135 resultados para 1995_01312357 TM-70 4302905
Resumo:
O estudo complementa outro, recentemente publicado e que versou, especialmente, sobre as condições de segurança dos operários, em uma grande indústria gráfica, com exame pormenorizado da frequência e causas de acidentes de trabalho, entre eles ocorridos. No presente estudo, adstrito à finalidade de revistar, na mesma indústria. fatores com influência sobre a saúde e o conforto dos operários, os A. A. estendem-se, primeiramente, sobre as condições físicas da atmosfera das diversas oficinas, aquilatadas não só através de inquérito local, visando o insolamento, sistema de ventilação, existência de fontes produtoras de calor, como também através de determinações de temperaturas efetivas e, subsidiàriamente, dos índices fornecidos por práticas de catatermometria sêca e molhada. Indicam os A. A. providências para melhorar a situação de conforto uma vez que as referidas condições físicas da atmosfera nem sempre se mostraram das mais satisfatórias. Fazem referência a causas presentes ou potenciais de poluição atmosférica. E, dando de começo particular relevo às fontes produtoras de poerias e fumos de chumbo nas oficinas de Composição, Fundição, Linotipia e Estereotipia, aludem, desde logo, como fator importante desta poluição, às práticas de limpeza de máquinas e locais, em que se trabalha com liga contendo aquele metal. Revistam como se processa tal limpeza na I. N. e propõem várias correções. Além dessas práticas de limpeza, focalizam, com detalhes, outras oportunidades em que pode haver passagem ao ar dos fumos de sub-óxido de chumbo: a) possivelmente, durante o funcionamento normal de máquinas que trabalham com a liga metálica, sobretudo quando são as temperaturas alcançadas inferiores às que - graças à formação de uma película à superfície do material em estado de fusão - já asseguram obstáculo (na verdade progressivamente crescente) à passagem do tóxico à atmosfera; b) nìtidamente, quando é agitado esse material, como sucede, se não forem alimentadas automáticamente essas máquinas; c)ainda, se não for feito, ao menos em ambiente fechado, o transporte da liga em fusão para os diversos moldes. Embora não dispuzessem, para uma investigação completa, de aparelhamento moderno para coleta de amostras que permitissem a dosagem do chumbo no ar, procuraram os A. A. ter uma visão atual e retrospectiva da possivel ocorrência de saturnismo entre os operários da I.N., através da perquirição, em uma amostra de 113 operários que vinham lidando com o chumbo, do seguinte grupo de sintomas e sinais: orla gengival de Burton, anorexia, nauseas, sabor metálico, constipação, dor epigástrica, cólica intestinal forte, palidez, insônia, cefaléia, tremor e fraqueza dos extensoes antibraquiais, aferida esta pela técnica recomendada por Vigdortschick. Conquanto não tenha sido possivel precisar, exatamente, a época da ocorrência dos sintomas, não deixou de chamar a atenção o fato de, em cotejo com outra amostra de 43 operários não expostos, evidenciar o exame da situação em globo, pelo teste do x², que a exposição ao chumbo teria provavelmente acarretado, para aqueles 113 operários, um conjunto significativo de sintomas e sinais, embora nem todos eles, quando considerados isoladamente, parecessem denunciar associação presente ou passada com a referida exposição. Convindo fazer mais luz sobre o assunto, recorreram os A. A. a prova de laboratório. E, depois de aludirem a várias das que têm sido mais preconizadas, para ao menos indicarem anormalidade na absorção de chumbo, dão as razões por que se deixaram ficar com a dosagem de chumbo na urina. Assinalam os cuidados que tiveram para colheita das amostras individuais de urina (de 100 a 200 ml), na impossibilidade de fazer dosagem em todo o volume eliminado nas 24 horas. Adotaram, para as rferidas análises, o método que empega a ditizona, descrito por Bambach e Burkey, respeitadas todas as exigências referentes à pureza dos reativos, qualidade e limpeza da vidraria e utilizando, para a determinação final de chumbo, o fotômetro de Pulfrich com filtro S 50 e cuba de 20 mm; sempre usaram, ademais, solução padrão de ditizona devidamente calibrada, juntando, a cada série de especimes de urinas examinadas, um tesemunho de água bi-distilada. Os resultados das análises em duas amostras de operários (47 expostos e 27 não expostos ao chumbo) deram médias de eliminação de chumbo (expressas em y por 100 ml) respectivamente de 9,30 ± 0,86 e 5,70 ± 0,75 com os desvios padrões de 5,92 e 3,92. O teste de t, empregado para averiguar se era ou não real a diferença entre as duas médias observadas, deu valor significativo (2,804) mesmo para P = 1%. Um exame mais detido da atividade profissional dos operários, que figuravam nas duas amostras, também escolhidas ao acaso, revelou porém que, tanto em um como no outro grupo, havia alguns que, fora do horário normal de serviço na I.N., exerciam trabalho em oficinas gráficas particulares. Foram assim organizados, para maior precisão, três grupos: a) dos operários expostos ao chumbo, dentro e fora da I.N.; b) dos expostos apenas na I.N.; c) dos não expostos ao tóxico profissional. Comportavam esses grupos, respectivamente 13,29 e 23 operários. Ainda o teste de t revlou diferenças significativas entre as médias de chumbo eliminado na urina (11,66 7,74 e 5,20 y, respectivamente, nos três grupos), quando comparadas a primeira com a segunda; e uma e outracom a terceira. Tomando como termo de referência dados de Kehoe - 10y em 100 ml de urina como taxa média a marcar o limite de segurança para operários expostos ao chumbo, desde que os valores individuais não excedam frequentemente 15y e só raramente 20y (1% nas suas observações) - concluem os A. A. que, para os operários da I.N., só aí em contacto com o tóxico, a taxa média de eliminação mostrou-se relativamente próxima do limiar de segurança, com a agravante de se ter cota acima de 20y em 7% dos operários; parece, assim, recomendavel certo cuidado com esses operários. E, por mais forte razão, para os outros, expostos ao chumbo...
Resumo:
O autor descreve o ciclo biológico de hymenolepis diminuta (Rud., 1819) em dois novos hospedeiros intermediários: Strongylopsalis mathurinii (Dermaptera) e Alphitobius piceus (Coleoptera). O desenvolvimento larvar é similar em ambos os hospedeiros, embora algumas diferenças em detalhes tenham sido observadas, tais como os tempos de evolução e as dimensões dos cisticercóides; os cisticercóides obtidos dos dermápteros têm maiores dimensões relativas e o tempo de evolução pode ser de apenas 9 dias. O autor sugere que Strongylopsalis mathurinii, inseto freqüentemente encontrado na ração prensada dos roedores é um excelente hospedeiro intermediário, ideal para trabalhos experimentais com Hymenolepis diminuta.
Resumo:
Objetivando ampliar o conhecimento da biologia de flebótomos em cativeiro, que propicie condições para mantê-los regularmente, estabelecemos colônias autônomas de Lutzomyia intermedia e Lutzomyia longipalpis, apresentando aqui dados referentes às observações sobre a alimentaçãodas larvas e adultos. A ração comercializada para peixes é bem aceita pelas larvas das duas espécies, em todos os estádios; é de fácil aquisição e de baixo custo, não favorecendo a proliferação de fungos. As larvas de L. intermedia e de L. longipalpis, em todos os estádios, aceitam rações alimentares de origem vegetal e de origem mista; porém as de 1º e 2º estádios de L. intermedia têm certa preferência pela ração de base vegetal, enquanto que as de 3º e 4º estádios de L. longipalpis ainda que discretamente, preferem ração de origem mista. A prévia alimentação com solução açucarada não é fator indispensável ao hematofagismo nas duas espécies. Ambas se alimentam bem em homem, cão, pinto ou hamster, mas a fonte de alimento sanguíneo mais adequada é o hamster, analisando-se aceitação da isca, desova, duração do ciclo e produtividade a partir do número de ovos postos. As fêmeas de L. longipalpis mostraram maior resistência ao jejum de sangue que as l. intermedia, embora ambas possam resistir, em mais de 70% até o 7º dia, apenas com alimentação de solução açucarada.
Resumo:
The repellent effect of the molluscicides Niclosamide (Bayluscide WP 70 (R)), Anacardium occidentale and the latex of Euphorbia splendens on Biomphalaria glabrata was observed through the investigation of the occurrence of escape behavior among molluscs that were exposed to dosages lower than the LD 50. The total number of individuals out of water among the surviving snails in the control group provided a "Natural Escape Index". The comparison between this total and the total number of surviving snails in each group exposed to the different dosages of the molluscicides after 24 hr provided the "Molluscicide Escape Index" and the detection of a "Repellency Range" to these snails. The escape indexes for Niclosamide, A. occidentale and E. splendens were 10, 6.22 and 6.44 respectively. Repellency occurred at the following concentration ranges: 0.01, 0.02 and 0.03 ppm Bayluscide, 0.1, 0.2 and 0.3 ppm A. occidentale and 0.05, 0.10, 0.15 and 0.20 ppm E. splendens. The Natural Escape Index obtained in the control group was zero.
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Four virus clones were derived from the Edmonston strain of measles virus by repeated plaque purification. These clones were compared with the vaccine strains Schwarz and CAM-70 in terms of biological activities including plaque formation, hemagglutination, hemolysis and replication in Vero cells and chick embryo fibroblasts (CEF). Two clones of intermediate plaque yielded mixed plaque populations on subcultivation whereas the other two, showing small and large plaque sizes, showed stable plaque phenotypes. The vaccine strains showed consistent homogeneous plaque populations. All the Edmonston clones showed agglutination of monkey erythrocytes in isotonic solution while both vaccine strains hemagglutinated only in the presence of high salt concentrations. Variation in the hemolytic activity was observed among the four clones but no hemolytic activity was detected for the vaccine virus strains. Vaccine strains replicated efficiently both in Vero cells and CEF. All four clones showed efficient replication in Vero cells but different replication profiles in CEF. Two of them replicated efficiently, one was of intermediate efficiency and the other showed no replication in CEF. Two of the clones showed characteristics similar to vaccine strains. One in terms of size and homogeneity of plaques, the other for a low hemolytic activity and both for the efficiency of propagation in CEF.
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The toxic and behavioural effects of niclosamide (Bayluscide WP 70®) on Biomphalaria straminea from a highly endemic area of schistosomiasis in northeastern Brazil were investigated through laboratory bioassays. The LD50 and LD90 were 0.114 mg/l and 0.212 mg/l, respectively. Water-leaving behaviour occurred among 14% to 30% of the snails in the presence of sublethal doses of niclosamide and among 16% of the controls. It was concluded that both the relatively low susceptibility to niclosamide and water-leaving behaviour of local B. straminea may be responsible for the recolonization of transmission foci after mollusciciding. It was suggested that recently improved measures of snail control, such as controlled-release formulations of niclosamide and plant molluscicides should be considered in areas where snail control is recommended
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The molecular karyotype of nine Trypanosoma rangeli strains was analyzed by contour-clamped homogeneous electric field electrophoresis, followed by the chromosomal localization of ß-tubulin, cysteine proteinase, 70 kDa heat shock protein (hsp 70) and actin genes. The T. rangeli strains were isolated from either insects or mammals from El Salvador, Honduras, Venezuela, Colombia, Panama and southern Brazil. Also, T. cruzi CL-Brener clone was included for comparison. Despite the great similarity observed among strains from Brazil, the molecular karyotype of all T. rangeli strains analyzed revealed extensive chromosome polymorphism. In addition, it was possible to distinguish T. rangeli from T. cruzi by the chromosomal DNA electrophoresis pattern. The localization of ß-tubulin genes revealed differences among T. rangeli strains and confirmed the similarity between the isolates from Brazil. Hybridization assays using probes directed to the cysteine proteinase, hsp 70 and actin genes discriminated T. rangeli from T. cruzi, proving that these genes are useful molecular markers for the differential diagnosis between these two species. Numerical analysis based on the molecular karyotype data revealed a high degree of polymorphism among T. rangeli strains isolated from southern Brazil and strains isolated from Central and the northern South America. The T. cruzi reference strain was not clustered with any T. rangeli strain.
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A study was undertaken to search for DNA recombinant Schistosoma mansoni proteins responsible for eliciting an antibody response from the host at a very early phase after infection. A S. mansoni adult worm cDNA expression library was screened using pooled sera from baboons with four weeks of infection. Based on their specific reactivity with the S. mansoni infected sera and no reactivity when tested against the pre-infection sera from the same baboons, four clones were selected for further studies. Sequence analysis revealed that they were homologous to the S. mansoni heat shock protein 70 (hsp70). The insert sizes of the four selected clones varied from 1150 to 2006 bp. The preliminary characterization for antibody reactivity against a panel of baboon sera showed that the longest clone was the most reactive, eight out of eight acute and three out of four chronic sera reacting positively to this clone. The shortest clone was the least reactive. Our results suggest that the S. mansoni hsp70 elicits an early and strong antibody response in baboons and that antibodies to this protein can be detected in chronically infected animals. Therefore S. mansoni hsp70 may be a valid target for immunodiagnosis. However further studies are needed to identify the portion of the hsp70 that best fits the requirements for a valuable diagnostic antigen.
Resumo:
Small intestinal immunopathology following oral infection with tissue cysts of Toxoplasma gondii has been described in C57BL/6 mice. Seven days after infection, mice develop severe small intestinal necrosis and succumb to infection. The immunopathology is mediated by local overproduction of Th1-type cytokines, a so-called "cytokine storm". The immunopathogenesis of this pathology resembles that of inflammatory bowel disease in humans, i.e., Crohn's disease. In this review, we show that the development of intestinal pathology following oral ingestion of T. gondii is not limited to C57BL/6 mice, but frequently occurs in nature. Using a Pubmed search, we identified 70 publications that report the development of gastrointestinal inflammation following infection with T. gondii in 63 animal species. Of these publications, 53 reports are on accidental ingestion of T. gondii in 49 different animal species and 17 reports are on experimental infections in 19 different animal species. Thus, oral infection with T. gondii appears to cause immunopathology in a large number of animal species in addition to mice. This manuscript reviews the common features of small intestinal immunopathology in the animal kingdom and speculates on consequences of this immunopathology for humankind.