742 resultados para 227
Resumo:
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e sintomas de ansiedade e depress227;o em pacientes com diagnóstico de meningioma e glioma de alto grau submetidos à neurocirurgia oncológica. Métodos: Para a coleta de dados, foram aplicados dois instrumentos validados no Brasil: Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) e Item Short-Form Health Survey (SF-36). Resultados: Foram identificadas diferenças estatisticamente significativas quando comparados os dados do SF-36 de ambos os grupos tumorais, no pré e pós-operatório, nos aspectos: capacidade funcional (p = 0,043), aspecto emocional (p = 0,042) e saúde mental (p = 0,042) referente ao grupo meningioma. Quando comparados com respectivos grupos controle, houve diferenças significativas entre os grupos meningioma e controle, nos aspectos físico (p = 0,002) e emocional (p = 0,004), e entre os grupos glioma de alto grau e controle, nos aspectos capacidade funcional (p = 0,003) e físico (p = 0,003). Conclus227;o: A cirurgia oncológica gerou alterações de humor e na qualidade de vida em ambos os grupos, independente do tipo histológico do tumor. Apesar da relevância do tema, ainda s227;o poucos os estudos sobre o tema.
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Objetivo: Analisar as funções executivas de idosos com doença de Parkinson (DP – com e sem quadro demencial) e doença de Alzheimer (DA), e confrontar os escores dos participantes no que se refere às atividades funcionais da vida diária e à habilidade motora em situações de dupla tarefa. Métodos: Sob um desenho transversal, 54 idosos foram divididos em quatro grupos: G1, composto por 11 sujeitos com DP; G2, formado por 10 sujeitos com demência de Parkinson; G3, composto por 13 participantes com DA; e G4, formado por 20 idosos saudáveis. Os procedimentos metodológicos envolveram análise das funções cognitivas pré-frontais dos sujeitos, da realizaç227;o das atividades da vida diária e da habilidade motora em situações de dupla tarefa. A análise dos dados envolveu a estatística descritiva (média e erro-padr227;o) e inferencial (teste ANOVA e pós-teste de Scheffé), admitindo significância de 5% (p < 0,05) e intervalo de confiança de 95%. Resultados: As funções cognitivas pré-frontais apresentaram diferença significativa entre os grupos, sobretudo nas comparações envolvendo G2 e G3, em relaç227;o a G1 e G4 (p = 0,001). Os grupos com déficit cognitivo apresentaram pior rendimento na realizaç227;o das atividades da vida diária, com menor escore do G2, na qual há junç227;o de déficit cognitivo e motor (p = 0,001). Em situações de dupla tarefa, G2 e G3 apresentaram maiores dificuldades que os demais grupos (p < 0,05). Conclus227;o: Distúrbios pré-frontais repercutem negativamente nas atividades funcionais e na habilidade psicomotora dos indivíduos. Quando n227;o vinculado a quadro demencial, os pacientes com DP apresentaram escores cognitivos pré-frontais e independência funcional semelhantes aos de idosos saudáveis.
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Objetivo: Analisar de forma sistemática o conhecimento da doença de Alzheimer (DA) e as estratégias adotadas pelo cuidador para lidar com os sintomas apresentados pelo idoso com DA. Métodos: Levantamento de estudos publicados nas bases de dados PubMed, MedLine, Lilacs e SciELO, utilizando os seguintes descritores e termos livres para estratégia de busca, de acordo com suas definições no DeCS e no MeSH: “cuidadores” or “educaç227;o em saúde” or “treinamento” or “cuidadores de idosos” and “doença de Alzheimer”; “elderly caregiving” or “training” or “health education” or “caregivers” and “Alzheimer disease”; “cuidadores de personas mayores” or “formación” or “educación en salud” or “cuidadores” and “enfermedad de Alzheimer”. Resultados: Foram eleitos 12 artigos para análise e leitura na íntegra. Os artigos foram classificados em três categorias: 1) Conhecimento acerca do declínio cognitivo e funcional da doença de Alzheimer; 2) Conhecimento acerca dos sintomas psicológicos e comportamentais da demência (SPCD); 3) Conhecimento acerca do comprometimento da linguagem. Na maioria dos estudos, verificou-se que a orientaç227;o a respeito do que é a enfermidade e a sua evoluç227;o pode interferir na maneira como o cuidador planeja e executa as ações de cuidado. Conclus227;o: É extremamente necessário criar oportunidades para que os cuidadores familiares e profissionais conheçam a doença para compreender o paciente e, consequentemente, as possibilidades de atuaç227;o (seguras e eficazes) nesse paciente. Isso é possível mediante implementaç227;o de programas psicoeducativos capazes de fornecer informações e orientações práticas para melhorar a assistência oferecida por cuidadores aos pacientes com DA.
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Objetivo: Realizar revis227;o sistemática de manuscritos que utilizaram a neuroimagem no estudo da dependência de jogos eletrônicos, a fim de identificar as principais regiões cerebrais alteradas. Métodos: Foram realizadas buscas nos seguintes bancos de dados: ScieELO, BVS, Lilacs, Science Direct On Line e PubMed. N227;o houve data mínima para a pesquisa, sendo considerados os artigos encontrados até julho de 2013. Os descritores utilizados para a presente revis227;o sistemática da literatura foram: “PET”, “SPECT”, “MRI”, “DTI”, “EEG”, “imaging”, “neuroimaging”, “spectroscopy”, “functional magnetic ressonance”, “structural magnetic ressonance”, “tractography”, “voxel” e “brain”, individualmente cruzados com os descritores “gaming” e “video game addiction”. Resultados: Dos 52 artigos encontrados, 16 foram selecionados: nove usaram fMRI, quatro usaram sRMI, um usou PET e dois usaram EEG. Em relaç227;o às alterações funcionais e estruturais, elas foram mais observadas no lobo frontal (córtex pré-frontal dorsolateral, córtex orbitofrontal, giro pré-frontal, giro frontal médio), parietal, temporal (giro para-hipocampal), núcleos da base, tálamo, ínsula e cerebelo. Conclus227;o: A despeito dos métodos utilizados, os estudos apontaram convergências quanto às reciprocidades cerebrais. Essas alterações neurais s227;o semelhantes às observadas em pacientes dependentes de substâncias e de internet, especialmente durante o estado de fissura. Apesar de apenas recentemente pesquisas de neuroimagem em dependentes de jogos eletrônicos terem sido realizadas, contamos no momento com achados significativos alinhados à compreens227;o dos mecanismos neurais associados à dependência de jogos eletrônicos e respectiva inserç227;o como categoria nosológica no âmbito psiquiátrico.
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Objetivo: Conduzir uma revis227;o sistemática sobre resiliência psicológica e/ou hardiness em militares, explorando seus aspectos psicossociais, neurobiológicos, preditores e promotores. Métodos: Utilizaram-se as bases de dados PubMed/MedLine, ISI/Web of Science e PsycINFO, incluindo artigos empíricos publicados nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola até maio de 2012. Os seguintes termos foram utilizados: “militar*”, “Army”, “war”, “veteran*”, “resilien*” e “hardiness”. Resultados: Foram incluídos 32 estudos selecionados a partir de 1.205 artigos. O foco da maioria das pesquisas recai sobre a correlaç227;o resiliência/hardiness e aspectos psicossociais. Confirmou-se o papel protetivo da resiliência/hardiness quanto ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), assim como a associaç227;o direta entre resiliência e saúde. Neuropeptídeo Y (NPY) e deidroepiandrosterona (DHEA) foram os biomarcadores mais estudados. Os níveis de NPY no plasma podem representar um correlato biológico de resiliência ou recuperaç227;o dos efeitos adversos do estresse. Somente dois estudos abordaram fatores preditores de resiliência em amostras militares, sugerindo ser a exposiç227;o a situações adversas, o apoio social e o gênero fatores considerados preditores desse construto. Apenas um estudo avaliou a eficiência de intervenç227;o para fortalecer a resiliência. Conclus227;o: Apesar da crucial relevância da resiliência, há poucos estudos em amostras militares. Estudos neurobiológicos como os do NPY s227;o promissores. A ausência de ensaio randomizado controlado avaliando eficácia de intervenções promotoras da resiliência demonstra como esse construto vem sendo negligenciado nessa profiss227;o de risco, constituindo área prioritária para foco de estudos futuros.
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Objetivo Comparar os graus das sobrecargas objetiva e subjetiva sentidas por familiares cuidadores de pacientes com esquizofrenia e por familiares cuidadores de pacientes com depress227;o maior, bem como os fatores associados e as dimensões mais afetadas em cada grupo. Métodos Participaram desta pesquisa 50 cuidadores de pacientes com esquizofrenia e 50 cuidadores de pacientes com depress227;o maior. Esses familiares participaram de uma entrevista estruturada, na qual foram aplicados dois instrumentos: a escala de sobrecarga FBIS-BR e um questionário. Resultados Os resultados indicaram que os dois grupos apresentavam diferenças significativas quanto ao grau de sobrecarga, na análise detalhada dos itens da escala. Os familiares cuidadores de pacientes com esquizofrenia apresentaram sobrecarga objetiva significativamente mais elevada ao assistir o paciente na tomada de medicamentos e na administraç227;o do dinheiro e apresentaram maior sentimento de peso financeiro resultante do papel de cuidador. Os cuidadores de pacientes com depress227;o maior apresentaram maior frequência de supervis227;o de comportamentos autoagressivos, mais preocupaç227;o com a vida social dos pacientes e maior sentimento de incômodo nas tarefas de assistência na vida cotidiana. N227;o foram encontrados dados significativos referentes aos escores globais da escala de sobrecarga. Conclus227;o As diferenças encontradas nesta pesquisa apontam para a necessidade de os serviços de saúde mental planejarem intervenções específicas para cada grupo de cuidadores.
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Objetivo O estudo objetivou-se a fazer um rastreio cognitivo nos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), a fim de determinar pontos de corte de acordo com a idade, escolaridade e grau de comprometimento neurológico. Métodos Foi realizado um estudo transversal no qual participaram 109 pacientes ambulatoriais, sendo 61 homens, com média da idade de 59 anos (± 11), média do tempo de escolaridade de 5 anos (± 4) e do tempo de sequela de 16 meses (± 14). Os pacientes foram avaliados por meio do Miniexame do Estado Mental (MEEM) e pela National Institute of Health Stroke Scale. Os dados foram analisados pela regress227;o linear múltipla (stepwise forward). Resultados Verificou-se que as variáveis grau de comprometimento neurológico, idade e escolaridade contribuíram significativamente para o valor global do MEEM e explicaram a variância do estado cognitivo (R2 ajustado = 0,24). Cada aumento do comprometimento neurológico representou diminuiç227;o de 0,456 no escore do MEEM. Quanto maior a idade, ocorreu uma diminuiç227;o de 0,202 no MEEM, e à medida que diminui o tempo de escolaridade, houve uma diminuiç227;o de 0,190 no MEEM. Os pontos de corte variaram de 14 a 22 de acordo com o grau de comprometimento neurológico, idade e escolaridade. Conclus227;o Os resultados apontaram que, por meio do rastreio positivo de déficit cognitivo, foram encontrados pontos de corte associados ao comprometimento neurológico, necessitando também serem ajustados pela idade e escolaridade, sugerindo que essas associações sejam preferencialmente levadas em consideraç227;o na planificaç227;o da reabilitaç227;o neuropsicológica dos pacientes com AVC.
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Objetivo Dimensionar a contribuiç227;o de características de grupos familiares de usuários de crack tanto em situações de consumo quanto na promoç227;o da cessaç227;o do uso da substância. Métodos Estudo observacional, transversal, misto, com delineamento quantitativo (estatísticas descritiva e analítica, por regress227;o de Poisson robusta) e qualitativo (análise temática de conteúdos de entrevistas individuais semiestruturadas). Resultados Foram analisados dados oriundos de entrevistas com 519 usuários de crack, dos quais 48,3% referiram já ter feito uso compartilhado com algum familiar. A relaç227;o mais referida para compartilhamento do crack foi a conjugal, indicada por 30,6% dos entrevistados. A estimativa das razões de prevalência do desfecho abstinência na data da entrevista, por regress227;o de Poisson robusta controlada para fatores de confus227;o, para usuários de crack que referiram uso compartilhado com irm227;os, foi de 0,940 (IC95%: 0,885-0,999; p = 0,045), tendo os que n227;o referiram como referência. Na dimens227;o qualitativa, 20 entrevistados expuseram livremente modalidades de envolvimento dos familiares com o uso da droga, alguns indicando oposiç227;o ao consumo, outros estímulo, ou oferta, além da influência recíproca entre consumo de crack e conflitos familiares ou um ambiente considerado negativo. Além disso, os entrevistados que informaram ter familiares em tratamento em saúde mental tiveram 9% mais probabilidade de estar em uso cessado por 12 semanas ou mais (RP = 1,09; IC95%: 1,03-1,15; p = 0,005). Conclus227;o Os grupos familiares aparecem n227;o somente como fator de proteç227;o, mas também como importante fator de risco para o uso do crack, e sua inclus227;o como grupo primário de atendimento se justifica com essas evidências.
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Objetivo Analisar a associaç227;o entre as características sociodemográficas, status do tabagismo, grau de motivaç227;o, nível de ansiedade, depress227;o e de estresse com o fracasso em pacientes de um programa de cessaç227;o de tabagismo. Métodos Estudo de corte transversal realizado com pacientes que procuraram os programas de cessaç227;o do tabagismo de Cuiabá/MT, Brasil. Todos os fumantes matriculados no início desses programas, durante o período de maio a agosto de 2012, foram convidados a participar deste estudo, totalizando 216 pacientes. Os instrumentos utilizados foram o questionário Perfil Sociodemográfico, Teste de Fagerström (FTND), URICA, Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depress227;o de Beck (BDI) e Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL). Os dados foram digitados duplamente em programa Epidata vers227;o 3.1, e para análise dos dados foi utilizado um modelo de regress227;o de Poisson. Resultados Foram encontradas associações do fracasso terapêutico com as seguintes variáveis: faixa etária jovem (RP = 1,68; IC 95% 1,11-2,56); menor tempo de tabagismo (RP = 1,32; IC 95% 1,09-1,61); maior consumo de cigarros/dia (RP = 1,24; IC 95% 1,01-1,52) e menor grau de motivaç227;o (RP = 1,55; IC 95% 1,04-2,30). No modelo final (RPa), ficaram associadas ao fracasso as variáveis: menor tempo de tabagismo (RPa 1,53; IC 95% 1,07-2,32), maior carga tabágica (RPa 1,48; IC 95% 1,12-1,95), baixo nível de motivaç227;o (RPa 1,58; IC 95% 1,07-2,32) e alto nível de ansiedade (RPa 1,22; IC 95% 1,01-1,48). Conclus227;o Baixo nível motivacional (Contemplaç227;o e Pré-contemplaç227;o), alto nível de ansiedade (moderado/grave), menor tempo de tabagismo e alta carga tabágica est227;o associados ao fracasso terapêutico.
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Objetivo Como n227;o há na literatura informações sobre o perfil de consumo alcoólico entre desportistas, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de consumo alcoólico por frequentadores de academia de ginástica associando com a antropometria e a intensidade do treino. Métodos Foram convidados a participar do estudo indivíduos praticantes de musculaç227;o, por no mínimo seis meses, com idade entre 20 e 40 anos, de ambos os sexos. Foram realizadas medidas antropométricas e de composiç227;o corporal. Para avaliaç227;o do consumo alcoólico, utilizou-se o questionário AUDIT (The Alcohol Use Disorders Identification Test). A intensidade do treino foi identificada por meio de um questionário semiestruturado. Resultados Dos participantes, 74,1% (n = 35) disseram ter feito uso de álcool. Além disso, 19 voluntários (38,8%) apresentaram comportamento de risco para o consumo de álcool (AUDIT ≥ 8). Considerando o consumo alcoólico em binge, 32 voluntários (65,3%) consumiram seis ou mais doses de álcool em alguma ocasi227;o no ano anterior, n227;o havendo diferença entre os sexos. A adiposidade corporal estava acima dos valores recomendados entre os que relataram consumo em binge. N227;o houve associaç227;o entre a intensidade do treinamento físico e o consumo de álcool em binge, nem entre a intensidade do treinamento e o comportamento de risco para o consumo de álcool. Conclus227;o A maioria dos desportistas apresentou consumo de bebidas alcoólicas no padr227;o binge, n227;o sendo associado à intensidade do treinamento. Este n227;o condiz com os seus objetivos ao frequentar academias de ginástica. A adiposidade corporal estava acima dos valores recomendados.
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Objetivo Identificar características de início e término de tratamento de pacientes que abandonaram a psicoterapia psicanalítica (PP) em momentos distintos: entre 2 e 11 meses (abandono médio = AM) ou com mais de um ano (abandono tardio = AT) de psicoterapia. Métodos Entrevistas iniciais e de pós-tratamento de 14 adultos (sete de AM e sete de AT), classificados por seus psicoterapeutas como pacientes que abandonaram a psicoterapia, foram analisadas utilizando-se o método de análise de conteúdo de Bardin. Resultados As entrevistas iniciais geraram cinco categorias (motivo, objetivos, disposiç227;o para mudança, tratamento anterior, transferência) e as de pós-tratamento geraram três categorias (processo de mudança, avaliaç227;o de resultados, término). Conclus227;o Em comparaç227;o com os pacientes de AT, os pacientes de AM apresentaram maior resistência, possuíam expectativas de mais apoio, apresentaram menor transferência positiva e mais queixas depressivas e relataram experiências negativas com tratamentos anteriores. A maior parte dos pacientes de AM iniciou o tratamento por indicaç227;o de terceiros, enquanto a maioria dos de AT buscou a psicoterapia por conta própria. Na entrevista pós-tratamento, os pacientes de AM revelaram mais resistência durante o processo de psicoterapia, demonstraram menor capacidade de insight e fizeram avaliações mais negativas do tratamento, tanto nos aspectos gerais como nos específicos. A diferenciaç227;o dos grupos de AM e AT é tênue, sendo necessárias mais investigações sobre a temática.
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Objetivo Discutir os significados da vivência de episódios maníacos para pacientes com transtorno bipolar (TAB). Métodos Trata-se de uma pesquisa qualitativa, feita por meio de entrevistas semidirigidas em profundidade, em uma amostra fechada pelo critério de saturaç227;o com oito pacientes com TAB em remiss227;o. A técnica de tratamento de dados foi feita por meio da análise de conteúdo das entrevistas transcritas na íntegra e categorizaç227;o. Os resultados foram submetidos à validaç227;o externa, no Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Unicamp, composto por 37 pesquisadores do método, entre eles mestrandos, doutorandos, pós-doutorados e pesquisadores seniores. Resultados Foram identificadas três categorias – Ambivalência e vergonha: pensar ou n227;o pensar sobre os episódios maníacos; Organizando sentimentos pessoais: a remiss227;o como um momento de autoconsciência; Episódios maníacos estruturando relações interpessoais versus projeções da angústia. Conclus227;o Os achados da presente pesquisa contribuem para a maior compreens227;o dos quadros maníacos no TAB, que podem auxiliar nas reflexões acerca da relaç227;o profissional-paciente, para elaborar estratégias para aderência e para as medidas terapêuticas e preventivas da recorrência dos episódios. Podem auxiliar a equipe de saúde envolvida no acompanhamento desses casos e também os pesquisadores na investigaç227;o da contribuiç227;o dos significados aqui discutidos nos fenômenos de aderência ao tratamento e de um melhor prognóstico.
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Objetivo Refletir sobre as possíveis diferenças entre os termos “violência contra mulher” e “mulheres em situaç227;o de violência” com base na análise da ocorrência de violência íntima. Métodos Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de 640 mulheres com idade entre 20 e 64 anos, em quatro unidades de Saúde da Família do município de Nova Iguaçu (RJ). Para aferiç227;o do evento, foi utilizada a vers227;o em português do instrumento Revised Conflict Tactics Scales, que avaliou as formas – e suas interseções – de violência física, psicológica e sexual sofridas e perpetradas pelas mulheres ao menos uma vez na vida. Resultados Estimou-se a prevalência das três formas de violência íntima praticadas contra a mulher (9,8%; IC95%: 7,5/12,1), pela mulher (4,5%; IC95%: 2,9/6.1) e nos casos que a mulher foi vítima ou perpetradora dos atos (13,1%; IC95%: 10,5/15,7), assumindo-se neste trabalho como violência no casal. Conclus227;o Na tentativa de melhor entender a dinâmica da violência íntima, seria oportuno considerar a mobilidade de papéis na relaç227;o do casal para além da demarcaç227;o de gênero – histórica e por vezes imobilizadora – entre vítima e agressor.
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Objetivo Revisar as principais síndromes neuropsiquiátricas associadas ao acidente vascular encefálico (AVE), suas características clínicas, impacto sobre a recuperaç227;o dos pacientes, tratamento, suas possíveis relações com a fisiopatologia dos AVE e, quando possível, contextualizá-las à realidade brasileira. Métodos Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed/MedLine e SciELO/Lilacs com os termos “stroke” e “cerebrovascular disease” em combinações com “neuropsychiatry”, “neuropsychiatric disorders”, “psychiatry”, “psychiatric disorders”, “depression”, “anxiety” e “dementia”, com ênfase nos últimos dez anos. Resultados Foram revisadas as síndromes neuropsiquiátricas pós-AVE, incluindo depress227;o, ansiedade, transtorno da express227;o emocional involuntária, labilidade emocional, irritabilidade, raiva, reaç227;o catastrófica, apatia, demência, mania e psicose, de acordo com os objetivos propostos. Conclus227;o É notória a escassez de informações sobre o manejo terapêutico das complicações neuropsiquiátricas secundárias aos AVE, especialmente diante do impacto em saúde pública representado pelas doenças cerebrovasculares. Com a evoluç227;o da abordagem precoce a esses pacientes e o consequente aumento de sua sobrevida, o aprofundamento do conhecimento sobre o desenvolvimento e o tratamento dos transtornos neuropsiquiátricos parece ter maior potencial para melhorar o desfecho e a qualidade de vida dos indivíduos que sofreram AVE.
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Objetivos A esquizofrenia está associada a alto grau de incapacidade e importantes déficits neuropsicológicos, sociais e vocacionais. Pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de identificar fatores preditivos para refratariedade, a fim de melhorar o tratamento e a qualidade de vida do paciente com esquizofrenia. O presente estudo teve o objetivo de verificar a frequência de pacientes com esquizofrenia refratária acompanhados em serviço terciário, estabelecer o perfil clínico e sociodemográfico e analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Métodos Sessenta e oito pacientes com esquizofrenia foram incluídos no estudo, sendo 36 refratários ao tratamento (52,9%). Os dados clínicos e sociodemográficos de ambos os grupos foram coletados, analisados e comparados. Um modelo de regress227;o logística foi elaborado com o objetivo de analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Resultados Entre o grupo refratário, houve maior frequência do sexo masculino (p = 0,03), número de antipsicóticos em uso (p < 0,01), internações ao longo da vida (p < 0,01) e de polifarmácia (p < 0,01). Escolaridade, estado civil, história familiar de esquizofrenia e uso de substâncias n227;o foram confirmados como associados à refratariedade. Observou-se atraso temporal entre o estabelecimento da refratariedade clínica e a introduç227;o da clozapina, indicado como o melhor antipsicótico para o tratamento de esquizofrenia refratária. Conclus227;o É importante e necessário o desenvolvimento de mais pesquisas a fim de investigar possíveis fatores clínicos e sociodemográficos preditores de refratariedade em pacientes com esquizofrenia, objetivando o início mais precoce de ações terapêuticas.