74 resultados para Díade conjugal


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: analisar a associação da gravidez na adolescência com o baixo peso ao nascer (BPN). MÉTODOS: foram incluídas todas as pacientes que tiveram parto num hospital terciário universitário do Maranhão no período de julho a dezembro de 2006, alocando-as em dois grupos: adolescentes (dez a 19 anos de idade) e adultas (20 a 34 anos). As variáveis estudadas foram: cor, escolaridade, situação conjugal, renda familiar, número de consultas no pré-natal, idade gestacional no início do pré-natal, local do pré-natal, duração da gestação, tipo de parto e peso ao nascer. Os dados foram processados no programa Epi-Info, versão 3.4.1, e foram analisadas as associações entre as variáveis pela razão dos produtos cruzados, a Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%; utilizaram-se também modelos de regressão logística. O nível de significância adotado foi de 0,05. RESULTADOS: foram avaliadas 1.978 pacientes. Verificou-se freqüência de 25,4% de partos em adolescentes, que apresentaram baixa escolaridade, ausência de companheiro, menor número de consultas no pré-natal, início tardio do pré-natal, BPN e prematuridade. Realizando a análise, tendo como variável desfecho o BPN e associação com prematuridade (OR=29,0), verificou-se nítida associação com baixo número de consultas do pré-natal (OR=2,98; IC95%= 2,23-4,00) e início tardio do pré-natal (OR=1,91; IC95%=1,3-2,6), baixa escolaridade (OR=1,95; IC95%=1,4-2,5) em relação com a adolescência (OR=1,50; IC95%=1,1-1,9). Obtiveram-se resultados similares quando se excluiu a variável prematuridade. As adolescentes tiveram menor incidência de cesárea (33,3%) que as adultas (49,4%), com diferença significativa, além de menor associação com pré-eclâmpsia e desproporção céfalo-pélvica. CONCLUSÕES: a gravidez na adolescência esteve associada a início tardio do pré-natal e baixo número de consultas pré-natal, além de baixa escolaridade, BPN e menor incidência de desproporção céfalo-pélvica e pré-eclâmpsia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: avaliar a influência da idade sobre a qualidade seminal de homens com quadro de infertilidade conjugal submetidos a análises espermáticas em um serviço de reprodução humana. MÉTODOS: estudo retrospectivo, no qual foram avaliados os espermogramas de todos os homens em processo de investigação para infertilidade conjugal no período de Setembro de 2002 a Dezembro de 2004, em um serviço de reprodução assistida do nordeste do Brasil. Foram incluídos 531 indivíduos submetidos a 531 avaliações espermáticas. Foram analisados os seguintes parâmetros: volume, concentração, motilidade e morfologia espermática. O total de investigados foi dividido em grupos, de acordo com resultados obtidos de cada variável estudada. Os grupos referentes ao volume seminal foram: hipoespermia, normoespermia e hiperespermia. Os grupos referentes à concentração espermática foram: azoospermia, oligoospermia, normospermia e poliespermia. Os grupos referentes à motilidade foram: motilidade normal e astenospermia. Os grupos referentes à morfologia foram: morfologia normal e teratospermia. As médias das idades dos pacientes entre os grupos com parâmetros normais foram comparadas com as de grupos alterados, sendo utilizado o teste t. Para análise estatística, foi utilizado o programa XLSTAT (p<0,05). RESULTADOS: os indivíduos estudados tinham média de idade de 37±7,9 anos, com um volume seminal médio de 3±1,4 mL, uma concentração espermática de 61,4±66,4 espermatozóides por mL de sêmen, motilidade progressiva de 44,7±19,4% do total de espermatozóides e morfologia normal de 11,2±6,6% dos espermatozóides. As médias de idade entre os grupos foram semelhantes, exceto a média dos indivíduos com hipoespermia, que foi significativamente maior que a dos homens com normoespermia (39,6±10,3 versus 36,5±7,3, p=0,001). CONCLUSÕES: a idade interfere, de forma inversamente proporcional, sobre o volume do ejaculado, porém não exerce influência na concentração, motilidade e morfologia espermática.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: analisar a associação entre idade materna, resultados perinatais e via de parto. MÉTODOS: foram analisadas as informações de todas as pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia de um hospital universitário terciário do Maranhão, no período de Julho a Dezembro de 2006. Foram alocadas em três grupos: adolescentes (10 a 19 anos), adultas (20 a 34 anos) e mulheres de idade avançada (>35 anos). As variáveis estudadas foram cor, escolaridade, situação conjugal, renda familiar, paridade, número de consultas no pré-natal, idade gestacional no início do pré-natal, local do pré-natal, duração da gestação, tipo de parto, índice de Apgar no quinto minuto e peso ao nascer. Os dados foram processados no programa Epi-Info versão 3.4.1 e foram analisadas as associações entre as variáveis pela razão dos produtos cruzados, a Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%. O nível de significância adotado foi de 0,05. RESULTADOS: em 2.196 pacientes, foi verificada frequência de 25% dos partos em adolescentes, 69% em adultas e 6% de mulheres em idade avançada. Entre as adolescentes foi verificado maior risco de prematuridade (OR=1,46;IC95%=1,14-1,88) e baixo peso ao nascer (OR=1,47; IC95%=1,13-1,90), maior frequência de partos normais entre todos os grupos (65,2%), além da associação com início tardio do pré-natal (OR=1,86; IC95%=1,43-2,43), menor número de consultas (OR=2,03;IC95%=1,57-2,63) e uso de abortivo no início da gestação (OR=2,34; IC95%=1,38-3,98). Em mulheres com idade avançada constatamos forte associação com diabetes mellitus (OR=9,00; IC95%=3,18-25,19), pré-eclâmpsia (OR=4,38; IC95%=3,02-6,34), ruptura prematura de membranas (OR=5,81; IC95%=3,08-10,89), além de maior chance do índice de Apgar no quinto minuto ser menor que sete (OR=2,90; IC95%=1,37-6,01) e maior frequência de parto operatório cesáreo (60,3%). CONCLUSÕES: a gravidez na adolescência esteve associada a início tardio e menor número de consultas no pré-natal, uso de abortivo no início da gestação, baixa escolaridade, ausência de companheiro, baixo peso ao nascer, prematuridade e menor incidência de desproporção céfalo-pélvica e pré-eclâmpsia. No grupo de gestantes com idade avançada houve maior freqüência de diabetes, pré-eclâmpsia, ruptura prematura das membranas, índice de Apgar no quinto minuto menor que sete e maior frequência de parto operatório cesáreo.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática do autoexame das mamas (AEM) em mulheres do município de São Luís (MA) e os fatores sociodemográficos relacionados. MÉTODOS: estudo transversal, prospectivo, com amostragem por conglomerados, no qual foram incluídas 552 mulheres de 14 setores censitários em São Luís, no período de Janeiro a Setembro de 2003. O conhecimento, a atitude e a prática (variáveis dependentes) foram avaliados pela análise das respostas das mulheres em "adequado" ou "inadequado". As principais variáveis independentes foram: idade, escolaridade, renda familiar, situação conjugal e status menopausal. Foi realizado o teste do χ2 para a associação entre variáveis categóricas e a mensuração do Odds Ratio (OR) bruto e ajustado após análise multivariada por regressão logística. RESULTADOS: embora 1/3 da população estudada não tivesse conhecimento do AEM, o grupo de mulheres que eram informadas sobre a existência do exame possuía conhecimento (60,9%), prática (59,5%) e atitude (90%) adequados. O histórico familiar para câncer de mama (8,9%) não esteve associado a maior conhecimento e prática. A mídia mostrou-se de grande importância (63,6%) na disseminação da informação do AEM. Após análise multivariada, a mulher com parceiro (OR=1,9) apresentou maior adequação do conhecimento; o grupo de mulheres com idade maior que 50 anos (OR=11,7) teve melhor atitude quanto ao AEM; a escolaridade maior que cinco anos (OR=2) e mulher com parceiro (OR=1,7) estiveram associadas à prática mais correta do AEM. CONCLUSÃO: a maioria das pacientes conhece e pratica o AEM em São Luís e a atitude delas frente ao procedimento é extremamente positiva. Houve uma grande participação da mídia na propagação da informação sobre o AEM.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: comparar a cobertura da citologia convencional de Papanicolaou em mulheres de 15 a 59 anos entre dois inquéritos domiciliários, relacionando a alguns atributos pessoais e à tendência da mortalidade por câncer de colo do útero. MÉTODOS: analisou-se os dados coletados por meio de dois inquéritos domiciliários, com amostragem complexa, realizados no município de São Paulo nos anos de 1987 e 2001 a 2002. Foram comparadas as respostas autorreferidas de 968 mulheres no primeiro inquérito e 1.125 mulheres no segundo inquérito, na resposta à pergunta sobre a realização "alguma vez na vida" do teste de Papanicolaou, relacionando com faixa etária, cor da pele, situação conjugal, escolaridade e tendência da mortalidade por câncer de colo no período de 1980 a 2007. Foi aplicado o teste exato de Fisher em cada uma das comparações entre as amostras, consideradas como devidas ao acaso as diferenças que ocorreram com probabilidade p>5%. RESULTADOS: do primeiro inquérito para o segundo houve aumento de 24% na realização da citologia convencional de Papanicolaou (de 68,8% para 85%). As maiores variações do aumento de cobertura relacionadas com atributos pessoais das mulheres foram encontradas nas de cor da pele preta, solteiras e de nível de escolaridade mais baixo. Quanto à tendência nas taxas de mortalidade por câncer de colo, não se observou nítida disposição de ascensão e nem de declínio ao longo dos 28 anos estudados (1980 a 2007). CONCLUSÃO: houve aumento no acesso ao exame citológico de Papanicolaou nas mulheres mais vulneráveis. Desde 2001 e 2002, a cobertura de 85% já atingia a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém sem nítida tendência de declínio nas taxas de mortalidade por câncer de colo nos anos seguintes, indicando que o rastreamento é apenas parte de um programa efetivo e organizado para o controle do câncer do colo, cujo modelo deve garantir a integralidade da atenção à saúde da mulher.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Estudar a associação entre transtornos mentais pós-parto e fatores demográficos e psicossociais, pré e perinatais. MÉTODOS: Todas as familias com crianças de quatro meses da Vila Jardim - Porto Alegre (RS) - nascidos entre novembro de 1998 e dezembro de 1999 foram avaliadas. Utilizou-se o Self Report Questionnaire (SRQ-20) e entrevistas clínicas semiestruturadas individuais e do casal para fundamentar uma hipótese diagnóstica segundo os critérios do da quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). Realizou-se a avaliação da relação conjugal e do relacionamento da mãe com as famílias de origem e a rede social utilizando-se a Escala de Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF). RESULTADOS: Foram avaliadas 148 mães e os 116 pais que coabitavam. Segundo o SRQ, 34,4% das mães e 25,4% dos pais apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico. Clinicamente os percentuais foram maiores. Coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental materno. Na análise da totalidade do grupo de mulheres, estiveram associados: baixa renda familiar (OR=0,8; p<0,05) e a presença de transtorno materno no passado (OR=2,2; p<0,05). O estudo apenas das mulheres que coabitavam (n=116) mostrou associação exclusivamente com a má qualidade da relação conjugal (OR=7,3; p<0,05). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de se verificar a presença de transtorno mental materno da mãe nas consultas de pré-natal e puericultura, e introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância da relação conjugal.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Analisar a associação da gravidez na adolescência com prematuridade. MÉTODOS: Foram incluídas todas as pacientes que pariram num hospital terciário universitário do Maranhão, no período de julho a dezembro de 2006, alocando-as em dois grupos: adolescentes (10 a 19 anos de idade) e adultas (20 a 34 anos). As variáveis estudadas foram: escolaridade, situação conjugal, número de consultas no pré-natal, idade gestacional no início do pré-natal, duração da gestação, tipo de parto e peso ao nascer. Os dados foram processados no programa Epi-Info, versão 3.4.1, e foram analisadas as associações entre as variáveis pela razão dos produtos cruzados, a odds ratio (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%; utilizaram-se também modelos de regressão logística. O nível de significância adotado foi de 0,05. RESULTADOS: Foram avaliadas 1.978 pacientes. Verificou-se frequência de 25,4% de partos em adolescentes, que apresentaram baixa escolaridade, ausência de companheiro, menor número de consultas no pré-natal, início tardio do pré-natal, baixo peso ao nascer (BPN) e prematuridade. Realizando a análise, tendo como variável desfecho a prematuridade, verificou-se nítida associação com baixo número de consultas do pré-natal (OR 3,0; IC95% 2,2-4,0) e início tardio do pré-natal (OR 1,9; IC95% 1,3-2,6), baixa escolaridade (OR 1,9; IC95% 1,4-2,5) em relação com a adolescência (OR 1,5; IC95% 1,1-1,9). As adolescentes tiveram menor incidência de cesárea (33,3%) que as adultas (49,4%), com diferença significativa, além de menor associação com pré-eclâmpsia e desproporção cefalopélvica. CONCLUSÕES: A gravidez na adolescência esteve associada a início tardio do pré-natal e baixo número de consultas pré-natal, além de baixa escolaridade, BPN, prematuridade e menor incidência de desproporção cefalopélvica e pré-eclâmpsia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Verificar em puérperas internadas em um hospital universitário da região Sudeste do Brasil o padrão de consumo alcoólico antes e durante a gravidez, e fatores de risco associados a esse uso. MÉTODOS: Foram incluídas, consecutivamente, 493 puérperas entre junho e setembro de 2009. Foram excluídas puérperas com deficiência cognitiva. Para diagnosticar uso/abuso do álcool antes da gestação foram utilizados os questionários AUDIT e CAGE e, para o consumo durante a gravidez, também o T-ACE. Outro questionário foi aplicado para coleta de dados sociodemográficos, tais como, idade, escolaridade, situação conjugal e renda familiar. Para análise estatística foi utilizado o teste do χ² e calculou-se Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Valor p<0,05 foi considerado significante. RESULTADOS: Antes da gravidez, o CAGE foi positivo para 50/405 mulheres (12,3%) e o AUDIT identificou consumo alcoólico em 331 (67,1%), sendo de baixo risco em 233 (47,3%), de risco em 73 (14,8%) e nocivo ou provável dependência em 25 (5%). Durante a gravidez, o CAGE foi positivo para 53/405 gestantes (13,1%), o T-ACE em 84 (17%) e o AUDIT identificou uso do álcool por 114, sendo de baixo risco em 73 (14,8%), de risco em 27 (5,5%) e nocivo ou provável dependência em 14 (2,8%). O consumo de álcool foi mais frequente entre gestantes com menor escolaridade (8,8 versus 3,3%) (OR=2,8; IC95% 1,2 - 6,2) e mais frequente entre as que não coabitavam com companheiro (6 versus 1,7%) (OR=3,8; IC95% 1,3 - 11,1). Entre as gestantes que beberam, 49/114 (43%) foram aconselhadas abstinência. CONCLUSÕES: Verificou-se preocupante consumo alcoólico durante a gestação, principalmente entre as gestantes com menor escolaridade ou que não conviviam com companheiro. Houve baixa frequência de aconselhamento visando abstinência e o AUDIT foi o instrumento que mais frequentemente diagnosticou o uso do álcool.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVOS: Verificar a cobertura, pelo teste de Papanicolaou, de idosas e os fatores associados. MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo de base populacional com inquérito domiciliar. Os critérios de inclusão foram mulheres com 60 anos de idade ou mais, com residência na zona norte do município de Juiz de Fora, com independência para responder ao questionário ou que dispusessem de informante. A entrevista foi composta por questões sociodemográficas, referentes ao estado geral de saúde das idosas, e sobre a prática preventiva em saúde da mulher. A seleção se deu por amostragem aleatória estratificada e conglomerada em múltiplos estágios. Para a análise dos fatores de associação, elaborou-se um modelo teórico com três blocos hierarquizados de variáveis, ajustadas entre si em cada um deles. As variáveis que obtiveram nível de significância menor ou igual a 0,2 foram incluídas no modelo de regressão de Poisson e ajustadas ao nível superior ao seu (p<0,1). RESULTADOS: A submissão ao Papanicolaou foi de 84,1% (IC95% 79,0-88,4). A partir da regressão multivariada, três variáveis permaneceram associadas ao acesso ao teste de Papanicolaou: a situação conjugal "sem companheiro" (idosas solteiras, viúvas, separadas e divorciadas), a independência para execução das Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs) e a adesão ao exame de mamografia. Na análise interblocos estas variáveis continuaram significativamente associadas à de desfecho, e a independência para as AIVDs apresentou o mais alto poder de associação. CONCLUSÕES: Entre as idosas que compuseram a amostra estudada, observou-se variação acerca da utilização do teste de Papanicolaou. Uma adequação das políticas públicas de saúde em prol da formulação de diretrizes que priorizem o atendimento preventivo em caráter universal pode ser uma alternativa para solucionar as disparidades encontradas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Avaliar o nível de estresse de homens e mulheres que buscavam tratamento para infertilidade e identificar variáveis associadas. MÉTODOS: Estudo transversal com 101 homens e 101 mulheres que se consultavam pela primeira vez em um Ambulatório de Reprodução Humana. Os participantes responderam à versão brasileira do Inventário de Problema de Fertilidade (IPF) com base nos quatro domínios: "relacionamentos sociais", "vida sem filhos"; "relacionamento conjugal/sexual" e "maternidade/paternidade" e também a um questionário com características socioeconômicas e reprodutivas. Realizou-se análise bivariada através dos testes qui-quadrado e exato de Fisher, considerando p<0,05. Posteriormente realizou-se análise multivariada de correspondência, na qual foram incluídas as variáveis com p<0,20. RESULTADOS: De modo geral, os participantes apresentaram alto nível de estresse em todos os domínios, exceto no domínio "vida sem filhos". A análise multivariada por correspondência apontou que as variáveis que se aproximaram do estresse alto no domínio "relacionamentos sociais" foram: ser do sexo feminino, ter o problema da infertilidade, e considerar a qualidade do relacionamento conjugal regular. No domínio "vida sem filhos" as variáveis que se aproximaram do estresse alto foram: ser do sexo feminino, ter idade entre 18 e 24 anos, e ter o problema da infertilidade. Ser do sexo masculino, considerar a adoção, pais e/ou sogros e outras pessoas saberem da dificuldade para engravidar, e considerar a qualidade do relacionamento conjugal ótimo aproximaram-se do alto nível de estresse no domínio "relacionamento conjugal/sexual". Para o domínio "maternidade/paternidade" evidenciou-se que as variáveis ser do sexo feminino, considerar a qualidade do relacionamento conjugal regular, ter idade entre 25 e 35 anos, e praticar religião evangélica ou protestante aproximaram-se do alto nível de estresse. CONCLUSÃO: Homens e mulheres que buscam tratamento para infertilidade apresentam alto nível elevado de estresse, sugerindo que o apoio psicossocial é importante e deve ser diferenciado para homens e mulheres.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e compreender a experiência vivida por essas mulheres diante dos sintomas que apresentam. MÉTODOS: Este estudo compreendeu duas abordagens metodológicas - quantitativa e qualitativa, de forma complementar. Foi avaliada a qualidade de vida de 213 mulheres (abordagem quantitativa) por meio do SF-36, sendo 109 com SOP (Grupo Caso: 26,8±5,4 anos) e 104 mulheres saudáveis (Grupo Controle: 23,9±6,7 anos). A análise estatística compreendeu a utilização dos testes t de Student e qui-quadrado, além dos testes de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Das mulheres do Grupo SOP, 15 participaram do estudo qualitativo, tendo sido entrevistadas mediante uso de roteiro semiestruturado. Os dados qualitativos foram analisados por meio da técnica análise de conteúdo temática categorial. RESULTADOS: Mulheres com SOP apresentaram comprometimento na qualidade de vida quando comparadas ao Grupo Controle (capacidade funcional: 76,5±20,5 e 84,6±15,9, respectivamente; aspectos físicos: 56,4±43,3 e 72,6±33,3; estado geral de saúde: 55,2±21,0 e 62,5±17,2; vitalidade: 49,6±21,3 e 55,3±21,3; aspectos sociais: 55,3±32,4 e 66,2±26,7; aspectos emocionais: 34,2±39,7 e 52,9±38,2; saúde mental: 50,6±22,8 e 59,2±20,2). Em relação aos dados qualitativos, a análise temática categorial aponta que sentimentos de "anormalidade", tristeza, medo e ansiedade estiveram associados aos principais sintomas da SOP: hirsutismo, irregularidade menstrual, infertilidade e obesidade. Esses sintomas repercutiram na vida social, na esfera profissional e no relacionamento conjugal dessas mulheres. CONCLUSÃO: A SOP compromete a qualidade de vida das mulheres, levando-as a se sentirem diferentes das outras mulheres. Por causa disso, a mulher com SOP não necessita apenas de tratamento médico para as repercussões reprodutivas, estéticas e metabólicas, mas de atendimento multiprofissional.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Casos de demodicose bovina foram observados em um rebanho da raça Sindhi no período de dezembro 1989 a janeiro 1992. Ambas as formas, localizada e generalizada, foram diagnosticadas. Este é o primeiro relato da forma generalizada no Brasil. Nos dois primeiros anos, a demodicose foi diagnosticada somente em animais < 2 anos, enquanto que nos dois últimos anos, animais de todas as idades estavam positivos. A prevalência variou de 20,4% (11/54) a 53,1% (26/49) e 13,2% (12/91) a 14,8% (9/61) nos animais com menos e mais de 2 anos de idade, respectivamente. Os sinais clínicos variaram de pequenos nódulos a espessamento da pele com nódulos grandes e moles, nas formas localizada e generalizada, respectivamente. Os principais achados histopatológicos dos nódulos cutâneos na forma generalizada foram: acantose com hiperqueratose, adenite sebácea crônica, necrose muscular subcutânea e degeneração focal de células da camada basal da epiderme, além da presença de grande número de ácaros de localização intraluminal nos terços médio e inferior de folículos pilosos dilatados. Observou-se ainda perifoliculite crônica, caracterizada por infiltrado celular predominantemente linfoplasmocitário contendo ainda macrófagos e neutrófilos, que envolvia bulbos pilosos. O estado nutricional precário dos animais e o estresse provocado pela longa estiagem, provavelmente, contribuíram para aumentar a suscetibili-dade do rebanho à infestação pelos ácaros.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Psychological depression is an independent risk factor for coronary artery disease. C-reactive protein has been implicated as a mediator of the effect of psychological depression. Several studies have found that individuals, especially men, who report higher levels of psychological depression also have higher levels of C-reactive protein. The current study was undertaken to replicate these results in a Brazilian population, in which there is a much wider range of variation in both background characteristics (such as socioeconomic status) and coronary artery disease risk factors. A sample of 271 individuals was interviewed using the Center for Epidemiological Studies Depression Scale. Fasting blood samples were obtained and evaluated for C-reactive protein (assessed by a turbidimetric immunoassay using a Dade Behring kit) analysis in a subsample (N = 258) of individuals. The mean ± SD C-reactive protein for the entire sample was 0.43 ± 0.44, with 0.42 ± 0.48 for men and 0.43 ± 0.42 mg/L for women. Data were analyzed using multiple regression analysis, controlling for age, sex, body mass index, socioeconomic status, tobacco use, and both total cholesterol and low-density lipoprotein cholesterol. Higher reported depressive symptoms were correlated with higher C-reactive protein for men (partial r = 0.298, P = 0.004) and with lower C-reactive protein for women (partial r = -0.154, P = 0.059). The differences in the associations for men and women could be a result of differential effects of sex hormones on stress reactivity and immune response. On the other hand, this difference in the associations may be related to gender differences in the disclosure of emotion and the effect that self-disclosure has on physical health and immune response.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Propriedades termofísicas, densidade e viscosidade de soluções-modelo similares a sucos foram determinadas experimentalmente. Os resultados foram comparados aos preditos por modelos matemáticos (STATISTICA 6.0) e obtidos da literatura em função da sua composição química. Para definição das soluções-modelo, foi realizado um planejamento estrela, mantendo-se fixa a quanti-dade de ácido (1,5%) e variando-se a água (82-98,5%), o carboidrato (0-15%) e a gordura (0-1,5%). A densidade foi determinada em picnômetro. A viscosidade foi determinada em viscosímetro Brookfield modelo LVF. A condutividade térmica foi calculada com o conhecimento das propriedades difusividade térmica e calor específico (apresentados na Parte I deste trabalho MOURA [7]) e da densidade. Os resultados de cada propriedade foram analisados através de superfícies de respostas. Foram encontrados resultados significativos para as propriedades, mostrando que os modelos encontrados representam as mudanças das propriedades térmicas e físicas dos sucos, com alterações na composição e na temperatura.