742 resultados para 227
Resumo:
Os autores apresentam o caso de uma paciente de 61 anos, com antecedentes depressivos e história de síncopes, que desenvolve, no espaço de meio ano, alterações de comportamento pautadas por hiper-religiosidade, ideias delirantes de grandiosidade e fenômenos compatíveis com déjà vu. Nesse contexto, foi referenciada pelo médico de família para a urgência de psiquiatria, tendo sido realizada investigaç227;o orgânica e identificada epilepsia do lobo temporal após realizaç227;o de eletroencefalograma. Foi medicada com valproato de sódio, na dose de 750 mg/dia, com esbatimento progressivo da sintomatologia psicótica. Com este trabalho, os autores pretendem sublinhar a importância da exploraç227;o orgânica dos sintomas neuropsiquiátricos, antes de atribuir um diagnóstico psiquiátrico ao paciente.
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OBJETIVO: Estudar os marcadores moleculares para os genes da cadeia pesada da beta-miosina cardíaca e da proteína-C de ligação à miosina em familiares de portadores de cardiomiopatia hipertrófica. MÉTODOS: Foram estudadas 12 famílias que realizaram anamnese, exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma e coleta de sangue para o estudo genético através da reação em cadeia da polimerasse. RESULTADOS: Dos 227 familiares 25% eram acometidos, sendo 51% do sexo masculino com idade média de 35±19 (2 a 95) anos. A análise genética mostrou ligação com o gene da b-miosina cardíaca em uma família e, em outra, ligação com o gene da proteína C de ligação à miosina. Em cinco famílias foram excluídas ligações com os dois genes; em duas, a ligação com o gene da proteína C de ligação à miosina, porém para o gene da b-miosina os resultados foram inconclusivos; em duas famílias os resultados foram inconclusivos para os dois genes e em uma foi excluída ligação para o gene da b-miosina mas ficou inconclusivo para o gene da proteína C de ligação à miosina. CONCLUSÃO: Em nosso meio, talvez predominem outros genes que não aqueles descritos na literatura, ou que existam outras diferenças genéticas relacionadas com a origem de nossa população e/ou fatores ambientais.
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OBJETIVO: Determinar a incidência e o impacto das complicações infecciosas do infarto agudo do miocárdio (IAM) no tempo de permanência e na letalidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo clínico e retrospectivo, tipo caso-controle, realizado por meio de análise de prontuários. A população do estudo foi constituída por pacientes internados na Unidade Coronariana do InCor do Hospital das Clínicas da FMUSP com diagnóstico de IAM, entre janeiro de 1996 e dezembro de 1999. RESULTADOS: Foram analisados 1.227 pacientes, e sessenta (5%) preenchiam os critérios diagnósticos de complicação infecciosa do IAM (grupo infectados). Os demais 1.167 pacientes constituíram o grupo controle. A média das idades (67,5 versus 62,6 anos), o tempo de permanência hospitalar (26,6 versus 12,0 dias) e a mortalidade hospitalar (45% versus 12%) foram maiores no grupo infectados. Pacientes submetidos a mais de três procedimentos invasivos apresentaram índice de mortalidade mais elevado (68% e 32%, p = 0,006). As infecções mais freqüentes foram as pulmonares (63%), do trato urinário (37%) e hemoculturas positivas sem sítio identificado (8%). CONCLUSÃO: Na população estudada, a incidência de complicação infecciosa foi de 5%. O tempo de internação prolongado e a taxa de mortalidade elevada sugerem que a complicação infecciosa tem um grande impacto sobre os pacientes internados com o diagnóstico de IAM em unidade coronariana.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados tardios de 10 anos com a operacão de Ross, analisando a sobrevida, incidência de reoperações e desempenho tardio do auto-enxerto pulmonar e homoenxerto da reconstrução da via de saída do ventrículo direito. MÉTODOS: Entre maio/1995 e fevereiro/2005, 227 pacientes com média de idade de 29,1±11 anos foram submetidos à operação de Ross. A etiologia prevalente foi a moléstia reumática em 61% dos casos. O auto-enxerto foi implantado com a técnica de substituição total da raiz em 202 casos, com cilindro intra-luminal em 20 e de forma subcoronariana em 5. A reconstrução da via de saída do ventrículo direito foi feita de forma convencional, com homoenxertos criopreservados (n= 160), com extensão proximal de pericárdio no homoenxerto (n= 41) e com homoenxertos decelularizados (n= 26). O tempo de seguimento pós-operatório variou de 1 - 118 meses ( média= 45,5 meses). RESULTADOS: A mortalidade imediata foi de 3,5% e a sobrevida tardia foi de 96,9%, aos 10 anos. Não houve episódio de tromboembolismo, constatando-se apenas dois casos de endocardite. Onze pacientes foram reoperados, por problemas envolvendo o auto e/ou homoenxerto, progressão de doença reumática mitral e insuficiência coronariana iatrogênica. Após 10 anos, 96,4% e 96,2% dos pacientes estavam livres de reoperação no auto-enxerto e no homoenxerto, respectivamente. Não foi observada dilatação tardia dos auto-enxertos.A reconstrução da via de saída do ventrículo direito com homoenxertos decelularizados diminuiu de forma significativa a incidência de gradientes tardios. CONCLUSÃO: Os resultados tardios com a operação de Ross demonstraram excelente sobrevida tardia e baixa incidência de reoperações e morbidade tardia. Consideramos este procedimento a melhor opção no tratamento cirúrgico da valvopatia aórtica em crianças e adultos jovens.
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OBJETIVO: Estabelecer parâmetros de sincronia intra- e interventricular em indivíduos normais e compará-los aos de pacientes com miocardiopatia dilatada com e sem distúrbios de condução ao eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: Três grupos de pacientes foram incluídos no estudo: 18 indivíduos (G1) sem cardiopatia e com ECG normal (52+/-12 anos, 29% masculinos); 50 portadores de miocardiopatia dilatada e disfunção ventricular esquerda grave, sendo 20 pacientes (G2) com QRS < 120 ms (51+/-10 anos, 75% masculinos) e 30 pacientes (G3) com QRS > 120 ms (57+/-12 anos, 60% masculinos). Todos foram submetidos à ventriculografia radioisotópica (VR). Para avaliar dissincronia intraventricular esquerda foi estudada a largura do histograma de fase e para avaliar dissincronia interventricular foi medida a diferença da média do ângulo de fase entre o ventrículo direito e o esquerdo (DifDE). RESULTADOS: As frações de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)s foram: 62±6% (G1), 27±6% (G2) e 22±7% (G3) e do VD foram: 46 ± 4% (G1), 38±9%(G2) e 37±9% (G3). A avaliação da largura do histograma de fase foi de: 89±18 ms (G1), 203±54 ms (G2) e 312±130 ms (G3), p<0,0001. A medida da difVDVE foi de: 14±11 ms (G1), 39±40 ms (G2) e 87±49 ms (G3); quando se compararam G1 x G2 e G1 x G3, p<0,0001 e G2 x G3, p=0,0007. CONCLUSÃO: Os parâmetros analisados discriminam os três grupos de pacientes de acordo com o grau de sincronia ventricular. Pacientes com miocardiopatia dilatada e sem bloqueio de ramo ao ECG (QRS < 120 ms) podem apresentar dissincronia, porém em menor grau que os pacientes com QRS alargado.
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Fundamento: Em pacientes com hipertens227;o arterial sistêmica, a microalbuminúria é um marcador de les227;o endotelial e está associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi determinar os fatores que influenciam a ocorrência de microalbumiúria em pacientes hipertensos com creatinina sérica menor que 1,5 mg/dL. Métodos: Foram incluídos no estudo 133 pacientes brasileiros atendidos em um ambulatório multidisciplinar para hipertensos. Pacientes com creatinina sérica maior do que 1,5 mg/dL e aqueles com diabete mellitus foram excluídos do estudo. A press227;o arterial sistólica e diastólica foi aferida. O índice de massa corporal (IMC) e a taxa de filtraç227;o glomerular estimada pela fórmula CKD-EPI foram calculados. Em um estudo transversal, creatinina, cistatina C, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos, proteína C-reativa (PCR) e glicose foram mensurados em amostra de sangue. A microalbuminúria foi determinada na urina colhida em 24 horas. Os hipertensos foram classificados pela presença de um ou mais critérios para síndrome metabólica. Resultados: Em análise de regress227;o múltipla, os níveis séricos de cistatina C, PCR, o índice aterogênico log TG/HDLc e a presença de três ou mais critérios para síndrome metabólica foram positivamente correlacionados com a microalbuminuria (r2: 0,277; p < 0,05). Conclus227;o: Cistatina C, PCR, log TG/HDLc e presença de três ou mais critérios para síndrome metabólica, independentemente da creatinina sérica, foram associados com a microalbuminúria, um marcador precoce de les227;o renal e de risco cardiovascular em pacientes com hipertens227;o arterial essencial.
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Fundamento: A ablaç227;o por cateter de radiofrequência guiada por mapeamento eletroanatômico é, atualmente, uma importante opç227;o terapêutica para o tratamento da fibrilaç227;o atrial. A complexidade do procedimento, as diferentes técnicas e a diversidade de pacientes dificultam a reproduç227;o dos resultados bem como a indicaç227;o do procedimento. Objetivo: Avaliar a eficácia e os fatores relacionados à recorrência de fibrilaç227;o atrial. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com pacientes consecutivos submetidos ao tratamento de fibrilaç227;o atrial por ablaç227;o e mapeamento eletroanatômico. Foram incluídos os seguintes pacientes: idade acima de 18 anos; portadores de fibrilaç227;o atrial paroxística, persistente ou persistente de longa duraç227;o; com registro de fibrilaç227;o atrial em eletrocardiograma, Holter ou ergometria (duraç227;o > 15 minutos); com sintomas associados aos episódios de fibrilaç227;o atrial; e apresentando refratariedade a, pelo menos, duas drogas antiarrítmicas (entre elas amiodarona) ou impossibilidade do uso de drogas antiarrítmicas. Resultados: Foram incluídos 95 pacientes (idade 55 ± 12 anos, 84% homens, CHADS2 médio = 0,8) que realizaram 102 procedimentos com seguimento mediano de 13,4 meses. A taxa livre de recorrência após o procedimento foi de 75,5% após 12 meses. Os pacientes portadores de fibrilaç227;o atrial paroxística e fibrilaç227;o atrial persistente apresentaram recorrência de 26,9% versus 45,8% dos pacientes portadores de fibrilaç227;o atrial persistente de longa duraç227;o (p = 0,04). Das variáveis analisadas, o tamanho do átrio esquerdo demonstrou ser preditor independente de recorrência de fibrilaç227;o atrial após o procedimento (HR = 2,58, IC95% = 1,36-4,89). Houve complicações em 4,9% dos procedimentos. Conclus227;o: A ablaç227;o de fibrilaç227;o atrial guiada por mapeamento eletroanatômico demonstrou ser um procedimento com boa eficácia. O aumento do tamanho do átrio esquerdo foi associado à recorrência de fibrilaç227;o atrial.
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Fundamento: Há poucos dados sobre a definiç227;o de parâmetros simples e robustos para predizer artefato de imagem em tomografia computadorizada (TC) cardíaca. Objetivos: Avaliar o valor da simples medida da espessura do tecido subcutâneo (espessura pele-esterno) como preditor de artefato de imagem em TC cardíaca. Métodos: O estudo avaliou 86 pacientes submetidos a angiotomografia computadorizada cardíaca (ATCC) com sincronizaç227;o prospectiva com ECG e avaliaç227;o de escore de cálcio coronário com 120 kV e 150 mA. A qualidade da imagem foi medida objetivamente pelo artefato de imagem na aorta em ATCC, sendo 'artefato baixo' definido como aquele < 30 UH. Os diâmetros torácicos anteroposterior e laterolateral, o artefato de imagem na aorta e a espessura pele-esterno foram medidos como preditores de artefato em ATCC. A associaç227;o de preditores e artefato de imagem foi avaliada usando-se correlaç227;o de Pearson. Resultados: A dose média de radiaç227;o foi 3,5 ± 1,5 mSv. O artefato de imagem médio na ATCC foi de 36,3 ± 8,5 UH, sendo o artefato de imagem médiona fase sem contraste do exame de 17,7 ± 4,4 UH. Todos os preditores foram independentemente associados com artefato em ATCC. Os melhores preditores foram espessura pele-esterno, com correlaç227;o de 0,70 (p < 0,001), e artefato de imagem na fases em contraste,com correlaç227;o de 0,73 (p < 0,001). Ao avaliar a habilidade de predizer artefato de imagem baixo, as áreas sob a curva ROC para o artefato de imagem na fases em contraste e para a espessura pele-esterno foram 0,837e 0,864, respectivamente. Conclus227;o: Tanto espessura pele-esterno quanto artefato de escore de cálcio s227;o preditores simples e precisos de artefato de imagem em ATCC. Tais parâmetros podem ser incorporados aos protocolos de TC padr227;o para ajustar adequadamente a exposiç227;o à radiaç227;o.
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Fundamento: Foi demonstrado que um novo índice de Doppler Tecidual, E/(E'×S'), incluindo a proporç227;o entre a velocidade diastólica precoce transmitral e a do anel mitral (E/E'), e a velocidade sistólica do anel mitral (S'), tem uma boa precis227;o como preditor da press227;o de enchimento do ventrículo esquerdo. Objetivo: Investigar o valor de E/(E'×S') para prever a morte cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. Métodos: Foi realizado sucessivamente o ecocardiograma em 339 pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca, em ritmo sinusal, após tratamento médico adequado, no momento e um mês depois da alta. O agravamento de E/(E'×S') foi definido como um aumento do valor padr227;o. O ponto final foi a morte cardíaca. Resultados: Durante o período de acompanhamento (35,2 ± 8,8 meses), ocorreu a morte cardíaca em 51 pacientes (15%). O melhor valor mínimo para E/(E'× S') inicial na previs227;o da morte cardíaca foi de 2,83 (76% de sensibilidade, 85% de especificidade). No momento da alta, 252 pacientes (74,3%) apresentaram E/(E'×S') ≤ 2,83 (grupo I), e 87 (25,7%) apresentaram E/(E'×S') > 2,83 (grupo II), respectivamente. A morte cardíaca foi significativamente maior no grupo II em relaç227;o ao grupo I (38 mortes, 43,7% contra 13 mortes, 5,15%, p < 0,001). Através da análise de regress227;o multivariada de Cox, incluindo as variáveis que afetaram os resultados na análise univariada, a relaç227;o E/(E'×S') no momento da alta mostrou-se o melhor preditor independente da morte cardíaca (taxa de risco = 3,09, 95% intervalo de confiança = 1,81-5,31, p = 0,001). Pacientes com E/(E'×S') > 2,83 no momento da alta e com um agravamento após um mês apresentaram o pior prognóstico (todos p < 0,05). Conclus227;o: Em pacientes com insuficiência cardíaca a relaç227;o E/(E'×S') é um poderoso preditor da morte cardíaca, especialmente quando esta estiver associada com o seu agravamento.
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Fundamento: O impacto press227;o arterial (PA) na adolescência sobre outros fatores de risco cardiovascular em adultos jovens é importante para a prevenç227;o primária. Objetivo: Avaliar a PA, índices antropométricos, perfil metabólico e inflamatório de jovens estratificados pelo comportamento da sua PA obtida há 18 anos. Métodos: Avaliaram-se 116 indivíduos, sendo 63 homes, pertencentes ao estudo do Rio de Janeiro (seguimento 17,76 ± 1,63 anos) em dois momentos: A1 (12,40 ± 1,49 anos) e A2 (30,09 ± 2,01 anos). Os 116 indivíduos foram divididos em dois grupos: GN (n = 71), PA normal em A1; e GH (n = 45): PA anormal em A1. A PA, o peso, a altura e o índice de massa corporal (IMC) foram obtidos em A1 e A2. Em A2, acrescentaram-se a circunferência abdominal (CA) e variáveis laboratoriais, metabólicas e inflamatórias. Resultados: 1) Os grupos n227;o diferiram quanto à idade e sexo; 2) Em A2, GH apresentou maiores médias de peso, IMC, PA, insulina, HOMA-IR (p < 0,001), leptina (p < 0,02), Apolipoproteína B100 e A1 (p < 0,02), relaç227;o Apolipoproteína B100 / Apolipoproteína A1 (p < 0,010), maiores prevalências de sobrepeso/obesidade (p < 0,001), da CA aumentada (p < 0,001) e de hipertens227;o arterial (p < 0,02); 3) N227;o houve diferença entre os grupos para as variáveis inflamatórias; 4) Houve correlaç227;o positiva da PA em A1 com a PA, o IMC, e com a insulina, a leptina e o HOMA-IR em A2 (p < 0,05). Conclusões: A PA na adolescência se associou a maiores valores de PA, variáveis antropométricas e metabólicas na fase adulta jovem, mas n227;o a variáveis inflamatórias.
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Fundamento: Alguns fatores de risco para a aterosclerose s227;o acompanhados pela doença hepática gordurosa n227;o alcoólica (DHGNA). Desejamos usar a tomografia computadorizada multi-fatias (TCMF) como a técnica para encontrar relaç227;o entre a DHGNA e a doença arterial coronariana (DAC). Objetivo: A relaç227;o entre a DHGNA e a DAC foi investigada através de TCMF. Métodos: Um total de 372 indivíduos com ou sem sintomas cardíacos, que foram submetidos à angiografia por TCMF, foram incluídos no estudo. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a presença da DHGNA. Os segmentos arteriais coronarianos foram avaliados visualmente via angiografia por TCMF. Com base no grau de estenose arterial coronariana, aqueles com placas ausentes ou mínimas foram considerados como normais, enquanto aqueles que apresentavam estenose de menos do que 50% e no mínimo uma placa foram considerados como portadores da doença arterial coronariana n227;o obstrutiva (n227;o-obsDAC). Os pacientes que apresentaram no mínimo uma placa e estenose arterial coronariana de 50% ou mais foram considerados como portadores de doença arterial coronariana obstrutiva (obsDAC). A DHGNA foi determinada de acordo com o protocolo de TCMF, utilizando a densidade hepática. Resultados: De acordo com a densidade hepática, o número de pacientes com doença hepática gordurosa n227;o alcoólica (grupo 1) foi de 204 (149 homens, 54,8%) e com fígado normal (grupos 2) foi de 168 (95 homens, 45.2%). Houve 50 (24,5%) n227;o-obsDAC e 57 (27,9%) casos de obsDAC no Grupo 1, e 39 (23,2%) n227;o-obsDAC e 23 (13,7%) casos de obsDAC no Grupo 2. Conclusões: O presente estudo utilizando TCMF demonstrou que a frequência da doença arterial coronariana em pacientes com NAFDL foi significativamente superior do que nos pacientes em NAFDL.
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Fundamento: O papel dos polimorfismos genéticos da enzima de convers227;o da angiotensina na insuficiência cardíaca, como preditor de desfechos ecocardiográficos, ainda n227;o está estabelecido. é necessário identificar o perfil local para observar o impacto desses genótipos na populaç227;o brasileira, sendo inédito o estudo da insuficiência cardíaca de etiologia exclusivamente n227;o isquêmica em seguimento mais longo que 5 anos. Objetivo: Determinar a distribuiç227;o das variantes do polimorfismo genético da enzima de convers227;o da angiotensina e sua relaç227;o com a evoluç227;o ecocardiográfica de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia n227;o isquêmica. Métodos: Análise secundária de prontuários de 111 pacientes e identificaç227;o das variantes do polimorfismo genético da enzima de convers227;o da angiotensina, classificadas como DD (Deleç227;o/Deleç227;o), DI (Deleç227;o/Inserç227;o) ou II (Inserç227;o/Inserç227;o). Resultados: As médias da coorte foram: seguimento de 64,9 meses, idade de 59,5 anos, 60,4% eram homens, 51,4% eram brancos, 98,2% faziam uso de betabloqueadores e 89,2% de inibidores da enzima de convers227;o da angiotensina ou de bloqueador do receptor da angiotensina. A distribuiç227;o do polimorfismo genético da enzima de convers227;o da angiotensina foi: 51,4% de DD; 44,1% de DI; e 4,5% de II. N227;o se observou nenhuma diferença das características clínicas ou de tratamento entre os grupos. O diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo final foi a única variável ecocardiográfica isolada significativamente diferente entre os polimorfismos genéticos da enzima de convers227;o da angiotensina: 59,2 ± 1,8 para DD versus 52,3 ± 1,9 para DI versus 59,2 ± 5,2 para II (p = 0,029). No seguimento ecocardiográfico, todas as variáveis (diferença entre a fraç227;o de ejeç227;o do ventrículo esquerdo da última e da primeira consulta; diferença entre o diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo da última e da primeira consulta; e diferença entre o diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo da última e da primeira consulta) diferiram entre os genótipos (p = 0,024; p = 0,002; e p = 0,021, respectivamente). Conclus227;o: A distribuiç227;o dos polimorfismos genéticos da enzima de convers227;o da angiotensina foi diferente de outros estudos com baixíssimo número de II. O genótipo DD foi associado de forma independente à pior evoluç227;o ecocardiográfica e DI ao melhor perfil ecocardiográfico (aumento da fraç227;o de ejeç227;o do ventrículo esquerdo e diminuiç227;o de diâmetros do ventrículo esquerdo).
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Fundamento: O treinamento aeróbio intervalado produz maior benefício na funç227;o cardiovascular comparado ao treinamento aeróbio contínuo. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos de ambas as modalidades nas respostas hemodinâmicas de ratos sadios. Métodos: Ratos machos foram distribuídos aleatoriamente em três grupos: exercício contínuo (EC, n = 10); exercício intervalado (EI, n = 10); e controle (C, n = 10). A sess227;o do grupo EC consistiu em 30 min à intensidade de 50% da velocidade máxima (Vel Máx). O grupo EI realizou 30 min, incluindo três períodos de 4 min a 60% da Vel Máx intercalados com 4 min de recuperaç227;o a 40% da Vel Máx. Frequência Cardíaca (FC), Press227;o Arterial (PA) e Duplo Produto (DP) foram medidos antes, durante e após o exercício. Resultados: Os grupos EC e EI apresentaram aumento da PA sistólica e DP durante o exercício em comparaç227;o ao repouso. Após o término do exercício, o grupo EC mostrou menor resposta da PA sistólica e do DP em relaç227;o ao repouso, enquanto o grupo EI apresentou menor PA sistólica e PA média. No entanto, somente no grupo EI a FC e o DP apresentaram menor resposta na recuperaç227;o. Conclus227;o: Uma sess227;o de exercício intervalado em ratos sadios induziu respostas hemodinâmicas similares durante o exercício às obtidas em exercício contínuo. Na recuperaç227;o, o exercício intervalado promoveu maiores reduções no esforço cardíaco do que em sessões contínuas de exercício.
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Fundamento: A cardiomiopatia de estresse/Takotsubo (CT) é uma entidade diagnóstica cada vez mais reconhecida. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e os preditores clínicos de complicações de curto e longo prazo de pacientes (pts) com CT. Métodos: Foram incluídos todos os pts consecutivamente admitidos no nosso centro, entre novembro de 2006 e agosto de 2011, que preenchiam os critérios diagnósticos da Clínica Mayo. Resultados: Analisaram-se 37 pts (35 mulheres), com idade média de 63 ± 13 anos. A CT foi precipitada na maioria dos casos por eventos de estresse emocional (57%) e dor torácica foi o sintoma de apresentaç227;o mais frequente (89%). O electrocardiograma na admiss227;o mostrou supradesnivelamento do segmento ST em 12 pts (32%) e invers227;o da onda T em 15 casos (41%). Verificou-se disfunç227;o sistólica ventricular esquerda (VE) grave em 16 pts (45%) e a elevaç227;o média de troponina I foi de 2,6 ± 1,8 ng/mL. A taxa de complicações intra-hospitalares foi de 30%, sendo o choque cardiogênico a situaç227;o mais comum. O estresse físico, a disfunç227;o sistólica grave do VE e o valor de pico do peptídeo natriurético cerebral (BNP) foram preditores de complicações agudas. N227;o foi encontrada associaç227;o entre o pico de troponina I e a apresentaç227;o eletrocardiográfica. Trinta e cinco pacientes foram acompanhados por um tempo médio de 482 ± 512 dias, sem recorrência clínica. Conclus227;o: Na nossa série de pacientes, a CT foi associada a uma alta taxa de complicações intra-hospitalares. O estresse físico, a disfunç227;o sistólica do VE e o valor de pico do BNP foram preditores de desfechos adversos agudos.
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Fundamentos: Atualmente, a revascularizaç227;o cirúrgica do miocárdio é o melhor tratamento para o paciente dialítico com les227;o coronariana multiarterial, contudo a mortalidade e a morbidade hospitalar do procedimento ainda permanecem altas. Objetivos: Avaliar os resultados e a evoluç227;o intra-hospitalar da revascularizaç227;o cirúrgica do miocárdio isolada em pacientes dialíticos. Métodos: Estudo retrospectivo unicêntrico de 50 pacientes dialíticos consecutivos e n227;o selecionados, submetidos à revascularizaç227;o cirúrgica do miocárdio em um hospital terciário universitário no período de 2007 a 2012. Resultados: A casuística apresentou alta prevalência de fatores de risco cardiovasculares (100% hipertensos, 68% diabéticos e 40% dislipidêmicos). N227;o houve óbito intraoperatório, e 60% dos procedimentos foram feitos sem circulaç227;o extracorpórea. Houve sete (14%) óbitos intra-hospitalares. Infecç227;o pós-operatória, insuficiência cardíaca prévia, uso de circulaç227;o extracorpórea, funç227;o ventricular anormal e reexploraç227;o cirúrgica foram os fatores associados a maior mortalidade. Conclus227;o: A revascularizaç227;o cirúrgica do miocárdio é um procedimento factível para essa classe de pacientes, contudo com alta morbidade e mortalidade intra-hospitalar. É necessário melhor entendimento das particularidades metabólicas desses pacientes para o planejamento adequado das condutas.