784 resultados para infecção aguda
Resumo:
Objetivos: embora não existam dados apropriados para estabelecer sua eficácia, alguns serviços tem utilizado, profilaticamente, a terapia anti-retroviral para o HIV nos casos de violência sexual. O objetivo deste estudo foi avaliar a aceitabilidade, tolerância e adesão a um esquema quimioprofilático para o HIV. Pacientes e método: foram avaliadas 62 mulheres vítimas de estupro e/ou atentado violento ao pudor com coito ectópico anal. Os agressores foram referidos como desconhecidos. A profilaxia foi iniciada dentro das primeiras 48 h da violência e mantida por 4 semanas, sendo administrados diariamente: zidovudina, 600 mg; indinavir, 2.400 mg e lamivudina, 300 mg. Resultados: a taxa de descontinuidade foi de 24,2%, sendo em 12 casos (80%) decorrente de intolerância gástrica. Os efeitos colaterais estiveram presentes em 43 casos (69,4%), sendo as náuseas e vômitos os mais freqüentes. A complexidade posológica e o tempo de uso foram fatores possivelmente associados ao uso inadequado das drogas, ocorrendo em 10,6% dos casos. Conclusão: a taxa de descontinuidade da quimioprofilaxia foi semelhante à observada em outras indicações.
Resumo:
Objetivos: determinar os principais fatores associados à ocorrência de infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidas a histerectomia total abdominal (HTA) no Instituto Materno ¾ Infantil de Pernambuco (IMIP). Métodos: realizou-se um estudo de corte transversal incluindo todas as pacientes submetidas a histerectomia total abdominal no IMIP no período de janeiro de 1995 a dezembro de 1998, desde que tivessem retornado no 7º e no 30º dia pós-operatório para controle de infecção (n = 414). A freqüência de infecção do sítio cirúrgico (definida pelos critérios do CDC, 1998) foi de 10% (42 casos). Calculou-se o risco de prevalência (RP) de infecção do sítio cirúrgico e seu intervalo de confiança (IC) a 95% para as seguintes variáveis: idade, obesidade, hipertensão, diabetes, doença maligna, tipo de incisão, tempo cirúrgico e antibioticoprofilaxia. Realizou-se análise de regressão logística múltipla para determinação do risco ajustado de infecção. Resultados: encontrou-se aumento significativo do risco de infecção do sítio cirúrgico para as seguintes variáveis: idade >60 anos (RP = 2,39; IC-95% = 1,15-4,94), obesidade (RP = 3,2; IC-95% = 1,83-5,59), duração da cirurgia >2 horas (RP = 2,36; IC-95% = 1,32-4,21) e associação com diabetes (RP = 6,0; IC-95% = 3,41-10,57). Por outro lado, o risco de infecção esteve significativamente diminuído quando utilizou-se antibiótico profilático (RP = 0,38; IC-95% = 0,21-0,68). Não se encontrou associação estatisticamente significativa de infecção com o tipo de incisão, a indicação da cirurgia por patologia maligna e a presença de hipertensão. Conclusões: os fatores associados a risco aumentado de infecção do sítio cirúrgico pós-HTA no IMIP foram: idade >60 anos, obesidade, diabetes e duração da cirurgia >2 horas. A antibioticoprofilaxia apresentou efeito protetor, com diminuição do risco de infecção.
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Objetivos: avaliar os resultados do teste de diagnóstico rápido da infecção pelo HIV-1 disponibilizado pelo Ministério da Saúde, para identificação de gestantes contaminadas por este vírus. Métodos: avaliação prospectiva de 443 gestantes sem teste sorológico para HIV no pré-natal, atendidas no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), entre fevereiro e junho de 2000. As amostras destas pacientes foram submetidas ao teste rápido imunocromatográfico, sendo comparadas com ELISA e confirmadas pela aglutinação. Resultados: dentre as 443 gestantes submetidas ao teste rápido (20,1% dos partos no período), 16 apresentaram resultados positivos (3,6%). Nenhuma amostra negativa pelo teste rápido foi positiva pelo ELISA. Entretanto, das 16 amostras positivas pelo teste rápido, duas foram negativas pelos testes confirmatórios. Logo, a sensibilidade do teste rápido foi de 100,0%, especificidade 99,5%, valor preditivo positivo 87,5% e valor preditivo negativo 100,0%. Conclusões: os resultados obtidos na avaliação do teste para o diagnóstico rápido da infecção pelo HIV-1 em gestantes revelaram sensibilidade, especificidade e valores preditivos que o credenciam como recurso extremamente importante na indicação de medidas que reduzem a transmissão perinatal desse vírus.
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Objetivos: avaliar a dificuldade diagnóstica, o tratamento e seu resultado em casos de insuficiência hepática aguda da gravidez. Métodos: sete pacientes com insuficiência hepática aguda da gravidez admitidas em nosso Serviço nos últimos quatro anos foram estudadas com ênfase nos sintomas presentes, achados laboratoriais, curso clínico, complicações maternas e sobrevida fetal. Resultados: a média de idade foi de 25,8 anos (sendo duas primigestas) com idade gestacional média de 30,1. Destas, quatro receberam diagnóstico final de esteatose hepática aguda da gravidez e três de colestase intra-hepática da gravidez. Os principais sinais e sintomas encontrados foram: anorexia, náusea, dor abdominal, icterícia e encefalopatia. Ocorreu morte materna em dois casos: uma paciente por falência hepática enquanto aguardava órgão para transplante e outra por falência hepática, coagulopatia grave e choque hemorrágico após biópsia hepática. Uma paciente com esteatose hepática aguda evoluiu para cronicidade e encontra-se viva um ano após transplante hepático. Nos quatro casos restantes houve completa remissão do quadro com as medidas de suporte, associadas à interrupção da gravidez. As mortalidades materna e fetal foram, respectivamente, 28,6% e 57,1%. Conclusões: concluiu-se, nesta experiência inicial, que a insuficiência hepática aguda da gravidez constitui evento clínico grave, de elevada mortalidade materno-fetal, e que seu pronto reconhecimento e encaminhamento para centros terciários especializados em fígado, além da imediata interrupção da gestação, são fatores decisivos para o sucesso do tratamento.
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Objetivo: avaliar a influência da gravidez, do hábito de fumar, do método anticoncepcional e quais os achados citológicos mais freqüentes em adolescentes com infecção pelo HPV. Métodos: foram analisadas retrospectivamente 54.985 citologias de pacientes atendidas entre julho de 1993 e dezembro de 1998. Deste total, 6.498 exames (11,8%) eram de pacientes com idade inferior a 20 anos, sendo que 326 (5,9%) apresentavam sinais citológicos de infecção por HPV, associada ou não a neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau I. O grupo controle foi composto por 333 pacientes na mesma faixa etária, sem sinais citológicos de infecção por HPV. Resultados: a infecção pelo HPV foi mais freqüente nas adolescentes que fazem uso de anticoncepcionais orais (16,9% versus 13,8%, p<0,01) e que apresentam o achado citológico de clue cells (22,4% versus 14,7%, p<0,001). Os casais usuários de condom tiveram menor freqüência de infecção pelo HPV (0% versus 2,1%, p<0,01). A diferença do número de gestantes (41,1% versus 44,1%) e de fumantes (21,8% versus 16,5%) não foi estatisticamente significante. Conclusões: a infecção pelo HPV é mais freqüente em mulheres adolescentes que fazem uso de anticoncepcionais orais e que apresentam achado citológico de "clue cells". Os casais usuários de condom tiveram menor incidência de infecção pelo HPV. A gestação e o hábito de fumar não influenciaram na incidência da infecção pelo HPV.
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Objetivo: comparar a acurácia do estudo histopatológico e da reação em cadeia por polimerase (PCR) no diagnóstico da infecção pelo papilomavírus humano (HPV) em lesões do colo uterino de mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Métodos: foram estudadas 52 mulheres soropositivas para o HIV com lesões cervicais clinicamente suspeitas de HPV nas quais se realizou raspado ectocervical para a PCR e biópsia dirigida pela colposcopia, para o estudo histopatológico. As amostras de três pacientes se mostraram sem qualidade para a PCR, reduzindo a população estudada para 49. Resultados: a prevalência de HPV foi de 53% pela histopatologia e de 85,7% pela PCR. Dentre as 42 pacientes com HPV detectado pela PCR, 26 foram confirmadas pela histopatologia (sensibilidade = 61,9%). Esta, por sua vez, não demonstrou nenhum resultado falso-positivo (especificidade = 100%), com predição positiva de 100%. Comparando-se os dois resultados, encontrou-se para a histopatologia: valor preditivo positivo = 100% e valor preditivo negativo = 30,4%. Das 26 pacientes com histopatologia positiva para HPV, 15 (57,6%) apresentaram neoplasias intra-epiteliais cervicais (NIC). O risco relativo de uma paciente com HPV apresentar NIC foi de 13,3. Conclusão: a histopatologia mostrou 100% de acerto para o diagnóstico de HPV, o que significa dizer que, quando a biópsia for positiva o HPV certamente estará presente, confirmando a suspeita clínica. No entanto, a baixa sensibilidade retira da histopatologia o valor como exame de rastreamento nesse grupo de mulheres.
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Objetivo: estudar um grupo de mulheres grávidas com infecção pelo papilomavírus humano (HPV), analisando a faixa etária, a idade gestacional, o número de gestações e os achados citológicos. Métodos: no período de julho de 1993 a dezembro de 1998, 245 gestantes atendidas em nosso serviço apresentavam alterações citológicas compatíveis com infecção pelo HPV, associados ou não à neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau I. Foram colhidos dados clínicos relacionados à idade, período gestacional (primeira ou segunda metade), número de gestações e achado citológico de Trichomonas vaginalis, Candida sp. e clue cells. O grupo controle foi constituído por 386 pacientes gestantes atendidas no mesmo período e sem achados citológicos de infecção pelo HPV. Na análise estatística utilizou-se o teste do c² (qui-quadrado) com correção de Yates com nível de significância menor que 0,05. Resultados: a infecção pelo HPV foi mais freqüente nas grávidas com idade inferior a 20 anos (45,3% versus 28,2%, p<0,001). O achado citológico mais freqüente nas grávidas com infecção pelo HPV, comparando-se com o controle, foi o de clue cells (21,6% versus 12,4%, p<0,02). O achado de clue cells foi mais freqüente nas gestantes com HPV com idade superior a 20 anos e na segunda metade da gestação (27% versus 12,2%, p<0,01). A diferença quanto ao número de gestações anteriores não foi significativa. Conclusões: para o grupo estudado, a infecção pelo HPV foi mais freqüente em grávidas com idade inferior a 20 anos. Os achados citológicos de clue cells e de HPV foram mais freqüentes nas mulheres grávidas com idade superior a 20 anos e na segunda metade da gestação.
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Objetivo: avaliar as repercussões da infecção ascendente sobre a mãe, o feto e o recém-nascido (RN) nos casos de rotura prematura das membranas (RPM). Métodos: estudo prospectivo, avaliando 50 gestantes portadoras de RPM e seus RN. A corioamnionite clínica foi rastreada por meio de critérios clínicos (curva térmica, dor abdominal à palpação e/ou amolecimento uterino, odor e características da secreção vaginal) e subsidiários (leucograma e proteína C reativa). Por sua vez, a corioamnionite histológica foi avaliada com estudo macroscópico e microscópico da placenta, membranas e cordão umbilical. No estudo microscópico, utilizou-se a microscopia óptica com coloração pela hematoxilina-eosina. Os RN foram avaliados pela mensuração do peso e índice de Apgar no 1o e 5o minuto. O leucograma e a cultura do material colhido do ouvido e aspirado gástrico complementaram o estudo. Para análise estatística foram utilizados os testes exato de Fisher e t de Student, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: a taxa de corioamnionite clínica foi de 29,4% (15/50), ao passo que a de corioamnionite histológica foi de 40% (20/50). Todos os casos de corioamnionite clínica apresentaram período de latência (PL) superior a 24 horas. Os RN apresentaram sinais de infecção em 31,4% (16/51), todos com PL maior que 24 horas. Os principais microrganismos isolados do conduto auditivo e aspirado gástrico dos RN foram: Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, cocos Gram positivos e Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield (SGB). Os RN infectados apresentaram menor escore de Apgar no 1o e 5o minuto, peso ao nascer inferior e maior morbidade e mortalidade perinatal quando comparados com os RN não infectados. Conclusões: baseados na análise dos resultados obtidos no presente estudo, foi possível concluir que o período de latência prolongado aumenta a chance de infecção ascendente, que, por sua vez, proporciona maior probabilidade de parto prematuro, aumentando portanto a morbidade materna (corioamnionite clínica), bem como a morbidade e mortalidade perinatal.
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Objetivo: determinar a presença de infecção assintomática do líquido amniótico em gestantes, identificar os agentes bacterianos envolvidos na infecção e determinar o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos in vitro. Métodos: foram obtidas 81 amostras de líquido amniótico, colhidas por amniocentese, em gestantes sem sinais de trabalho de parto e sem suspeita clínica de infecção, atendidas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, entre agosto/97 e janeiro/99. Pesquisou-se a presença de bactérias aeróbias, anaeróbias estritas/facultativas e micoplasmas genitais. As bactérias anaeróbias foram identificadas pelo sistema ATBÒ (Bio-Mérieux) e os micoplasmas pelo kit Micoplasmas ISTÒ (Bio-Mérieux). Resultados: entre as amostras obtidas, oito (9,8%) apresentaram culturas positivas, sendo que em duas foram identificadas duas espécies bacterianas. Os patógenos isolados foram: Ureaplasma urealyticum (7 casos, 8,6%), Mycoplasma hominis (1 caso, 1,2%) e Peptostreptococcus sp (2 casos 2,4%). O padrão de resistência aos antimicrobianos caracterizou-se pela maior resistência dos micoplasmas à eritromicina (37,5%) e nenhuma resistência às ciclinas. Conclusões: o percentual de infecções assintomáticas foi muito elevado, havendo necessidade de serem realizadas novas pesquisas para avaliar as conseqüências da infecção subclínica nas grávidas e em seus conceptos, que envolvam métodos que identifiquem micoplasmas genitais, já que foram as bactérias mais freqüentemente isoladas.
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Objetivos: avaliar os aspectos diagnósticos, terapêuticos e as complicações dos casos de infecção do trato urinário (ITU) sintomática durante a gestação, que necessitaram de internação hospitalar. Métodos: foram incluídas 136 grávidas com diagnóstico clínico de pielonefrite. Foram avaliados: a idade e paridade da paciente, idade gestacional em que foi feito o diagnóstico, antecedentes de importância epidemiológica, propedêutica laboratorial para avaliação da infecção urinária, tratamento e evolução clínica, antimicrobianoprofilaxia e complicações. Resultados: pielonefrite foi diagnosticada, nas mesmas proporções, em todas as idades gestacionais. Houve maior incidência de ITU entre as primigestas. Apenas 29,3% das gestantes apresentaram história prévia de ITU. Observou-se que 57,0% das pacientes apresentaram anemia e 93,0% mostraram análise urinária alterada. A Escherichia coli foi o uropatógeno mais prevalente (75,8% dos casos), com baixos percentuais de sensibilidade à ampicilina (60,6%) e à cefalotina (63,6%) e altos percentuais de sensibilidade à cefuroxima (95,5%). A maior taxa de melhora clínica foi obtida entre as gestantes tratadas com cefuroxima (95,7%). A antimicrobianoprofilaxia foi necessária em 11,0% das pacientes. O trabalho de parto pré-termo ocorreu em 33,3% das gestantes que deram à luz em nosso serviço, e o parto pré-termo em 18,9%. Conclusões: esses resultados reforçam a necessidade do diagnóstico precoce e tratamento efetivo da ITU em gestantes, a fim de evitar a ocorrência freqüente de complicações perinatais, como o trabalho de parto e o parto pré-termo. Destaca-se a necessidade de avaliação periódica do padrão de sensibilidade dos agentes etiológicos prevalentes aos antimicrobianos de uso permitido durante a gestação, adotando-se a cefuroxima como o antimicrobiano de escolha para o tratamento das ITU na gestação.
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OBJETIVOS: determinar o valor preditivo positivo de um teste rápido para anticorpos contra o HIV denominado DetermineTM (Abott) em gestantes internadas em trabalho de parto entre 1° de agosto de 2001 e 5 de outubro de 2002. MÉTODOS: foram incluídas neste estudo as parturientes que não haviam sido submetidas a exames para a detecção do HIV durante a gestação ou que não apresentavam os resultados disponíveis no momento da internação. A amostra de sangue foi colhida no momento da internação, na sala de admissão, e o teste rápido foi realizado e comparado com o padrão ouro (ELISA e Western blot). RESULTADOS: entre as 298 gestantes avaliadas, o teste rápido foi positivo em 16 pacientes (5,3%). Os resultados foram confirmados pelos testes de ELISA e Western blot em 12 pacientes (4%). Todos os exames negativos foram avaliados pelos testes ELISA e Western blot. O teste apresentou sensibilidade de 100%, especificidade de 98%, valor preditivo positivo de 75% e valor preditivo negativo de 100%. CONCLUSÕES: estes dados mostram o valor do teste rápido para a detecção de infecção por HIV em situações de emergência, como o parto, de gestantes não testadas previamente
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OBJETIVO: avaliar a prevalência do HIV nas parturientes de maternidades vinculadas ao SUS, pela utilização do teste rápido. MÉTODOS: estudo transversal realizado em maternidades conveniadas ao SUS no Estado de Sergipe, após treinamento realizado com os profissionais de saúde dessas maternidades. As parturientes foram submetidas ao teste rápido imunocromatográfico para HIV, independente de já o terem realizado no pré-natal, após aconselhamento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O teste utilizado foi DetermineTM - Abbott Laboratórios do Brasil. Utilizou-se o esquema de profilaxia da transmissão vertical para todos os casos, segundo o protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde. Foi criado banco de dados no Epi-Info 2002 e calculada a prevalência em relação a todos os testes realizados no período de janeiro de 2003 a março de 2004, por meio de análise estatística descritiva. RESULTADO: após realização de 9.215 testes rápidos, foram detectadas 39 (0,42%) soropositivas para HIV, das quais 23 (59%) não conheciam a sua soropositividade. Duas gestantes que já eram sabidamente HIV positivas não relataram aos profissionais sua condição no momento da admissão. O número de parturientes que referiram ter freqüentado o serviço de pré-natal foi alto (89%), mas somente 32,5% destas foram submetidas ao teste para HIV na gestação. CONCLUSÃO: a prevalência detectada (0,42%) neste estudo é semelhante à nacional. É alta a prevalência de parturientes que desconhecem sua soropositividade para HIV, o que indica inadequado funcionamento de cuidados pré-natais dispensados. Na situação atual é necessária a triagem no momento do parto, para garantia de intervenções adequadas neste momento crucial da transmissão do HIV.