81 resultados para Índios Cerâmica


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INTRODUO O objetivo do estudo foi descrever os aspectos epidemiolgicos da tuberculose na populao indgena com idade inferior a quinze anos, de Mato Grosso do Sul, Brasil, no perodo de 2000 a 2006, aps a implantao do Subsistema de Sade Indgena. MTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, de base de dados secundrios, utilizando-se o Banco de dados do Distrito Sanitrio Especial Indgena de Mato Grosso do Sul e do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao. Variveis analisadas: frequncia por grupo etrio, distribuio por sexo, forma clnica e desfecho dos casos. Teste de Fischer e curva de tendncia para incidncia, p < 0,01. RESULTADOS: A proporo de casos de tuberculose em indgenas com idade inferior a 15 anos foi de 20,4% (224/1.096). Verificou-se elevados coeficientes de incidncia de tuberculose em indgenas com menos de 15 anos de idade, porm com curva descendente e uma queda anual em torno de 14%. Houve predomnio em indivduos com idade inferior a 5 anos e elevado nmero de casos com idade inferior a 1 ano. Mais da metade dos casos era do sexo masculino e a forma clnica pulmonar ocorreu em 92,9%. A maioria (91,1%) dos casos evoluiu para cura, 3,6% abandonaram o tratamento e 2,2% evoluram para bito. CONCLUSES: A elevada taxa de cura, a reduzida mortalidade e a progressiva queda de incidncia da doena no grupo etrio inferior a 15 anos apontam para a efetividade da estratgia do tratamento supervisionado da tuberculose, no contexto do novo modelo de assistncia sade indgena implantado no ano de 2000.

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INTRODUO: Entre os Suru de Rondnia foram registradas incidncias mdias de TB &gt; 2.500/100.000 habitantes, entre 1991-2002. Aproximadamente 50% desses casos foram notificados em < 15 anos. MTODOS: Trata-se de um estudo clnico-epidemiolgico que teve como objetivo descrever as caractersticas clnico-radiolgicas em crianas e adolescentes identificados como contatos de doentes de TB. Alm disto, aplicar o sistema de pontuao para o diagnstico de TB na infncia e verificar se as condutas adotadas no nvel local foram concordantes com as diretrizes nacionais. RESULTADOS: Foram analisados 52 Rx de 37 indgenas. Deste conjunto, 48,1% foram normais e 51,9% anormais. Alguns dos Rx apresentaram duas ou mais alteraes, totalizando 36 eventos independentes. Observou-se infiltrados (38,9%), calcificaes (38,9%), cavitaes (11,1%) e atelectasias/derrame pleural (11,1%). Nas imagens anormais, 22,2% eram TB provavelmente ativa e 33,3% sequelas. A confrontao com as diretrizes constatou 52,6% de condutas discordantes. CONCLUSES: A presena da infeco tuberculosa latente (ITBL) e TB ativa, entre crianas e adolescentes, so indicadores de transmisso ativa e continuada do Mycobacterium tuberculosis. Os Rx mostrando alta frequncia de infiltrados e calcificaes compatvel com primo-infeco em idade precoce. Entretanto, essas alteraes no so diferentes daquelas observadas entre outros grupos, no sugerindo comprometimento imunolgico. As discordncias apontadas indicam que o momento ideal para o tratamento da ITBL passou despercebido. Conclui-se que fundamental a utilizao do sistema de pontuao para o correto diagnstico de TB na infncia, assim como a realizao de baciloscopia e cultura de escarro em adolescentes capazes de expectorar.

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So apresentados os resultados preliminares de um estudo sobre a potencialidade, como inibidoras de fertilidade, de plantas utilizadas por ndios na regio amaznica.Os testes iniciais detectaram atividade biolgica positiva em trs plantas: Cusparia toxicaria, Petiveria alliaceae Inga edulis.

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O cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) &#233; uma hortali&#231;a da Amaz&#244;nia, domesticada pelos &#237;ndios, que pode produzir at&#233; 100 t/ha de frutos ricos em sais minerais e vitaminas. Os frutos s&#227;o utilizados pelas popula&#231;&#245;es tradicionais da regi&#227;o nas formas de sucos, sorvetes, doces e molhos para carnes bovina, de frango e de peixes. Treze caracteres morfol&#243;gicos e qu&#237;micos dos frutos de 24 etnovariedades da Amaz&#244;nia brasileira, peruana e colombiana foram utilizadas para estimar os coeficientes de correla&#231;&#245;es fenot&#237;pica (rf), gen&#233;tica (rg) e de ambiente (ra) entre pares de caracteres. Na maioria dos casos, as correla&#231;&#245;es gen&#233;ticas apresentaram valores superiores aos das fenot&#237;picas e de ambientes, indicando que o ambiente teve pouca influ&#234;ncia. Entre os caracteres morfol&#243;gicos, as dimens&#245;es dos frutos s&#227;o estreitamente relacionadas com o teor de umidade. N&#227;o foram observadas correla&#231;&#245;es entre caracteres morfol&#243;gicos e qu&#237;micos que pudessem ser &#250;teis ao melhoramento do cubiu. Entre os caracteres qu&#237;micos, as correla&#231;&#245;es entre brix e acidez e a&#231;&#250;cares redutores e a&#231;&#250;cares totais foram altas e positivas (rg = 0,62 e rg = 0,83), respectivamente. Entre v&#225;rios caracteres qu&#237;micos ser&#225; dif&#237;cil praticar sele&#231;&#227;o simult&#226;nea sem perda de gen&#243;tipos.

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Foi estimada a &#225;rea queimada, a biomassa vegetal total acima e abaixo do solo, a forma&#231;&#227;o de carv&#227;o, a efici&#234;ncia de queimada e a concentra&#231;&#227;o de carbono de diferentes paisagens naturais e agroecossistemas que foram atingidos pelos inc&#234;ndios ocorridos durante a passagem do &#8220;El Ni&#241;o&#8221; em 1997/98 no Estado de Roraima, extremo norte da Amaz&#244;nia Brasileira. O objetivo foi o de calcular a emiss&#227;o bruta de gases do efeito estufa liberados por combust&#227;o das diversas classes de biomassa que comp&#245;em cada tipo fitofision&#244;mico atingido. A &#225;rea total efetivamente queimada foi estimada entre 38.144-40.678 km2, sendo 11.394-13.928 km2 de florestas prim&#225;rias (intactas, em p&#233;) e, o restante, de savanas (22.583 km2), campinas / campinaranas (1.388 km2) e ambientes florestais j&#225; transformados como pastagens, &#225;rea agr&#237;colas e florestas secund&#225;rias (2.780 km2). O total de carbono afetado pelos inc&#234;ndios foi de 42,558 milh&#245;es de toneladas, sendo que 19,73 milh&#245;es foram liberados por combust&#227;o, 22,33 milh&#245;es seguiram para a classe de decomposi&#231;&#227;o e 0,52 milh&#245;es foram depositados nos sistemas na forma de carv&#227;o (estoque de longo prazo). A emiss&#227;o bruta de gases do efeito estufa, em milh&#245;es de toneladas do g&#225;s, considerando apenas o emitido por combust&#227;o foi de 17,3 de CO2, 0,21-0,35 de CH4, 1,99-3,68 de CO, 0,001-0,003 de N,O, 0,06-0,09 de NOx e 0,25 de hidrocarbonetos n&#227;o-met&#226;nicos (HCNM). O total de carbono equivalente a CO2 emitido por combust&#227;o, quando considerado o potencial de aquecimento global de cada g&#225;s em um horizonte de tempo de 100 anos utilizado pelo IPCC, foi de 6,1-7,0 milh&#245;es de toneladas.

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O objetivo do trabalho foi o de relacionar e discutir os hbitos e as formas de uso mais comuns das pimentas do gnero Capsicum cultivadas em Roraima, e utilizadas pelos povos indgenas e comunidades migrantes de outras regies do pas.

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Foram discutidas as trajetrias das frentes de expanso e seus impactos ambientais, sociais e tnicos na regio denominada Amaznia maranhense. As informaes utilizadas resultam de pesquisa bibliogrfico-documental e de campo, em que foram colhidos depoimentos de trabalhadores rurais e ndios, habitantes da regio. Foi demonstrado que, mesmo entre as comunidades Guajajara da Terra Indgena Araribia (na qual se concentra esta pesquisa), opes distintas de convvio com a sociedade envolvente e com suas frentes de expanso vm sendo tomadas, acarretando distintos impactos em sua qualidade de vida; tambm foi demonstrado que as comunidades indgenas mais vulnerveis a estas frentes de expanso so as Awa, as quais se encontram em iminente risco de extino. Em concluso, algumas consideraes: sobre as medidas a serem tomadas, no mbito das polticas pblicas, diante da rpida devastao atualmente em andamento na regio, e da gravidade das condies de vida de seus habitantes; sobre a importncia do Maranho no campo dos estudos sobre as formas de sociabilidade, dominao, violncia e resistncia no campo, como contraponto s que caracterizaram o chamado "ciclo do cangao".

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A histria da maconha no Brasil tem seu incio com a prpria descoberta do pas. A maconha uma planta extica, ou seja, no natural do Brasil. Foi trazida para c pelos escravos negros, da a sua denominao de fumo-de-Angola. O seu uso disseminou-se rapidamente entre os negros escravos e nossos ndios, que passaram a cultiv-la. Sculos mais tarde, com a popularizao da planta entre intelectuais franceses e mdicos ingleses do exrcito imperial na ndia, ela passou a ser considerada em nosso meio um excelente medicamento indicado para muitos males. A demonizao da maconha no Brasil iniciou-se na dcada de 1920 e, na II Conferncia Internacional do pio, em 1924, em Genebra, o delegado brasileiro Dr. Pernambuco afirmou para as delegaes de 45 outros pases: "a maconha mais perigosa que o pio". Apesar das tentativas anteriores, no sculo XIX e princpios do sculo XX, a perseguio policial aos usurios de maconha somente se fez constante e enrgica a partir da dcada de 1930, possivelmente como resultante da deciso da II Conferncia Internacional do pio. O primeiro levantamento domiciliar brasileiro sobre consumo de psicotrpicos, realizado em 2001, mostrou que 6,7% da populao consultada j havia experimentado maconha pelo menos uma vez na vida (lifetime use), o que significa dizer que alguns milhes de brasileiros poderiam ser acusados e condenados priso por tal ofensa presente lei. No presente, um projeto de lei foi aprovado no Congresso Nacional propondo a transformao da pena de recluso por uso/posse de drogas (inclusive maconha) em medidas administrativas.

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Objetivos Identificar as causas e o perfil das v&#237;timas, analisar a mortalidade nos &#250;ltimos 13 anos e mapear mudan&#231;as assistenciais e socioecon&#244;micas. M&#233;todos Utilizaram-se dados do SIM e Datasus. Calcularam-se as propor&#231;&#245;es das causas de suic&#237;dio segundo as categorias do CID10, X60-X84, estratificando-se por les&#245;es (X70-X84) e autointoxica&#231;&#245;es (X60-X69). Analisaram-se as incid&#234;ncias por ra&#231;a/cor, escolaridade e faixa et&#225;ria, de 2000 a 2012. Compararam-se varia&#231;&#245;es na mortalidade por suic&#237;dio com mudan&#231;as regionais nos indicadores de cobertura, caracter&#237;sticas socioecon&#244;micas e demogr&#225;ficas. Resultados As maiores causas de suic&#237;dio foram enforcamento, les&#227;o por armas de fogo e autointoxica&#231;&#227;o por pesticidas. Os mais acometidos foram os menos escolarizados, ind&#237;genas (132% superior &#224; popula&#231;&#227;o geral) ou maiores de 59 anos (29% superior). As taxas entre homens s&#227;o tr&#234;s vezes maiores em todas as regi&#245;es, embora tenha maior crescimento entre as mulheres (35%). A mortalidade mais elevada se encontra na regi&#227;o Sul (9,8/100.000) e o maior crescimento percentual, no Nordeste (72,4%). Conclus&#227;o A mortalidade por suic&#237;dio continua a crescer no pa&#237;s, com importantes varia&#231;&#245;es regionais. A assist&#234;ncia &#224; sa&#250;de tamb&#233;m apresenta inequidades regionais, com importantes lacunas nos servi&#231;os de sa&#250;de. O Brasil ainda carece de programas governamentais que trabalhem efetivamente na preven&#231;&#227;o do suic&#237;dio. Considera-se necess&#225;rio estabelecer uma estrat&#233;gia nacional de preven&#231;&#227;o focalizando as popula&#231;&#245;es de maior risco identificadas: &#237;ndios, pessoas com menor escolaridade, homens e maiores de 60 anos, al&#233;m da necessidade de ampliar a vigil&#226;ncia na comercializa&#231;&#227;o ilegal de pesticidas.

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Verificou-se em condies de casa de vegetao o efeito de trs estimulan tes no desenvolvimento de girassol cultivares Uruguay e Anhandy. A semeadura do girassol foi realizada em 17.08.82, em vasos de cerâmica, sendo que 24 e 43 dias aps a semeadura as plantas foram pulverizadas com Triacontanol (l-hidroxitriacontano ) na dosagem de 0,05 mg/l, Agrostemin (alantoina, triptofano, adenina e outros aminocidos) 1 g/10 ml/3 1 e Ergostim (cido N-acetil tiazolidin-4-carboxlico com cido flico) 1,5ml/ 1, alm do controle. Foi verificado que Ergostim promoveu aumentos no crescimento e no peso da matria seca das plantas de girassol mais pronunciados do que Agrostemin. Triacontanol aumentou a florescncia e reduziu o peso da matria seca das plantas.

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Observou-se o efeito de quatro estimulantes vegetais no desenvolvimento de plantas de pepino 'Hibrido Caipira AG-207', em condies de casa de vegetao, tendo a semeadura sido realizada em vasos de cerâmica e as plantas pulverizadas sete dias aps a semeadura, com Triacontanol (1-hidroxitriacontano) na dosagem de 0,5 g/l, Ergostim (L-cisteina e cido flico + izometilentramina) 2 ml/ l, Atonik (mononitroguaiacol sdico e outros compostos nitrogenados aromticos) 0,5 ml/l e Agrostemin (alantoina + triptofano +cido flico + cido glutmico + cido alantico + arcialanina + outros aminocidos) 1,25 g/l. Atravs dos resultados obtidos verificou-se que nenhum dos estimulantes vegetais estudados promoveu aumento em altura das plantas de pepino, embora tenham mostrado uma tendncia em provocar um aumento no peso da matria seca.

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1) "Pur-pur" uma palavra indgena que quer dizer "pintado" ou "manchado", peculiar Amazonia Brasileira. Com sse nome designada uma dermatose referida entre os selvicolas desde 1774, por Ribeiro Sampaio. Certas tribus, com alta incidncia da molstia passaram a ser cahamadas tambm "Pur-purs", o mesmo acontecendo com o rio onde habitavam - Rio Purs. 2) A doena existe na bacia do Rio Solimes e seus principais afluentes: Javari, Juru, Purs, I, Japur, e Negro. Por esses rios, o fco da dermatose se continua nos pases limitrofes com o Brasil: Guianas, Venezuela, Colombia, Per (Equador) e Bolivia. 3) Desde 1890 essa dermatose foi relacionada pinta (carate ou mal del pinto) por P. S. de Magalhes, ida essa depois defendida por Juliano Moreira, Carlos Chagas, Roquete Pinto, Wappeus, O. da Fonseca Filho, Da Matta, Brumpt e outros, baseados na semelhana clnica e na teraputica. Recentemente (1945), essa provavel identidade das duas dermatoses, recebeu fundamento sorolgico de Biocca (que verificou a positividade das reaes de Kline e Kahn em doentes de pur-pur), e, pelo presente trabalho, recebe base clnico-epidemio-anatomo-patolgica. 4) Sob o ponto de vista clnico, as leses cutaneas discromicas da molstia, so de 3 rdens: a) leses papulo-eritemato-escamosas, isoladas ou no, arredondadas, pruriginosas e de bordos nitidos; b) leses maculo-escamosas, maiores mais plidas, s vezes j mostrando alteraes pigmentares na parte central; c) mculas discromodrmicas, lisas ou ligeiramente escamosas, com maior ou menor alterao pigmentar, as quais assumem diferentes aspctos, consequentes hipo - ou hiperpigmentao, variaveis tambm com a cr do paciente. As coloraes predominantes nas manchas, so o branco, o preto e o vermelho, com tonalidades eminentemente variaveis. Embora raramente, nessas extensas dermodiscromias, observa-se superposio de leses papulo-eritemato-escamosas. O aparecimento dos 3 tipos de lees acima citados, obedece seguramente a um processo evolutivo da dermatose, dando-se na rdem exposta e de acordo com o tempo de doena. Alm das leses discromicas, caractersticas da enfermidade, foi observado purido, e infartamento ganglionar. O estado geral dos doentes era bom. A avaliao de anemia e eosinofilia, foi prejudicada pela ocurrncia de outros processos mrbidos (malaria e helmintiases). Em 2 pacientes pretos e adultos, havia avanada hiperqueratose palmo-plantar. 5) Sob o ponto de vista epidemiolgico, foram feitas as seguintes observaes: a) Idade. A dermtose ocorre em tdas as idades, mais incide principalmente dos 15 aos 29 anos. Tomando um grupo relativamente homogneo de dontes de um mesmo local, 53% tm 15 e mais anos de idade. De 36 doentes que deram informaes seguras ou aproximadas quanto idade em que lhes apareceu a doena, verifica-se que 77% j estavam infectados antes dos 15 anos. Em 5 casos, a infeco se deu antes dos 2 anos de idade. b) Sexo. Nos doentes em conjunto, existiam 34 homens e 35 mulheres. Mas, no grupo homogeneo acima citado, havia ligeira predominncia do sexo feminino (60.7%). c) Cr ou raa. Foram encontradas as seguintes percentagens: Pretos - 34.8%, brancos - 27.5% ndios - 23.2% e mulatos - 14.5%. Essas diferenas no indicam predileo racial. d) Famlia. A A dermatose eminentemente familial. Em grupo de 41 doentes, 34 pertenciam a 8 familias. e) Leso inicial. Contgio. Em 6 casos ainda existia a leso inicial, chamada "empigem", isolada ou acompanhada de outras leses semelhantes. De 33 doentes, 26 (78.8%) referiam a leso inicial nas partes descobertas do corpo (rosto, braos e mos, pernas e ps), isto regies mais sujeitas a pequenos traumas, que servem como "porta de entrada" do treponema. Os AA no acreditam na existncia de um vetor. Pensam que o contgio direto, as condies eficientes e predisponentes do mesmo, coexistindo no domcilio, onde vivem em promiscuidade e falta de higiene, doentes e sadios. Os autores no encontraram treponemas em crtes impregnados de pur-pur, tanto de leso recente como de leso tardia. Atribuem o fracasso ao provvel uso de antitreponemicos pelos doentes, uma vez que a terapeutica emprica pelo arsnico e mercrio muito espalhada na Amaznia. Histopatolgicamente, encontraram na leso recente: hiperqueratose, hiperacantose, exocitose, exoserose e espongiose na epiderme; e infiltrao de clulas redondas, edema e diltao dos capilares no derma papilar e subpapilar; pela impregnao, acharam irregularidade na distribuio do pigmento melanico, assim como melanforos entre as clulas inflamatrias do derma. Na leso tardia observaram: notvel atrofia do epiderme, reduzida s vezes , a 3 a 5 camadas celulares, havendo desaparecimento das papilas drmicas; no derma, havia discreta infiltrao de clulas redondas, relacionadas aos vasos sanguineos, ao lado de macrfagos melaniferos mais ou menos abundantes; pela impregnao, quanto s alteraes pigmentares, foram observadas todas as graduaes, desde a completa ausncia de pigmento na basal, at um acmulo notvel de melanina, atingindo as prprias clulas de Malpighi. 7) Com o tratamento pelo neo-salvarsan os AA observaram grandes melhoras e mesmo cura aparente, com 6 a 8 injees. Certas manifestaes acromicas vitiligoides, antigas, no mostraram modificaes apreciveis com a teraputica. 8) No Brasil, fora da Amaznia, tem sido descrito casos isolados de pur-pur, porm, na opinio dos autores, todos ou quase todos, so provavelmente, manifestaes discromicas tardias de sfilis ou bouba, semelhantes aos publicados por um deles (F. N. G). Pensam do mesmo modo, quanto aos casos de pinta descritos fora da Amrica: frica, Egito, Argeria, Sahara, Trpoli, Turquesto, Filipinas, Iraque, ndia, Ceilo, etc. Ainda nesta mesma ordem de idas, os autores negam validade ao conceito epidemiolgico da existncia de casos isolados, a no ser procedentes das zonas pintogenas. 9) Um dos autores (F. N. G.) emite a seguinte hiptese, que considera sugestiva, embora dificilmente demonstrvel: Os treis treponemas (T. pallidum, T. pertenue e T. carateum), oriundos de um ancestral comum. tornaram-se peculiares respectivamente ao branco, ao preto e ao ndio, mantendo-se assim isolados. Secundariamente, com as correntes migratrias, misturaram-se as doenas...

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Este trabalho apresenta dados de enteroparasitas encontradas em ndios da comunidade tribal de Suru, em Rondnia, na Regio Amaznica do Brasil. As seguintes espcies foram encontradas: Ascaris lumbricoides (53,3%), Ancilostomidae (43,3%), Strongyloides stercoralis (33,3%), Taenia sp. (5,8%), Trichuris trichiura (5,0%), Hymenolepis nana (4,1%), Giardia lamblia (3,3%), Entamoeba histolytica complex (0,8%) e Enterobius vermicularis (0,1%). O encontro de Capillaria sp. nas fezes de dois individuos discutido.

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Um inqurito hemoscpico, conduzido entre indgenas Makuxi, pertencentes a 15 localidades da regio nordeste do Territrio Federal de Roraima, revelou a presena de microfilrias de Mansonella ozzardi em 3,2% das 652 pessoas examinadas. O nmero de microfilrias nos positivos era pequeno, no ultrapassando a 18 nas amostras de sangue(20mm3) colhidas. A baixa densidade na microfilaremia e a inexistncia da infeco em menores de 15 anos sugerem que a filariose est sendo adquirida pelos indgenas fora de suas aldeias, provavelmente nos garimpos de ouro situados na parte alta do rio Ma. Simulium oyapockense s.l. ou Simulium roraimense - espcie muito espalhada no norte do Territrio - foi reconhecido como vetor de M. ozzardi na rea do rio Surumu. As fmeas desse simuldeo, embora capazes de suportar o desenvolvimento da filria at L3, no se infectam com facilidade. Assim, numa tentativa de infeco experimental, apenas 20,6% das fmeas alimentadas sobre um voluntrio (com 12mf/20mm3 de sangue colhido da polpa digital) exibiram estdios larvares de M. ozzardi (1-2 larvas somente por exemplar infectado). A alta prevalncia em ndios Sanum e Mayongong, que vivem no lado oposto do Territrio, aponta para a existncia, na rea do rio Auaris, onde se localizam esses indgenas, de um outro vetor, muito mais eficiente do que S. oyapockense s.l.

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Um novo inqurito para oncocercose, realizado em 1984, entre ndios Yanomami da parte mdia dos rios Mucaja e Catrimni (Territrio de Roraima), mostrou que, decorridos vrios anos das primeiras investigaes - uma dcada no caso do rio Mucaja - os ndices de prevalncia, nesses dois locais da periferia do foco brasileiro, no haviam sofrido alterao significativa. Levando-se em conta apenas os residentes nas aldeias ou malocas abrangidas pelo inqurito, a prevalncia atingiu 3,1% nos ndios do rio Mucaja, enquanto ficou em zero nos do rio Catrimni. Dada a presena contnua, nas referidas aldeias, de ndios visitantes, altamente infectados, oriundos da parte central e mais elevada do territrio indgena - onde cerca de 90% doa adultos tm oncocercose - seria de esperar o achado de valores bem maiores (acima pelo menos daqueles encontrados anteriormente), caso um vetor apropiado estivesse presente na regio. Simulium oyapockense s.1. a nica espcie antropoflica de simuldeo, em toda zona inferior da rea ocupada pelos Yanomami (altitude ao redor de 200 metros), abundante o suficiente para constituir-se em transmissor da oncocercose. Sem dvida, no entanto, trata-se de um mau vetor (como alis j foi demonstrado experimentalmente para Mansonella ozzardi) ou, at mesmo, de espcie no vetora de Onchocerca volvulus, pois, de outra forma, os ndices de prevalncia na parte mdia dos rios Mucaja e Catrimni j teriam crescido durante o perodo assinalado. Para explicar as altas taxas alcanadas pela endemia na poro central e cheia de acidentes (altitude superior a 900 metros) do territrio Yanomami, h que se admitir a presena a de um outro vetor, muito eficiente, cujos hbitos estariam ligados regio montanhosa da fronteira entre o Brasil e a Venezuela.