113 resultados para Couto, Mia, 1955- Crítica e interpretação


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A mudana climtica e o aquecimento global passaram, em curto espao de tempo, para o centro do debate pblico como o maior desafio do sculo XXI. Este artigo busca apresentar uma reviso crítica sobre a temtica das cidades e a mudana climtica baseando-se numa anlise da literatura internacional e nacional disponvel. Ressalta-se que os impactos da mudana climtica so esperados em reas urbanas afetando vrios setores do cotidiano das cidades. A evidncia emprica mostra que governos locais so fundamentais para implementar polticas pblicas relativas mudana climtica. De forma geral, a resposta dada por esses governos concentra-se em aes de mitigao e adaptao. Buscou-se, neste sentido, compreender os processos de urbanizao e industrializao como forma de entender a condio e as origens da vulnerabilidade socioambiental urbana no Brasil, bem como alertar para os enormes dficits socioeconmicos e ambientais das cidades brasileiras que tornam polticas pblicas e respostas mais urgentes e complicadas. Assim, no se trata de vinho velho em garrafa nova, mas sim da oportunidade no s de corrigir erros do passado, como tambm transformar as cidades brasileiras para o futuro de forma mais sustentvel e justa. Para isso torna-se necessrio um maior envolvimento dos estudos em administrao pblica e gesto local nessa discusso.

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O trfico de seres humanos, embora tenha origem remota, subsiste em escala global, notadamente em razo de elementos estruturais como a mobilidade forada que o sistema capitalista impe fora de trabalho. Todavia, o enfrentamento ao problema esbarra antes de tudo num impasse de ordem conceitual em razo da pluralidade de definies adotadas pelos pases e organizaes e da diversidade de abordagens e metodologias utilizadas. Esse contexto influencia o fluxo de informaes sobre o trfico de pessoas, questo aqui abordada por meio de pesquisa comparada. A amostra composta por 10 pases e os recursos documentais so os relatrios oficiais referentes implementao das Convenes 29 e 105 sobre trabalho forado encaminhados Organizao Internacional do Trabalho, examinados em sua natureza, explicitando-se suas semelhanas e diferenas.

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Este artigo visa a ampliar a compreenso do fenmeno da legitimidade das organizaes da sociedade civil (OSC), interpretando-o luz da teoria da capacidade crítica, de Boltanski e Thvenot (2006). Mais especificamente, trata-se de identificar, por meio da anlise do discurso de atores representativos do campo, quais so as justificativas que embasam a atuao e a existncia das OSC, conferindo-lhes legitimidade. Tomando por base a fundamentao terica e a anlise da trajetria do campo no Brasil, algumas hipteses foram formuladas: 1) que diversas lgicas so utilizadas nas justificativas; 2) que o encontro dessas lgicas provoca disputas e conflitos; 3) que possibilita a construo de passarelas; e 4) que existem lgicas predominantes que isolam a existncia das outras. Por meio de anlise de contedo do discurso de 46 atores representativos do campo das OSC na regio Sul do Brasil, as hipteses foram testadas e concluiu-se que as dimenses predominantes da legitimidade nessas OSC so a pragmtica e a moral, as quais estimulam a adaptao das OSC a padres estabelecidos externamente, enfraquecendo a pluralidade e, por conseguinte, a democracia no campo.

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Empreende-se neste ensaio um esforo de conhecer os pressupostos antropolgicos de interpretação do pensamento havaiano do sculo XVIII a partir da elucidao recproca dos argumentos de Marshall Sahlins e Gananath Obeyesekere sobre esta maneira de pensar. No sendo possvel reproduzir os argumentos dos autores em toda sua profuso etnogrfica e sofisticao terica, optou-se por destacar a questo da identificao pelos havaianos do capito Cook como seu deus Lono de modo a explicitar as preocupaes de Sahlins e Obeyesekere quanto validade de tal prtica como um comportamento racional.

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Este artigo objetiva levantar questes acerca de alguns dos debates travados pela historiografia colonial brasileira nas ltimas duas dcadas, relacionando-as, em linhas gerais, com mudanas polticas e sociais ocorridas no Brasil. Sugere-se que, no cerne de tais debates, encontra-se um mal-estar atinente s formas pelas quais os historiadores lidam com o problema da responsabilidade diante de uma sociedade marcadamente desigual.

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Este artigo objetiva analisar manuscrito original das Obras de Cludio Manuel da Costa publicadas em 1768, que passou pela Real Mesa Censria e contm vrios cortes e correes. Pretende-se discutir as modificaes feitas por iniciativa do poeta ou pela Mesa Censria, rgo criado por Pombal para o controle e censura das obras impressas ou em circulao no Reino, funes antes tripartidas entre o Desembargo do Pao, o Santo Ofcio e o Ordinrio.

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O fio condutor deste texto a trajetria de um homem de cor livre nascido na vila de Mariana, no ano de 1720, tendo falecido no Reino do Congo, em data desconhecida, provavelmente no ltimo decnio do sculo XVIII. Entre as Minas Gerais e o Reino do Congo, vrios anos vividos em Coimbra e Lisboa demarcaram a trajetria de Andr do Couto Godinho. A narrativa, aparentemente excepcional, no se restringe entretanto a episdios da vida pessoal de Godinho, ao contrrio, trata de coletivos mais amplos, constituindo-se, qui, em uma "janela privilegiada" para o mundo dos homens de cor livres em diferentes localidades do Imprio portugus, na segunda metade dos Setecentos. Assim, ao seguir os passos de Andr Godinho, focalizo contextos histricos que do sentido e podem, ao mesmo tempo, ser reinterpretados luz das possibilidades, escolhas e limitaes que constituram sua histria pessoal.

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O teste tuberculnico padronizado com 2 U.T. de PPD rt 23 foi aplicado em 35.680 pessoas de todas as idades, ambos os sexos, residentes no municpio de Ribeiro Preto, So Paulo, regio Sudeste do Brasil. O aspecto dos histogramas representativos da sensibilidade tuberculnica sugere a existncia de infeces por micobactrias atpicas nessa rea.

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Discute-se a determinao social da sade materno-infantil nas Amricas, a partir de inmeras publicaes e recomendaes oficiais. Observou-se que nem todos os estudos valorizam apropriadamente as variveis sociais e que muitos deles as consideram no mesmo nvel de importncia das variveis biolgicas. Como conseqncia, a compreenso final dos achados fica prejudicada e as concluses e recomendaes extradas ficam longe de tocar a raiz dos problemas. Diferentes variveis sociais (como escolaridade materna ou assistncia mdica) encontram-se freqentemente associadas com variveis biolgicas (como peso ao nascer ou estado nutricional). Esta associao, no entanto, pode no representar uma relao causai, mas to somente a ocorrncia simultnea de caractersticas pertencentes a uma nica classe social. Reitera-se a necessidade de estudos que reconheam as classes sociais e analisem os resultados sobre sade materno-infantil em relao s mesmas. Estes estudos provavelmente evidenciaro a importncia social da sade materno-infantil e evitaro as habituais diretrizes e recomendaes restritas ao plano puramente tcnico.

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Modificaes na avaliao do estado nutricional infantil, por intermdio da antropometria, vem sendo recentemence propostas em publicaes nacionais e internacionais de grande prestgio e veiculao. Tais modificaes envolvem a substituio do padro antropomtrico "Harvard" e a substituio dos critrios da "Classificao de Gomez" baseados no peso e idade da criana. luz da teoria que ampara o diagnstico antropomtrico de estado nutricional, so criticamente analisadas tanto as objees levantadas contra o mtodo diagnstico tradicional quanto s novas proposies formuladas. Da anlise, depreende-se que: a) a adoo de novos padres ("Santo Andr Classe IV" e "NCHS") se justifica plenamente, ainda que pouca repercusso prtica possa esperar-se da modificao; b) a adoo de percentis do padro para expressar nveis crticos aperfeioamento importante quando um amplo espectro de idades examinado ou quando mais de um indicador antropomtrico cogitado; c) o rebaixamento extremo de nveis antropomtricos crticos e a implcita preocupao unilateral com a especificidade do diagnstico no encontram justificativa em nosso meio onde a desnutrio no evento raro; d) em determinadas idades, a observao continua do indicador peso/idade pode resultar mais vantajosa do que a introduo de novos indicadores como altura/idade e peso/altura. Da anlise realizada, depreende-se tambm que a propriedade de critrios antropomtricos na avaliao nutricional no pode ser devidamente apreciada sem que sejam explicitados o propsito da avaliao e o possvel nvel de endemicidade da desnutrio na populao a ser examinada.

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Trata-se de parte de uma pesquisa sobre a soroprevalncia e fatores de risco para as doenas infecciosas triadas pelos bancos de sangue, com o objetivo de discutir as implicaes metodolgicas na interpretação dos estudos seccionais realizados em bancos de sangue para estimativa da prevalncia populacional para a infeco pelo Virus da Hepatite B (VHB). De outubro de 1988 a fevereiro de 1989, 1.033 primodoadores de sangue, de 5 dos 8 bancos de sangue da cidade de Goinia - GO, Brasil, foram entrevistados. Uma amostra de sangue foi coletada para deteco dos marcadores sorolgicos AgHBs e anti-HBs pela tcnica de ELISA. Foram obtidas taxas de soroprevalncia de 1,9% e 10,9% para AgHBs e anti-HBs, respectivamente. No houve diferena estatisticamente significante na prevalncia de AgHBs em diferentes grupos etrios e sexo. Foi observado o aumento significante de anticorpos anti-HBs com a idade (X para tendncia = 7,9 p = 0, 004). O valor preditivo positivo e a sensibilidade da histria de ictercia ou hepatite na anamnese em detectar soropositivos mostraram-se baixos, 13,6% e 2,2%, respectivamente. Foram discutidas a validade interna e externa e as limitaes na extrapolao destas estimativas levando-se em considerao as caractersticas de distribuio etria e sexo da populao, a "voluntariedade", um possvel "efeito doador saudvel" e a representatividade dos grupos de risco para infeco pelo VHB entre os doadores de sangue.

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Objetivou-se identificar as bases histricas e filosficas da epidemiologia, a fim de enriquecer a reflexo sobre a insero dessa cincia no conjunto das prticas de sade. Utilizando-se informaes historiogrficas extradas de textos consagrados na literatura especializada, e buscando-se subsdios tericos e metodolgicos na produo da epistemologia histrica francesa, procede-se a uma aproximao epistemolgica apoiada tico-filosoficamente na crítica da razo moderna desenvolvida pela chamada Escola de Frankfurt. Destaca-se a noo abstrata de "meio" na traduo terica do "espao pblico da sade" como a base contraditria da conformao instrumental do conhecimento epidemiolgico. Com base nesta noo ampliou-se, de forma progressiva, a possibilidade de conhecimento e interveno sobre os fenmenos sanitrios, mas, ao mesmo tempo, limitou-se a objetivao do carter propriamente pblico desses fenmenos.

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Discute-se a base de construo do conceito de risco, a partir da descrio do modelo de inferncia causal de Rubin, desenvolvido no mbito da estatstica aplicada, e incorporado por uma vertente da epidemiologia. A apresentao das premissas da inferncia causal torna visvel as passagens lgicas assumidas na construo do conceito de risco, permitindo entend-lo "por dentro". Esta vertente tenta demonstrar que a estatstica capaz de inferir causalidade ao invs de simplesmente evidenciar associaes estatsticas, estimando em um modelo o que definido como o efeito de uma causa. A partir desta distino entre procedimentos de inferncia causal e de associao, busca-se distinguir tambm o que seria a dimenso epidemiolgica dos conceitos, em contrapartida a uma dimenso simplesmente estatstica. Nesse contexto, a abordagem dos conceitos de interao e confuso toma-se mais complexa. Busca-se apontar as redues que se operam nas passagens da construo metodolgica do risco. Tanto no contexto de inferncias individuais, quanto populacionais, esta construo metodolgica impe limites que precisam ser considerados nas aplicaes tericas e prticas da epidemiologia.