685 resultados para Resistência Microbiana a Medicamentos


Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Estudaram-se os efeitos dos herbicidas oxyfluorfen, 2,4-D e glyphosate na atividade microbiana de três solos com diferentes texturas e conteúdos de matéria orgânica, mediante ensaio respirométrico em laboratório. Os herbicidas foram aplicados isoladamente em cada substrato, num experimento em blocos casualizados, com três repetições. Os resultados apresentados indicaram um incremento da atividade microbiana no solo com a aplicação dos herbicidas estudados. Observou-se também, que o efeito dos herbicidas sobre a microbiota do solo é fortemente influenciado pelas características físicas do solo principalmente sua textura.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Uma das práticas agrícolas mais eficientes para o controle de plantas daninhas na agricultura é o uso de herbicidas seletivos. Todavia, a aplicação de um mesmo herbicida, ou de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, durante anos consecutivos, na mesma área, pode resultar na seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a esses herbicidas. Com o objetivo de confirmar a resistência de um biótipo (E-298) da planta daninha amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) aos herbicidas inibidores da enzima ALS, encontrado em área de cultivo de soja, no município de Cafelândia, PR, foi conduzido um experimento em área pertencente à Embrapa Soja, Londrina, PR. As plantas provenientes da população com suspeita de resistência foram tratadas com diversos herbicidas e doses, e comparadas com plantas de uma população suscetível de amendoim-bravo. Os tratamentos foram estabelecidos considerando as doses recomendadas dos herbicidas, metade delas e, duas, quatro e oito vezes superiores a recomendada. Os produtos e as doses aplicadas foram cloransulan nas doses 0,0; 0,015; 0,03;0,06; 0,12; 0,24 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Agral 0,2% v/v, imazetaphapyr nas doses 0,0; 0,05; 0,1; 0,2; 0,4 e 0,8 kg i.a./ha, imazaquin nas doses 0,0; 0,075; 0,15; 0,3; 0,6; 1,2 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Assist 0,3% v/v, sulfentrazone nas doses 0,0; 0,3; 0,6; 1,2; 2,4; 4,8 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Assist 0,3% v/v, e lactofen nas doses 0,0; 0,082; 0,165; 0,33; 0,664; 1,329 kg i.a./ha. O biótipo resistente apresentou diferentes níveis de resistência cruzada entre os herbicidas cloransulan, imazethapyr e o imazaquin, e as relações médias de GR50 obtidas foram > 6,85; 11,90 e > 7,18, respectivamente. As curvas de dose-resposta do biótipo resistente apresentaram valores inferiores ao biótipo suscetível, em todas as doses estudadas para os herbicidas cloransulan, imazethapyr e imazaquin. Para os herbicidas sulfentrazone e lactofen, que apresentam mecanismo de ação diferente da inibição da enzima ALS, ocorreu alto índice de controle de ambos os biótipos de amendoim-bravo avaliados, principalmente, nas maiores doses, provando a não existência de resistência múltipla nesse biótipo de amendoim-bravo estudado.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O presente experimento, inteiramente casualizado, foi desenvolvido em condições de laboratório no Departamento de Defesa Fitossanitária, FCA/UNESP - Botucatu, entre julho e setembro de 1992. Amostras de Areia Quartzosa equivalentes à 40 g de terra seca à 105 oC ± 2 com ou sem adição de 1,9 g de matéria seca de plantas de poaia-branca (Richardia brasiliensis), 0,19 g de nitrogênio (NH4)2SO4 e 0,88 g de apatita de Araxá, foram incubadas no escuro a 25 o C ± 2 , com umidade mantida a 60% da capacidade de retenção de água. Durante a incubação, determinou-se o CO2 liberado, utilizando-se o método de retenção em NAOH seguida de titulometria com HCl; a biomassa microbiana, método de fumigação-incubação; o pH e a quantidade de fósforo extraído por resina. A maior liberação de CO2 ocorreu durante os dez primeiros dias de incubação, com 77% do total de carbono liberado nos tratamentos com adição de poaia, e 37% nos tratamentos sem adição da mesma. A liberação de CO2 foi 57 vezes maior nos tratamentos com poaia em relação ao controle. A poaia também provocou aumentos na biomassa microbiana (média de 8 vezes a biomassa do tratamento controle), e a adição de nitrogênio e/ou fosfato de rocha junto à poaia antecipou os picos de formação de biomassa de 20 para 10 dias de incubação. Os níveis de fósforo disponível foram maiores no tratamento com adição de fosfato de rocha apenas. A poaia também alcalinizou o sistema, não permitindo desta forma, observar-se relação significativa entre pH e teor de fósforo disponível.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O controle contínuo de plantas daninhas através da aplicação de herbicidas que apresentam atividade em um único local de ação nas plantas favorece a seleção de biótipos resistentes a estes herbicidas, em certas espécies vegetais. Quatro experimentos foram conduzidos em condições casa-de-vegetação, na Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com os objetivos de avaliar a ocorrência de resistência aos herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS) em vários biótipos de leiteiro ou amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla EPHHL) e avaliar a ocorrência de resistência múltipla a herbicidas com atividade em outros locais de ação. Biótipo oriundo de Passo Fundo foi resistente ao imazethapyr, enquanto biótipo oriundo de Porto Alegre foi suscetível. O biótipo de Passo Fundo apresentou resistência cruzada aos herbicidas imidazolinonas: imazapyr, imazaquin e imazethapyr; sulfoniluréias: chlorimuron, nicosulfuron e metsulfuron; e sulfonanilida: flumetsulan. Este biótipo não foi resistente aos herbicidas com os seguintes mecanismos de ação: inibidores de EPSPs, mimetizadores de auxina, inibidores dos fotossistemas I e II e inibidores de PROTOX. A confirmação de resistência aos inibidores de ALS em biótipos oriundos de Nãome-Toque, Passo Fundo e Rio Pardo sugere ampla dispersão no Rio Grande do Sul de resistência de E. heterophylla aos herbicidas deste mecanismo de ação.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A degradação microbiana dos herbicidas no solo é influenciada por diversos fatores, dentre esses as características físicas e químicas do solo e da própria molécula, que agem continuamente determinando a sua magnitude. Em razão da grande variabilidade de respostas apresentadas por essas moléculas no solo e das poucas informações sobre o seu comportamento em ambientes tropicais, no que diz respeito a sua degradação, é que foi realizada uma série de experimentos, em laboratório, objetivando verificar a resposta da atividade microbiana do solo, pelo método da evolução do CO2 do solo, sob doses crescentes do glyphosate e do imazapyr (0; 4; 8 e 12 L ha-1 do produto comercial Roundup S.Aq.C. e Arsenal 250 S.Aq.C., respectivamente), em solos de diferentes texturas e composição química, sob três conteúdos de umidade (40, 70 e 100% do equivalente de umidade). Os resultados obtidos permitiram concluir que: a) a microbiota do solo é capaz de utilizar o glyphosate e o imazapyr como fontes de carbono; b) a umidade do solo influencia a capacidade de os microrganismos degradarem o glyphosate e o imazapyr; c) a umidade de 40%, nos solos avaliados, proporcionou as menores respostas da atividade dos microrganismos, independentemente das doses dos herbicidas; e d) o efeito das doses do imazapyr sobre a atividade microbiana do solo é influenciado pelas características físicas e químicas dos solos.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Populações de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) infestantes da cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) no município de Mangueirinha, PR, controlada, ano após ano, com herbicidas inibidores da ACCase, apresentaram falhas de controle quando esses produtos foram aplicados na safra 95/96. Experimentos de doseresposta foram conduzidos em condições de casa de vegetação do Departamento de Horticultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Piracicaba, SP, e da Embrapa Soja, Londrina, PR, com o objetivo de confirmar essa resistência, bem como avaliar o nível de resistência e resistência cruzada a herbicidas pertencentes aos grupos químicos das ciclohexanidionas e ariloxifenoxi-propionato. Plantas de capimmarmelada supostamente resistentes foram tratadas com diversos herbicidas e doses e comparadas com plantas de uma população suscetível dessa infestante. Os tratamentos foram estabelecidos considerando-se as doses recomendadas dos produtos, metade delas e, duas, quatro e oito vezes superiores a recomendada. Os produtos e as doses aplicadas foram haloxyfopmethyl nas doses 0; 60; 120; 240; 480 e 960 g i.a./ha, mais o espalhante adesivo Joint 0,5% v/v, fluazifop-p-butil nas doses 0; 94; 188; 376; 752 e 1504 g i.a./ha, mais o espalhante adesivo Agral 0,2% v/v, sethoxydim nas doses 0; 115; 230; 460; 920 e 1840 g. Os resultados de percentagem de controle foram submetidos à análise de regressão e, através dos modelos ajustados, foram obtidos os valores de GR50 (dose necessária para proporcionar 50% de controle de cada biótipo). As relações médias de GR50 e os diferenciais de controle nas doses recomendadas dos herbicidas (S-R) foram calculados. Os diferenciais de controle nas doses recomendadas (S-R) foram 97 e 11; 96 e 62; 99 e 86; 0,6 e 4; 20 e 17; 88 e 35 para os herbicidas haloxyfop-methyl, fluazifop-p-butil, sethoxydim, clethodim, propaquizafop e fenoxaprop-p-ethyl nos experimentos conduzidos em Piracicaba e Londrina, respectivamente. Conclui-se que o biótipo B-196 é resistente aos herbicidas inibidores da ACCase e apresenta diferentes níveis de resistência cruzada aos herbicidas estudados, exceto clethodim. Os herbicidas sethoxydim, fluazifop-p-butil, haloxyfop-methyl e fenoxaprop-ethyl são os produtos para os quais o biótipo apresentou maior grau de resistência quando comparado com clethodim e propaquizafop.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

As plantas daninhas Bidens pilosa/Bidens subalternans (picão-preto) e Amaranthus quitensis (caruru) são controladas na cultura da soja por diversos herbicidas, sendo os inibidores da acetolactato sintase (ALS) os mais utilizados pelos sojicultores. O uso intensivo e repetitivo destes herbicidas em áreas cultivadas com soja no município de São Gabriel do Oeste (MS - Brasil) e nas províncias de Córdoba e Tucumã (Argentina) proporcionou grande pressão de seleção nas populações destas plantas daninhas, resultando em populações resistentes. Com o objetivo de determinar a resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, pertencentes aos grupos químicos sulfoniluréia e imidazolinona, foi conduzido um experimento, em condições de casa de vegetação, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Piracicaba, São Paulo. As plantas daninhas picão-preto e caruru, provenientes de áreas com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores da ALS, foram tratadas com os herbicidas chlorimuron-ethyl, imazethapyr e nicosulfuron em diversas doses e comparadas com as plantas provenientes de populações suscetíveis. Os tratamentos foram estabelecidos considerando-se doses que proporcionariam no mínimo 50% do controle das plantas daninhas (GR50), utilizando-se para isso doses abaixo e acima das doses recomendadas de cada herbicida. O herbicida chlorimuron-ethyl foi aplicado nas doses de 1.500, 750, 150, 75, 15, 7,5 e 1,5 g i.a. ha-1; o imazethapyr, nas doses de 8.000, 4.000, 800, 400, 80, 40 e 8 g i.a. ha-1; e o nicosulfuron, nas doses de 1.200, 600, 120, 60, 12, 6 e 1,2 g i.a. ha-1. Os biotipos resistentes apresentaram diferentes níveis de resistência cruzada aos herbicidas utilizados. O biotipo resistente de picão-preto apresentou GR50 para chlorimuron-ethyl, imazethapyr e nicosulfuron de 1,49; 1,27; e 20,08 g i.a. ha-1, respectivamente. Da mesma forma, o GR50 do biotipo resistente de caruru foi de 6,8; 2,45; e 23,54 g i.a. ha-1. As curvas de dose-resposta da porcentagem de controle das plantas daninhas aos 14 dias após o tratamento dos biotipos resistentes apresentaram valores inferiores aos das curvas de dose-resposta dos biotipos suscetíveis, mesmo nas doses extremas utilizadas. As taxas de resistência (GR50(resistente)/GR50(suscetível)) para picão-preto foram de 9,90 para chlorimuron-ethyl, 9,07 para nicosulfuron e 27,03 para imazethapyr, enquanto para caruru elas foram de 45,03 para o chlorimuron-ethyl, 181 para o nicosulfuron e 24,55 para o imazethapyr.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Os herbicidas inibidores da ALS são os principais produtos aplicados para o controle da planta daninha amendoim-bravo (Euphorbia herterophylla) em lavouras de soja; no entanto, já foram identificados biótipos desta planta daninha resistentes a estes herbicidas no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi estudar a herança, o número de genes que conferem a resistência e o grau de resistência dos biótipos homozigotos e heterozigotos resistentes. Foram realizados cruzamentos recíprocos entre os genitores suscetíveis e resistentes para obtenção de sementes F1 e, posteriormente, realizaram-se os retrocruzamentos (RC) com os genitores resistente (R) e suscetível (S). Plantas F1 foram autofecundadas artificialmente para obtenção da geração F2. As plantas F1, F2, RCr e RCs e dos genitores foram tratadas com o herbicida imazethapyr (150 g ha-1). Para avaliar o grau de resistência, plantas F1 e os genitores resistente e suscetível foram tratados com as doses de imazethapyr de 0, 100, 200, 400, 800 e 1.600 g ha-1. As plantas F1 mostraram-se totalmente resistentes ao herbicida, demonstrando que a resistência é nuclear e dominante. As plantas F2 apresentaram alta probabilidade para segregação 3:1, indicando que a resistência é codificada por um gene dominante. A aplicação de doses de imazethapyr sobre as plantas F1 demonstrou que os biótipos homozigotos resistentes e os heterozigotos apresentam o mesmo grau de resistência para doses de até 1.600 g ha-1 deste herbicida. A resistência é codificada por um gene dominante nuclear com dominância completa.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A resistência de plantas aos herbicidas é conseqüência, na maioria das vezes, de mutação ou da preexistência de genes que conferem resistência à população. No caso dos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) ocorreram casos de resistência tanto em plantas daninhas quanto em culturas. Essa revisão foi realizada com o objetivo de discutir aspectos bioquímicos, genéticos e moleculares da resistência de plantas aos herbicidas inibidores da ALS, sendo destacados também os efeitos na ecofisiologia das plantas daninhas e em mutações que conferem resistência em plantas daninhas e a possibilidade de utilizá-las para o desenvolvimento de culturas resistentes aos inibidores da ALS. Em plantas daninhas, a resistência aos herbicidas inibidores da ALS resulta de uma ou mais mutações no gene que codifica a ALS; quando a herança desse gene é monogênica, ele possui característica dominante a semidominante. As substituições em uma única seqüência nucleotídica ocasionam alteração na ALS, conferindo resistência aos herbicidas inibidores dessa enzima. Embora o biótipo resistente apresente alteração genética e enzimática quando comparado com biótipo suscetível, o comportamento ecofisiológico dos biótipos resistentes e suscetíveis é similar. Essa característica tem implicações muito importantes no estabelecimento das populações resistentes. Já foram desenvolvidos cultivares resistentes para diversas culturas, incluindo arroz e milho, as quais variam no nível de resistência aos diferentes grupos químicos de herbicidas inibidores da ALS.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O uso contínuo e prolongado de produtos com o mesmo mecanismo de ação pode provocar a manifestação de biótipos resistentes. Para verificar possíveis novos casos de resistência, bem como alternativas para prevenção e manejo, foram coletadas sementes de Bidens subalternans na região de São Gabriel D' Oeste-MS, em plantas que sobreviveram a tratamentos em que inibidores da ALS foram sistematicamente utilizados. Em experimento conduzido em vasos em casa de vegetação, o biótipo com histórico de resistente foi comparado ao suscetível quando submetido aos diversos herbicidas com diferentes mecanismos de ação usados em pós-emergência, os quais foram aplicados nas doses de zero, uma, duas, quatro e oito vezes a recomendada. Decorridos 20 dias, foram avaliadas a porcentagem de controle e a produção da fitomassa verde, visando estabelecimento de curvas de dose-resposta e obtenção dos fatores de resistência. O biótipo oriundo de área com histórico de aplicações repetidas de inibidores da ALS apresentou elevado nível de resistência aos herbicidas chlorimuron-ethyl e imazethapyr, demonstrando ser portador de resistência cruzada aos inibidores da ALS dos grupos das sulfoniluréias e imidazolinonas. Entretanto, esse biótipo foi eficientemente controlado pelos herbicidas fomesafen, lactofen, bentazon, glufosinato de amônio e glyphosate.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas na agricultura brasileira e mundial é um fenômeno já constatado e relatado para praticamente todos os herbicidas em uso na agricultura. A confirmação de um novo caso de resistência de planta daninha ao herbicida glyphosate através da espécie Lolium multiflorum (azevém), que corresponde ao primeiro caso relatado no Brasil para esse herbicida, preocupa o meio científico, produtivo e industrial, devido à importância desse herbicida para o manejo de plantas daninhas das diversas culturas. Assim, a discussão e compreensão do fenômeno da resistência são fundamentais para prevenir ou retardar a seleção de biótipos resistentes a herbicidas, sendo este o objetivo principal do presente artigo. São discutidos aspectos referentes a fatores ligados às plantas daninhas e aos sistemas de produção que interagem na seleção da resistência a herbicidas, o potencial de seleção de plantas daninhas resistentes ao glyphosate, o fluxo gênico e as formas de manejo e prevenção da resistência.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O azevém é uma gramínea de ciclo anual, constituindo-se com freqüência em planta infestante em lavouras de trigo do Rio Grande do Sul. Em experimentos realizados em casa de vegetação e no campo, foi avaliada a suscetibilidade de dois biótipos de azevém ao herbicida glyphosate, bem como a eficiência de herbicidas de ação total na dessecação de Lolium multiflorum para a semeadura direta de trigo. O delineamento experimental foi completamente casualizado em casa de vegetação e de blocos ao acaso em campo, com três e quatro repetições, respectivamente. Foram avaliados herbicidas com mecanismos de ação distintos em diferentes doses: glyphosate, glufosinate, clethodim, haloxyfop-r e diclofop, paraquat e paraquat + diuron. Os resultados, em casa de vegetação, evidenciam que o biótipo sensível é totalmente controlado com glyphosate na dose de 360 g e.a. ha-1 e que doses de até 1.440 g e.a. ha-1 não afetam significativamente o acúmulo de matéria seca do biótipo resistente e produzem toxicidade inferior a 15% sobre este. Já as doses entre 1.440 e 5.760 g e.a. ha-1 de glyphosate reduzem significativamente a produção de matéria seca e resultam em toxicidade inferior a 45%. Em campo, os melhores controles de azevém foram propiciados pelos tratamentos clethodim (79,2 g ha-1) e diuron + paraquat (300 + 600 g ha-1), que não diferiram entre si. Assim, evidencia-se que a população de Lolium multiflorum avaliada neste trabalho é constituída predominantemente de um biótipo resistente aos herbicidas inibidores da enzima EPSPs.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O uso continuado de herbicidas pertencentes a um único mecanismo de ação resulta em pressão de seleção de biótipos resistentes de plantas daninhas. No Brasil, as primeiras manifestações de resistência foram relatadas com as espécies de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), picão-preto (Bidens spp.) e amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla). Tem-se verificado que, quando da ocorrência da resistência de uma planta daninha a um determinado produto, o problema se estende aos demais produtos que possuem o mesmo mecanismo de ação. Sabe-se, porém, que o grau de resistência poderá variar entre os produtos e, eventualmente, ocorrer resistência para uns e não para outros. Com o objetivo de avaliar possíveis diferenças na eficiência de produtos inibidores da enzima ACCase em biótipos resistentes de capim-marmelada, foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação em Londrina-PR. Os tratamentos incluíram os herbicidas sethoxydim, clethodim e tepraloxydim, em diferentes doses. No primeiro, as aplicações foram realizadas com as plantas no estádio de um a dois afilhos e, no segundo, no estádio de dois a três afilhos. Embora os três compostos químicos atuem na inibição da enzima ACCase, foi evidenciada elevada diferença no grau de resistência do capim-marmelada a esses produtos. Os resultados indicaram que o biótipo considerado resistente ao herbicida sethoxydim foi suscetível aos produtos clethodim e tepraloxydim.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho teve como objetivos: avaliar a exsudação radicular por Brachiaria decumbens e seus efeitos sobre plantas de eucalipto cultivadas em solo e em solução nutritiva; e quantificar a respiração microbiana no solo em diferentes manejos com o herbicida glyphosate. Vasos com 8,0 L de solução nutritiva, contendo cinco perfurações na tampa, receberam uma muda de Eucalyptus grandis e quatro mudas de Brachiaria decumbens. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com seis repetições, sendo cada vaso considerado como parcela experimental. As plantas de eucalipto e braquiária permaneceram em consórcio na solução hidropônica por 30 dias, sendo as plantas de braquiária podadas aos 15 dias após o transplante, visando estimular o perfilhamento. Após esse período foram aplicados os tratamentos correspondentes a 0, 720, 1.440, 2.160 e 2.880 g e.a. ha-1 de glyphosate sobre as plantas de braquiária. No experimento em solo, mudas de E. grandis foram plantadas em 72 vasos de 10 L, 36 contendo solo arenoso e 36 solo argiloso. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com seis repetições, montado em esquema fatorial 2 x 6 (dois tipos de solo e seis combinações de manejo). Após o plantio das mudas de eucalipto, 48 vasos (24 de cada solo) receberam cinco mudas por vaso de Brachiaria decumbens, sendo estas cultivadas em consórcio com a muda de eucalipto. O restante dos vasos de eucalipto foi cultivado em monocultivo. Os tratamentos testados foram: 1 - eucalipto consorciado com braquiária (testemunha); 2 - eucalipto sem braquiária + 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate aplicado no solo; 3- eucalipto com braquiária cortada após pulverização com 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate; 4, 5 e 6 - eucalipto consorciado com braquiária pulverizada respectivamente com 720, 1.440 e 2.880 g e.a. ha-1 de glyphosate. A aplicação foi feita sobre as plantas de braquiária nos tratamentos 4, 5 e 6, protegendo a planta de eucalipto do contato com o herbicida. O tratamento 2 recebeu a aplicação do glyphosate diretamente no solo. No tratamento 3, os vasos de eucalipto receberam a parte aérea de plantas de braquiária cortadas, sete dias após estas terem sido pulverizadas com 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate. Nos dois ensaios houve controle acima de 95% da gramínea por todas as doses testadas, não sendo verificados sintomas de toxidez nas plantas de eucalipto. A atividade microbiana foi maior no solo arenoso, principalmente com o aumento das doses de glyphosate aplicadas nas plantas de braquiária.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A resistência de biótipos de azevém ao herbicida glyphosate está alterando o manejo da vegetação de cobertura do solo em pomares de maçã. O objetivo deste trabalho foi determinar a dose de glyphosate necessária para reduzir 50% do acúmulo de matéria seca (GR50), a resposta do biótipo resistente e sensível a herbicidas graminicidas e o acúmulo de matéria seca destes biótipos durante o ciclo. Para isso, foram conduzidos três experimentos. No primeiro, os tratamentos constaram de doses crescentes de glyphosate aplicadas sobre plantas dos biótipos resistente e sensível para determinar o GR50. No segundo experimento, os tratamentos constaram de doses dos herbicidas glyphosate, haloxyfop-r, diclofop, fluazifop-p, fenoxaprop-p e paraquat. No terceiro experimento, sementes dos biótipos resistente e sensível foram semeadas em recipientes com capacidade para 10 L e as plantas originadas delas foram colhidas quinzenalmente, para determinação da matéria seca da parte aérea, radicular e total. Como resultados, foi obtido GR50 de 287,5 e de 4.833,5 g e.a. ha-1 de glyphosate para os biótipos sensível e resistente, respectivamente, e verificou-se que existem diferenças significativas na resposta dos biótipos aos herbicidas graminicidas, dependendo da dose utilizada. Além disso, o biótipo sensível evidenciou maior capacidade de acúmulo de matéria seca e produção de sementes. Constatouse, assim, fator de resistência (FR) de 16,8 e que o mecanismo de resistência provoca alterações nas características biológicas do biótipo resistente e afeta a sensibilidade deste aos herbicidas graminicidas.