236 resultados para Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Resumo:
Para determinar a prevalência da toxoplasmose ocular na população em geral do bairro de Santa Rita de Cássia, Barra Mansa, RJ, foi realizado um estudo seccional no qual 1.071 indivíduos foram submetidos a testes sorológicos (IgG e IgM anti-Toxoplasma) e a exame físico e oftalmológico. O diagnóstico da toxoplasmose ocular presumida foi baseado em critérios clínicos, sorológicos e aspecto da lesão retinocoroidiana. As lesões foram classificadas em três tipos morfológicos: 1. Limites marcados com halo de hiperpigmentação e área de atrofia coriorretiniana central. 2. Halo hipopigmentado e área central hiperpigmentada e 3. Hiperpigmentadas ou hipopigmentadas. A prevalência de lesões cicatrizadas compatíveis com toxoplasmose ocular foi de 3,8% na população em geral e 5,8% entre os indivíduos com sorologia positiva para Toxoplasma gondii (65,9% dos indivíduos analisados), com predominância de: lesões do tipo 1 (41,5%), sexo feminino (68,3%), periféricas (58,5%) e menores que 3 diâmetros de disco (87,8%).
Resumo:
Loxosceles laeta é a espécie de aranha-marrom de maior importância médica, causando acidentes de maior gravidade, além de apresentar hábito sinantrópico. No presente trabalho, é apresentado o primeiro registro sinantrópico de Loxosceles laeta no Município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, a partir de encontro e coleta ocasional de espécimes, no período de agosto de 2005 a junho de 2009. A espécie foi registrada em um prédio do Museu Nacional/UFRJ, localizado no parque da Quinta da Boa Vista, área urbana na Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro. O foco foi considerado localizado e restrito. Loxosceles laeta é adaptável às condições climáticas da região metropolitana do Rio de Janeiro, o que torna possível o estabelecimento de novos focos da espécie e a ocorrência de loxoscelismo na região.
Resumo:
Objetivando-se avaliar a eficiência de armadilhas no monitoramento de vetores de dengue e febre amarela no Rio de Janeiro, foram utilizadas simultaneamente, 12 larvitrampas e 12 ovitrampas ao longo de 13 semanas. Resultados mostraram que as larvitrampas apresentam maior capacidade de positivar, destacando-se como importante ferramenta no monitoramento de vigilância vetorial.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A letalidade da malária na região extra-amazônica é cerca de 80 vezes maior do que na Amazônia, que concentra 99,8% dos casos do país. Em áreas de transmissão de dengue, como o Rio de Janeiro, o atraso no diagnóstico e tratamento da malária dos pacientes com febre, provenientes de áreas endêmicas de malária, pode ser, entre outros fatores, devido à confusão entre o diagnóstico das duas doenças pelos generalistas da rede de assistência médica. Neste trabalho, apresentamos as consequências do atraso diagnóstico em três pacientes com malária por Plasmodium falciparum; P. malariae e P. vivax, que, após o périplo habitual para tratamento de dengue, procuraram a nossa instituição onde foram corretamente diagnosticados e submetidos aos tratamentos adequados. MÉTODOS: Descrição de três casos de malária diagnosticada tardiamente e encaminhados ao IPEC/ FIOCRUZ, entre os anos de 2007 e 2008. RESULTADOS: uma brasileira proveniente de Moçambique, primo-infectada por P. falciparum, com malária diagnosticada após 6 dias do início da febre, morreu com malária cerebral e choque. Outro paciente com malária por P. malariae teve um curso grave e prolongado, mas ficou curado após o tratamento específico. A terceira paciente diagnosticada tardiamente apresentou malária por P. vivax adquirida na região de Mata Atlântica no Estado do Rio. CONCLUSÕES: Os profissionais de saúde do Rio devem ser treinados para aperfeiçoar a vigilância e o tratamento oportuno da malária e evitar desfechos mórbidos e fatais. Sugere-se que uma investigação de focos de malária autóctone em áreas de mata no estado seja realizada.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a letalidade nos procedimentos de doenças isquêmicas do coração (DIC) aguda e crônica e por revascularização miocárdica (RVM) e angioplastia coronariana (AC) nos hospitais cadastrados no SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares/Sistema Único de Saúde) no Estado do Rio de Janeiro (ERJ), de 1999 a 2003. MÉTODOS: Os procedimentos considerados de RVM e de AC provieram do Datasus. As taxas foram padronizadas por sexo, idade e gravidade de doença, tendo como padrão todos os procedimentos de alta complexidade cardiovascular, realizados no ERJ em 2000. Os grupos de DIC são: angina, infarto agudo do miocárdio, outras DIC agudas e DIC crônicas. RESULTADOS: As letalidades por angina, IAM, outras DIC agudas e DIC crônicas foram de 2,8%, 16,2%, 2,9% e 3,9%, respectivamente, no ERJ. As taxas de letalidade, ajustadas por idade, sexo e grupo diagnóstico, nas RVM e AC foram elevadas, variando entre 1,9% e 12,8% nas RVM, e atingindo 3,2% nas AC, e de 2,3% e 11,1%, quando o tratamento clínico era realizado. CONCLUSÃO: As RVM e AC no tratamento das DIC no ERJ vêm aumentando progressivamente. A letalidade esteve acima do desejável, principalmente nas internações por DIC crônicas (5,4% e 1,7%, respectivamente). O tratamento clínico otimizado parece boa opção terapêutica, reservando-se as RVM e AC para os casos de pior prognóstico. A letalidade no IAM com tratamento clínico foi semelhante à existente quando não se utilizam trombolíticos (16,7%).
Resumo:
FUNDAMENTO: Os gastos com cirurgia de revascularização do miocárdio (RVM) e angioplastia coronariana (AC), representaram importante ônus para o SUS. OBJETIVO: Analisar gastos do SUS com RVM e AC e sua performance nos hospitais do Estado do Rio de Janeiro (ERJ), de 1999 a 2008. MÉTODOS: As informações provieram das AIH pagas dos hospitais com mais de 100 revascularizações. As taxas de letalidade foram ajustadas por modelos Poisson (covariáveis idade, dias de permanência no hospital e gasto em UTI). Foram construídos índices de gasto médio relativo, dividindo-se o valor médio da fração de gasto em cada hospital pelo gasto médio no ERJ, em dólares. Para análise estatística empregou-se o Stata. RESULTADOS: Foram pagas 10.983 RVM e 19.661 AC em 20 hospitais nos 10 anos, com valores médios de US$ 3.088,12 e 2.183,93, respectivamente. A taxa de letalidade nas RVM flutuou de 9,2%-1999 para 7,7%-2008, com valores extremos de 5,0%-9,2% e nas AC de 1,6%-1999 para 1,5%-2008, com valores extremos de 0,9%-2,3%. Os hospitais diminuíram a realização de RVM e duplicaram a de AC. Idade, tempo de internação e gastos em UTI correlacionaram-se significativamente com a letalidade nas RVM e AC pagas no ERJ. Em média, os gastos com os serviços hospitalares representaram 41% do total das RVM e 18% das AC, e os com as órteses e próteses, 55% das AC e 28% nas RVM. CONCLUSÃO: Evidencia-se necessidade de melhorar a qualidade do atendimento das instituições que realizam RVM e AC pagas pelo SUS.
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Mischonyx poeta sp. nov. (Gonyleptidae, Gonyleptinae) é descrita de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brasil. A nova espécie pode ser diagnosticada pela forma da apófise retrolateral do fêmur IV do macho, que possui faces anterior e posterior assimétricas. Mischonyx poeta sp. nov. é conhecida apenas da sua localidade tipo.
Resumo:
Baseado em uma grande amostragem de morcegos realizada na Mata Atlântica, Estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil, nós analisamos a biologia reprodutiva de Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810). Os morcegos foram capturados com redes de neblina entre 1989 e 2005, em 27 das 41 diferentes localidades amostradas. O começo da época reprodutiva foi estimado 30 dias antes da data da captura da primeira fêmea grávida. Para determinação do término da época reprodutiva empregamos a data da captura da última fêmea lactante mais 40 dias. O total de 688 morcegos adultos foi analisado, sendo 58,3% representados por fêmeas. O maior número de capturas foi observado nos meses de fevereiro, janeiro e agosto. Machos com testículos escrotados foram observados em todos os meses. Fêmeas inativas sexualmente foram observadas com predominância em março e de maio a agosto. Fêmeas com fetos palpáveis foram observadas em todos os meses, exceto em abril, junho e julho com pico em agosto-outubro e janeiro-fevereiro. Fêmeas lactantes foram capturadas de novembro a junho, com pico em novembro e fevereiro. Fêmeas simultaneamente grávidas e lactantes foram capturadas em todos os meses exceto em junho, com pico em abril. O tamanho da época reprodutiva variou a cada ano, compreendendo de 8 a 12 meses, com média de 10,6 meses.
Resumo:
A Mata Atlântica, apesar de ainda sofrer uma intensa devastação, abriga 261 espécies de mamíferos, sendo 73 endêmicos. Mamíferos de grande porte estão entre os mais vulneráveis à caça, perda de habitat e tráfico de animais. No Estado do Rio de Janeiro existem somente duas Reservas Biológicas de Mata Atlântica de baixada, a Reserva Biológica de Poço das Antas e a Reserva Biológica União. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da prática da caça ilegal sobre a fauna de mamíferos nestas duas Unidades de Conservação. O levantamento populacional foi realizado utilizando o método de transecção linear e 375 quilômetros foram percorridos durante o período de dezembro de 2003 a janeiro de 2005. Os dados de estimativa de densidade populacional foram analisados no programa DISTANCE 5.0. Através de encontros visuais foram confirmadas 12 espécies durante o levantamento, sendo estas regularmente caçadas na região. As espécies que apresentaram maior densidade nas duas Unidades de Conservação foram o macaco-prego (Cebus nigritus Erxleben, 1777), o bugio (Alouatta guariba Lacépède, 1799), tatu-galinha (Dasypus novemcintus Linnaeus, 1758) e o tatu (Dasypus septemcinctus Linnaeus, 1758). As espécies mais raras ou ausentes foram a anta (Tapirus terrestris Brünnich, 1771), o veado (Mazama americana Rafinesque, 1817) e o queixada (Tayassu pecari Link, 1795). Evidências diretas e indiretas da ação da caça ilegal foram observadas nas duas áreas de estudo, indicando que a caça é uma prática comum nessas Reservas Biológicas. A sobrevivência a longo prazo dessas espécies é questionável, já que as populações remanescentes em fragmentos são pequenas e isoladas, o que as tornam muito susceptível à extinção mesmo sob uma baixa pressão de caça.
Resumo:
A região onde se localiza o estado do Rio de Janeiro pode ser considerada biogeograficamente importante por abrigar os limites geográficos extremos da Serra do Mar e das florestas dos tabuleiros (ou de baixada), formações bastante significativas para a distribuição de diversas espécies de aves. Nesse estudo, através de extensa consulta bibliográfica, foram encontradas 59 espécies de aves com seu limite sul (40 espécies) ou norte (19 espécies) de distribuição geográfica localizado no estado do Rio de Janeiro. As espécies com limite sul de distribuição no estado têm registros em quase todo o território fluminense, exceto na região do alto vale do rio Paraíba do Sul e na porção mais ocidental da costa fluminense. São espécies predominantemente associadas às florestas de baixada e submontanas e mais da metade está incluída na lista de espécies ameaçadas de extinção do estado. As espécies com limite norte de distribuição no Rio de Janeiro podem ser classificadas em dois grupos básicos quanto ao seu padrão de distribuição em território fluminense. O primeiro grupo é composto por espécies de ambientes florestais montanos e endêmicas da Mata Atlântica, enquanto o segundo grupo é constituído por visitantes ocasionais associados a ambientes aquáticos. A baixa representatividade de espécies ameaçadas entre aquelas com limite norte de distribuição no Rio de Janeiro pode ser explicada pela elevada proporção, entre suas espécies florestais, de representantes de matas serranas, melhor preservadas que as matas de baixada.
Resumo:
O trabalho refere as observações feitas em 1947 em um foco de leishmaniose muco-cutânea na Baixada Fluminense (Estado do Rio de Janeiro, Brasil). A existência da moléstia como uma endemia na região foi comprovada pelo encontro de 21 cicatrizes típicas, reagindo positivamente à intradermo-reação com antígeno específico, algumas datando de 5 a 15 anos. Na época dos trabalhos, entretanto, foi constatado um "surto epidêmico", o qual coincidira com uma grande derrubada florestal para fabrico de carvão vegetal. De 306 pessoas examinadas (cêrca de 50% da população local), foram encontradas 39 com lesões leishmanióticas (12,7%). Dentro e fora dos domicílios foram capturados Phlebotomus intermedius. Em 12 cães examinados foi encontrado um com diagnóstico provável da moléstia. Quinze gatos examinados mostraram-se negativos e, do mesmo modo, 28 mamíferos silvestres de pequeno porte. Dos 39 paciente, 4 tinham lesões mucosas (10,3%); 16 apresentavam lesões múltiplas (41,0%); e 19 eram mulheres (48,7%). Havia absoluta predominância das lesões nas partes descobertas do corpo. Cêrca de 1/3 dos casos era em crianças até 10 anos, atestando uma intensa transmissão domiciliária. Existiam casas com 2 a 6 enfermos. Com base nos informes dos pacientes ou responsáveis quanto ao tempo de doença (e admitindo-se um período incubativo médio de 2 meses), conclui-se que, provàvelmente, a grande maioria das infecções se dera entre julho e novembro, coincidindo com a derrubada florestal acima citada. Em 36 casos foi feita a intradermo-reação de Montenegro, obtendo-se respostas duvidosas em 2 e positivas em 34, com intensidade variável. Foram feitas 18 biópsias. Na epiderme havia hiperacantose e, freqüentement, pseudoepiteliomatose com globos córneos e microabcessos; e na derme observaram-se 2 quadros característicos: ou um infiltrado de plasmócitos predominantes, ou uma reação granulomatosa, os quais, às vêzes, se associavam. Em geral, a granulomatose ocorria nos casos mais antigos, isolada ou associada à infiltração, que predominava nos casos mais recentes da enfermidade. A granulomatose traduziria um estado hiperérgico do organismo, uma vez que os indivífuos que a apresentaram tinham maior tempo de doença e reagiam fortemente à intradermo-reação. As leishmanias nunca se mostraram muito numerosas nos cortes estudados. Em 3 paciente foi observada cura espontânea. Foram tratados 26 doentes, sendo 18 com tártaro emético, 4 com "fuadina" e 4 com ambos os remédios. O tártaro mostrou-se tóxico, embora desse resultados tão bons quanto a "fuadina". Dois paciente com lesões da mucosa nasal não se curaram completamente, não obstante terem recebido ambos os remédios. Cinco anos depois dêste inquérito contatou-se pràticamente a extinção dêste foco de leishmaniose. Durante êsse tempo tinham sido feitas aspersões domiciliárias periódicas com o DDT para combate à malária (NERY GUIMARÃES & BUSTAMANTE, 1953).
Resumo:
Capturas sistemáticas foram realizadas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, durante dois anos consecutivos - setembro de 1980 a agosto de 1982 - visando estabelecer a distribuição estacional, em isca humana,das espécies de culicídeos que ali ocorrem. Esta distribuição esteve influenciada, diretamente e nesta ordem, por três importantes variáveis climatológicas: precipitação pluviométrica, umidade relativa e temperatura. A estação hibernal atuou como fator limitante para a maioria das espécies. Os sabetinos foram os mais resistentes a este período e, por conseguinte, os mais constantes e abundantes dentre os mosquitos encontrados. Os sabetinos Ph. pilicauda e Li, durhami foram os mosquitos mais frequentes, ficando com Cx. nigripalpus e Ae. scapularis esta supremacia dentre os culicinos. Quanto aos anofelinos, deparamos quase que exclusivamente com representantes de An. cruzii. Encontramos espécies vetoras de doenças ao homem como: Ha. capricornii, Ha. leucocelaenus, An. cruzii e Ae. scapularis em outras áreas.
Resumo:
Num foco de leishmaniose tegumentar, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, foi encontrado um exemplar de Lutzomyia intermedia naturalmente infectado com Leishmania braziliensis.