225 resultados para Educação Etnicorracial
Resumo:
Realizou-se estudo de interveno, do tipo ensaio comunitrio, envolvendo amostra de 80 famlias residentes em um bairro pobre do municpio de So Paulo, 2004. A interveno consistiu em educação nutricional para aumentar a participao de frutas e hortalias na alimentao familiar, por meio de trs reunies com duas horas de durao, em semanas consecutivas. Para avaliar o impacto imediato dessa interveno nutricional educativa, as famlias foram divididas randomicamente em dois grupos (interveno e controle). Apenas o impacto imediato da interveno foi avaliado, pela participao de frutas e hortalias no total de alimentos adquiridos pelas famlias no ms anterior e posterior interveno. A comparao, favorvel ao grupo interveno, equivaleu a um acrscimo de 2,9 pontos percentuais (IC 95%: 0,32; 5,39) no total de calorias provenientes de frutas e hortalias.
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OBJETIVO: Avaliar percepes e atitudes em relao educação sexual entre professores portugueses do ensino bsico e secundrio. MTODOS: Participaram do estudo 371 professores de ambos os sexos, do segundo e terceiro ciclos e do ensino secundrio do continente Portugus, entre Fevereiro e Maro de 2006. A coleta de dados foi feita por meio de questionrio, pela tcnica bola de neve, constitudo por duas partes; a primeira abordava dados sociodemogrficos, caracterizao profissional, crenas religiosas, formao e experincia em educação sexual em meio escolar. A segunda parte foi composta por escalas relativas a atitudes, importncia atribuda a temas de educação sexual e nvel de ensino para introduzir tpicos de educação sexual. A anlise das diferenas entre gneros, entre professores com e sem experincia em educação sexual, e entre professores com e sem formao complementar na rea foi efectuada pela anlise de varincia ANOVA. RESULTADOS: Os professores, no geral, revelaram quer atitude quer importncia mdias/altas em relao educação sexual. Imagem corporal foi o nico tpico que deveria ser introduzido no primeiro ciclo. As professoras [F(1;366)=7,772; p=0,006] por oposio aos professores, os professores com formao em educação sexual [F(1;351)=8,030; p=0,005], por oposio aos que no tm formao, e os com experincia em educação sexual em meio escolar [F(1;356)=30,836; p=0,000], por oposio aos sem experincia, revelaram uma atitude mais positiva em relao educação sexual (M=39,5; 40,4; 41,3; respectivamente). Somente professores com mais formao atriburam mais importncia educação sexual [F(1;351)=5,436;p=0,020] e as professoras propuseram introduo da educação sexual mais cedo [F(1;370)=5,412; p=0,021]. CONCLUSES: Os professores no geral so favorveis educação sexual em meio escolar. O fato de a maioria dos tpicos ficarem reservados para os segundo e terceiro ciclos pode no ser adequado, pois a educação sexual deve ser introduzida antes da manifestao de comportamentos sexuais.
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OBJETIVO: Analisar a influncia de fatores socioeconmicos e biolgicos precoces ao longo da vida sobre o ingresso na universidade e a insero no mercado de trabalho dos jovens da coorte de nascimento de 1982. MTODOS: Estudo longitudinal de 5.914 nascimentos da cidade de Pelotas (RS), em 1982. Utilizando-se questionrios aplicados ao jovem, foram coletadas informaes sobre nvel educacional e a insero no mercado de trabalho durante acompanhamento da coorte realizado em 2004-5. Regresso de Poisson foi utilizada para estudar o efeito de variveis demogrficas, socioeconmicas, peso ao nascer e aleitamento materno sobre os desfechos. RESULTADOS: A escolaridade mdia foi de 9,4 anos ( 3,1) e 42% dos jovens estavam freqentando a escola em 2004-5. Um de cada cinco jovens havia ingressado na universidade e cerca de dois teros estavam trabalhando no ms anterior entrevista. O ingresso na universidade foi determinado pelas condies econmicas, e teve influncia do peso ao nascer nas mulheres e da amamentao nos homens. A insero no mercado de trabalho foi mais freqente entre os homens mais pobres, mas no para as mulheres. CONCLUSES: A baixa incluso universitria e a necessidade de insero no mercado de trabalho dos jovens de famlias mais pobres mantm um crculo vicioso que reproduz a hierarquia social dominante.
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OBJETIVO: Descrever a percepo dos pais acerca do castigo fsico, considerando-se o significado da educação e punio fsica, e formas de educar. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foram abordados 31 familiares, estando 12 sob tutela por denncia de maus-tratos e 19 no tutelados em unidade bsica de sade e na secretaria de Assistncia Social de Belo Horizonte (MG) em 2006. Procedeu-se anlise de discurso dos relatos obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados em temas e categorias. ANLISE DO DISCURSO: Os resultados apontaram a restrio dos discursos dos entrevistados em funo das suas condies de produo. Houve diversidade de concepes sobre educação e formas de educar, tendo como pontos comuns o relato da prtica da punio fsica por todos os pais, mesmo entre aqueles que a condenam. Os discursos foram marcados pela heterogeneidade e polifonia, sobressaindo-se o discurso da tradio, o discurso religioso e o discurso cientfico popularizado. No foi observada expresso do conceito de interdio legal da prtica ou dos seus excessos pelos participantes. CONCLUSES: A cultura do castigo fsico encontra-se em transio, em que a tradio de permisso se enfraquece e a interdio se inicia lentamente. Reforo aes de represso legal prtica poderia contribuir para acelerar o processo de interdio do castigo fsico.
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OBJETIVO: Comparar a efetividade de estratgias, em grupo e individual, de programa educativo em diabetes. MTODOS: Cento e quatro pacientes com diabetes tipo 2, atendidos no ambulatrio e com seguimento em programa educativo de hospital de Belo Horizonte (MG), foram aleatoriamente recrutados e alocados em dois grupos: educação em grupo (n=54) e individual (n=50). A educação em grupo consistia de trs encontros mensais, nos quais eram desenvolvidas dinmicas ldicas e interativas. Simultaneamente, o outro grupo era acompanhado individualmente. O acompanhamento ocorreu por seis meses durante o ano de 2006, sendo avaliados por questionrios especficos: conhecimentos em diabetes, atitudes psicolgicas, mudana de comportamento, qualidade de vida. Foi realizada avaliao clnica no tempo inicial, depois de trs e seis meses da interveno. RESULTADOS: A mdia de idade dos pacientes era de 60,6 anos. Os resultados da educação em grupo e individual foram semelhantes no teste de atitudes, mudana de comportamento e qualidade de vida. Observou-se reduo nos nveis de HbA1c nos dois grupos, entretanto apenas no de educação em grupo a diferena apresentou significncia estatstica (p= 0,012). CONCLUSES: As duas estratgias do programa educativo em diabetes foram efetivas, porm a educação em grupo apresentou melhores resultados de controle glicmico do que a individual.
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OBJETIVO: Analisar o nvel de rudo no ambiente de trabalho do professor de educação fsica durante as aulas de ciclismo indoor e sua associao com alguns aspectos da sade. MTODOS: Estudo transversal conduzido com 15 professores de educação fsica de diferentes academias de ginstica, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 2007. As caractersticas do processo e da organizao do trabalho e as queixas de sade relatadas pelos professores foram coletadas por meio de questionrio padronizado. Para verificao dos transtornos psiquitricos menores foi usado o SRQ-20 (Self-Report Questionnaire). As medidas de presso sonora foram realizadas em um aparelho porttil. O nvel de presso foi medido em dB(A) no nvel equivalente de energia em diferentes pontos da sala e momentos da aula. As anlises estatsticas utilizadas foram a ANOVA, o qui-quadrado e a correlao de Pearson. RESULTADOS: Os nveis de presso sonora variaram entre 74,4 dB(A) e 101,6 dB(A). Os valores mdios encontrados durante as aulas foram: a) aquecimento (mdia= 88,45 dB(A)); b) parte principal (mdia= 95,86 dB(A)); e, fechamento (mdia= 85,12 dB(A)). O rudo de fundo apresentou o valor mdio de 66,89 dB(A). Houve diferenas significativas (p<0,001) entre os valores mdios de rudo de fundo e as fases da aula. O rudo no se correlacionou aos transtornos psiquitricos menores. CONCLUSES: Os profissionais de educação fsica que trabalham com ciclismo indoor esto sujeitos a nveis elevados de presso sonora em suas aulas. Este agente fsico tem sido associado a diversos problemas de sade e, portanto, requerer um controle mais amplo.
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Nos ltimos anos, o mtodo etnogrfico revelou-se como um adequado instrumento para as intervenes em sade pblica e na educação em sade. No obstante, seu uso contradiz determinados modelos de interveno definidos como monolgicos, a exemplo das campanhas de meios de comunicao de massa e as filosofias do "ator racional". Foram analisadas criticamente algumas bases epistemolgicas desses modelos, como a unidimensionalidade na anlise dos processos de sade/doena/atendimento, a unidirecionalidade comunicativa e a hierarquia. No seu lugar, prope-se um modelo dialgico baseado no mtodo etnogrfico e organizado a partir dos critrios de multidimensionalidade, bidirecionalidade e simetria. A etnografia permite melhorar a efetividade das intervenes ao fornecer uma base emprica para o desenho dos projetos e ao propiciar a participao social em sade.
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OBJETIVO: Avaliar a intensidade e a durao dos esforos fsicos em aulas de Educação Fsica no ensino fundamental e mdio. MTODOS: Estudo transversal de base escolar por meio de observao de 218 aulas de Educação Fsica, incluindo um total de 272 estudantes (avaliados trs vezes cada um). O estudo foi realizado em Pelotas, RS, de agosto a setembro de 2009. Para a intensidade dos esforos, foram utilizados acelermetros e adotados os pontos de corte (em counts por minuto): atividades sedentrias (0 a 100), leves (101 a 2.000), moderadas (2.001 a 4.999), vigorosas (5.000 a 7.999) e muito vigorosas (> 8.000). RESULTADOS: O tempo mdio de durao das aulas foi de 35,6 minutos (dp 6,0). A proporo mdia de tempo das aulas em atividades fsicas de intensidade moderada a vigorosa foi de 32,7% (dp 25,2). Os meninos (44,1%) envolveram-se significativamente mais em atividades fsicas moderadas a vigorosas do que as meninas (21,0%; p < 0,01). Estudantes que se envolvem em atividade fsica fora das aulas tiveram maior participao em atividades fsicas moderadas a vigorosas nas aulas de Educação Fsica. CONCLUSES: Alm de o tempo da aula de Educação Fsica ser reduzido, os estudantes praticam atividades fsicas de intensidade moderada a vigorosa um tero da aula, com pouca contribuio significativa para o nvel de atividade fsica dos estudantes.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre nveis de rudo presentes em centros de educação infantil e alteraes vocais em educadoras. MTODOS: Estudo transversal com 28 educadoras de trs instituies de educação infantil de So Paulo, SP, em 2009. Os nveis de presso sonora foram mensurados segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas, com uso de medidor de nvel de presso sonora. As mdias foram classificadas de acordo com os nveis de conforto, desconforto e dano auditivo propostos pela Organizao Panamericana de Sade. As educadoras tiveram a voz avaliada com: autoavaliao com escala analgica visual, avaliao perceptivo-auditiva com escala GRBAS e anlise acstica com o programa Praat. Estatstica descritiva e teste do qui-quadrado, com 10% de significncia devido ao tamanho da amostra, foram usados para anlise da associao entre rudo e avaliao vocal. RESULTADOS: As educadoras possuam idades entre 21 e 56 anos. A mdia de rudo foi 72,7 dB, considerado dano 2. A autoavaliao vocal das profissionais apresentou mdia de 5,1 na escala, considerada alterao moderada. Na avaliao perceptivo-auditiva, 74% apresentaram alterao vocal, principalmente rouquido; destas, 52% foram consideradas alteraes leves. A maior parte apresentou frequncia fundamental abaixo do esperado na avaliao acstica. Mdias de jitter, shimmer e proporo harmnico-rudo estavam alteradas. Presena de rudo entre os harmnicos associou-se a alterao vocal. CONCLUSES: H associao entre presena de rudo entre harmnicos e alterao vocal, com elevados nveis de rudo. Apesar de a maioria das educadoras ter apresentado voz alterada em grau leve, a autoavaliao mostrou alterao moderada, provavelmente pela dificuldade de projeo.
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Reviso histrica sobre ideias e conceitos da organizao sanitria que se seguiram introduo do modelo do Centro de Sade distrital pela reforma do Servio Sanitrio em 1925. Discute-se o pensamento dos sanitaristas Geraldo de Paula Souza, Rodolfo Mascarenhas e Reinaldo Ramos, representantes ilustres do "pensamento clssico" da sade pblica de So Paulo.
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OBJETIVO: Analisar os efeitos de uma interveno pedaggica na aprendizagem de crianas e adolescentes participantes de pesquisa clnica. MTODOS: Estudo quantitativo, quasi-experimental e longitudinal, parte de um conjunto de estudos envolvidos no teste de uma vacina contra ancilostomase. Amostra por convenincia com 133 estudantes de dez a 17 anos, de ambos os sexos, da Escola Municipal de Maranho, MG, Brasil, 2009. Utilizou-se um questionrio estruturado aplicado pr e ps-interveno. O dispositivo pedaggico foi o Teatro do Oprimido. As variveis dependentes foram o conhecimento especfico e global sobre pesquisa clnica e sobre verminoses; a varivel independente foi a participao na interveno educativa. RESULTADOS: Houve aumento do conhecimento sobre sinais e sintomas, susceptibilidade reinfeco e modo de contgio da verminose aps a interveno educativa. Aumentaram acertos relativos durao da pesquisa clnica, aos procedimentos previstos, possibilidade de desistncia da participao e de ocorrncia de eventos adversos. Permaneceu a noo de que o propsito primrio da pesquisa teraputico, embora tenha reduzido o percentual de participantes que associaram a pesquisa ao tratamento mdico. O Teatro do Oprimido possibilitou que as discusses acerca da helmintose e da pesquisa clnica fossem contextualizadas e materializadas. Os sujeitos puderam se despojar ou reduzir suas representaes prvias. CONCLUSES: A participao de crianas e adolescentes em ensaios clnicos deve ser precedida de interveno educativa, j que indivduos dessa faixa etria nem sequer reconhecem que tm direito a decidir por si prprios.
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OBJETIVO : Analisar a qualidade do ar em escolas de educação básica e suas condições estruturais e funcionais. MÉTODOS : Foi avaliada a qualidade do ar de 51 escolas (81 salas de aula) de educação básica da cidade de Coimbra, Portugal, tanto na parte interior das salas como na exterior, durante as quatro estações do ano, de 2010 a 2011. Foram avaliadas a temperatura (Tº), umidade relativa (Hr), concentrações de monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO 2 ), ozona (O 3 ), dióxido de nitrogênio (NO 2 ), dióxido de enxofre (SO 2 ), compostos orgânicos voláteis (COV), formaldeído e material particulado (PM 10 ), de novembro de 2010 a fevereiro de 2011 (outono/inverno) e de março de 2011 a junho de 2011 (primavera/verão). Procedeu-se ao preenchimento de uma grelha de caracterização das condições estruturais e funcionais das escolas. Aplicaram-se os testes estatísticos t- Student para amostras emparelhadas e o teste t de Wilcoxon. RESULTADOS : Em 47 escolas, as concentrações médias de CO 2 encontravam-se acima da concentração máxima de referência (984 ppm) mencionada na legislação portuguesa. Os valores máximos de concentração encontrados no interior das salas foram críticos, principalmente no outono/inverno (5.320 ppm). As concentrações médias de COV e de PM 10 no interior ultrapassaram a concentração máxima de referência legislada em algumas escolas. Não foram detetados valores relevantes (risco) de CO, formaldeído, NO 2 , SO 2 e O 3 . CONCLUSÕES : Houve maior concentração de poluentes no interior das salas, comparativamente com o exterior. A inadequada ventilação está associada à elevada concentração de CO 2 nas salas de aula.
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OBJETIVO : Realizar metassíntese da literatura sobre os principais conceitos e práticas relacionados à educação permanente em saúde. MÉTODOS : Foi realizada busca bibliográfica de artigos originais nas bases de dados PubMed, Web of Science, Lilacs, IBECS e SciELO, utilizando os seguintes descritores: “ public health professional education ”, “ permanent education”, “continuing education ”, “ permanent education health ”. De um total de 590 artigos identificados, após os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 48 para análise, os quais foram submetidos à análise individual, análise comparativa, análise com critérios de agrupamentos de elementos-chave e submetidos à metassíntese. RESULTADOS : Os 48 artigos originais foram classificados como elementos-chave em quatro unidades temáticas: 1) Concepções; 2) Estratégias e dificuldades; 3) Políticas públicas; e 4) Instituições formadoras. Foram encontradas três concepções principais de educação permanente em saúde: problematizadora e focada no trabalho em equipe, diretamente relacionada à educação continuada e educação que se dá ao longo da vida. As principais estratégias para efetivação da educação permanente foram a problematização, manutenção de espaços para a educação permanente e polos de educação permanente. O maior fator limitante foi relacionado à gerência direta ou indireta. Foram indicadas a necessidade de implementação e manutenção de políticas públicas, além de disponibilidade de recursos financeiros e de recursos humanos. As instituições formadoras teriam necessidade de articular ensino e serviço para a formação de egressos críticos-reflexivos. CONCLUSÕES : A articulação educação e saúde encontra-se pautada tanto nas ações dos serviços de saúde, quanto de gestão e de instituições formadoras. Assim, torna-se um desafio implementar processos de ensino-aprendizagem que sejam respaldados por ações crítico-reflexivas. É necessário realizar propostas de educação permanente em saúde com a participação de profissionais dos serviços, professores e profissionais das instituições de ensino.