690 resultados para Lessa, Luiz Carlos Barbosa, 1929-2002, O sentido e o valor do tradicionalismo gaúcho


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O objetivo deste estudo foi determinar os fatores prognósticos para a ultimação do parto por via transpélvica em gestantes com cesárea anterior admitidas em trabalho de parto no CAM-IMIP. Foi realizado um estudo tipo caso-controle, analisando os partos de pacientes com cesárea prévia assistidos no CAM-IMIP no período de janeiro/1991 a dezembro/1994. Foram considerados casos as pacientes com cesárea anterior (n=156) e controles as que tiveram parto transvaginal (n=338). Os critérios de inclusão foram: idade gestacional > 36 semanas, cesárea anterior há pelo menos 1 ano, concepto vivo, trabalho de parto espontâneo e apresentação cefálica fletida. Foram excluídas as gestações de alto risco, os casos de sofrimento fetal anteparto e pacientes com história de parto transpélvico anterior depois da cesárea. A análise estatística foi realizada em Epi-Info 6.0 e Epi-Soft, utilizando-se os testes chi² de associação, teste exato de Fisher e "t" de Student, bem como a odds ratio e seu intervalo de confiança a 95%. Análise de regressão logística múltipla foi efetuada para controle das variáveis confundidoras. O percentual de cesáreas no grupo estudado foi de 31,6%. Os fatores maternos que apresentaram associação significativa com o parto transvaginal foram a idade materna < 20 anos (OR = 2,07, IC a 95% = 1,18-3,66) ou > 35 anos (OR = 0,54, IC a 95% = 0,36-0,82), a história de parto vaginal anterior (OR = 1,6, IC a 95% = 1,01-2,55) e a indicação da cesárea anterior por doenças da gestação (OR = 3,67, IC a 95% = 1,19-12,02). Fatores como intervalo entre a cesárea anterior e o parto atual, outras indicações de cesárea e o tipo de histerorrafia não apresentaram associação significativa com o parto transpélvico. No modelo de regressão logística múltipla, persistiram como variáveis associadas significativamente ao parto vaginal a idade materna e a história de parto vaginal anterior. Os autores concluíram que sendo a idade materna < 20 anos, a indicação de cesárea por doença da gestação e parto vaginal anterior associaram-se favoravelmente ao parto transpélvico em pacientes com cesárea anterior. O risco de cesariana está aumentado em gestantes a partir de 35 anos. Esses fatores devem ser considerados na avaliação obstétrica da via de parto nessas gestantes.

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Objetivo: estimar a duração e o tempo de evolução da neoplasia do colo uterino, a partir da infecção por papilomavírus humano (HPV) até as formas invasoras avançadas, tomando como parâmetro a idade média ao diagnóstico. Método: estudo observacional-transversal que incluiu 1.177 mulheres com infecção por HPV, 1.561 com neoplasia intra-epitelial cervical (NIV) e 773 com carcinoma invasor. Resultados: não houve diferença estatisticamente significante entre as médias de idade ao diagnóstico da NIC 1 e NIC 2. A duração da NIC 2 foi 2,2 anos e da NIC 3 foi 10,3 anos, sendo 4,1 anos como displasia grave e 6,2 anos como carcinoma in situ (CIS). A duração da lesão intra-epitelial escamosa de alto grau foi 12,5 anos e do carcinoma invasor estádio Ia, Ib e II foram, respectivamente, 3,0, 2,7 e 3,7 anos. Conclusões: de acordo com os resultados deste estudo, as NIC 1 e NIC 2 originam-se diretamente da infecção por HPV e a maioria das NIC 2 seria uma lesão transiente. A lesão de maior duração é o CIS e o tempo médio do período subclínico da neoplasia do colo uterino é de 18,2 anos. Estes resultados são discutidos em função do conhecimento mais atual da história natural do carcinoma do colo uterino e de outros estudos que estimaram a duração desta neoplasia.

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Objetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor.

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Objetivo: avaliar a influência da pineal sobre a ingestão de água e de NaCl em ratas normais e ooforectomizadas. Métodos: utilizaram-se 48 (n = 48) ratas adultas, divididas ao acaso em quatro grupos: GI - mantidas sem manipulação, servindo como controle (n = 20); GII - submetidas à ooforectomia bilateral (n = 8); GIII - submetidas à pinealectomia (n = 12); GIV - submetidas à ooforectomia bilateral e à pinealectomia (n = 8). A seguir, todos os animais foram mantidos em gaiolas individuais; após três semanas. Determinou-se diariamente a fase do ciclo por esfregaço vaginal e anotou-se diariamente o volume ingerido de água e NaCl a 0,25 M, por aproximadamente três meses. Resultados: 1) as ratas submetidas somente à pinealectomia apresentaram maior freqüência da fase de estro, sendo que algumas entraram em estado de estro permanente; 2) o consumo de líquidos (água e solução salina) não se alterou durante as diferentes fases do ciclo estral; 3) as ratas do grupo submetido à ooforectomia tiveram maior consumo de água, sendo que a pinealectomia nesses animais restabeleceu o consumo normal de água; 4) os animais ooforectomizados e os ooforectomizados e pinealectomizados mostraram redução do consumo médio de solução salina. Conclusões: os dados obtidos sugerem que a glândula pineal poderia modular a ação dos esteróides ovarianos sobre a ingestão de sal e água em ratas adultas.

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Introdução: a peritonite meconial, como resultado da perfuração intestinal fetal, apresenta baixa incidência (1:30.000 nascimentos) e elevada mortalidade (em torno de 50%). Os achados ecográficos pré-natais incluem ascite e calcificações intra-abdominais. Há evidências de que o diagnóstico pré-natal possa melhorar o prognóstico pós-natal. Relato do Caso: R.C.M.S., 22 anos, II gesta O para, realizou ultra-sonografia em 02/12/98 com diagnóstico de ascite fetal. Fez investigação para hidropisia fetal, afastando-se causas imunes e não-imunes. Foram realizados ecografias seriadas em que se manteve a imagem de ascite fetal acentuada, sem calcificações. Parto normal em 02/01/99, com 36 semanas, observando-se volumoso poliidrâmnio. Recém-nascido do sexo feminino pesando 2.670 gramas, com sinais de desconforto respiratório, abdome distendido e com petéquias. Apresentou aumento progressivo da distensão abdominal, palpação de massa pétrea no hipocôndrio direito e eliminação de muco branco ao toque retal. Raios-x em 04/01/99 com imagem de extensas calcificações abdominais, distensão de alças intestinais e ausência de gás na ampola retal. Hipótese diagnóstica de peritonite meconial. Indicada laparotomia exploradora em 04/01/99, encontrando-se volumoso cisto meconial e atresia ileal, realizando-se lise de aderências e ileostomia em dupla boca. Evolução satisfatória nos primeiros dias de pós-operatório, complicada posteriormente por quadro séptico, verificando-se o óbito neonatal em 09/01/99. Conclusão: a peritonite meconial deve ser lembrada no diagnóstico diferencial das causas de ascite fetal. O diagnóstico pré-natal no presente caso poderia ter antecipado a indicação cirúrgica, com possível melhora da evolução neonatal.

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RESUMO Objetivos: pesquisar a presença de lesões induzidas por papilomavírus (HPV) e os fatores associados em parceiros de mulheres com neoplasia intra-epitelial genital. Métodos: foram avaliados 337 homens por meio de citologia uretral, peniscopia e biópsia, quando necessário. Analisou-se a presença de lesão induzida por HPV correlacionando-a com a idade, escolaridade, tabagismo, estabilidade conjugal, início da atividade sexual, número de parceiras, antecedente de doença sexualmente transmissível (DST), postectomia, imagens peniscópicas e grau das lesões nas mulheres. Resultados: a peniscopia foi positiva em 144 homens (42,7%) e 105 (31,2%) apresentaram lesões induzidas por HPV. Somente o tabagismo, a estabilidade conjugal menor ou igual a seis meses e o antecedente de mais de uma parceira sexual estiveram associados com a presença de lesão induzida por HPV (p<0,05). A citologia uretral foi suspeita para HPV em 4,2% dos casos, sendo este achado significativamente associado com tabagismo, peniscopia ou biópsias positivas e com parceiros de mulheres com lesão de alto grau. Das 229 biópsias realizadas, 72,1% foram positivas para HPV, independentemente da imagem peniscópica e do grau de lesão na mulher. Conclusões: as lesões induzidas por HPV foram diagnosticadas em 31,2% dos casos e estiveram associadas com o tabagismo, tempo de união conjugal menor ou igual a seis meses e mais de uma parceira sexual. O grau de lesão na mulher, escolaridade, antecedente de DST, postectomia e imagem peniscópica não se mostraram correlacionados com a presença de lesão induzida por HPV.

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Objetivo: comparar a eficácia e segurança entre duas doses de misoprostol administradas por via vaginal para amadurecimento cervical e indução do parto. Pacientes e Métodos: sessenta e uma pacientes com indicação médica para indução do parto e colo desfavorável foram incluídas neste estudo. Vinte e oito pacientes receberam 25 µg e trinta e três 50 µg de misoprostol, a intervalos de 4 horas, até um período máximo de 24 horas. Resultados: a rotura prematura de membranas, gestação prolongada e doença hipertensiva específica da gestação foram as principais indicações para a indução do parto. O intervalo de tempo, em minutos, entre inserção do misoprostol até o parto vaginal foi similar nos grupos de 25 µg (416,3 ± 148,1) e 50 µg (425 ± 135,9). A porcentagem de parto vaginal foi de 82,2% e 81,9% nos grupos de 25 e 50 µg, respectivamente. Não houve diferença significativa entre os grupos no que se refere a complicações maternas e fetais. Conclusões: a administração de misoprostol por via vaginal mostrou-se um método eficiente e seguro para o amadurecimento cervical e indução do parto. A dose de 25 µg mostrou ter eficácia e segurança comparável à de 50 µg.

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Gestação abdominal a termo com feto vivo representa uma raridade obstétrica que cursa com elevada morbimortalidade materna e perinatal. Neste estudo, os autores apresentam um caso de gestação abdominal em uma paciente de 43 anos, em quem o diagnóstico só foi realizado a termo (com 37 semanas), pelos achados clínicos e ecográficos. Realizou-se laparotomia exploradora com extração de recém-nascido vivo do sexo feminino, pesando 2.570 gramas. Os escores de Apgar foram de 3, 6 e 8 no 1º, 5º e 10º minutos, respectivamente. A placenta se encontrava inserida no omento e foi removida sem complicações. A evolução operatória foi satisfatória e tanto a mãe como a criança obtiveram alta em boas condições.

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Objetivos: comparar o desempenho das amostras do canal cervical e fundo de saco vaginal para o exame colpocitológico no diagnóstico da neoplasia do colo uterino. Métodos: foram constituídos três grupos seqüenciais: grupo 1) 10.048 mulheres com amostras da ectocérvice e fundo de saco, utilizando espátula de Ayre; grupo 2) 3.847 mulheres com amostras da ectocérvice, fundo de saco e canal cervical, utilizando espátula de Ayre e escova cytobrush; grupo 3) 4.059 mulheres com amostras da ectocérvice e canal cervical, utilizando espátula de Ayre e escova cytobrush. A metodologia estatística utilizou análise de variância (ANOVA) e comparação de proporções. Resultados: os percentuais de exames alterados dos grupos 2 (2,6%) e 3 (2,4%), incluindo todas as lesões escamosas e glandulares, foram significativamente maiores que no grupo 1 (2%). Os percentuais de diagnóstico da lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LIE-BG) não foram estatisticamente diferentes entre os três grupos (1,27; 1,25 e 1,07%). Por outro lado, os percentuais de diagnóstico da lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (LIE-AG) foram significativamente maiores nos grupos 2 (0,81%) e 3 (0,77%) do que no grupo 1 (0,54%). A diferença entre os percentuais dos grupos 2 e 3 não foi estatisticamente significante. Conclusões: a amostra do canal cervical melhora o desempenho do exame colpocitológico para o diagnóstico da lesão intra-epitelial escamosa de alto grau, ao passo que a amostra de fundo de sacoo interfere significativamente nos percentuais de diagnóstico das lesões intra-epiteliais.

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Objetivos: determinar a freqüência de recorrência das crises convulsivas após tratamento com sulfato de magnésio, avaliando o tratamento adotado e o prognóstico materno. Casuística e Métodos: analisaram-se todos os casos de eclâmpsia atendidos no IMIP entre janeiro de 1995 e junho de 1998. Sulfato de magnésio e oxigenoterapia foram administrados para todas as pacientes, interrompendo-se a gravidez após estabilização do quadro clínico. Determinou-se a freqüência de complicações maternas de acordo com a presença ou não de recorrência da crise convulsiva, utilizando-se o teste chi² de associação, a um nível de significância de 5%. Resultados: doze pacientes apresentaram recorrência da eclâmpsia após sulfato de magnésio (10%), repetindo-se então metade da dose de ataque. Em 4 destas verificou-se nova recorrência, administrando-se então diazepam endovenoso. Depois do diazepam, uma paciente ainda teve crises repetidas, sendo então realizada infusão de fenitoína e, posteriormente, indução do coma barbitúrico (tionembutal). Essa paciente foi submetida a tomografia computadorizada, constatando-se hemorragia intracraniana. As complicações maternas foram significativamente mais freqüentes no grupo com recorrência: coma (16,7% versus 0,9%), acidose (50% versus 2,9%), edema agudo de pulmão (16,7% versus 2,9%), hemorragia cerebral (16,7% versus 0%) e insuficiência renal aguda (16,7% versus 1,9%). Ocorreram 3 casos de morte materna no grupo com recorrência (25%) e 2 no grupo sem recorrência (1,9%). Conclusões: a recorrência da crise convulsiva é pouco freqüente após uso do sulfato de magnésio (10%), porém associa-se a aumento da morbimortalidade materna, requerendo acompanhamento em UTI e realização de tomografia para exclusão de hemorragia cerebral.

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Objetivos: determinar a freqüência de diagnóstico pré-natal em recém-nascidos (RN) com gastrosquise operados no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP) e analisar suas repercussões sobre o prognóstico neonatal. Métodos: realizou-se um corte transversal retrospectivo incluindo 31 casos de gastrosquise submetidos a correção cirúrgica em nosso serviço entre 1995-1999. Calculou-se o risco de prevalência (RP) de morte neonatal e seu intervalo de confiança a 95% para a presença de diagnóstico pré-natal e outras variáveis cirúrgicas e perinatais, realizando-se análise de regressão logística múltipla para determinação do risco ajustado de morte neonatal. Resultados: apenas 10 (32,3%) dos 31 casos de gastrosquise tinham diagnóstico pré-natal e nasceram no IMIP. Nenhum RN com diagnóstico pré-natal foi prematuro, em contraste com 43% daqueles sem diagnóstico pré-natal (p < 0,05). O intervalo entre parto e correção cirúrgica foi maior na ausência (7,7 horas) que na presença de diagnóstico pré-natal (3,8 horas). O tipo de cirurgia, a necessidade de ventilação mecânica assistida e a freqüência de infecção pós-operatória não apresentaram diferença significante entre os dois grupos. A mortalidade neonatal foi mais freqüente no grupo sem diagnóstico pré-natal (67%) do que no grupo com diagnóstico pré-natal (20%). Os outros fatores associados com risco aumentado de morte neonatal foram: idade gestacional <37 semanas, parto em outros hospitais, intervalo parto-cirurgia >4 horas, cirurgia em estágios, necessidade de ventilação mecânica e infecção. Conclusões: o diagnóstico pré-natal foi infreqüente entre RN com gastrosquise e a morte neonatal foi extremamente alta em sua ausência. É necessário aumentar a freqüência de diagnóstico pré-natal e melhorar os cuidados perinatais para reduzir esta elevada mortalidade.

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Objetivo: avaliar os achados ultra-sonográficos nas gestantes com ameaça de abortamento no primeiro trimestre da gestação. Métodos: exames de ultra-som obstétrico transabdominal e transvaginal foram realizados nas pacientes com sangramento vaginal e teste de gravidez positivo. Foram incluídas as gestantes entre 6 a 14 semanas de gestação pela data da última menstruação ou pelo exame ultra-sonográfico, que apresentavam colo do útero impérvio ao exame clínico. Foram excluídas as gestações múltiplas ou aquelas que realizaram tentativa de abortamento por meio de drogas ou manipulação. Resultados: em 132 dos 247 casos (53.4%) foi diagnosticada gestação viável e em 46.6% (115/247), gestação inviável. Abortamento incompleto foi identificado em 19% (47/247), abortamento completo em 8,5% (21/247), abortamento retido em 7,7% (19/247), gestação anembrionada em 6,1% (15/247), gestação ectópica em 4,5% (11/247) e mola hidatiforme em 0,8% (2/247). Conclusão: aproximadamente metade (46,6%) das gestações com ameaça de abortamento no primeiro trimestre apresentaram diagnóstico de inviabilidade da gestação. O exame ultra-sonográfico pode ajudar a definir esta condição e a conduta obstétrica.

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Objetivos: determinar os principais fatores associados à ocorrência de infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidas a histerectomia total abdominal (HTA) no Instituto Materno ¾ Infantil de Pernambuco (IMIP). Métodos: realizou-se um estudo de corte transversal incluindo todas as pacientes submetidas a histerectomia total abdominal no IMIP no período de janeiro de 1995 a dezembro de 1998, desde que tivessem retornado no 7º e no 30º dia pós-operatório para controle de infecção (n = 414). A freqüência de infecção do sítio cirúrgico (definida pelos critérios do CDC, 1998) foi de 10% (42 casos). Calculou-se o risco de prevalência (RP) de infecção do sítio cirúrgico e seu intervalo de confiança (IC) a 95% para as seguintes variáveis: idade, obesidade, hipertensão, diabetes, doença maligna, tipo de incisão, tempo cirúrgico e antibioticoprofilaxia. Realizou-se análise de regressão logística múltipla para determinação do risco ajustado de infecção. Resultados: encontrou-se aumento significativo do risco de infecção do sítio cirúrgico para as seguintes variáveis: idade >60 anos (RP = 2,39; IC-95% = 1,15-4,94), obesidade (RP = 3,2; IC-95% = 1,83-5,59), duração da cirurgia >2 horas (RP = 2,36; IC-95% = 1,32-4,21) e associação com diabetes (RP = 6,0; IC-95% = 3,41-10,57). Por outro lado, o risco de infecção esteve significativamente diminuído quando utilizou-se antibiótico profilático (RP = 0,38; IC-95% = 0,21-0,68). Não se encontrou associação estatisticamente significativa de infecção com o tipo de incisão, a indicação da cirurgia por patologia maligna e a presença de hipertensão. Conclusões: os fatores associados a risco aumentado de infecção do sítio cirúrgico pós-HTA no IMIP foram: idade >60 anos, obesidade, diabetes e duração da cirurgia >2 horas. A antibioticoprofilaxia apresentou efeito protetor, com diminuição do risco de infecção.

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Na grande maioria das vezes, o tumor de Brenner é pequeno, unilateral e benigno. Seu diagnóstico só pode ser confirmado após o exame anatomopatológico, que microscopicamente apresenta ninhos ou colunas de células epiteliais de transição numa matriz fibromatosa. As células epiteliais apresentam sulco longitudinal característico de "grão de café" e podem apresentar transformação carcinomatosa. É descrito o caso de paciente menopausada com sangramento vaginal, com massa abdominal palpável, submetida a tratamento cirúrgico, com diagnóstico histopatológico de tumor de Brenner bilateral, sendo maligno de um lado e benigno do outro. Atualmente está com 3 anos de sobrevida, sem sinais de recorrência da doença após tratamento cirúrgico exclusivo.