322 resultados para Crianças Doenças - Teses
Resumo:
Os casos de introduo de corpos estranhos acidentais em crianças so freqentes nos pronto-atendimentos. O otorrinolaringologista pode atuar nos casos localizados no esfago. A experincia fundamental para o sucesso das intervenes. OBJETIVO: Descrever o atendimento de crianças que ingeriram moedas no Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Joo XXIII. FORMA DE ESTUDO: Clnico prospectivo. MATERIAL E MTODO: Foram avaliados sete casos de ingesto de moedas (idade, sexo, status na famlia, tamanho da moeda, conduta/evoluo). RESULTADOS: A idade variou de um at nove anos. Dois pacientes eram filhos nicos e cinco eram mais novos. O tamanho da moeda variou de 1,9cm at 2,5cm. Aps oito horas de observao, trs casos necessitaram de remoo no centro cirrgico porque a radiografia mostrava a moeda na cricofaringe e em quatro casos houve a descida espontaneamente para o intestino. CONCLUSO: O Setor de Otorrinolaringologia tem bons resultados usando laringoscpio de lmina reta e pina nos casos alojados na cricofaringe e esofagoscopia rgida para os casos distais. A amostra no permite concluir se o tamanho da moeda e a idade influenciam a descida espontnea para o trato gastrointestinal e se os pacientes filhos nicos ou os mais novos so mais predispostos a este acidente.
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O advento de novas drogas anti-retrovirais como os inibidores de protease provocou mudanas sensveis na morbidade e mortalidade de pacientes infectados pelo HIV. OBJETIVOS: Avaliar o impacto das novas drogas anti-retrovirais (Highly Active Anti-retroviral Therapy - HAART) na prevalncia de otite mdia crnica em populao peditrica infectada pelo HIV. MTODOS: Analisamos os pronturios de 471 crianças com idade entre zero e 12 anos e 11 meses portadoras de HIV atendidas no ambulatrio de AIDS de Clnica Otorrinolaringolgica do HCFMUSP. As crianças foram divididas em dois grupos, de acordo com a faixa etria: 0 a 5 anos e 11 meses e 6 a 12 anos e 11 meses, e classificadas como portadoras de otite mdia crnica, baseadas em achados de anamnese, otoscopia, audiometria e imitanciometria. As prevalncias de otite mdia crnica apresentadas e as contagens de linfcitos T CD4+ foram comparadas entre as crianças em uso ou no de HAART. RESULTADOS: Das 459 crianças atendidas, 65 (14,2%) apresentavam otite mdia crnica. Observamos, nas crianças de 0 a 5 anos e 11 meses que o uso de HAART esteve associado a significante menor prevalncia de otite mdia crnica (p = 0,02), e maior contagem de linfcitos T CD4+ (p < 0,001). CONCLUSO: O uso de HAART esteve associado menor prevalncia da forma crnica de otite mdia entre crianças menores de 6 anos infectadas pelo HIV, provavelmente como conseqncia do aumento promovido na contagem de linfcitos T CD4+.
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Trinta por cento das faringotonsilites agudas so de etiologia estreptoccica com potencial de complicaes como a glomerulonefrite difusa aguda e febre reumtica. Crianças de creches apresentam maior incidncia destas infeces. OBJETIVO: Identificar e comparar a prevalncia do Streptococcus pyogenes na orofaringe entre crianças que freqentam creches e crianças no-institucionalizadas, em duas regies do Brasil. CASUSTICA E MTODO: Estudo prospectivo com 200 crianças, provenientes da cidade de Porto Velho/RO e So Paulo/SP, em quatro grupos, freqentadoras ou no de creches. Realizou-se swab de orofaringe e cultura para identificao do Streptococcus pyogenes. RESULTADOS: Prevalncia de 8% e 2% entre as crianças de So Paulo que atendem a creches e do grupo controle, respectivamente, apresentando valor estatstico (p=0,02). Prevalncia de 24% e 16% nos grupos de Porto Velho/RO que freqentam creche e controle respectivamente, no caracterizando diferena estatisticamente significante (p=0,18). Observou-se diferena estatisticamente significante entre os grupos creche e controle de So Paulo/SP aos seus correspondentes de Porto Velho/RO (p < 0,01). CONCLUSO: Os resultados deste estudo nos permitem sugerir que freqncia em creches representa um fator de risco para a colonizao de orofaringe pelo Streptococcus pyogenes, fato observado em populaes distintas, porm com significncia estatstica em apenas uma das duas amostras.
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O colesteatoma constitudo de matriz, perimatriz e contedo cstico. Alguns autores afirmam que, em crianças, seu comportamento clnico mais agressivo do que em adultos. OBJETIVOS: Comparar histologicamente colesteatomas de crianças e adultos. METODOLOGIA: Foram analisados 74 colesteatomas, sendo 35 de pacientes peditricos (<18 anos) e 39 de adultos (>18 anos). Foram avaliados o nmero de camadas celulares e hiperplasia na matriz; espessura, epitlio delimitante, fibrose, inflamao e granuloma na perimatriz. A anlise estatstica foi realizada com o programa SPSS 10.0, utilizando os coeficientes de Pearson e de Spearman, testes t e de qui-quadrado. O nmero de camadas celulares na matriz foi de 8,24,2. A hiperplasia aparece em 17%, a fibrose em 65%, o granuloma em 12% e o epitlio delimitante em 21%. A perimatriz apresentou uma mediana de 80 micrmetros (37 a 232), valor mnimo zero e valor mximo 1.926. O grau histolgico de inflamao foi considerado de moderado a acentuado em 60%. Ao aplicarmos o coeficiente de Spearman entre o grau de inflamao e mdia de camadas celulares da matriz com as variveis sumarizadoras da medida de espessura da perimatriz encontramos correlaes, significativas, com magnitudes de moderadas a grandes (rs=0,5 e P<0,0001). CONCLUSO: No foram identificadas diferenas morfolgicas entre os colesteatomas de adultos e crianças. Encontramos correlao entre a intensidade da inflamao e da mdia de camadas celulares da matriz com a espessura da perimatriz, o que pode predizer sua agressividade, mais estudos so necessrios para definir o papel deste achado na patognese do colesteatoma.
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Distrbios obstrutivos do sono (DOS) so prevalentes e existem evidncias de afetarem a qualidade de vida das crianças. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de crianças com DOS antes e aps adenoidectomia ou adenotonsilectomia. MATERIAL E MTODOS: Estudo prospectivo de interveno, tipo antes e aps, com componente avaliativo. Foi recrutada uma amostra consecutiva de crianças com indicao de adenoidectomia ou adenotonsilectomia em um ambulatrio de otorrinolaringologia e aplicado aos cuidadores um questionrio especfico para a avaliao da qualidade de vida, o OSA-18, antes da cirurgia e com pelo menos 30 dias aps. Foi realizado exame nasofibroscpico, otorrinolaringolgico e questionrio semi-estruturado sobre o perfil clnico e social da criana, em ambas as consultas. RESULTADOS: Foram avaliadas 48 crianças com mdia de idade de 5,93 anos (DP=2,43). A mdia de escolaridade do cuidador foi de 8,29 anos (DP=3,14). Os sintomas mais freqentes foram: sono agitado, apnia e ronco. A mdia de escore total do OSA-18 basal foi de 82,83 (grande impacto) e no ps-operatrio, de 34,15. As diferenas nos escores total e dos domnios entre o OSA-18 basal e ps-operatrio foram todas significantes (p<0,00). CONCLUSO: DOS apresentam impacto relevante na qualidade de vida e melhoram consideravelmente aps o tratamento cirrgico.
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OBJETIVOS: Avaliar a segurana da resseco bilateral das glndulas submandibulares e ligadura dos ductos parotdeos em crianças para reduzir a saliva, a eficcia e as complicaes em mdio e longo prazo no tratamento da sialorria. FORMA DE ESTUDO: Coorte longitudinal. MATERIAL E MTODO: Trinta e uma crianças, com idades entre 6 e 13 anos (mdia de 7,6 anos), com mltiplas deficincias de etiologia neurolgica foram submetidas resseco bilateral das glndulas submandibulares e ligadura dos ductos parotdeos, para controle da sialorria, entre dezembro de 1999 a dezembro de 2005, e seguimento mdio de 36 meses. RESULTADOS: O critrio de sucesso foi o estabelecido por Wilkie, e 87% das crianças tiveram resultados excelentes e bons, sendo a morbidade insignificante e a principal complicao foi o edema temporrio na regio parotdea. CONCLUSO: A resseco bilateral das glndulas submandibulares e a ligadura dos ductos parotdeos constituem tcnica segura e eficaz para ser realizada em crianças, com 87% de sucesso no controle da sialorria.
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MATERIAL E MTODOS: em funo das relaes anatomofuncionais do osso hiide com o complexo craniofacial, realizou-se avaliao cefalomtrica da posio do osso hiide em relao ao padro respiratrio. A amostra consistiu de 53 crianças, gnero feminino, com idades mdias de 10 anos, sendo 28 respiradoras nasais e 25, bucais. As medidas cefalomtricas horizontais, verticais e angulares foram utilizadas com a finalidade de determinar a posio do osso hiide. Estabeleceu-se uma comparao entre os grupos por meio do teste "t" de student, bem como correlao de Pearson entre as variveis. RESULTADOS: Observou-se que no ocorreram diferenas estatsticas significativas para a posio mandibular e posio do osso hiide e o tipo do padro respiratrio. No Tringulo Hiideo, o coeficiente de correlao de 0,40 foi significativo entre AA-ENP (distncia entre vrtebra atlas e espinha nasal posterior) e C3-H (distncia entre a terceira vrtebra cervical e osso hiide) demonstrando uma relao positiva entre os limites sseos do espao areo superior e inferior. Para as medidas cranianas sugeriu-se uma relao entre a posio do osso hiide com a morfologia mandibular. CONCLUSO: Os resultados permitiram concluir que o osso hiide mantm uma posio estvel, provavelmente, para garantir as propores corretas das vias areas e no depende do padro respiratrio predominante.
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Das complicaes da sinusite, as que envolvem a regio orbitria so mais freqentes. OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo mostrar a incidncia de celulite orbitria (CO) como complicao de sinusite aguda em crianças. Forma de Estudo: Retrospectivo. MTODO: Aps autorizao especfica, foram avaliados todos os pronturios de pacientes peditricos, com idade at 12 anos, com diagnstico de complicao orbitria por sinusite, admitidos na Clnica de ORL e Peditrica do HPEV no perodo de 1985 a 2004. Os casos foram analisados segundo o sexo, idade, quadro clnico, seio paranasal acometido, perodo mdio de internao, exames de imagem realizados e tratamento institudo. RESULTADO: No perodo de 1985 a 2004, foram diagnosticados 25 pacientes portadores de CO, apresentando uma incidncia de 6%, predomnio do sexo masculino, com mdia de idade de 6,5 anos. O seio paranasal mais acometido foi o maxilar. 24 pacientes apresentavam edema periorbitrio. Todos os 25 pacientes apresentavam velamento sinusal ao Rx. Um paciente apresentava deslocamento do globo ocular e proptose e a TC mostrava abscesso subperiosteal. O perodo mdio de internao foi de 4 dias. 25 pacientes receberam tratamento antibitico endovenoso e 2 foram submetidos a tratamento cirrgico associado. CONCLUSO: A incidncia de complicaes orbitrias ps-sinusite so infreqentes, com diagnstico precoce evoluem bem com tratamento clnico. A cirurgia pode ser necessria em alguns casos.
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Existem achados na literatura de limiares elevados em altas freqncias em crianças com histria de otite mdia secretora. OBJETIVO: Caracterizar os limiares de audibilidade nas altas freqncias em crianças normo-ouvintes com histria de mltiplos episdios de otite mdia secretora bilateral. MATERIAL E MTODO: Constituiu-se uma amostra de 31 crianças de ambos os sexos, sendo 14 com at 3 episdios de otite mdia secretora bilateral (Grupo 1) e 17 com quatro ou mais episdios (Grupo 2). Foi realizada a audiometria tonal por via area para as freqncias de 9.000 a 18.000Hz. FORMA DE ESTUDO: Transversal prospectivo. RESULTADOS: No houve diferena entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas dos indivduos de ambos os grupos para todas as freqncias, porm, houve entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas do Grupo 2 em relao ao Grupo 1 para todas as freqncias avaliadas. CONCLUSES: 1- Houve uma elevao dos limiares de audibilidade com o aumento das freqncias apresentadas. 2- A audiometria de altas freqncias mostrou-se capaz de separar, em grupos, indivduos com histria de otite mdia secretora denotando que quatro episdios de otite mdia j so suficientes para determinar diferenas estatisticamente significantes nos limiares de audibilidade das altas freqncias.
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O diagnstico diferencial de perdas auditivas com potencial evocado auditivo de tronco enceflico por via area e por via ssea em crianças pequenas tem sido pouco estudado no Brasil. OBJETIVO: Comparar as respostas do potencial evocado auditivo de tronco enceflico por vias area e ssea em crianças de at 2 meses de idade sem perdas auditivas. FORMA DE ESTUDO: Clnico prospectivo com coorte transversal. MATERIAL E MTODO: Foram avaliadas 12 crianças que passaram na triagem auditiva, por meio do potencial evocado auditivo de tronco enceflico por via area e via ssea. A via ssea foi realizada sem mascaramento contralateral. As respostas foram comparadas e analisadas por meio do teste de McNemar e pela anlise de varincia com medidas repetidas. RESULTADOS: No houve diferena estatstica no limiar eletrofisiolgico por via area e via ssea (p>0,05). O tempo de latncia por via ssea foi estatisticamente maior do que o tempo de latncia por via area (p=0,000). CONCLUSO: Houve concordncia no registro do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Enceflico captado por vias area e ssea nas intensidades prximas ao limiar auditivo; a latncia da onda V registrada por via ssea foi estatisticamente maior que a registrada por via area.
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Os distrbios obstrutivos do sono so relativamente freqentes na populao peditrica, porm o impacto da perda do sono na aprendizagem e funo cognitiva no est bem estabelecido. OBJETIVO: Avaliar se pacientes com distrbios obstrutivos do sono apresentam alterao de aprendizagem, memria e ateno. CASUSTICA E MTODO: Foram avaliadas 81 crianças de 6 a 12 anos de idade, divididas em 3 grupos: grupo SAHOS (n=24), grupo Ronco Primrio (n=37) e grupo Controle (n=20), atravs de testes de aprendizagem (Teste de Rey) e cognitivos (Dgito, Cdigo, Cancelamento de Letras e Smbolos). Todas as crianças realizaram polissonografia. RESULTADOS: O grupo SAHOS (n=24) e o grupo Ronco Primrio (n=37) apresentaram diferena estatisticamente significante nas variveis A1 (p=0,001) do Teste de Rey quando comparados ao grupo controle. O grupo Ronco Primrio apresentou ainda diferenas nas variveis A2, A4, AT e A6 do Teste de Rey (p=0,020; p=0,05; p=0,004; p=0,05, respectivamente) em relao ao grupo controle (n=20). CONCLUSO: Crianças com distrbios obstrutivos do sono apresentam piores resultados no teste de aprendizagem e memria (Teste de Rey), principalmente o grupo RP, quando este comparado ao grupo SAHOS. Os testes de ateno apresentam resultados semelhantes entre os grupos.
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OBJETIVO: Detectar precocemente uma possvel perda auditiva em crianças de mulheres expostas ao rudo ocupacional durante o perodo de gestao e verificar se h diferena nos resultados das amplitudes de resposta das emisses otoacsticas - produto de distoro - entre as crianças de mes expostas ao rudo ocupacional e as crianças de mes no-expostas ao rudo ocupacional. MTODOS: Crianças de mulheres expostas ao rudo ocupacional durante a gestao e crianças de mulheres no-expostas foram avaliadas atravs das emisses otoacsticas - produto de distoro -, usando o equipamento GSI 60 DPOEA SYSTEM e empregando a razo de F2/F1 igual a 1,2 e a mdia geomtrica de 2F1-F2. As intensidades das freqncias primrias mantiveram-se fixas, com valores de L1=65 dBNPS e L2=55 dBNPS para F1 e F2, respectivamente. Utilizou-se o teste t-Student em amostras emparelhadas e amostras independentes e o teste no-paramtrico de Wilcoxon. RESULTADOS: No houve diferena nos valores das medidas das mdias das amplitudes de resposta do produto de distoro entre os grupos controle e estudo. Tambm no houve diferena estatisticamente significante entre os sexos masculino e feminino nas amplitudes de respostas para os grupos controle e estudo, nem entre as orelhas direita e esquerda de cada grupo. CONCLUSO: No foi observado prejuzo auditivo nas crianças de mes expostas ao rudo ocupacional durante a gestao em comparao as crianças de mes no-expostas. No houve diferena entre as orelhas direita e esquerda e entre os sexos masculino e feminino de cada grupo.
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A ateno seletiva importante para o aprendizado da leitura e escrita. OBJETIVO: Estudar os processos de ateno seletiva de crianças com e sem distrbio de aprendizagem. MATERIAL E MTODO: O Grupo I foi constitudo de quarenta indivduos com idades entre nove anos e seis meses a dez anos e 11 meses, que apresentavam baixo risco para alterao no desenvolvimento das habilidades auditivas, linguagem e aprendizagem. O Grupo II foi constitudo de 20 indivduos com idades entre nove anos e cinco meses a 11 anos e dez meses, diagnosticados como portadores de distrbio de aprendizagem. Foi realizado estudo prospectivo atravs do Teste Peditrico de Inteligibilidade de Fala (PSI). RESULTADO: O teste PSI com mensagem competitiva ipsilateral, orelha direita, na relao fala/rudo 0 e -10 foi apropriado para diferenciar o Grupo I e o Grupo II de forma estatisticamente significante. Ateno ao desempenho do Grupo II na performance da primeira orelha testada deve ser dada, por subsidiar caractersticas importantes de desempenho e reabilitao. CONCLUSO: O PSI foi adequado para diferenciar os grupos, havendo uma associao com o grupo com distrbio de aprendizagem, que revelou alterao nos processos de ateno seletiva.
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Uma das mais importantes aplicaes clnicas dos potenciais evocados auditivos de tronco cerebral (BERA) a sua utilizao na avaliao da surdez infantil. Atualmente o BERA tambm utilizado na triagem das sndromes ccleo-vestibulares a procura de leses retro-cocleares, na monitorao dos estados de coma (morte cerebral), na monitorao do tronco cerebral em cirurgias da base do crnio, etc. Uma das qualidades do BERA a sua capacidade de avaliar a integridade neurofisiolgica das vias auditivas do tronco cerebral. Desta maneira, algumas vezes durante a pesquisa dos limiares auditivos infantis, nos deparamos com BERAs que sugerem a presena de leses retro-cocleares das vias auditivas (assimetria de traados, aumento dos intervalos interpicos), muitas vezes comprovadas atravs de exames de imagem. Trata-se de achado ocasional de molstia neurolgica por ocasio da pesquisa dos limiares auditivos infantis. Neste trabalho relataremos dois casos de doenças neurolgicas, diagnosticadas ocasionalmente atravs do BERA realizado com o intuito de se pesquisar os limiares auditivos.
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A presena das respostas auditivas evocadas de latncia mdia permite-nos a avaliao da integridade do sistema auditivo perifrico e central, incluindo os ncleos e vias auditivas existentes at ao nvel da regio subcortical. Desta forma, elas tm sido usadas para o estudo das alteraes ocorridas em diferentes doenças neurolgicas. OBJETIVOS: Verificar os valores dos perodos de latncias destas respostas e detectar a presena das deflexes. CASUSTICA E MTODO: Foram avaliados 20 pacientes portadores de doenças neurolgicas existentes ao nvel central, de diferentes etiologias, sendo analisadas as vrias deflexes, positivas e negativas, geradas pelos potenciais auditivos evocados de latncia mdia. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos por convenincia e os dados coletados foram avaliados levando-se em considerao a relao interindivduos. FORMA DE ESTUDO: Foi adotado o estudo de Coorte, com avaliao contempornea. RESULTADOS: Foram analisados estatisticamente e mostram alteraes significativas da respostas evocadas de latncia mdia em pacientes neurolgicos. CONCLUSO: Nesses pacientes ou havia supresso das deflexes estudadas ou suas latncias estavam aumentadas, quando comparadas com os padres normais.