75 resultados para Brasil. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
Resumo:
A classificação de estradas florestais é essencial, pois permite o diálogo sem problemas de terminologia, dando subsídios ao planejamento que visa a implantação, conservação e avaliação das estradas existentes. Os objetivos deste trabalho foram elaborar uma classificação de estradas florestais, estimar seus respectivos custos de construção e aplicar esta classificação em uma empresa florestal brasileira. Através da combinação de índices de qualidade foram obtidos, de forma hierarquizada, 20 diferentes classes de estradas com a respectiva velocidade operacional do veículo de transporte e 120 diferentes tipos de estradas com seus respectivos custos de construção. Na região onde se realizou esta pesquisa, observaram-se três categorias de estradas: principais, secundárias e terciárias, cuja estimativa de custos de construção foi R$ 9.050,00, R$ 4.050,00 e R$ 2.937,00/km, respectivamente.
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O presente trabalho foi realizado na FLONA de Paraopeba, MG, e teve como objetivo o levantamento florístico das fanerófitas, ao longo de um gradiente de cerradão e cerrado sensu stricto, em uma área de 2.600 m². Foram encontradas 91 espécies, pertencentes a 71 gêneros de 41 famílias. As famílias mais representativas foram Leguminosae, Myrtaceae, Malpighiaceae, Vochysiaceae, Rubiaceae e Melastomataceae. Os gêneros Miconia, Myrcia, Erythroxylum e Qualea foram os mais ricos. Magonia pubescens destacou-se em número de indivíduos. A similaridade florística mostrou a separação das parcelas em dois grupos, em que o primeiro apresentou um nível de similaridade de cerca de 45%, e o segundo foi dividido em dois grandes subgrupos, sendo que o primeiro mostrou nível de similaridade de cerca de 38%, enquanto as demais parcelas não formaram grupos definidos. A ordenação das espécies pela análise de correspondência canônica sugeriu que Magonia pubescens, Bauhina holophylla e Terminalia brasiliensis tenderam a ser mais abundantes nas áreas com valores mais altos de pH, Ca, Mg e H+Al. A variação não explicada das demais espécies pode estar associada a outras variáveis não analisadas, além de um complexo conjunto de fatores que estão envolvidos na determinação da composição da vegetação.
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OBJETIVO: Relatar a experiência e os resultados da Seção de Cirurgia Abdôminopélvica do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a esofagectomia de resgate em paciente portador de câncer de esôfago recidivado após tratamento quimiorradioterápico exclusivo. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 14 pacientes portadores de câncer de esôfago recidivado e que foram submetidos à esofagectomia de resgate entre março de 1999 e maio de 2006. Todos os pacientes incluídos no estudo receberam tratamento primário quimiorradioterápico radical exclusivo conforme protocolo RTOG 85-01 e apresentaram persistência ou recidiva de doença. RESULTADOS: A idade média foi de 63 anos (39-72 anos). Oito pacientes eram do sexo masculino e seis pacientes do sexo feminino. Nove pacientes apresentavam o tumor localizado no esôfago médio e cinco pacientes apresentavam doença no esôfago distal, sendo carcinoma epidermóide em 12 pacientes e adenocarcinoma em dois pacientes. A mediana do tempo cirúrgico foi de 305 minutos (240-430 minutos). A ressecção completa do tumor (cirurgia R0) foi realizada em 13 pacientes e somente um paciente apresentou doença residual macroscópica em ápice pulmonar. A morbidade total da série foi de 69,2 %. A mortalidade operatória foi zero (todos os pacientes evoluíram para alta hospitalar). CONCLUSÃO: A esofagectomia de resgate demonstrou-se factível tecnicamente porém apresenta elevada morbidade operatória. Esta modalidade cirúrgica corresponde atualmente ao melhor tratamento disponível para se obter cura nos casos de tumor recidivado ou que tenho persistido com doença após quimiorradioterapia radical exclusiva. Todos os outros tipos de tratamento são considerados paliativos e com resultados de sobre-vida desapontadores.
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Os autores relatam pela primeira vez utilização de uma nova partícula para embolização, constituída de um núcleo de acetato de polivinil revestido por polivinil-álcool, de forma esférica (Spherus®-First Line Brasil), como preparo pré-operatório em três pacientes portadores de neoplasia renal, na intenção de diminuir o tamanho do tumor e prevenir complicações hemorrágicas durante o ato operatório. Estas novas partículas foram projetadas e elaboradas nos laboratórios da COPPE/UFRJ. A embolização intra-arterial pré-operatória com estas novas partículas ocasionou acentuada isquemia em todo o tecido tumoral facilitando o procedimento cirúrgico.
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As trapoerabas pertencem à família Commelinaceae e são plantas daninhas de difícil controle em diferentes regiões do país. No Brasil, a espécie Commelina benghalensis destaca-se como a principal trapoeraba infestante nas culturas de soja, milho, café e citros. Outras duas espécies desse gênero, Commelina diffusa e Commelina erecta, também são conhecidas como infestantes de ocorrência freqüente no território nacional. Commelina villosa está registrada, até o momento, apenas para os Estados da Bahia e Goiás além do Distrito Federal. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar e registrar a ocorrência de C. villosa no Estado do Paraná, onde pode estar sendo confundida com outras trapoerabas, principalmente C. benghalensis. Exemplares de C. villosa e C. benghalensis foram coletados, de forma aleatória, em lavouras de soja, feijão e milho, nos municípios de Ponta Grossa, Tibagi, Piraí do Sul, Guarapuava, Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel, Campo Mourão e Londrina. Parte desse material foi herborizado para a confecção de exsicatas e outra parte foi mantida in vivo, cultivada no Departamento de Botânica, do Instituto de Biociências de Botucatu-UNESP. Caracteres morfológicos descritivos e quantitativos foram avaliados e as espécies comparadas entre si. C. villosa distinguiu-se de C. benghalensis por apresentar folhas maiores (9,76 x 3,26 cm), elíptica a elípticaestreita, sésseis, de coloração verde escura com manchas violáceas na face inferior, filetes translúcidos, entre outras características. A ocorrência de C. villosa no Paraná foi constatada em todos os municípios amostrados, com exceção de Campo Mourão e Londrina.
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O propósito do presente trabalho foi descrever a composição florística e a estrutura da comunidade arbórea da floresta de vale da queda d'água Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil. A análise florística e fitossociológica procurou avaliar, respectivamente: (a) a influência das principais províncias fitogeográficas brasileiras na composicão florística desta floresta de vale e (b) o papel das espécies mais importantes da comunidade arbórea em termos de sua abundância, grupo ecológico e porte dos indivíduos adultos. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com circunferência do caule à altura do peito (CAP) ³ 15 cm contidos em 36 parcelas de 30 x10 m. Foram registradas 172 espécies arbóreas pertencentes a 133 genêros e 61 famílias. O perfil florístico apresentou fortes laços tanto com a flora Amazônica como com a Atlântica (sensu lato), evidenciando o caráter transicional desta comunidade arbórea. As principais espécies arbóreas, em termos de valor de importância, se repetem entre as mais abundantes em outros levantamentos realizados na região.
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Uma listagem das espécies da família Asteraceae foi realizada no Parque Nacional da Serra da Canastra, situado no sudoeste do estado de Minas Gerais, entre fevereiro de 1994 a janeiro de 1998. Os exemplares coletados encontram-se depositados no herbário da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais (HUFU). Na Serra da Canastra, a família Asteraceae é a mais diversa em número de espécies com um total de 215 espécies, pertencentes a 66 gêneros e 11 tribos. As 27 espécies novas que foram descobertas pertencem a gêneros anteriormente monotípicos ou com poucas espécies, tais como Xerxes, Hololepis, Pseudobrickellia e Inulopsis, ou a vários gêneros com um grande número de espécies, tais como Lessingianthus, Chromolaena, Stevia, Mikania, Aspilia, Calea e Senecio. Este levantamento possui o maior número de espécies da família quando comparado com outras localidades no Brasil.
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O Parque Nacional da Serra da Canastra localiza-se no sudoeste do estado de Minas Gerais. O inventário florístico foi realizado de fevereiro de 1994 a janeiro 1998, totalizando 24 expedições, cobrindo todos os tipos fisionômicos de vegetação. As Melastomataceae são bastante representativas no Parque, com 95 espécies e 17 gêneros. Os gêneros mais numerosos são Miconia e Microlicia, com 21 e 19 espécies respectivamente, seguidos por Tibouchina, com 13, e Leandra, com 12 espécies. Cambessedesia e Trembleya apresentam quatro espécies, enquanto Siphanthera e Lavoisiera estão representados por três espécies cada, e Chaetostoma e Ossaea por duas. Os gêneros Clidemia, Macairea, Marcetia, Microlepis, Pterolepis e Rhynchanthera apresentam uma única espécie cada. Svitramia, com seis espécies no Parque, é o único gênero endêmico de Minas Gerais, ocorrendo exclusivamente na porção sudoeste do estado. A análise comparativa das espécies de Melastomataceae da Serra da Canastra foi feita com outras áreas de Minas Gerais, Goiás e Bahia.
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O objetivo deste estudo foi descrever as alterações na composição florística e na estrutura da comunidade arbóreo-arbustiva da floresta de vale do Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. O estudo foi conduzido em três transeções paralelas, distribuídas de forma sistemática e eqüidistante, em ambas vertentes do vale. Para árvores (diâmetro à altura do peito - DAP > 5 cm) o levantamento foi realizado em 1996 e 1999 em 18 parcelas de 600 m², e para as arvoretas (1 > DAP < 5 cm) e juvenis (altura > 30 cm e DAP < 1 cm) em 1999 e 2001 em 36 subparcelas de 50 e 6 m², respectivamente. A alta riqueza florística registrada (212 espécies) está associada ao fato de terem sido computados juntos as árvores, arvoretas e juvenis. A mudança na composição florística foi pequena, com perdas e ganhos se limitando às espécies amostradas com baixa abundância (< 3 indivíduos). Estas alterações não refletiram em mudanças significativas nos índices de diversidade. As distribuições de indivíduos nas classes de diâmetro e altura não diferiram significativamente entre os anos, indicando que a estrutura se manteve estável. No entanto, a aparente estabilidade florística e estrutural não deve ser interpretada como sendo a floresta do Véu de Noiva uma comunidade estática, pois mudanças estão acontecendo constantemente ao longo do tempo e espaço.
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O Parque Nacional de Itatiaia (PNI) inclui duas formações vegetais brasileiras em seus limites: floresta pluvial tropical atlântica (MA) e campos de altitude (CA). Foram amostrados 14 pontos, sete em cada formação vegetal, em duas estações do ano (verão e inverno). Foram encontradas 29 espécies de macroalgas, sendo 15 espécies em MA e 19 espécies em CA, com apenas cinco espécies em comum. A riqueza de espécies por ponto de amostragem variou de 1 a 7 (2,9 ± 2,0), o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H') de 0 a 0,94 (0,24 ± 0,26) e a cobertura percentual de 0 a 35% (14,0 ± 12,5%). Estes valores situaram-se dentro da amplitude reportada em trabalhos prévios sobre macroalgas lóticas. A análise de regressão múltipla revelou que as variações de temperatura explicaram 39,2% da variação da abundância e 35,5% da riqueza de espécies a ainda que 54,8% da variação da diversidade foi explicada por Demanda Química de Oxigênio (DQO) e pH. Análise de grupamento das comunidades de macroalgas do PNI não agrupou pontos das mesmas regiões (MA e CA). Análise de Componentes Principais separou claramente os pontos amostrados das regiões de MA e CA, bem como das estações do ano estudadas (inverno e verão), influenciados mais fortemente pela temperatura, sombreamento, pH, altitude, potássio e DQO. Os padrões gerais de distribuição em mosaico e dominância por poucas espécies descritos para comunidades de macroalgas lóticas foram corroborados pelos dados do PNI, sugerindo que parecem ser universais para tais comunidades.
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(Distribuição da comunidade de epífitas vasculares em sítios sob diferentes graus de perturbação na Floresta Nacional de Ipanema, São Paulo, Brasil). Apesar da importância de epífitas vasculares em refletir o grau de preservação local, existem poucas pesquisas sobre o tema. Esta pesquisa foi desenvolvida na Floresta Nacional de Ipanema, Iperó, SP, e teve por objetivo caracterizar e analisar a comunidade epifítica vascular em sítios sob diferentes graus de perturbação. Foram determinados três sítios: RIA - remanescente isolado/alterado, FAB - floresta avançada/borda e FAI - floresta avançada/interior e, em cada sítio, foram amostrados 90 forófitos com DAP ³ 20 cm. Foram estimamos os parâmetros de freqüência, dominância e diversidade com base na ocorrência das epífitas nos estratos e nos forófitos. No levantamento foram encontradas 21 espécies, 14 gêneros e seis famílias. O índice de diversidade Shannon (H') para toda a comunidade epifítica foi de 2,172, a equabilidade (J) = 0,713 e a riqueza de Margalef (d) = 2,467. A riqueza e a diversidade dos sítios foram de: 18 espécies, H' = 2,159, J = 0,747 e d = 2,180 para o Sítio RIA; sete espécies, H' = 1,270, J = 0,652 e d = 1,017 para o Sítio FAB; e 13 espécies, H' = 1,587, J = 0,618 e d = 1,919 para o Sítio FAI. Embora existam diferenças significativas entre os sítios RIA e FAB, e entre os sítios RIA e FAI, não houve variação significativa entre os sítios FAB e FAI. Essa pesquisa destaca a influência das alterações ambientais sobre as comunidades epifíticas e a importância de remanescentes florestais alterados ou mesmo árvores isoladas para a manutenção das epífitas vasculares.
Resumo:
O Parque Nacional Serra de Itabaiana destaca-se pela diversidade fitofisionômica, dentre estas, uma conhecida localmente por Areias Brancas, uma vegetação aberta que varia de arbustiva-herbácea a arbustiva-arbórea e classificada por alguns autores como restinga ou cerrado, a depender do porte. Com intuito caracterizar e classificar esta fitofisionomia foram selecionadas duas áreas amostrais de Areias Brancas no Parque Nacional Serra de Itabaiana e construída uma listagem de acordo com o material depositado no Herbário ASE e de coletas adicionais. Para o estudo fitossociológico foi utilizado o método dos quadrantes errantes, amostrando todos os indivíduos com circunferência do tronco (> 15 cm) a altura do peito (1,30 m). Foi verificada nas Areias Brancas do Parque, a ocorrência de 193 espécies, distribuídas em 143 gêneros e 60 famílias, sendo, em sua maioria, representadas por espécies herbáceas e arbustivas. Destaca-se o alto número de espécies encontradas nas Areias Brancas quando comparado com estudos realizados em todo Parque Nacional. Há similaridade florística significativa entre as áreas amostradas, porém estruturalmente as duas áreas devem ser consideradas como diferentes fisionomias sucessionais pelas variações de densidade, altura e dominância. Mesmo possuindo espécies vegetais em comum, as Areias Brancas do Parque Nacional não podem ser classificadas como restinga ou cerrado por não possuir características de origem comuns a estas formações. As Areias Brancas devem ser consideradas como um refúgio ecológico, uma vegetação azonal derivada de condições especiais da formação do substrato.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo investigar a fenologia reprodutiva em uma população natural de Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek na Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária). O acompanhamento fenológico foi realizado de abril de 2003 a março de 2005, em 78 indivíduos adultos marcados. As intensidades dos eventos floração (antese) e frutificação foram estimadas utilizando a escala de Fournier. A população apresentou comportamento sazonal. As correlações entre temperatura, comprimento do dia e florescimento foram significativas. Dois morfos florais, um pistilado e outro estaminado, foram identificados e, junto com os resultados dos padrões fenológicos, é sugerido o caráter dióico na espécie.
Resumo:
A fusariose, também conhecida como giberela é uma doença importante, causada principalmente pelo fungo Fusarium graminearum, que afeta de forma generalizada as regiões produtoras de trigo do Brasil e dos principais países do qual o produto é importado. Além dos danos diretos causados pela doença, os grãos infectados podem ser tóxicos para o homem e animais devido à presença de micotoxinas especialmente o desoxinivalenol (DON). A contaminação com DON foi avaliada em 100 amostras de trigo, sendo 50 de trigo nacional (provenientes dos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) e 50 de trigo importado (Argentina e Paraguai). As amostras foram coletadas durante o período de maio a dezembro de 2005 de empresas que normalmente comercializam ou processam trigo e foram analisadas por cromatografia em camada delgada. Os resultados indicaram que, do total de amostras avaliadas, 94% do trigo nacional e 88% do trigo importado apresentaram-se positivas quanto a presença de DON. Os níveis médios de contaminação com DON do trigo nacional (332 µg.kg- 1) foram maiores (p < 0,05) do que do trigo importado (90 µg.kg -1). Apenas 2 amostras (4%) do trigo nacional apresentaram níveis de contaminação maiores que 1.250 µg.kg -1, teor máximo aceitável pela Comunidade Européia.
Resumo:
RESUMOO texto analisa os principais efeitos decorrentes da política econômica de defesa do café e do extraordinário esforço de industrialização desencadeado pelo Estado Nacional entre 1929 e 1954. Distingue o desenvolvimentismo do I e II governo Vargas (30-45 e 51-54), contrapondo-o à frustrada tentativa de retorno liberal de Dutra (46-50). Destaca o importante esforço de reconstrução do Estado e da introdução de instrumentos de controle da política econômica nacional, materializados pelo extraordinário trabalho da Assessoria Econômica da Presidência (51-54), criada por Vargas, onde pontificaram nomes de grandes brasileiros como Rômulo de Almeida, Ignácio Angel, Jesus Soares Pereira, Cleanto Paiva Leite e Tomás P. Acioli Borges, verdadeiros artífices de nossos principais projetos e planos de desenvolvimento de então.