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Germinação e morfologia de sementes e de plântulas de hortelã-do-campo Hyptis cana Pohl. (Lamiaceae)
Resumo:
Estudos de morfologia de sementes e de plântulas de espécies nativas do cerrado durante a germinação fornecem informações fundamentais para sua identificação, para interpretação dos testes de germinação em laboratório e para estudos sobre seu ciclo biológico e regeneração natural. O objetivo deste trabalho foi descrever características externas e internas da semente, além de detalhar e ilustrar o processo germinativo e a morfologia das plântulas de hortelã-do-campo. O teste de germinação foi conduzido com duas subamostras de 50 sementes colocadas em substrato de papel mata-borrão (sobre papel), acondicionadas em caixas de plástico transparente, mantidas em câmara de germinação regulada a 30ºC e fotoperíodo de oito horas. As avaliações foram realizadas semanalmente, durante 30 dias. O fruto é um carcerulídio e a semente possui tegumento castanho-escuro, opaco, rugoso e hilo basal e esbranquiçado. A semente é exalbuminosa, o embrião é invaginado, com ponta da radícula excedendo a margem inferior dos cotilédones. A germinação é fanerocotiledonar e a emergência é epígea, que se inicia cerca de dois dias após a instalação do teste e se caracteriza pela protrusão da raiz primária, sendo que os cotilédones só rompem o tegumento no quarto dia. O hipocótilo é esverdeado, cilíndrico e piloso. Aos 21 dias, as plântulas estão completamente desenvolvidas, com epicótilo e as primeiras folhas abertas (filotaxia oposta).
Resumo:
As sementes florestais devem ser armazenadas adequadamente, a fim de reduzir ao mínimo o processo de deterioração. É possível estabelecer uma relação entre o teor de água livre na semente e sua conservação, expresso pela atividade de água, através da relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio sobre a semente e a pressão de vapor de água pura, à mesma temperatura. Uma isoterma é uma curva que descreve, em uma umidade específica, a relação de equilíbrio de uma quantidade de água sorvida por componentes da semente e a pressão de vapor ou umidade relativa, a uma temperatura específica. O objetivo deste trabalho foi estudar as isotermas de sorção para sementes de Eucalyptus grandis e Pinus taeda, que são espécies florestais de interesse econômico. Os graus de umidade das sementes foram ajustados, antes do armazenamento, usando-se dessecadores com sílica gel ou através de reidratação sobre água. Para o controle da quantidade de água removida ou absorvida, as subamostras foram pesadas periodicamente, sendo o processo encerrado ao ser atingido o peso correspondente ao grau de umidade final desejado para cada tratamento. Foram realizadas determinações de umidade e de atividade de água e utilizados diferentes modelos de equações empíricas que correlacionam dados experimentais das isotermas de sorção em materiais biológicos. O melhor ajuste das isotermas de sorção foi alcançado pelos modelos de três parâmetros de Langmuir e de quatro parâmetros de Peleg para sementes de E. grandis e de P. taeda, respectivamente.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do tipo do fruto, do peso específico da semente e do período de armazenamento na germinação e vigor de sementes de mamão, do grupo Formosa. Durante a colheita, os frutos foram classificados por tipo, em comerciável e refugo. As sementes foram extraídas manualmente, lavadas e colocadas para secar à sombra. Após a secagem, as sementes foram submetidas a pré-limpeza em separador pneumático e, em seguida, classificadas em mesa de gravidade, por peso específico, nas classes leve, intermediária e pesada. As sementes foram acondicionadas em embalagem permeável (papel multifoliado), armazenadas em câmara fria e avaliadas quanto à germinação e vigor (primeira contagem, avaliação do vigor das plântulas e envelhecimento acelerado), no início e depois de 3 e 6 meses de armazenamento. Os melhores resultados foram encontrados quando se utilizou sementes da classe pesada. A qualidade fisiológica das sementes foi mantida até o terceiro mês de armazenamento. As sementes das classes pesada e intermediária mostram alta germinação e alto vigor, podendo ser utilizadas para composição de lotes comerciáveis de sementes de mamão.
Resumo:
Os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente as estruturas externa e interna dos frutos e das sementes, além de descrever e ilustrar a morfologia externa da plântula de Allophylus edulis (St.-Hil.) Radlk.. Para a descrição dos frutos foram observados detalhes externos e internos do pericarpo, referentes à textura, consistência, cor, pilosidade, brilho, forma, número de sementes por fruto e deiscência. Para as sementes foram analisadas as seguintes variáveis externas: dimensões, cor, textura, consistência, forma e posição do hilo e da micrópila. Para as características internas, verificou-se presença ou ausência de endosperma, o tipo, a forma, a cor, a posição dos cotilédones, o eixo-hipocótilo-radícula e plúmula. A germinação foi considerada desde a emissão da radícula até a emissão dos protófilos e a plântula foi considerada estabelecida quando os protófilos já estavam totalmente expandidos. Os frutos de Allophylus edulis são do tipo coca, globosa, indeiscentes e monospérmicos. As sementes são ovóides, sem endosperma e o embrião ocupa toda a semente, mais ou menos encurvado e levemente comprimido. A germinação das sementes tem início ao oitavo dia e pode ser encerrada no décimo quinto dia, após a semeadura.
Resumo:
Para que a oferta de sementes atenda às necessidades do mercado, é fundamental um planejamento de produção ajustado à demanda. Uma informação indispensável é a taxa de utilização de sementes comerciais por parte do agricultor, assim como a avaliação da qualidade da semente fornecida pelas empresas, além das práticas agronômicas relacionadas com o estabelecimento das lavouras. Para se estimar estes valores, foi utilizado o método de amostragem na caixa da semeadora. Foi estimado o número de amostras, admitindo-se um erro de 5% para o universo de todas as lavouras de soja e as coletas distribuídas ao longo do período de semeadura, de forma proporcional à área cultivada em cada região produtora do estado do Paraná, na safra 2002/03. As lavouras foram visitadas ao acaso, no momento da semeadura, abordando-se o operador e coletando-se uma amostra de 1kg de sementes da caixa da semeadora. Além da coleta da semente, que foi utilizada para a avaliação da qualidade, obteve-se uma série de outras informações, sendo a mais importante a origem da semente utilizada. Após a avaliação da qualidade das sementes e da análise dos dados levantados, constatou-se que a taxa de utilização de semente comercial de soja no estado do Paraná situa-se entre 85 e 90%; estima-se que menos de 20% das lavouras de soja estão sendo estabelecidas com sementes de baixa qualidade fisiológica; os sojicultores do estado do Paraná utilizam alta tecnologia: a danificação mecânica e a deterioração por umidade são as principais causas de baixa qualidade fisiológica de alguns lotes de sementes utilizados.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar a qualidade física e fisiológica das sementes de trigo em função da utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) na secagem estacionária e determinar a curva de secagem em comparação à secagem estacionária em estufa. Sementes de trigo, cultivar OR-I, com teor de água inicial de 15,3%, foram secas até 12,6%, em um secador estacionário de tubo central horizontal perfurado. A amostragem das sementes foi realizada em intervalos de 45 minutos durante a secagem, em três posições diferentes do cilindro central (proximal, mediana e distal da fonte de calor). A qualidade física da semente foi avaliada pelo teor de água, peso de mil sementes e temperatura da massa de semente em pontos distintos. A qualidade fisiológica foi avaliada por testes de vigor e germinação. A velocidade média obtida na secagem a gás foi de 0,9 pontos percentuais por hora (pph-1). O tempo dispendido para a redução do teor de água de 15,3% para 12,6%, foi de três horas, além de mais uma hora usada para o resfriamento da semente. A velocidade de secagem reduz a medida que aumenta a distância das sementes ao cilindro central (no ponto proximal à fonte de calor 1,00pph-1 e no ponto distal 0,73pph-1), em função da temperatura da massa de sementes ser maior no ponto proximal. A temperatura na massa de semente aumenta gradativamente nos pontos mais próximos à fonte de calor durante a secagem. A temperatura de secagem permanece estável durante o processo com a utilização de gás liquefeito de petróleo. Os resultados dos testes de germinação e vigor mostram a possibilidade de utilização do gás liquefeito de petróleo como combustível na secagem estacionária de sementes de trigo.
Efeito da temperatura e a participação do fitocromo no controle da germinação de sementes de embaúba
Resumo:
A embaúba é considerada uma espécie pioneira que ocorre na mata Atlântica, principalmente em borda da mata ou em matas secundárias. O presente trabalho teve como objetivo a análise da influência da temperatura e do modo de ação da luz através de curva de fluência resposta, para a melhor compreensão do comportamento das sementes desta espécie. Através de incubações isotérmicas foi determinada que a temperatura ótima de germinação de sementes de Cecropia glaziovi, situa-se entre 25 e 30ºC e a saturação da indução da germinação com luz branca mediada pelo fitocromo ocorreu com 1W.m-2. Embora as sementes de embaúba necessitem de luz de alta razão de V:VE para a indução do processo, a germinação ocorreu em fluência baixa de luz branca, indicando alta sensibilidade dessas sementes ao ambiente aberto, como borda de matas e pequenas clareiras. Estas características indicam a participação do fitocromo B no controle da germinação de sementes nesta espécie.
Resumo:
O teste de condutividade elétrica (CE) tem potencial para ser empregado no controle de qualidade pelas empresas produtoras de sementes, no entanto há fatores que podem afetar os resultados obtidos. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo estudar os efeitos do tamanho da semente, do número de sementes da amostra e do período e temperatura de embebição que podem influenciar a interpretação dos resultados do teste de CE, em sementes de amendoim. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 3: três lotes de semente, classificados em três tamanhos (peneiras 18, 20 e 22). Avaliou-se a CE em dez tempos de embebição (3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27 e 30 horas). O trabalho foi composto de quatro ensaios, onde se combinou número de sementes e temperatura de exposição das mesmas à embebição: a) quatro repetições de 25 sementes a 20ºC; b) quatro repetições de 50 sementes a 20ºC; c) quatro repetições de 25 sementes a 25ºC; d) quatro repetições de 50 sementes a 25ºC. A leitura da CE foi realizada por condutivímetro e os resultados expressos em µS.cm-1.g-1. O tamanho da semente afetou os resultados da CE; o tempo de embebição pode ser reduzido para até 3 horas; a temperatura de embebição de 25ºC mostrou-se mais promissora do que 20ºC, assim como a utilização de 50 sementes puras.