677 resultados para fontes de resistência


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A colibacilose, causada por Escherichia coli, é a enfermidade entérica de maior impacto na produção de suínos, podendo levar à morte do animal. Esta bactéria possui grande capacidade de desenvolver resistência a múltiplos antimicrobianos e a desinfetantes. Desta forma, estudos que abordem mecanismos de resistência e perfil de amostras de campo tornam-se necessários. E. coli é amplamente utilizada como modelo de estudos que exploram a resistência intrínseca e extrínseca a multidrogas. Neste trabalho, buscou-se verificar o perfil de sensibilidade de 62 isolados de E. coli de suínos frente a três desinfetantes e a 13 antimicrobianos. Ainda, em 31 destes isolados foi pesquisada a presença de mecanismo de efluxo. Dos três desinfetantes avaliados, o cloreto de alquil dimetil benzil amônio+poliexietilenonilfenileter foi o que se mostrou mais eficaz (100%), seguido do glutaraldeído+cloreto de alquil dimetil benzil amônio (95,2%) e do cloreto de alquil dimetil benzil amônio (88,8%). Dentre os antimicrobianos testados, observou-se maior resistência para a tetraciclina (62,2%) e maior sensibilidade para o florfenicol (88,6%). A alta sensibilidade dos isolados frente aos desinfetantes pode estar relacionada à ausência de mecanismo de efluxo. O índice de resistência múltipla médio aos antimicrobianos foi de 0,52, o que demonstra um perfil multirresistente dos isolados, conduzindo para a necessidade do uso racional destas drogas em suinocultura.

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No presente estudo, objetivou-se avaliar a sussuscetibilidade aos principais antimicrobianos e realizar uma caracterização fenotípica e genotípica de isolados de Staphylococcus spp. obtidos de casos de mastite em vacas (n=30) e búfalas (n=30). A suscetibilidade foi avaliada pela técnica de disco-difusão e a presença de bomba de efluxo foi avaliada utilizando-se Ágar Mueller Hinton (MH) adicionado de brometo de etídeo e pesquisa do gene msrA. Pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) ainda foram identificados os genes mecA, blaZ e ermA, B e C, que posteriormente foram associados com os métodos fenotípicos para a identificação de resistência a antimicrobianos. A caracterização da formação de biofilme foi realizada utilizandose os métodos Ágar Vermelho Congo (CRA), Aderência em Placa e a identificação do gene icaD. Pelo método de discodifusão, os Staphylococcus spp. apresentaram alta sensibilidade aos antimicrobianos. O índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA) apresentou variação de 0 a 0,5. Na pesquisa de bomba de efluxo, 26,7% das amostras foram positivas ao método fenotípico e 6,7% ao método genotípico (gene msrA). Os genes erm, mecA e blaZ foram detectados, respectivamente, em 1,7%, 6,7% e 11,7% das amostras de Staphylococcus spp. Na produção de biofilme, 23,3% dos isolados foram considerados positivos no CRA, 50,0% na Aderência em Placas e 8,3% na PCR pela detecção do gene icaD. Observou-se que os isolados obtidos de amostras bovinas apresentaram uma menor sensibilidade aos antimicrobianos no teste de disco-difusão quando comparados com as amostras bubalinas. A caracterização destes isolados é importante para orientar uma antibioticoterapia bem planejada. A presença de biofilme nos isolados pode estar associada a outros fatores que não a resistência às drogas antimicrobianas.

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O desempenho produtivo e a possível interferência do flúor sobre a saúde dos animais foram investigados em bovinos Nelore suplementados, por 866 dias, com distintas fontes alternativas de fósforo com diferentes relações fósforo:fluor (P:F). Os tratamentos experimentais foram: Controle negativo (CONTNEG, sem qualquer suplementação com P), fosfato bicálcico (FB 120:1, FB 30:1 e FB 10:1), fosfato monobicálcico (FMBC 60:1), superfosfato triplo (SFT 30:1) e fosfato de rocha de Cajati (FR 10:1). Foram utilizados 49 novilhos, desmamados aos oito meses de idade, castrados e com 230 kg de peso médio, distribuídos em sete piquetes com água e mistura mineral formulada sem P. A dieta padrão foi feita com bagaço de cana (0,03% de P) como volumoso e um concentrado contendo 0,239 % de P oferecido na base de 1% do peso dos animais para permitir um ganho de peso aproximado de 0,50 kg/dia. Até o dia 134, não houve diferença estatística entre os diversos lotes, inclusive para o tratamento CONTNEG, que não recebeu fósforo suplementar na dieta e ganhou 71,6 kg de peso ou 0,633 kg/dia. Após 866 dias de confinamento (2,37 anos), os animais suplementados com o fosfato bicálcico padrão (120:1) ganharam menos peso que os suplementados com as fontes FMCB 60:1, FB 30:1 e SFT 30:1. Até um ano de suplementação fosfórica com fosfato bicálcico padrão (120:1) artificialmente fluoretado com NaF ou com o fosfato de rocha não se detectou danos à saúde ou ao ganho de peso dos animais. As análises de fósforo nos ossos mostraram diferença estatística apenas entre o tratamento CONTNEG e os que tinham fosfato bicálcico. As concentrações de flúor nos ossos se mostraram intimamente associadas à quantidade de flúor disponível nas fontes utilizadas. Conforme a proporção P:F na dieta foi diminuindo, características relacionadas à fluorose dentária ficaram mais evidentes, sendo que os animais que receberam fontes com relação 10:1, apresentaram, ao final do experimento, dentes incisivos permanentes mal formados, quebradiços e com manchas esbranquiçadas.

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Simarouba versicolor é uma árvore semidecídua pertencente à família Simaroubaceae. Um surto de intoxicação por S. versicolor em bovinos por brotos da planta presente no pasto em Mato Grosso do Sul e sua reprodução experimental foram descritos. Esse estudo teve por objetivos verificar experimentalmente se os ovinos podem ser utilizados como modelo clínico-patológico no estudo da intoxicação por Simarouba versicolor St. Hil. (fam. Simaroubaceae), determinar se há indução de resistência pela ingestão de pequenas e repetidas doses e, se a planta mantém sua toxicidade quando dessecada. Foram realizados dois experimentos, sendo o primeiro com folhas verdes ou folhas dessecadas e trituradas de S. versicolor em doses únicas de 5g/kg, 5g/kg e 3g/kg a três ovinos (Ovino 1, 2 e 3 respectivamente). O experimento 2, foi realizado com diferentes doses diárias de folhas dessecadas e trituradas de S. versicolor em quatro ovinos que receberam 1,5g/kg, 0,75g/kg, 0,6g/kg e 0,3g/kg e, com um ovino que recebeu 3g/kg como controle positivo (Ovino 4). A administração foi suspensa quando os ovinos apresentaram sinais clínicos da intoxicação. Após doze dias de recuperação, os animais sobreviventes foram desafiados com a mesma dose diária da planta ingerida anteriormente para avaliar o desenvolvimento de resistência. Os sinais clínicos observados nos dois experimentos caracterizaram-se por anorexia, mucosas oculares congestas, polidipsia, sialorreia, fezes pastosas que evoluíram para diarreia líquida fétida esverdeada, decúbito lateral e morte para os Ovinos 1 a 7. As principais lesões histológicas observadas foram necrose do tecido linfoide (linfonodos, baço, placas de Peyer) e enterite necrosante. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que os ovinos podem ser utilizados como modelo experimental clínico-patológico na intoxicação por S. versicolor. Com o método utilizado, não houve resistência ao consumo diário de folhas da planta pelos ovinos e, as folhas mantiveram sua toxicidade quando dessecadas.

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O objetivo deste trabalho foi realizar o isolamento e analisar o perfil de resistência antimicrobiana de Enterococcus de carcaças de frango resfriadas e congeladas comercializadas no Distrito Federal, detectando genes de resistência antimicrobiana e identificando as espécies Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium por reação polimerase em cadeia. Foram analisadas 100 carcaças de frangos, das quais foram isoladas 50 cepas de Enterococcus spp., sendo 42% de E. faecalis e 2% de E. faecium. O teste de susceptibilidade antimicrobiana demonstrou que todas as cepas isoladas apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano, dos quais 90,47% das cepas de E. faecalis, 100% das cepas de E. Faecium e 82,14% dos Enterococcus spp. apresentaram resistência à Tetraciclina; 80,95% das cepas de E. faecalis e 35,71% das cepas de Enterococcus spp. foram resistentes à Eritromicina; 39,28% dos Enterococcus spp. e 23,80% dos E. faecalis à Ciprofloxacina e 28,57% dos E. faecalis apresentaram resistência ao Cloranfenicol. Foram detectados os genes de resistência antimicrobiana erm(B), vanC-1, aph(3')-llla, ant(6)-la, vanB, vanA, aac(6')-le-aph(2'')-la, erm(A) e tet(M) - este último mais frequente. Estes resultados sugerem sérios problemas para a Saúde Pública, uma vez que esses microrganismos podem possuir a capacidade de transmitir genes de resistência antimicrobiana para outros microrganismos presentes na microbiota intestinal de humanos e animais, podendo inviabilizar o uso destas drogas para tratamentos clínicos.

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Com o objetivo de comprovar se doses não tóxicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. criam resistência à intoxicação, 12 caprinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administração, durante quatro períodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto período de administração os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro período de administração. O Grupo 2 não foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias após a adaptação ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diária de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20º dia de administração continuada a dose diária de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clínicos foram retirados do experimento imediatamente após a observação dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clínicos de intoxicação e morreu no 12º dia de administração e dois apresentaram sinais clínicos no 24º dia; um se recuperou e outro morreu. Após finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que não tinham adoecido no Grupo 2 tinham também adquirido resistência, foi introduzido outro grupo com três caprinos. Esses três caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os três sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diária de 0,06g/kg. Os três caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia após o início da ingestão, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se após 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clínico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administração de doses não tóxicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente á resistência à intoxicação e que esta técnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicação por P. aeneofusca e outras espécies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA é devida a proliferação de bactérias que degradam MFA no rúmen.

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Rhodococcus equi é um micro-organismo intracelular facultativo, agente etiológico da rodococose, uma importante enfermidade que acomete principalmente potros com menos de seis meses de idade, causando a morte geralmente em decorrência de lesões pulmonares. Este agente também tem potencial zoonótico e emergiu como um patógeno oportunista no mundo, acometendo humanos imunocomprometidos, especialmente os transplantados e infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Entretanto, infecções por R. equi em hospedeiros hígidos tem sido relatadas, principalmente em crianças e idosos. Estudos tem mostrado um nível crescente na resistência de isolados de R. equi em relação aos antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de animais e seres humanos infectados por este agente. A virulência deste pode estar associada a fatores como a cápsula de polissacarídeo, fosfolipase C e à enzima colesterol oxidase (fator equi). No entanto, uma proteína localizada em um plasmídeo, designada vapA, é essencial para a sobrevivência e replicação do agente em macrófagos. Com isso, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil de suscetibilidade de isolados de R. equi de diferentes fontes em relação aos antimicrobianos mais comumente utilizados na terapêutica animal e humana, bem como verificar a associação entre a presença do gene vapA e o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA). Neste estudo, 67 isolados brasileiros de R. qui de diferentes fontes foram analisados: 30 provenientes de amostras clínicas de equinos, sete de humanos e 30 ambientais (seis do solo e 24 de fezes de equinos). Para avaliar o perfil de suscetibilidade dos isolados utilizou-se o método de disco difusão, sendo testadas 16 drogas de diferentes classes de antimicrobianos. As amostras clínicas de equinos apresentaram as maiores taxas de resistência à penicilina (86,7%) e lincomicina (30%). Além disso, foram também resistentes a macrolídeos (azitromicina a 6,7%, eritromicina a 6% e claritromicina a 3,3%) e rifamicina (13%). Todas as amostras humanas e ambientais foram sensíveis aos macrolídeos e rifamicina. Contudo, isolados ambientais demonstraram níveis elevados de resistência à penicilina e cloranfenicol. Da mesma forma, os isolados humanos apresentaram alto nível de resistência ao ceftiofur, lincomicina e sulfazotrim. O IRMA em todos os isolados de R. equi variou de 0 a 0,67, tendo como valores médios 0,19 para as amostras clínicas de equinos, 0,14 nas ambientais e em isolados humanos foi de 0,1. Apesar da alta sensibilidade observada nos isolados analisados, verificaram-se diferentes níveis de resistência nas amostras clínicas de equinos. Em contraste, os isolados ambientais não demonstraram resistência em relação aos agentes antimicrobianos utilizados na terapia da rodococose equina. Além disso, em isolados humanos não se observou resistência contra a droga para uso restrito em terapia de humano. Com base no IRMA observado em isolados clínicos de equinos, destacamos a importância de medidas restritivas e mais cautela na utilização de antimicrobianos em infecções causadas por R. equi para evitar o aumento de novas cepas multirresistentes.

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A caprinocultura é muito importante para a economia do semiárido nordestino; no entanto a alta frequência das parasitoses gastrintestinais e o aumento da resistência parasitária ameaçam gravemente essa atividade. Nesta revisão são discutidos vários aspectos importantes para o controle das parasitoses gastrintestinais de caprinos, incluindo: 1) as diferenças entre caprinos e ovinos; 2) aspectos epidemiológicos importantes a serem levados em consideração para o controle; e 3) tecnologias a serem utilizadas para realizar o controle das parasitoses gastrintestinais em forma integrada e diminuir a frequência de resistência anti-helmíntica.

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O presente estudo teve por objetivo avaliar a influência do exercício físico de intensidade submáxima sobre as concentrações séricas de aspartato aminotransferase (AST), creatinoquinase (CK) e lactato-desidrogenase (LDH) em muares durante prova de enduro de 100 km realizada no estado do Espírito Santo. Para tal foram obtidas amostras de soro de 20 muares em três momentos assim definidos: no repouso (T0); após 54 km de percurso (T1); após 80 km de percurso (T2); e após 100 km de percurso (T3). As referidas amostras foram encaminhadas ao Laboratório Clínico Veterinário (CEMEVES) para processamento. Na avaliação da atividade sérica de AST, os valores médios registrados nos momentos T0, T1, T2 e T3 foram, respectivamente, de 341,7±73,9 UI/L, 403,1±78,4 UI/L, 410,5±70,5 UI/L e 426,5±66,7 UI/L. Na avaliação da atividade sérica da LDH, os valores médios registrados foram de 423,1±101,8 UI/L, 534,4±131,8 UI/L, 628,5±100,6 UI/L e 823,4±273,2 UI/L, respectivamente, nos momentos T0, T1, T2 e T3. Por fim, na avaliação da atividade sérica da CK os valores de mediana foram de 231,3 UI/L, 310,6 UI/L, 253,2 UI/L e 476,0 UI/L, respectivamente nos momentos T0, T1, T2 e T3. A análise dos resultados demonstrou que o exercício físico imposto levou ao aumento significativo das atividades séricas de AST e LDH e não alterou as concentrações séricas de CK.

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A seleção e a crescente disseminação de nematoides resistentes aos anti-helmínticos mais comumente utilizados, benzimidazóis (BZs), imidazotiazóis e lactonas macrocíclicas (LMs), constituem um sério entrave na produção de pequenos ruminantes em todo o mundo. O uso de métodos eficientes e sensíveis para a detecção e o monitoramento da resistência anti-helmíntica no campo torna-se urgente, especialmente para os grupos de BZs e LMs, devido aos constantes relatos de resistência. A obtenção de um diagnóstico preciso e precoce da resistência é extremamente importante para auxiliar a tomada de decisão em programas de controle parasitário, com o objetivo de preservar a vida útil dos produtos e limitar o desenvolvimento da resistência nas populações de nematoides. Os testes in vivo e, mais recentemente, os testes in vitro têm sido desenvolvidos para a detecção de nematoides resistentes aos principais grupos de anti-helmínticos. No entanto, a disponibilidade de testes in vitro validados e o seu uso prático ainda são muito limitados. Embora o teste de redução na contagem de ovos nas fezes (TRCOF, in vivo - indireto) seja o principal método de escolha para a detecção de resistência no campo, vem recebendo críticas quanto à validade dos resultados, e passa por significativas modificações. Além disso, o desenvolvimento de técnicas moleculares a partir de alterações genômicas gerou avanços consideráveis nessa área de investigação, com o uso de mutações nos códons 167, 198 e 200 do gene da β-tubulina como principais SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único; do inglês Single Nucleotide Polymorphisms) associados à resistência aos BZs. A presente revisão tem o objetivo de discutir os métodos de diagnóstico disponíveis para a detecção de resistência anti-helmíntica em nematoides de pequenos ruminantes, destacando progressos e obstáculos para seu uso na rotina laboratorial e no campo.

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As infecções bacterianas do trato urinário (ITUs) são causa comum de doença em cães, gatos e humanos. Embora bactérias Gram positivas como Staphylococcus spp., Streptococcus spp. e Enterococcus spp., possam ocasionar ITUs, as bactérias Gram negativas (Escherichia coli, Proteus spp., Klebsiella spp., Pseudomonas spp. e Enterobacter spp.) respondem por 75% dos casos. Este estudo teve como objetivo determinar a frequência de diferentes gêneros de bactérias em ITUs em cães e gatos, bem como a sua sensibilidade aos antimicrobianos utilizados na rotina clínica. Portanto, amostras de urina de 100 cães e gatos com sinais de ITU foram coletadas assepticamente, sofrendo avaliação microbiológica por meio de métodos qualitativos e quantitativos, além de urinálise. Todos os isolados foram submetidos a testes de sensibilidade aos antimicrobianos. ITU foi confirmada em 74% dos animais, não havendo predominância quanto ao sexo. No que diz respeito à idade, 85% dos cães e 87% dos gatos tinham idades superiores a seis anos. Noventa e cinco cepas bacterianas foram isoladas, com maior frequência de Escherichia coli (55% do total) dos sorogrupos O6 e O2. Constatou-se níveis elevados de resistência a antimicrobianos nas cepas isoladas. Para as cepas Gram positivas, tetraciclina (46,1%), enrofloxacina, cotrimazol e estreptomicina (42,3% cada) foram as drogas com os maiores índices de resistência. Para as Gram negativas, amoxacilina e tetraciclina apresentaram percentuais acima de 50%. Multiresistência foi verificada em mais de 50% dos principais gêneros isolados. Considerando-se que as cepas de E. coli apresentam potencial zoonótico e forte participação na disseminação de resistência aos antimicrobianos, ressalta-se a importância do papel do médico veterinário na prevenção e controle das ITUs animais e sua contribuição para a saúde pública.

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Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a resistência aos ectoparasitas em bovinos jovens da raça Crioula Lageana e meio-sangue Angus em condições naturais. Foram utilizados 10 machos castrados em cada grupo, recém desmamados (6-8 meses) e mantidos sob as mesmas condições de manejo, em pastagens cultivadas de inverno e verão, no município de Monte Castelo - SC, sofrendo infestação natural por ectoparasitas. A cada 28 dias, fêmeas de carrapatos (Rhipicephalus (Boophilus) microplus) com tamanho acima de 4 mm foram quantificadas nos dois lados do corpo de cada animal, bem como os nódulos com larvas de Dermatobia hominis. A espessura da capa do pelame foi também avaliada a cada coleta e os animais foram classificados quanto à coloração do pelame. Os animais da raça Crioula Lageana foram mais resistentes às infestações por D. hominis e R. microplus. Não houve diferença entre a disposição de carrapatos e bernes conforme os lados direito e esquerdo dos animais. Os animais de pelagem escura albergaram a maior porcentagem de ectoparasitas nos grupos avaliados.

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A composição de ácidos graxos da dieta pode influenciar o desempenho produtivo e o sistema imune de frangos de corte. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo de óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados ômega-6 (PUFAs n-6) e ômega-3 (PUFAs n-3) sobre o desempenho e a resposta imunológica de frangos de corte frente a um desafio antigênico. Foram comparadas dietas formuladas com 7% de óleo de soja (OS), linhaça (OL) ou sardinha (OP), fornecidas a 240 frangos da linhagem Cobb, divididos em 24 grupos de 10 aves cada, num arranjo experimental 3x2 (3 tipos de óleo e aves vacinadas ou não vacinadas) e 4 repetições. O óleo de soja é rico em ácido linoleico, um PUFA n-6, o óleo de linhaça é fonte de ácido alfa-linolênico, um PUFA n-3, e o óleo de sardinha, de outros PUFAs n-3, como os ácidos eicosapentaenoico e docosahexaenoico. O consumo de ração, o ganho de peso e a conversão alimentar foram avaliados aos 21, 35 e 42 dias. Aos 7 e aos 21 dias de idade, metade das aves recebeu vacina contra doença de Newcastle. Quinze dias após a imunização, avaliou-se a produção de anticorpos pelo método de ELISA, expressa pela densidade óptica a 450 nm (D.O. 450nm). Apenas as aves alimentadas com ração contendo OS apresentaram maior imunidade humoral (P<0,05) após a vacinação. A resposta linfoproliferativa das aves, que expressa a imunidade celular, foi maior entre as aves vacinadas, em comparação às aves não vacinadas (P<0,05), independentemente do óleo utilizado. A fonte de óleo da ração ou a vacinação não influenciaram o ganho de peso das aves (P>0,05). Entre as aves que receberam dieta com OS, as aves vacinadas apresentaram pior conversão alimentar (P<0,05). Nos grupos que consumiram ração com OL ou OP, a vacinação não influenciou a conversão alimentar (P>0,05), considerando todo o período experimental. A utilização de óleo rico em PUFA n-6 na dieta de frangos de corte aumentou a resposta humoral, mas não influenciou a resposta celular frente a um desafio antigênico.

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No Brasil, estima-se que as intoxicações por plantas tóxicas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA) causam a morte de aproximadamente 500.000 bovinosao ano. A inoculação ruminal de bactérias que degradam MFA tem sido proposta como uma forma de prevenir a intoxicação. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, em caprinos, a resistência ao MFA presente em Amorimia septentrionalis, induzida por inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Doze caprinos, que nunca tiveram contato prévio com plantas que contêm MFA, foram divididos em dois grupos, com seis animais cada. No grupo 1, 60 mL de uma mistura das duas bactérias foi inoculada, diariamente, durante 10 dias em cada caprino. No grupo 2, os caprinos não receberam as bactérias. A partir do 10º dia de inoculação, A. septentrionalis foi administrada, diariamente, na dose de 5g/kg de peso vivo, sendo interrompida em cada animal após a observação dos primeiros sinais clínicos da intoxicação. Os caprinos do grupo 1 apresentaram sinais clínicos 5,83±2,56 dias após a administração da planta o que diferiu significativamente (p=0,037) dos caprinos do grupo 2, que apresentaram sinais clínicos aos 2,67±0,52 dias. A quantidade de planta ingerida pelos caprinos inoculados (28,83±12,97g/kg) e os não inoculados (12,03±3,65g/kg) para desencadear os sinais clínicos foi, também, estatisticamente diferente entre os grupos (p=0,025). Conclui-se que a administração intraruminal de Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus induz resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA.

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Objetivou-se levantar e avaliar os componentes principais das características de carcaças de bovinos anelorados e fontes de variação em lesões. Utilizou-se um banco de dados com informações de 15.002 carcaças de bovinos anelorados. As variáveis levantadas foram peso da carcaça quente, conformação da carcaça, escore de gordura subcutânea, condição sexual, número de dentes incisivos, lesões e distância percorrida da propriedade rural ao abatedouro. Também foi considerado o sistema de terminação dos bovinos por meio da comunicação pessoal do técnico responsável pelo rebanho. Para entender o relacionamento das variáveis descritas, utilizaram-se a correlação dos componentes principais e as variáveis originais, os planos fatoriais, o círculo unitário, a análise de cluster e testes não-paramétricos. O escore de gordura subcutânea, a condição sexual, o peso da carcaça quente, o número de dentes e a propriedade rural, compuseram 68,26% da variação total. A conformação das carcaças e o sistema de terminação explicaram uma baixa parcela da variabilidade. As variáveis: propriedade rural (distância percorrida), número de dentes incisivos, sistema de terminação e escore de gordura subcutânea, influenciaram o número de carcaças com lesões. A condição sexual, o peso da carcaça quente e a conformação da carcaça não alteraram a proporção de carcaças com lesões.