca 0,6% da área do Distrito Federal - DF encontra-se degradada pela mineração. Com o objetivo de identificar espécies que possam ser utilizadas em projetos de revegetação, a composição florística do estrato lenhoso das jazidas abandonadas à sucessão foi inventariada. Foram encontradas nesses locais 78 espécies nativas do Cerrado e 14 exóticas. Porém, apenas oito espécies nativas apresentaram freqüência > 50% nos locais minerados. Outras 18 espécies nativas apresentaram freqüências entre 25 e 50%, e as demais 74% das espécies encontradas registraram presença acidental nesses locais (freqüência < 25%). As árvores representam 65% das espécies nativas encontradas, e as pioneiras contribuem com mais de 70% da riqueza de espécies. Com base nos valores de freqüência e abundância, as oito espécies constantes (freqüência >50%) e as 18 acessórias (freqüência entre 25% - 50%), que juntas totalizam 78,9% da abundância do estrato lenhoso, são recomendadas para projetos de recuperação de áreas mineradas no Cerrado.
Resumo:
O trabalho objetivou descrever e avaliar a estrutura da regeneração de espécies arbóreas em dois remanescentes naturais e em três áreas reflorestadas com espécies nativas e em um povoamento de Eucalyptus robusta, situados em área de várzea do rio Mogi-Guaçu, Luiz Antônio, SP (21º31'S e 47º55'W). Foram amostradas 40 subparcelas de 2 m² em cada remanescente natural e sub-bosque de eucalipto e 60 subparcelas de 3,5 m² em cada área reflorestada. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos de regeneração com altura > a 10 cm e diâmetro do caule até a altura do peito (DAP) < 5,0 cm e analisados separadamente, em quatro classes de altura, a diversidade florística, a regeneração natural (Rn%), o valor de importância (VI) e a similaridade da regeneração com indivíduos de DAP > 5 cm. Foram identificados 1.990 indivíduos, pertencentes a 24 famílias, 46 gêneros e 51 espécies. Cabralea canjerana, Psidium cattleyanum, Nectandra megapotamica, Acacia polyphylla e Syzygium cumini estavam entre as espécies mais representadas nas quatro categorias de tamanho. O reflorestamento com espécies nativas em áreas degradadas da várzea do rio Mogi-Guaçu promoveu a regeneração natural com biodiversidade superior aos remanescentes naturais de florestas ciliares sob efeito de borda e contribuiu para com o processo de restauração de ecossistemas florestais. O povoamento de Eucalyptus robusta com cerca de 20 anos de idade favoreceu a regeneração de espécies climácicas e secundárias.
Resumo:
Este estudo avaliou qualitativa e quantitativamente o banco de sementes de dois remanescentes florestais, de um povoamento de Eucalyptus robusta e de três áreas de reflorestamento com espécies nativas, localizados em uma várzea do rio Mogi-Guaçu, Luiz Antônio (21°31´S e 47°55´W), Estado de São Paulo, Brasil. Foram usadas 12 parcelas de 10 x 10 m distribuídas sistematicamente em cada área de estudo. Em cada parcela foram distribuídas aleatoriamente quatro subparcelas de 0,5 m x 0,5 m. Duas subparcelas foram usadas para coletar a serapilheira e duas para coletar o solo a 0-5 cm de profundidade. A amostragem foi realizada em setembro de 2001, nos remanescentes naturais e no povoamento de eucalipto e, em setembro de 2002, nas áreas reflorestadas. As amostras foram acondicionadas em vasos de plástico e incubadas com irrigações periódicas para a germinação das sementes por um período de sete meses, em dois ambientes de casa de vegetação: um a 100% de luz solar e outro sob tela com 70% de redução de luz solar. Na composição do banco de sementes de todas as áreas amostradas, houve predominância de espécies pioneiras dos primeiros estádios de sucessão. As espécies arbóreas mais importantes foram Aloysia virgata e Cecropia hololeuca. Os reflorestamentos com espécies nativas proporcionaram um banco de sementes com maior diversidade de espécies arbóreas nativas do que o povoamento de eucalipto. Este estudo indicou que a similaridade entre as florestas plantadas e as nativas deverá aumentar ao longo do tempo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente a qualidade e quantidade de árvores plantadas no perímetro urbano da cidade de Jataí, GO. Para possibilitar as comparações foi utilizado um mapa georreferenciado de todas as quadras da cidade de Jataí, as quais foram subdividas em três categorias, de acordo com o padrão de construção civil adotado: 1. alto/médio, 2. simples e 3. precário. Em cada categoria foi avaliada a arborização urbana de 60 quadras, escolhidas aleatoriamente no mapa, independentemente do bairro. Foram encontrados 1.953 indivíduos, sendo 1.853 de espécies exóticas e 100 de espécies nativas, totalizando 114 espécies, sendo a mais utilizada na arborização o oiti (Licania tomentosa), com 31% de todos os indivíduos. O número médio de árvores foi significativamente maior nos padrões alto/médio e simples do que no padrão precário. Com relação à posição na calçada, o padrão alto/médio apresentou melhor adequação de plantio. Espécies de médio e pequeno portes, bem como palmeiras, foram encontradas em maior quantidade no padrão alto/médio. Este estudo mostrou claras discrepâncias na arborização urbana da cidade em relação aos padrões construtivos. Dessa forma, os resultados podem subsidiar técnicos da Prefeitura Municipal de Jataí, bem como a população, no sentido de instruir desde a melhor forma de plantio e escolha de mudas apropriadas até a manutenção delas após a maturação.
Resumo:
A utilização de espécies exóticas em plantios de recuperação de áreas degradadas tem sido condenada com base no argumento de que tais espécies podem se comportar como invasoras e contaminar os ecossistemas naturais ao redor das áreas onde forem plantadas. Leucaena leucocephala (leucena) é espécie leguminosa exótica que tem sido frequentemente cultivada no Brasil para recuperação florestal, uma vez que apresenta simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, melhorando a fertilidade dos solos. O potencial de invasão e persistência da leucena foi analisado a partir de um plantio misto, efetuado em 1983 em terreno com afloramento rochoso, parte do mosaico de uma paisagem dominada por matriz agrícola, com alguns fragmentos remanescentes de floresta estacional semidecidual e plantios arbóreos diversos. Em uma área de 200 ha, cada uma das 11 unidades do mosaico foi amostrada por meio de seis parcelas de 16 x 3 m (48 m²), em que foram identificados e medidos (DAP) todos os indivíduos de espécies arbóreas (altura mínima de 50 cm), para verificar se a área ocupada pela espécie está se expandindo. Na área em que foi utilizada leucena no plantio, analisou-se a estrutura da comunidade, com base na distribuição dos indivíduos em classes de tamanho, para verificar se a proporção da espécie exótica tende a aumentar com o tempo, configurando a persistência no ecossistema. Uma vez que nenhum indivíduo de L. leucocephala foi registrado entre os 4.599 amostrados além dos limites da área onde a espécie foi plantada, a conclusão é de que a espécie não está se comportando como invasora de ecossistemas naturais nessa condição ambiental, enquadrando-se melhor como ruderal. A análise da comunidade em regeneração sob as árvores plantadas evidenciou que a proporção da espécie exótica, que é intolerante à sombra, tende a diminuir com o tempo, ainda que lentamente, perdendo espaço para espécies nativas tolerantes, que poderão ocupar o dossel no futuro.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo analisar a estrutura da paisagem da Fazenda Lageado Grande (FLG), área com 3.136,32 ha, localizada em General Carneiro, Palmas e Bituruna, PR, na porção centro-sul do Estado do Paraná. A análise foi baseada no uso de métricas da paisagem do software Fragstats 3.3, mediante a utilização do programa Arc Map 9.2, com cálculos de proporção de áreas de conexão na paisagem. As análises mostraram que a FLG possuía matriz de cobertura do solo predominantemente florestal com espécies nativas; os fragmentos apresentavam, de maneira geral, formas retangulares, ou seja, estavam mais sujeitos aos efeitos de borda; havia redução de mais da metade da área original da Fazenda quando se considera efeito de borda, e os fragmentos de mesma classe estavam próximos uns dos outros, favorecendo a conectividade estrutural da paisagem. Os fragmentos dos ambientes nativos, mesmo que intensamente explorados e alterados, dada a sua continuidade florestal, podem ser considerados áreas de alto valor de conservação da biodiversidade.
Resumo:
A produção de mudas de espécies nativas para plantios comerciais e para recuperação de áreas degradadas faz com que haja grande procura por tecnologia que reduza os custos de estabelecimento dessas espécies, como substratos alternativos. Com o objetivo de proporcionar melhor emergência e crescimento inicial das plantas de Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul., foram testados diferentes substratos, utilizando-se Latossolo Vermelho Distroférrico, textura argilosa - T, misturado com areia - A (0,5 dm³ de terra/ 0,5 dm³ de areia), acrescentando diferentes proporções de adubo orgânico organosuper® (AO) e adubo químico Yoorin® (AQ), constituindo os seguintes substratos: 1) T+A (testemunha); 2) T+A+AO (9,86 g dm-3 ); 3) T+A+AO (14,69 g dm-3 ); 4) T+A+AO (19,46 g dm-3 ), 5) A+T+AQ (8,4 g dm-3). A composição terra + areia + 19,46 g dm-3 do adubo orgânico proporcionou melhor emergência das plântulas e maior Índice de Velocidade de Emergência de pau-ferro, com valores de 60,4% e 0,330, respectivamente. A adubação química aumentou a produção de massa fresca e seca das plântulas, com valores de 399,9mg e 169,8mg, respectivamente, com médias que não variaram significativamente da maior dose de adubação orgânica. A adição de 19,46 g dm-3 de adubo orgânico Organosuper® proporcionou maior número de plântulas, em menor tempo e com plântulas mais vigorosas.
Resumo:
Aracaju foi uma cidade planejada com simplicidade e rigor geométrico. Desde a sua fundação, ela vem passando por constantes alterações, havendo cada vez menos áreas verdes no ambiente urbano. A arborização urbana bem planejada é muito importante, pois as árvores trazem benefícios à cidade nos processos de ordens ecológica (clima e poluição), biológica (saúde física do homem) e psicológica (saúde mental do homem). Porém, a falta de planejamento dessa arborização e o uso inadequado de algumas espécies são empecilhos para se atingirem esses benefícios. Dessa forma, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a composição florística de 22 praças de Aracaju, SE, como forma de conhecer a atual situação de sua arborização e possibilitar intervenções para melhorar a adequação técnica do espaço verde urbano. O levantamento florístico foi realizado através de censo, no período de setembro de 2006 a julho de 2007, em cada praça, com o reconhecimento e identificação de todos os indivíduos arbóreos, utilizando-se as técnicas tradicionais de coleta e herborização. Realizou-se a identificação das espécies com o auxílio de literatura específica. Foram identificados 1.290 indivíduos, distribuídos em 20 famílias botânicas, 46 gêneros e 64 espécies, sendo nove espécies não identificadas. Das espécies identificadas, 58% são exóticas no território brasileiro e 42%, espécies nativas. As praças apresentam similaridade entre si, com coeficiente de Jaccard variando de 0,00 a 0,66, e a Praça Almirante Tamandaré e a Praça Graccho Cardoso foram as de maior similaridade (66%).