840 resultados para relação solo-vegetação
Resumo:
Devido ao aumento no custo de produção com a utilização de cobertura morta com capim nas ruas da videira 'Niagara Rosada' e à dificuldade para sua aquisição, objetivou-se a possibilidade de substituí-la por plantas de cobertura de solo nas entrelinhas da videira. Em experimentos realizados em cinco safras, em Indaiatuba, numa entrelinha, e em três em Jundiaí, em duas entrelinhas-SP, no período de 1999/2000 a 2003/2004, conduziram-se seis tratamentos nas entrelinhas, em blocos ao acaso e com quatro repetições, constando de área no limpo; vegetação espontânea roçada; cobertura com capim seco de Brachiaria decumbens (testemunha); coberturas de aveia-preta (Avena strigosa), chícharo (Lathyrus sativus) ou de tremoço-branco (Lupinus albus), de março a outubro, seguidas de mucuna-anã (Mucuna deeringiana) de outubro a março. Determinaram-se número de cachos planta-1, produtividade de frutos (kg planta-1) e massa do cacho de uva (g), comparando-se os valores médios pelo teste de Duncan, ao nível de 5%. Nas análises conjuntas por local, constataram-se mais diferenças significativas entre safras do que propriamente entre os tratamentos ou na interação safra x tratamentos, sobretudo em Indaiatuba. Os valores foram significativamente sempre superiores em 2001/2002 para produtividade e massa de cacho nos dois locais e, para número de cachos, em 1999/2000, em Indaiatuba, e em 2000/2001, em Jundiaí. Houve efeito dos tratamentos de cobertura nas três safras apenas em Jundiaí, com resultados similares ou até superiores das coberturas vegetais em relação à cobertura com capim seco, com destaque, particularmente, da cobertura com tremoço seguida de mucuna-anã. Independentemente do número de entrelinhas cultivadas, pode-se substituir a cobertura tradicional de capim por coberturas vegetais intercalares com gramínea e leguminosas, o ano todo, sem interferência negativa na produtividade quantitativa da videira.
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A área total irrigada em pomares cítricos no Brasil tem aumentado ao longo das décadas. A principal causa desse aumento deve-se ao uso de porta-enxertos tolerantes à Morte Súbita dos Citros, porém menos tolerantes à seca que o limão Cravo. Este trabalho tem como objetivo estudar a influência do porta-enxerto e do tipo de solo na transpiração de plantas jovens de laranjeira Valência. O experimento foi conduzido em estufa, nas dependências do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP. Mudas de laranjeira foram plantadas em caixas de 500 L. Determinou-se, simultaneamente, a transpiração de 20 plantas por meio de sondas de dissipação térmica (fluxo de seiva). Foram medidas a radiação solar global, a umidade relativa e a temperatura do ar com sensores instalados a 2 m de altura no centro da estufa. A evapotranspiração de referência (EToPM) foi calculada pelo método de Penman-Monteith proposto pela FAO. De acordo com os resultados encontrados, conclui-se que a transpiração das plantas de laranjeira Valência é influenciada não só pelo tipo de porta-enxerto utilizado, como também pelo crescimento em área foliar e estádio fenológico, sendo que sua relação com a EToPM não é linear em toda a faixa de demanda evaporativa da atmosfera.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar características qualitativas de laranjas 'Valência' (Citrus sinensis (L.) Osb.) produzidas em dois pomares experimentais: um cultivado sob sistema orgânico e outro sob sistema convencional. Os pomares foram instalados no município de Montenegro - RS, em julho de 2001, em espaçamento de 2,5 m x 5,0 m, cada um possuindo uma área de 0,25 ha. A qualidade dos frutos foi determinada de 2005 a 2010 a partir de cinco amostras por tratamento em cada ano. Amostras de frutos colhidos aleatoriamente de cinco plantas foram analisadas para massa média dos frutos (MMF), o teor de suco (Ts), o teor de sólidos solúveis totais (SST), a acidez total titulável (ATT) e a relação SST/ATT. No ano de 2010, também foram determinados o teor de ácido ascórbico (vitamina C) no suco e a coloração da casca. No sistema de produção convencional, o manejo é realizado através da utilização de adubos minerais, calcário dolomítico, herbicidas, fungicidas e inseticidas. Já no sistema orgânico de produção, foi aplicado composto orgânico, biofertilizante líquido, caldas bordalesa e sulfocálcica, e a cobertura do solo foi mantida com vegetação espontânea, que recebeu, no inverno, aveia e ervilhaca e, no verão, feijão-miúdo. Não foram identificadas diferenças nas características qualitativas entre os frutos de ambos os pomares, exceto para o teor de SST, que foi maior, em média, nos frutos do pomar convencional. Os frutos do sistema convencional também apresentaram maior teor de vitamina C e coloração da casca mais intensa na comparação dos frutos provenientes do sistema orgânico.
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O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes doses de silicato de cálcio e magnésio sobre a reprodução de Meloidogyne javanica e sobre o desenvolvimento de mudas de bananeira Prata-Anã em solo arenoso. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, em blocos (quatro) ao acaso, em esquema fatorial 5x2, correspondendo a cinco doses de silicato de cálcio e magnésio (0; 0,64; 1,28; 1,92 ou 2,56 g/dm³ de solo) e duas fontes de variação de M. javanica (presença e ausência). As parcelas constaram de três vasos com uma muda de bananeira cada. Nas doses de 1,28 e 2,56 g de silicato de cálcio e magnésio/dm³ de solo, o número de ovos e o fator de reprodução (FR=população final/população inicial) de M. javanica foram significativamente menores em relação ao tratamento-testemunha. Porém estas doses de silicato não afetaram o número de galhas e massa de ovos/raiz e número de juvenis de segundo estádio (J2) de M. javanica/100 cm³ de solo. Na ausência do nematoide, a dose estimada de 1,61 g de silicato de cálcio e magnésio/dm³ proporcionou maior peso de matéria seca do rizoma, porém não afetou a altura de planta, o diâmetro do pseudocaule, o número de folhas e o peso da matéria seca das folhas e da raiz. Maior desenvolvimento das plantas foi obtido naquelas não inoculadas com M. javanica. Conclui-se que as mudas tiveram seu desenvolvimento vegetativo afetado pela presença de M. javanica e, dependendo da dose do silicato aplicada ao solo, a reprodução do nematoide pode ser afetada, bem como pode proporcionar incremento na matéria seca do rizoma.
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A produtividade agrícola nos trópicos é afetada, principalmente, pelos fatores ligados à acidez do solo (pH, saturação por bases, acidez potencial, disponibilidade de nutrientes). A calagem é uma prática bem conhecida para corrigir a acidez do solo em culturas anuais, ainda que não seja praticada com a regularidade necessária. Entretanto, em culturas perenes, a incorporação de corretivos é mais complexa, devido às características desse grupo de plantas e à carência de informações científicas sobre o assunto. Em condições de acidez, a calagem promove a neutralização do Al3+, a elevação do pH e o fornecimento de Ca e Mg, possibilitando a proliferação de raízes, com reflexos positivos no crescimento da parte aérea das plantas. Contudo, devido à baixa solubilidade e à lenta movimentação do calcário ao longo do perfil do solo, há obrigatoriedade de se fazer distribuição uniforme e incorporação profunda, antecedendo a implantação do pomar, a fim de garantir o eficiente aproveitamento de água e de nutrientes contidos nessas camadas. A calagem deve ser considerada um investimento, pois seus benefícios perduram além de um ano ou de uma safra agrícola. Isso se deve ao efeito residual dos corretivos de acidez do solo, sendo o tempo de duração desse efeito dependente de vários fatores, entre os quais: condições edafoclimáticas, cultura, manejo da área e tipo de corretivo empregado. Em geral, partículas maiores de calcário têm efeito residual mais prolongado, sendo empregadas na implantação dos pomares. No entanto, a relação entre o tamanho da partícula e o efeito residual tem sido pouco pesquisada, devido à necessidade de estudos de longa duração. Em função das elevadas doses de adubos nitrogenados utilizadas nos pomares de altos rendimentos, a acidez do solo aumenta, como resultado do processo de nitrificação. Em pomares já implantados, o procedimento atualmente utilizado pelos produtores é a incorporação superficial do calcário na área. As recomendações talvez fossem outras, caso houvesse maior subsídio da pesquisa, tendo em vista os diversos problemas fitossanitários que podem ocorrer, direta ou indiretamente da prática da incorporação do corretivo, tais como redução do sistema radicular, ferimento das raízes e consequente risco de infecções, com disseminação de pragas e doenças no pomar. O objetivo desta revisão é apresentar os principais resultados de pesquisas sobre o assunto, mostrando os efeitos da calagem sobre a fertilidade do solo, a nutrição e a produtividade de frutíferas de grande importância econômica para o Brasil, bem como discutir a duração do efeito residual dos corretivos e a dose mais ecônomica a ser aplicada nos pomares de frutas em implantação e em produção.
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A propagação vegetativa comercial de mudas de pessegueiro por estaquia no Brasil tem sido limitada por alguns fatores, como a falta de técnicas apropriadas de manejo do ambiente de propagação, além da dificuldade no manejo da nutrição e da sobrevivência das estacas pós-enraizamento. Objetivou-se com o presente estudo avaliar o crescimento e sobrevivência de porta-enxertos de pessegueiro clonados através da miniestaquia, em sistema de cultivo sem solo, obtidos em duas épocas. Conduziu-se o trabalho em casa de vegetação e estufa agrícola localizadas no Campo Didático e Experimental do Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel/RS), no período de março - dezembro/2010 e novembro/2010 - maio/ 2011. O material vegetal utilizado para o enraizamento de miniestacas de pessegueiro foi obtido de ramos herbáceos de porta-enxertos de pessegueiro das cultivares Okinawa e Flordaguard. Miniestacas do porta-enxerto 'Flordaguard' obtidas no outono apresentaram maior porcentagem de sobrevivência quando transplantadas em sistema de cultivo sem solo. Miniestacas de porta-enxertos da cultivar Okinawa, obtidos no outono e na primavera, apresentam precocemente diâmetro adequado para a realização da enxertia. Os teores foliares de macronutrientes e micronutrientes seguiram uma ordem decrescente do pessegueiro, sendo N>K>Ca>Mg>P>S e Fe>Mn>B>Zn>Cu.
ADUBAÇÃO N-K NO ABACAXIZEIRO ‘BRS IMPERIAL’ – II EFEITO NO SOLO, NA NUTRIÇÃO DA PLANTA E NA PRODUÇÃO
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RESUMO O abacaxizeiro ‘BRS Imperial’ é uma cultivar resistente à fusariose, apresenta frutos saborosos, mas ainda é pouco conhecido dos fruticultores. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes doses de N e K nas características químicas do solo, nos teores foliares de nutrientes e nas variáveis de produção de um cultivo de ‘BRS Imperial’. O experimento foi instalado no espaçamento 0,90 x 0,40 x 0,40 m, com quatro doses de N (0; 160; 320 e 550 kg ha-1) e quatro de K2O (0; 240; 480 e 600 kg ha-1), em blocos ao acaso, com cinco repetições, em fatorial completo 4 x 4. Foram realizadas análises químicas das folhas e do solo, e mensuradas as variáveis de produção. O cultivo do abacaxizeiro sem N e K ou apenas com adubação nitrogenada resultaram em menores índices de pH, K+, Ca e 2+Mg2+ no solo, no final do ciclo de cultivo, em relação aos teores iniciais. Mesmo na maior dose de K aplicada, o teor deste nutriente no solo ficou baixo. Os teores foliares de N e K estimados, nas doses máximas testadas, foram 12,8 e 31,8 g kg-1, respectivamente. As variáveis de colheita mostraram significância para as doses de N em todas as avaliações, enquanto as doses de K2O influenciaram apenas na relação comprimento/diâmetro do fruto. Pela análise de regressão, as doses de N mostraram efeito quadrático na massa dos frutos com coroa, a qual se apresentou com 1.086 g na dose máxima física de 365 kg ha-1 e produtividade estimada de 42 t ha-1.
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RESUMO A morte precoce do pessegueiro é uma síndrome caracterizada por um colapso das plantas ao final do período de dormência, cujas causas envolvem diversos fatores bióticos e abióticos. Objetivou-se avaliar a associação da morte precoce do pessegueiro com à fertilidade do solo. Amostraram-se a rizosfera, para análise química, sob a copa de plantas sintomáticas e assintomáticas, com idade entre dois e oito anos, em nove pomares comerciais localizados nos municípios de Pelotas e Canguçu, no Rio Grande do Sul, totalizando 108 amostras. De acordo com os resultados, a obtenção de uma função discriminante para classificar as plantas em duas categorias, como sintomáticas ou assintomáticas, não proporcionou resultado satisfatório, pois a taxa de classificação errônea superou 40%. A análise de variância individual mostrou que, univariadamente, não existe diferença significativa na fertilidade do solo entre os dois grupos de plantas amostradas. Embora a fertilidade do solo, na maioria dos pomares amostrados, esteja aquém do recomendado para a cultura do pessegueiro, a ocorrência da morte precoce do pessegueiro não apresentou relação com os atributos químicos de fertilidade do solo. O resultado sugere que outros fatores, como os aspectos físicos do solo e o uso de misturas varietais de cultivares-copa como porta-enxerto, possam estar envolvidos na ocorrência de morte precoce do pessegueiro.
Resumo:
Áreas de uma microbacia sem a incidência de doenças causadas por Rhizoctonia solani GA 4 foram agrupadas estatisticamente, pelo método de Ward, com relação à supressividade dos solos ao patógeno, avaliada pela taxa de crescimento micelial. Entre os grupos formados, foi definido um gradiente de supressividade. A relação entre gradientes de supressividade e tipos de cobertura vegetal foi descrita com auxílio da análise de correspondências múltiplas, sendo que, de modo geral, o pasto e o pousio, seguidos da mata, tornaram os solos mais supressivos, ao passo que a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), o milho (Zea mays ), o café (Coffea arabica) e o solo arado tornaram os solos mais conducentes. Porém, os resultados mostraram que outros fatores, além da cobertura vegetal, podem estar afetando a supressividade. Um tratamento biocida (fumigação) dos solos mais supressivos promoveu um maior incremento da taxa de crescimento do patógeno do que o observado com solos mais conducentes.
Resumo:
Foram inoculadas 17 cultivares de feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris) recomendadas para plantio em Minas Gerais com cinco patótipos (6, 7, 9, 10 e 12) de Uromyces appendiculatus e cinco (63.55, 31.23, 63.39, 31.55 e 63.23) de Phaeoisariopsis griseola. Foi conduzido um ensaio separadamente para cada um dos patótipos dos dois patógenos, totalizando 10 ensaios. Nos ensaios de ferrugem foi avaliada a freqüência de infecção (FI) e estimado o tamanho médio das pústulas (TMP) e, nos ensaios de mancha-angular foram avaliados os sintomas utilizando uma escala de notas variando de 1 a 9. A maioria das cultivares se mostrou suscetível a pelo menos três dos cinco patótipos de ferrugem. As cultivares mais suscetíveis foram Roxo 90 e Meia Noite e a mais resistente foi a Ouro Negro, a qual apresentou proteção completa aos cinco patótipos testados. Com relação à mancha angular, além do Roxo 90, as cultivares Carioca MG, Pérola, Carioca 1030 e Aporé, extensivamente plantadas em Minas Gerais, foram altamente suscetíveis. As cultivares Ouro Negro e EMGOPA 201-Ouro apresentaram genes de resistência a diferentes patótipos e a combinação desses genes em uma nova cultivar resultaria em resistência a todos os patótipos testados.
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A podridão do colmo de milho (Zea mays) causada por Fusarium moniliforme tem ocorrência generalizada nas regiões produtoras do Brasil. Visando obter informações sobre o comportamento da doença, foram conduzidos dois experimentos em campo, um inoculando-se artificialmente colmo de plantas aos 30, 55 e 80 dias após a semeadura, e outro testando-se diferentes concentrações de inóculo, 1x10(4), 5x10(5) e 1x10(7) conídios/ml, aplicadas aos 55 dias após a semeadura. Nesses experimentos utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com respectivamente, quatro e cinco repetições, sendo cada parcela constituída de 50 plantas. As inoculações foram feitas no centro do segundo entrenó alongado acima do solo. A avaliação da doença foi realizada aos 120 dias após a semeadura, com base na sintomatologia interna do colmo, utilizando uma escala de notas variando de 1 a 9. Por ocasião da colheita foram avaliados o número de plantas acamadas e a produção de grãos. Procedeu-se também a análise do teor de lignina e tanino da casca e da parte interna do entrenó inoculado nos diferentes tratamentos. Todas as concentrações de inóculo testadas permitiram diferenciar os níveis de resistência dos híbridos, sendo estes decrescentes a partir do Cargill 333 para o Cargill 901, tendo o Dina 766 um comportamento intermediário. Por outro lado, não houve diferenças significativas para as inoculações em diferentes épocas. Os teores de taninos não foram significativamente diferentes entre os híbridos, já o teor de lignina foi significativamente relacionado com o nível de resistência dos três híbridos avaliados.
Resumo:
Foram realizados três experimentos em Botucatu, estado de São Paulo (22º51'S e 48º26'W), em túnel plástico completamente fechado para verificar a eficiência da solarização do solo na sobrevivência de Phytophthora capsici, agente causal da murchadeira do pimentão (Capsicum annuum). Os experimentos, com duração de 35 dias cada, foram instalados nos períodos de fevereiro a março, abril a maio e junho a julho do ano de 1998. O patógeno, cultivado em grãos de trigo, contidos em bolsas de tecido sintético, foi colocado a 5, 15 e 25 cm de profundidade em duas parcelas idênticas de 33,25 m², sendo uma coberta com plástico de polietileno transparente de 75 mim (solarizada) e a outra sem cobertura (testemunha). Constatou-se que a solarização, aplicada em ambiente protegido, foi eficiente nesses experimentos no controle de P. capsici artificialmente colocada no solo nos três períodos testados, variando apenas o tempo de cobertura do solo de acordo com a época do ano.
Resumo:
Avaliou-se, em condições de casa de vegetação, o efeito da suplementação do solo com sementes trituradas de feijão de porco (Canavalia ensiformis) sobre os índices de galhas e de massas de ovos de Meloidogyne incognita raça 1 em tomateiro (Lycopersicon esculentum). O substrato utilizado foi solo autoclavado suplementado com 2,5; 5,0; 7,5 e 10,0 g de sementes trituradas/kg de solo. Solo sem a suplementação serviu como testemunha. Para efeito de comparação, o nematicida Carbofuran foi incluído como tratamento adicional. Controle do nematóide foi obtido a partir da incorporação de 5,0 g de sementes trituradas/kg de solo, sendo o efeito proporcional à dosagem. Os índices de galhas e massas de ovos foram reduzidos em 48% e 64%, respectivamente, com a aplicação de 10 g de sementes trituradas/kg de solo.
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A quantificação do inóculo de Diplodia macrospora e de D. maydis nos restos culturais do milho (Zea mays)é fundamental para demonstrar a importância desta fonte de inóculo, bem como servir de base para o desenvolvimento de estratégias alternativas de controle. Em experimentos conduzidos no campo, nas safras de verão de 1995/96 e 1996/97, quantificaram-se a quantidade de restos culturais do milho sobre o solo após a semeadura, a densidade de conídiosnos resíduos e o inóculo disseminado pelo ar, bem como a incidência de cada espécie de Diplodia nos grãos de milho colhidos. A quantidade de conídios nos restos culturais foi de 2,1 x 10(5), para D. macrospora, e de 1,0 x 10(5) para D. maydis, no primeiro ano e de 4,2 x 10(5) e 3,4 x 10(6) m-2, respectivamente, no segundo. A dispersão anemófila de conídios foi mais intensa da semeadura até a quarta semana para D. maydis, e da décima semana até a colheita para D. macrospora. O número médio de conídios por cirro foi de 865 para D. macrospora e de 685 para D. maydis. A incidência média nos grãos foi de 75,5% para D. macrospora e de 25,5% para D. maydis. Com este trabalho, observou-se a importância relativa das espécies de Diplodia envolvidas no processo infeccioso de espigas de milho, demonstrando-se que D. macrospora foi a mais freqüente. Comprovou-se também que os restos culturais são necessários à sobrevivência desses patógenos na área cultivada, servindo como fonte de inóculo à infecção da planta e espigas de milho.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de lixiviados de caupi (Vigna unguiculata) cultivar Epace 10 inoculada com Glomus etunicatum e/ou Bradyrhizobium sp. sobre eclosão de Meloidogyne incognita, M. javanica e M. mayaguensis. O solo foi infestado com 200 esporos do fungo micorrízico e/ou 1 ml de suspensão contendo 10(8) UFC/ml das estirpes de Bradyrhizobium NFB 700 e NFB 652, e semeados com caupi, deixando-se plantas não inoculadas como testemunha. As plantas foram mantidas em condições de casa de vegetação, durante 57 dias após infestação, para coleta dos lixiviados. Procederam-se avaliações após 0, 24, 48 e 144 h de imersão de ovos dos nematóides em água ou lixiviados de plantas não inoculadas e inoculadas com fungo e bactéria em conjunto ou isoladamente. O delineamento adotado foi do tipo inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3'5'4 (nematóide ' lixiviado ' período de exposição), com quatro repetições. Meloidogyne javanica apresentou maior (P< 0,01) percentual de juvenis eclodidos quando em lixiviados de plantas inoculadas simultaneamente com o fungo e a bactéria. Considerando o tempo de exposição aos lixiviados, M. javanica e M. mayaguensis apresentaram comportamento semelhante, em relação ao percentual de juvenis eclodidos, diferindo ambas de M. incognita, após 144 h. A eclosão de juvenis em função do tempo, em resposta a cada lixiviado, ajustou-se (P< 0,01) ao modelo quadrático.