647 resultados para Saúde pública Financiamento


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OBJETIVO: Analisar desfechos clínicos de pacientes incidentes em hemodiálise vinculados a operadora de plano de saúde.MÃTODOS: Estudo de coorte de incidentes em hemodiálise em Belo Horizonte, MG, de 2004 a 2008, a partir de registros no banco de dados de operadora de planos de saúde. Variáveis independentes: sexo, idade, tempo entre primeira consulta com nefrologista e início da hemodiálise, tipo do primeiro acesso vascular, diabetes mellitus, tempo de permanência hospitalar/ano de tratamento e óbito. Variáveis dependentes: tempo entre início da hemodiálise e óbito e tempo de permanência hospitalar/ano de tratamento > 7,5 dias. Análise estatística: teste Qui-quadrado de Pearson na análise univariada para os desfechos óbito e tempo de permanência hospitalar/ano de tratamento; método de Kaplan-Meier para análise de sobrevida; modelo de Cox e regressão Poisson para risco de óbito e chance de tempo de permanência hospitalar/ano de tratamento > 7,5 dias. Foi utilizada ferramenta de Business Intelligence para extração dos dados e software Stata(r) 10.0.RESULTADOS: Estudados 311 indivíduos em hemodiálise, 55,5% homens, média de 62 anos (dp: 16,6 anos). A prevalência aumentou 160% no período estudado. Na análise de sobrevivência a mortalidade foi maior entre os mais idosos, nos que não realizaram consulta com nefrologista, fizeram uso de cateter vascular temporário como primeiro acesso, com diabetes mellitus, nos que foram internados no mesmo mês do início da hemodiálise. No modelo de Cox associaram-se a maior risco para óbito a idade avançada, diabetes mellitus, não realizar consulta prévia com nefrologista e internar-se no primeiro mês de hemodiálise. Maior tempo de permanência hospitalar/ano de tratamento não se associou ao sexo e diabetes. As variáveis não foram significativas na regressão Poisson.CONCLUSÃES: A avaliação pelo especialista antes do início da hemodiálise diminui o risco de óbito na doença renal crônica terminal, enquanto o diabetes e internação no mesmo mês de início da hemodiálise são marcadores de risco para o óbito.

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OBJETIVO: Analisar consumo alimentar e fatores dietéticos envolvidos no processo saúde e doença da população de nikkeis.MÃTODOS: Foi realizada revisão sistemática da literatura, com buscas nas bases de dados do Lilacs, SciELO e PubMed/Medline, referente ao período de 1997 a 2012, de estudos observacionais sobre o consumo alimentar de nikkeis. Inicialmente, foram analisados 137 títulos e resumos, sendo excluídos estudos de intervenção, aqueles que apresentavam somente níveis séricos de vitaminas e metabólitos e estudos que não contemplassem o objetivo da revisão. Desses, foram selecionados 38 estudos avaliados com base no método de Downs & Black (1998), adaptado para estudos observacionais, permanecendo 33 para análise.RESULTADOS: Foram encontrados poucos estudos sobre consumo alimentar de nikkeis fora do Havaí, dos Estados Unidos e do estado de São Paulo (principalmente em Bauru), no Brasil. Houve elevada contribuição dos lipídios no valor calórico total dos nipo-brasileiros, em detrimento dos carboidratos e das proteínas. Nos Estados Unidos, a prevalência de consumo de alimentos de alta densidade energética foi elevada em nipo-americanos. Os nisseis (filhos de imigrantes) apresentaram, em média, maior consumo de produtos da dieta japonesa, enquanto os sanseis (netos de imigrantes) apresentaram um perfil alimentar mais ocidentalizado.CONCLUSÃES: O consumo alimentar de nikkeis, embora ainda conservando alguns hábitos alimentares de japoneses nativos, revela alta prevalência de consumo de alimentos típicos do padrão ocidental (alimentos processados, ricos em gorduras e sódio e pobres em fibras), que pode estar contribuindo para o aumento de doenças crônicas nessa população.

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OBJETIVO Analisar a associa&#231;&#227;o entre a utiliza&#231;&#227;o de servi&#231;o de sa&#250;de por idosos com dor cr&#244;nica e vari&#225;veis sociodemogr&#225;ficas e de sa&#250;de. M&#201;TODOS Estudo transversal com amostra populacional realizado por meio de inqu&#233;rito domiciliar em S&#227;o Paulo, SP, em 2006, com 1.271 idosos de 60 anos ou mais, sem d&#233;ficit cognitivo, que relataram dor cr&#244;nica. Dor cr&#244;nica foi definida como aquela com dura&#231;&#227;o &#8805; 6 meses. O crit&#233;rio para uso do servi&#231;o de sa&#250;de foi ter feito mais de quatro consultas ou uma interna&#231;&#227;o no &#250;ltimo ano. Para os idosos com dor h&#225; pelo menos um ano, testou-se a exist&#234;ncia de associa&#231;&#227;o entre uso do servi&#231;o de sa&#250;de com as vari&#225;veis independentes (caracter&#237;sticas da dor, sociodemogr&#225;ficas e doen&#231;as autorreferidas), por meio de an&#225;lises univariadas (teste de Rao & Scott) e m&#250;ltiplas (Regress&#227;o M&#250;ltipla de Cox com vari&#226;ncia robusta). Utilizou-se o programa Stata 11.0 e adotou-se como valor de signific&#226;ncia p < 0,05. RESULTADOS A preval&#234;ncia de utiliza&#231;&#227;o do servi&#231;o de sa&#250;de nos idosos com dor foi 48,0% (IC95% 35,1;52,8) e n&#227;o diferiu dos idosos sem dor (50,5%; IC95% 45,1;55,9). A chance de utiliza&#231;&#227;o do servi&#231;o de sa&#250;de foi 33,0% menor nos idosos com dor h&#225; mais de dois anos do que naqueles com dor entre um e dois anos (p = 0,002); 55,0% maior nos idosos com dor intensa (p = 0,003) e 45,0% maior entre os que relataram interfer&#234;ncia moderada da dor no trabalho (p = 0,015) na an&#225;lise m&#250;ltipla. CONCLUS&#213;ES A dor cr&#244;nica foi frequente e esteve associada a maiores preju&#237;zos na independ&#234;ncia e mobilidade. A dor cr&#244;nica mais intensa, a mais recente e a com impacto no trabalho resultaram em maior uso dos servi&#231;os de sa&#250;de.

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OBJETIVO Analisar a associa&#231;&#227;o entre a s&#237;ndrome da fragilidade e desempenho cognitivo em idosos e respectivo efeito da escolaridade e da idade. M&#201;TODOS Foram analisados dados seccionais da fragilidade de idosos brasileiros da Fase 1 do Estudo FIBRA-RJ, relativos a 737 indiv&#237;duos residentes na cidade do Rio de Janeiro, RJ, com 65 anos ou mais, clientes de uma operadora de sa&#250;de, avaliados entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010. Foram coletadas informa&#231;&#245;es sobre caracter&#237;sticas socioecon&#244;micas e demogr&#225;ficas, condi&#231;&#245;es m&#233;dicas e capacidade funcional. O desempenho cognitivo foi avaliado atrav&#233;s do Mini Exame do Estado Mental. Foram considerados fr&#225;geis os indiv&#237;duos que apresentaram tr&#234;s ou mais das seguintes caracter&#237;sticas: perda de peso n&#227;o intencional (&#8805; 4,5 kg no &#250;ltimo ano); sensa&#231;&#227;o de exaust&#227;o autorrelatada; baixo n&#237;vel de for&#231;a de preens&#227;o palmar; baixo n&#237;vel de atividade f&#237;sica e lentifica&#231;&#227;o da marcha. A associa&#231;&#227;o entre fragilidade e desempenho cognitivo foi avaliada por regress&#227;o log&#237;stica multivariada, com ajuste por condi&#231;&#245;es m&#233;dicas, atividades da vida di&#225;ria e vari&#225;veis socioecon&#244;micas. Idade e escolaridade foram avaliadas como poss&#237;veis modificadoras de efeito dessa associa&#231;&#227;o. RESULTADOS Os idosos fr&#225;geis apresentaram maior preval&#234;ncia de baixo desempenho cognitivo comparados aos idosos n&#227;o fr&#225;geis ou pr&#233;-fr&#225;geis nas tr&#234;s faixas et&#225;rias estudadas (65 a 74; 75 a 84; &#8805; 85 anos), p < 0,001. Ap&#243;s ajuste, a associa&#231;&#227;o entre fragilidade e desempenho cognitivo foi encontrada em idosos com 75 anos ou mais, com OR aj = 2,78 (IC95% 1,23;6,27) para 75 a 84 anos e OR aj = 15,62 (IC95% 2,20;110,99) para 85 anos ou mais. A idade se comportou como modificadora de efeito na associa&#231;&#227;o entre fragilidade e desempenho cognitivo, &#967; 2 (5) = 806,97, p < 0,0001; o mesmo n&#227;o ocorreu com a escolaridade. CONCLUS&#213;ES A s&#237;ndrome da fragilidade associou-se ao desempenho cognitivo em idosos. A idade mostrou-se como modificadora de efeito nessa associa&#231;&#227;o. Os idosos com idade mais avan&#231;ada apresentaram associa&#231;&#227;o mais expressiva entre os dois fen&#244;menos.

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OBJETIVO Analisar o padr&#227;o de atividade f&#237;sica de gestantes de baixo risco e os fatores associados. M&#201;TODOS Estudo transversal com 256 gestantes adultas no segundo trimestre gestacional, sorteadas dentre as assistidas pelas unidades de aten&#231;&#227;o prim&#225;ria &#224; sa&#250;de do munic&#237;pio de Botucatu, SP, em 2010. As atividades f&#237;sicas foram investigadas por meio do &#8220;pregnancy physical activity questionnaire&#8221;, verificando-se tempo e intensidade de atividades ocupacionais, de deslocamento, dom&#233;sticas e de lazer, expressos em equivalentes metab&#243;licos dia. As gestantes foram classificadas segundo n&#237;vel de atividade e em rela&#231;&#227;o a atingir 150 min/semana de atividades f&#237;sicas de lazer, vari&#225;veis dependentes do estudo. A associa&#231;&#227;o entre essas vari&#225;veis e as socioecon&#244;micas, caracter&#237;sticas maternas, fatores comportamentais e modelo de aten&#231;&#227;o da unidade de sa&#250;de foi avaliada mediante modelos de regress&#227;o de Poisson com vari&#226;ncia robusta, adotando-se modelo hier&#225;rquico. RESULTADOS A maior parte das gestantes era insuficientemente ativa (77,7%), 12,5% moderadamente ativa e 9,8% vigorosamente ativa. Os maiores gastos di&#225;rios de energia foram com atividades dom&#233;sticas, seguidas pelas atividades de locomo&#231;&#227;o; 10,2% atingiram a recomenda&#231;&#227;o de 150 min semanais de atividades f&#237;sicas de lazer. Trabalho fora de casa reduziu a chance de atingir essa recomenda&#231;&#227;o (RP = 0,39, IC95% 0,16;0,93). Ter tido pelo menos um parto anterior (RP = 0,87, IC95% 0,77;0,99) e excesso ponderal pr&#233;-gestacional (RP = 0,85, IC95% 0,731;0,99) reduziram a chance de ser insuficientemente ativa, enquanto consumir menos alimentos saud&#225;veis teve aumento discreto (RP = 1,18, IC95% 1,02;1,36). CONCLUS&#213;ES Gestantes assistidas na aten&#231;&#227;o prim&#225;ria &#224; sa&#250;de s&#227;o insuficientemente ativas. Ter tido pelo menos um parto e apresentar sobrepeso pr&#233;-gestacional foram identificados como fatores protetores contra tal situa&#231;&#227;o, enquanto consumo menos frequente de alimentos saud&#225;veis foi fator de risco, sugerindo aglomera&#231;&#227;o de fatores de risco &#224; sa&#250;de.

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OBJETIVO Compreender caracter&#237;sticas da organiza&#231;&#227;o, das condi&#231;&#245;es de trabalho e das viv&#234;ncias subjetivas relacionadas ao trabalhar de dois n&#250;cleos de apoio &#224; sa&#250;de da fam&#237;lia. M&#201;TODOS Estudo de caso realizado entre 2011 e 2012 em dois n&#250;cleos de apoio &#224; sa&#250;de da fam&#237;lia de S&#227;o Paulo, SP. Para coleta e an&#225;lise dos dados, utilizaram-se referenciais te&#243;rico-metodol&#243;gicos da ergonomia e da psicodin&#226;mica do trabalho pautados, respectivamente, na an&#225;lise ergon&#244;mica do trabalho, desenvolvida a partir de observa&#231;&#245;es abertas de diversas tarefas e de entrevistas e na a&#231;&#227;o em Psicodin&#226;mica do Trabalho, realizada por meio de grupos de reflex&#227;o sobre o trabalho. RESULTADOS O trabalho dos N&#250;cleos de Apoio &#224; Sa&#250;de da Fam&#237;lia estudados era constitu&#237;do a partir de a&#231;&#245;es diversificadas e complexas devendo ser compartilhado entre profissionais e equipes envolvidas. Eram utilizadas ferramentas tecnol&#243;gicas inovadoras, pouco adotadas pelos profissionais da aten&#231;&#227;o prim&#225;ria em sa&#250;de, e os par&#226;metros e instrumentos de produtividade n&#227;o davam conta da especificidade e complexidade do trabalho realizado. Tais situa&#231;&#245;es exigiam rearranjos organizacionais constantes, sobretudo entre os N&#250;cleos de Apoio e as Equipes de Sa&#250;de da Fam&#237;lia, provocando dificuldades na realiza&#231;&#227;o do trabalho e na pr&#243;pria constitui&#231;&#227;o identit&#225;ria dos profissionais estudados. CONCLUS&#213;ES Procurou-se dar maior visibilidade aos processos de trabalho do N&#250;cleo de Apoio &#224; Sa&#250;de da Fam&#237;lia de forma a contribuir para avan&#231;os da pol&#237;tica p&#250;blica de aten&#231;&#227;o prim&#225;ria &#224; sa&#250;de. A introdu&#231;&#227;o de mudan&#231;as no trabalho &#233; antes de tudo um compromisso que deve ser permanente e contemplar todos os atores envolvidos.

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Este art&#237;culo pretende alertar de las contradicciones inherentes a la definici&#243;n del deporte con relaci&#243;n a la salud y la educaci&#243;n. Tomando como referencia el dopaje, intenta elevar al debate p&#250;blico las repercusiones que la industria del rendimiento deportivo tiene en la salud p&#250;blica. La pr&#225;ctica clandestina del dopaje conduce a muchos deportistas profesionales y aspirantes a la inseguridad sanitaria y a la desorientaci&#243;n &#233;tica de los practicantes aficionados y ense&#241;antes del deporte. Por ello, se plantea la necesidad de discutir una eventual despenalizaci&#243;n del dopaje en el deporte profesional.

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OBJETIVO : Analisar a associa&#231;&#227;o entre ser benefici&#225;rio do Programa Bolsa Fam&#237;lia e condi&#231;&#245;es de sa&#250;de bucal entre escolares. M&#201;TODOS : Estudo transversal com 1.107 escolares entre oito e 12 anos de idade, provenientes de 20 escolas p&#250;blicas e particulares da cidade de Pelotas, RS, em 2010. Os benefici&#225;rios do Programa Bolsa Fam&#237;lia foram verificados por meio de lista fornecida pelas escolas participantes do estudo. Informa&#231;&#245;es demogr&#225;ficas, socioecon&#244;micas, de uso de servi&#231;o odontol&#243;gico e de higiene bucal foram obtidas por meio de question&#225;rios respondidos pelos escolares e por seus pais. O exame cl&#237;nico avaliou a presen&#231;a de placa dental e experi&#234;ncia de c&#225;rie. Os dados foram analisados por meio dos testes do Qui-quadrado e Qui-quadrado de tend&#234;ncia linear e por regress&#227;o de Poisson (raz&#227;o de preval&#234;ncia; intervalo de confian&#231;a de 95%). RESULTADOS : Crian&#231;as de fam&#237;lia n&#227;o nuclear, que apresentavam CPOD &#8805; 1 e que nunca haviam feito uso de servi&#231;o odontol&#243;gico na vida estiveram associadas ao recebimento do Programa Bolsa Fam&#237;lia. O modelo final mostrou que a preval&#234;ncia de c&#225;rie foi duas vezes maior (RP 2,00; IC95% 1,47;2,69) em alunos benefici&#225;rios do Programa que tamb&#233;m apresentaram maior severidade da doen&#231;a, quando comparados aos alunos de escolas particulares (RM 1,53; IC95% 1,18;2,00). A preval&#234;ncia de escolares que nunca haviam ido ao dentista foi mais de seis vezes maior em benefici&#225;rios do Programa Bolsa Fam&#237;lia (RP 6,18; IC95% 3,07;12,45), em compara&#231;&#227;o com aqueles das escolas privadas, ap&#243;s ajustes. CONCLUS&#213;ES : Escolares benefici&#225;rios do Programa Bolsa Fam&#237;lia possuem maior carga de c&#225;rie e s&#227;o os que menos acessam os servi&#231;os odontol&#243;gicos. Esses achados sugerem a necessidade de incorpora&#231;&#227;o da sa&#250;de bucal nas condicionalidades do Programa Bolsa Fam&#237;lia.

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OBJETIVO:Apresentar as estratégias de comunicação e recrutamento no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) e discutir os resultados alcançados na constituição da coorte.MÃTODOS:As estratégias foram voltadas à divulgação, à institucionalização e ao recrutamento propriamente dito. As ações de comunicação pretenderam promover o fortalecimento de imagem institucional positiva para o estudo, a gestão de conhecimentos e o diálogo eficaz com seu público-alvo. Foi criado web site oficial visando dialogar com diferentes públicos, funcionar como difusor científico e contribuir para a consolidação da imagem do estudo perante a sociedade.RESULTADOS:Foram recrutados 16.435 mulheres e homens, servidores ativos e aposentados de seis instituições públicas de ensino e pesquisa para constituir a coorte de 15.105 participantes. As metas de recrutamento foram plenamente alcançadas nos seis centros, com leve predomínio de mulheres e daqueles mais jovens, e um pouco menos de servidores com menor escolarização.CONCLUSÃES:As estratégias utilizadas se mostraram adequadas e essenciais para o sucesso da captação e participação dos servidores.

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Historicamente a discussão acerca da eticidade dos atos em pesquisas com seres humanos privilegiou os estudos experimentais, pelo maior potencial de danos aos sujeitos envolvidos. Todavia, os estudos observacionais também envolvem riscos e suscitam questões relevantes. Neste artigo pretende-se apresentar e discutir aspectos éticos do desenvolvimento do ELSA-Brasil, um estudo longitudinal e multicêntrico, com financiamento público, no qual os sujeitos da pesquisa e pesquisadores pertencem às mesmas instituições. São descritos os procedimentos adotados para atender às exigências e compromissos éticos e a casuística que orientou as ações segundo seus princípios norteadores (beneficência, autonomia e justiça social). São apresentados alguns problemas morais que exigiram ponderação sobre riscos e benefícios na confluência com os objetivos do estudo e comentam-se peculiaridades de um estudo longitudinal e seus potenciais benefícios.

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A gerência da informação em estudos multicêntricos de grande porte requer uma abordagem especializada. O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) criou um Centro de Dados para delinear e gerenciar seu sistema de dados. O objetivo do artigo foi descrever os passos envolvidos, incluindo os métodos de entrada, transmissão e gerência de informações. Foi desenvolvido um sistema web que permitiu, de forma segura e confidencial, a entrada online, verificação e edição, bem como incorporação de dados coletados em papel. Além disso, foi implantado e personalizado um sistema de armazenamento e comunicação de imagens (Picture Arquiving and Communication System) para ecocardiografia e retinografia que armazena as imagens recebidas dos Centros de Investigação e as torna acessíveis nos Centros de Leitura. Finalmente, foram desenvolvidos processos de extração e limpeza de dados para criação de bases de dados em formatos que permitam análises em múltiplos pacotes estatísticos.

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OBJETIVO: Apresentar aspectos do plano de amostragem da Pesquisa Nacional de Sa&#250;de Bucal (Projeto SBBrasil), com quest&#245;es te&#243;ricas e operacionais que n&#227;o devem ser ignoradas nas an&#225;lises dos dados prim&#225;rios. M&#201;TODOS: A popula&#231;&#227;o de estudo compreende cinco grupos demogr&#225;ficos de &#225;reas urbanas brasileiras no ano de 2010. Amostragem por conglomerados em dois ou tr&#234;s est&#225;gios foi usada adotando diferentes unidades prim&#225;rias. Pesos amostrais e efeitos de delineamento (deff) foram as medidas utilizadas para avaliar a consist&#234;ncia das amostras. RESULTADOS: No total, foram alcan&#231;ados 37.519 indiv&#237;duos. Estimativas de deff , embora aceit&#225;veis na sua maioria, apresentaram distor&#231;&#245;es em alguns dom&#237;nios. A maioria (90%) das amostras apresentou resultados concordantes com a precis&#227;o proposta no plano amostral. As medidas preventivas contra perdas e efeito do processo de conglomerados no tamanho m&#237;nimo das amostras mostrou-se efetiva e a maioria das estimativas para deff n&#227;o ultrapassou o valor 2, mesmo para os resultados decorrentes da pondera&#231;&#227;o. CONCLUS&#213;ES: As amostras alcan&#231;adas no inqu&#233;rito SBBrasil 2010 se aproximaram das principais proposi&#231;&#245;es de precis&#227;o do delineamento. Algumas probabilidades resultaram desiguais entre unidades prim&#225;rias de um mesmo dom&#237;nio. Os usu&#225;rios desse banco de dados devem considerar essa particularidade, introduzindo pesos amostrais nos c&#225;lculos das estimativas pontuais, erros padr&#227;o, intervalo de confian&#231;a e efeitos do delineamento.

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OBJETIVO: Estimar a preval&#234;ncia e identificar fatores sociodemogr&#225;ficos e par&#226;metros bucais associados ao impacto negativo da condi&#231;&#227;o bucal na qualidade de vida de adolescentes. M&#201;TODOS: Foram analisados dados de 5.445 adolescentes entre 15 e 19 anos que participaram do inqu&#233;rito nacional de sa&#250;de bucal (SBBrasil 2010), considerando a complexidade do desenho amostral. O desfecho foi a qualidade de vida relacionada &#224; sa&#250;de bucal, avaliada por meio do question&#225;rio Oral Impacts on Daily Performance e analisada de forma discreta. As vari&#225;veis de exposi&#231;&#227;o foram sexo, cor da pele, escolaridade, renda familiar, idade, c&#225;rie n&#227;o tratada, perda dent&#225;ria, dor de dente, oclusopatias, sangramento gengival, c&#225;lculo dent&#225;rio e bolsa periodontal. Foram conduzidas an&#225;lises de regress&#227;o de Poisson e apresentadas as raz&#245;es de m&#233;dias (RM), com respectivos intervalos de 95% de confian&#231;a (IC95%). RESULTADOS: Dos pesquisados, 39,4% relataram pelo menos um impacto negativo na qualidade de vida. Ap&#243;s o ajuste, a m&#233;dia do impacto negativo foi de 1,52 (IC95%1,16;2,00) vez maior no sexo feminino e 1,42 (IC95% 1,01;1,99), 2,66 (IC95% 1,40;5,07) e 3,32 (IC95% 1,68;6,56) vezes maior nos pardos, amarelos e ind&#237;genas, respectivamente, em rela&#231;&#227;o aos brancos. Quanto menor a escolaridade, maior a m&#233;dia de impacto negativo (RM 2,11, IC95% 1,30;3,41), assim como em indiv&#237;duos com renda familiar at&#233; R$ 500,00 (RM 1,84, IC95% 1,06;3,17) comparados aos de maior renda. Encontrou-se maior impacto na qualidade de vida entre adolescentes com quatro ou mais les&#245;es de c&#225;ries n&#227;o tratadas (RM 1,53, IC95% 1,12;2,10), uma ou mais perdas dent&#225;rias (RM 1,44, IC95%1,16;1,80), com dor de dente (RM 3,62, IC95% 2,93;4,46) e com oclusopatia grave (RM 1,52, IC95% 1,04;2,23) e muito grave (RM 1,32, IC95% 1,01;1,72). CONCLUS&#213;ES: Os adolescentes brasileiros relataram alto impacto negativo da sa&#250;de bucal na sua qualidade de vida. A iniquidade em sua distribui&#231;&#227;o deve ser considerada ao planejar medidas de preven&#231;&#227;o, monitoramento e tratamento dos agravos bucais nos grupos com maior impacto na qualidade de vida.

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OBJETIVO: Analisar a perda dent&#225;ria com base em estimativas do n&#250;mero m&#233;dio de dentes perdidos, preval&#234;ncia de aus&#234;ncia de denti&#231;&#227;o funcional e edentulismo em adolescentes, adultos e idosos brasileiros, comparando-a com resultados de 2003. M&#201;TODOS: Os dados referem-se &#224; Pesquisa Nacional de Sa&#250;de Bucal (SBBrasil 2010): adolescentes de 15 a 19 anos (n = 5.445), adultos entre 35 e 44 anos (n = 9.779) e idosos entre 65 e 74 anos (n = 7.619). O n&#250;mero de dentes perdidos, a preval&#234;ncia de indiv&#237;duos sem denti&#231;&#227;o funcional (< 21 dentes naturais) e de edentulismo (perda total dos dentes) foram estimados para cada grupo et&#225;rio, capitais e macrorregi&#245;es brasileiras. Foram realizadas an&#225;lises de regress&#227;o log&#237;stica (perdas dent&#225;rias) e de Poisson (aus&#234;ncia de denti&#231;&#227;o funcional e edentulismo) multivari&#225;veis para identificar fatores socioecon&#244;micos e demogr&#225;ficos associados a cada desfecho. RESULTADOS: A preval&#234;ncia de perdas dent&#225;rias entre adolescentes foi de 17,4% (38,9% em 2002-3), variando de 8,1% entre os estratos de maior renda a quase 30% entre os menos escolarizados. Entre adolescentes, as mulheres, pardos e pretos, os de menor renda e escolaridade apresentaram maiores preval&#234;ncias de perdas. Aus&#234;ncia de denti&#231;&#227;o funcional ocorreu em aproximadamente &#188; dos adultos, sendo superior nas mulheres, nos pretos e pardos, nos de menor renda e escolaridade. A m&#233;dia de dentes perdidos em adultos declinou de 13,5 em 2002-3 para 7,4 em 2010. Mais da metade da popula&#231;&#227;o idosa &#233; ed&#234;ntula (similar em 2002-3); maiores preval&#234;ncias de edentulismo em idosos foram observadas em mulheres, nos de menores renda e escolaridade. A m&#233;dia de dentes perdidos em adolescentes variou de 0,1 (Curitiba e Vit&#243;ria) a 1,2 (interior da regi&#227;o Norte). Entre adultos, a menor m&#233;dia encontrada foi 4,2 (Vit&#243;ria) e a maior 13,6 (Rio Branco). CONCLUS&#213;ES: Houve importante redu&#231;&#227;o nas perdas dent&#225;rias em adolescentes e adultos em compara&#231;&#227;o com dados de 2003, mas n&#227;o entre os idosos. As perdas dent&#225;rias apresentam marcadas desigualdades sociais e regionais.