647 resultados para Saúde pública Financiamento
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OBJETIVO: Elaborar indicadores de desempenho e terceirizao em rede de laboratrios clnicos, baseados em sistemas de informaes e registros administrativos pblicos. MTODOS: A rede tinha 33 laboratrios com equipamentos automatizados, mas sem informatizao, 90 postos de coleta e 983 funcionrios, no municpio de Rio de Janeiro, RJ. As informaes foram obtidas de registros administrativos do Sistema de Informaes de Oramentos Pblicos para a Saúde e do Sistema de Informaes Ambulatoriais e Hospitalares do Sistema nico de Saúde. Os indicadores (produo, produtividade, utilizao e custos) foram elaborados com dados colhidos como rotina de 2006 a 2008. As variaes da produo, custos e preos unitrios dos testes no perodo foram analisadas por ndices de Laspeyres e de Paasche, especficos para medir a atividade dos laboratrios, e pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. RESULTADOS: A produo foi de 10.359.111 testes em 2008 (aumento de 10,6% em relao a 2006) e a relao testes/funcionrio cresceu 8,6%. As despesas com insumos, salrios e prestador conveniado aumentaram, respectivamente 2,3%, 45,4% e 18,3%. Os testes laboratoriais por consulta e internao cresceram 10% e 20%. Os custos diretos totalizaram R$ 63,2 milhes em 2008, com aumento de 22,2% em valores correntes no perodo. Os custos diretos deflacionados pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (9,5% para o perodo) mostram aumento do volume da produo de 11,6%. O ndice de volume especfico para a atividade, que considera as variaes do mix de testes, mostrou aumento de 18,5% no preo unitrio do teste e de 3,1% no volume da produo. CONCLUSES: Os indicadores, em especial os ndices especficos de volume e preos da atividade, constituem uma linha de base de desempenho potencial para acompanhar laboratrios prprios e terceirizados. Os indicadores de desempenho econmicos elaborados mostram a necessidade de informatizao da rede, antecedendo a deciso de terceirizao.
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OBJETIVO: Estimar a incidncia da sfilis congnita e identificar sua relao com a cobertura da Estratgia Saúde da Famlia. MTODOS: Estudo ecolgico observacional, com componentes descritivos e analticos, desenvolvido por meio de duas abordagens: em srie temporal (2003 a 2008) e focalizando dados de 2008. Os dados secundrios utilizados (epidemiolgicos, demogrficos e socioeconmicos) foram obtidos do Departamento de Informtica do Sistema nico de Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. A anlise de possveis efeitos da implantao dessa Estratgia sobre a preveno da sfilis congnita foi realizada em subgrupos selecionados de municpios, por meio de duas abordagens: a) variao mdia anual da taxa de incidncia de sfilis congnita em diferentes estratos de cobertura da Estratgia, durante o perodo de 2003 a 2008, com clculo do coeficiente de regresso linear simples; e b) anlise de regresso binomial negativa, com dados de 2008, para controle de alguns fatores de confundimento. RESULTADOS: H tendncia de aumento das notificaes de sfilis congnita no Brasil, com desigualdades sociais na distribuio dos casos. Observa-se uma associao negativa entre a incidncia de sfilis congnita em municpios com altas coberturas da Saúde da Famlia; mas, aps controle de covariveis, esse efeito pode ser atribuvel cobertura de pr-natal e a caractersticas demogrficas dos municpios nos quais essa Estratgia foi prioritariamente implantada. CONCLUSES: Apesar do aumento das coberturas de pr-natal, ainda se observa uma baixa efetividade dessas aes para a preveno da sfilis congnita. No foi identificada uma associao melhor entre o pr-natal realizado pelas equipes da Estratgia Saúde da Famlia e o controle da sfilis congnita do que aquela associao observada nas situaes em que o pr-natal realizado por outros modelos de ateno.
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So revisados os conceitos de regulao em saúde empregados em publicaes cientficas nacionais sobre gesto em saúde. Elaborou-se uma tipologia para os conceitos de regulao a partir das ideias mais correntes em cinco disciplinas: cincias da vida, direito, economia, sociologia e cincia poltica. Quatro ideias destacaram-se: controle, equilbrio, adaptao e direo, com maior nfase para a natureza tcnica da regulao. A natureza poltica da regulao ficou em segundo plano. Considera-se que a discusso do conceito de regulao em saúde relacionou-se com a compreenso do papel que o Estado exerce nesse setor. A definio das formas de interveno do Estado o ponto fundamental de convergncia entre as distintas formas de se conceituar regulao em saúde.
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OBJETIVO: Identificar fatores associados vacinao contra hepatite B em trabalhadores da saúde. MTODOS: Estudo transversal com 1.808 trabalhadores da saúde do setor pblico de Belo Horizonte, MG, em 2009. Questionrio autoadministrado foi usado e a situao vacinal foi analisada considerando caractersticas sociodemogrficas, estilo de vida, caractersticas e condies de trabalho. Anlises estatsticas univariada (p < 0,20) e mltipla foram realizadas utilizando regresso de Poisson (p < 0,05) para avaliao de fatores associados vacinao. RESULTADOS: Declararam ter sido vacinados 85,6% dos trabalhadores, 74,9% dos quais receberam esquema completo da vacina. No ter sido vacinado associou-se a no ter companheiro, a escolaridade em nvel mdio/tcnico ou superior incompleto e a caractersticas do trabalho, como atuar na vigilncia ou setor administrativo/servios gerais e no utilizar equipamentos de proteo individual. CONCLUSES: Foram identificados grupos com menor cobertura vacinal. So necessrios esforos para garantir o acesso e a adeso vacinao a todos os grupos ocupacionais.
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OBJETIVO: Descrever a frequncia de rastreadores de potenciais resultados adversos em internaes no Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo retrospectivo, incluindo as internaes de adultos na clnica mdica (n = 3.565.811) e clnica cirrgica (n = 2.614.048) no Brasil em 2007. O Sistema de Informaes Hospitalares foi utilizado como fonte de informao. A mensurao dos resultados adversos baseou-se no rastreamento de 11 condies clnicas, definidas em estudos internacionais anteriores, registradas no campo diagnstico secundrio. Foram realizadas anlises bivariada e multivariada, no intuito de associar resultado adverso, bito (varivel dependente) e outras variveis como idade, utilizao de unidade de terapia intensiva e realizao de cirurgia. RESULTADOS: A frequncia obtida foi 3,6 potenciais resultados adversos por 1.000 internaes para ambas as clnicas, superior na clnica mdica (5,3 por 1.000) em relao clnica cirrgica (1,3 por 1.000). Houve diferenas no perfil das internaes: na clnica mdica predominaram idosos, maior tempo mdio de permanncia, maior taxa de mortalidade e menor custo total de internao. O rastreador de resultado adverso mais frequente foi pneumonia hospitalar. Choque/parada cardaca apresentou maior risco de bito (OR = 5,76) em relao aos demais resultados adversos. Os maiores gastos com internaes estiveram relacionados sepse hospitalar. Os rastreadores de potencial resultado adverso apresentaram altas chances de bito, mesmo com a introduo de variveis como uso de terapia intensiva e realizao de cirurgia. CONCLUSES: A alta frequncia de resultados adversos em internaes indica a necessidade de desenvolver estratgias de monitoramento e melhorias dirigidas para a segurana do paciente.
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OBJETIVO: Avaliar a efetividade de um programa de controle de qualidade de imagem nos servios de mamografia da rede do Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo prospectivo com anlise temporal do tipo "antes e depois" de uma ao de vigilncia em saúde. Participaram do estudo 35 servios que tinham mamgrafos em operao e realizavam exames regularmente em Gois entre 2007 e 2009. Foram avaliados os servios, por testes de desempenho de mamgrafos, processadoras e demais materiais em trs visitas tcnicas, a qualidade da imagem e a dose de entrada no simulador radiogrfico de mama. Cada servio recebeu uma pontuao correspondente ao percentual dos testes em conformidade com os padres. RESULTADOS: Os percentuais mdios de conformidade dos servios foram de 64,1% ( 13,3%) na primeira visita, 68,4% ( 15,9%) na segunda e 77,1% ( 13,3%) na terceira (p < 0,001). As principais melhorias foram decorrentes dos ajustes da fora de compresso da mama, do controle automtico de exposio e do alinhamento da bandeja de compresso. As doses medidas estavam dentro da faixa de conformidade em 80% dos servios avaliados. CONCLUSES: A implantao do programa nos servios foi efetiva para a melhoria dos parmetros de operao do mamgrafo, embora 40% dos servios no tenham alcanado o nvel aceitvel de 70%. Este resultado indica a necessidade de haver continuidade na vigilncia em saúde.
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OBJETIVO: Analisar a qualidade dos servios oferecidos por empresas operadoras de planos de saúde, segundo a percepo de usurios. MTODOS: Estudo transversal com 360 usurios de sete operadoras de planos de saúde da cidade de Curitiba, PR, e regio metropolitana em 2008. Foi aplicado questionrio sobre as preferncias dos usurios em relao a seis atributos (localizao dos pontos de atendimento; efetividade da ao dos mdicos, clnicas e hospitais; rapidez e amabilidade no atendimento; facilidade na liberao de guias; preo; abrangncia da rede credenciada) de cada uma das empresas operadoras. Para a anlise das respostas foi utilizado o mtodo Analytic Hierarchy Process (AHP, ou Processo Analtico de Hierarquia), ferramenta de anlise de deciso e planejamento de mltiplos critrios. RESULTADOS: O atributo mais valorizado pelos usurios foi "preo". As empresas foram agrupadas em dois conjuntos de preferncias em relao aos atributos: dos sete planos de saúde, dois apresentaram menor preferncia (entre 23% e 19%) e cinco, maior preferncia (em torno de 10%). CONCLUSES: Com esse tipo de pesquisa, as empresas operadoras de planos de saúde poderiam reformular suas estruturas, processos, preos e redes credenciadas com o objetivo de melhorar seu posicionamento no mercado.
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OBJETIVO: Descrever as relaes entre mdico prescritor, advogado e indstria farmacutica em aes judiciais contra o Estado. MTODOS: Estudo descritivo retrospectivo com base nas informaes dos expedientes administrativos dos processos judiciais com demandas por medicamentos contra o Estado de Minas Gerais movidos entre outubro de 1999 e outubro de 2009. As variveis estudadas foram: sexo, idade e doena dos beneficirios das aes, origem do atendimento mdico (pblico ou privado), mdico prescritor, tipo de representao jurdica e medicamento solicitado. Foi realizada anlise descritiva das variveis com a distribuio de frequncias. RESULTADOS: Foram analisadas 2.412 aes judiciais referentes a 2.880 medicamentos solicitados, com 18 frmacos diferentes. Entre esses, 12 so fornecidos pelas polticas de assistncia farmacutica do Sistema nico de Saúde (SUS). Os medicamentos mais solicitados foram adalimumabe, etanercepte, infliximabe e insulina glargina. As principais doenas dos beneficirios foram artrite reumatide, espondilite anquilosante, diabetes mellitus e doenas pulmonares obstrutivas crnicas. Houve predomnio de representao por advogados particulares e atendimento por mdicos do setor privado. Entre as aes representadas pelo escritrio A, 43,6% tiveram um nico mdico prescritor para o adalimumabe e 29 mdicos foram responsveis por 40,2% dos pedidos do mesmo frmaco. Apenas um mdico foi responsvel por 16,5% das prescries de adalimumabe, solicitado por apenas um escritrio particular de advocacia, em 44,8% dos pedidos. CONCLUSES: A maior representatividade de mdicos do setor privado e advogados particulares pode trazer prejuzo equidade. Os dados sugerem associao entre mdicos e escritrios de advocacia nas solicitaes dos medicamentos. Esse quadro um indcio de que a Justia e a medicina tm sido utilizadas para atender aos interesses da indstria farmacutica.
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OBJETIVO: Analisar as relaes entre agentes comunitrios de saúde e os cuidados prestados a idosos. MTODOS: Estudo transversal descritivo, com 213 agentes comunitrios das 12 unidades bsicas de saúde e das 29 unidades de saúde da famlia de Marlia em 2010. Os dados foram coletados por meio de um questionrio sociodemogrfico, um instrumento de escala de atitudes em relao velhice (Escala de Neri) e um questionrio para avaliar conhecimentos gerontolgicos (Questionrio Palmore-Neri-Cachioni). Para a anlise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences verso 16.0 para Windows. RESULTADOS: Predominaram no quadro dos agentes comunitrios os adultos jovens, do sexo feminino, casados, escolaridade > 12 anos e inseridos na atividade h mais de seis anos. A maioria dos agentes relatou experincia com grupo de idosos e convivncia intradomiciliar com pessoas dessa faixa etria, porm menos da metade referiu capacitao no tema envelhecimento. As avaliaes positivas dos agentes quanto s atitudes perante a velhice ocorreram principalmente em aspectos como a sabedoria e generosidade dos idosos, porm foram marcantes as atitudes negativas para "lentido e rigidez". O nmero de acertos sobre gerontologia foi baixo e esteve diretamente associado s capacitaes recebidas pelos agentes. Foram observados esteretipos em relao ao idoso, na medida em que muitos agentes os consideravam insatisfeitos e dependentes. CONCLUSIONES: Mudar as atitudes e melhorar o conhecimento que se tem acerca do envelhecimento essencial no enfrentamento das demandas advindas dessa fase da vida. Qualificar a formao do agente comunitrio de saúde fundamental no cuidado ao idoso na ateno primria.
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OBJETIVO: O bom uso dos folhetos informativos dos medicamentos depende, entre outros fatores, da sua legibilidade e da literacia do utilizador, respectivamente a clareza em identificar letras, palavras e frases impressas e a capacidade em compreender e usar essa informao. O objetivo do estudo foi identificar a possvel relao entre uma medida de literacia funcional em saúde e a legibilidade de um folheto de um medicamento anti-inflamatrio no-esteride, esta ltima avaliada pela diretriz Europeia especfica. Numa amostra de 53 participantes, recrutados no ano de 2010 numa farmcia da regio de Lisboa (Portugal) e que apresentavam literacia varivel, no se encontrou relao entre o nvel de literacia e os vrios parmetros de apreciao da qualidade e legibilidade de um folheto informativo.
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OBJETIVO: Analisar fatores epidemiolgicos e sociodemogrficos associados saúde de idosos com ou sem plano de saúde. MTODOS: Foram realizadas entrevistas com 2.143 pessoas de 60 anos e mais, no municpio de So Paulo, em 2000 e 2006. A varivel dependente, dicotmica, foi ter ou no plano de saúde. As variveis independentes abrangeram caractersticas sociodemogrficas e de condio de saúde. Foram descritas as propores encontradas para as variveis analisadas e desenvolvido modelo de regresso logstica que considerou significantes as variveis com p < 0,05. RESULTADOS: Houve diferenas, favorveis aos titulares de planos, para renda e escolaridade. O grupo sem planos privados realizou menos preveno contra neoplasias e mais contra doenas respiratrias; esperou mais para ter acesso a consultas de saúde; realizou menos exames ps-consulta; referiu menor nmero de doenas; teve maior proporo de avaliao negativa da prpria saúde e relatou mais episdios de queda. Os titulares de planos relataram menor adeso vacinao e, dentre os que foram internados, 11,1% em 2000 e 17,9% em 2006 tiveram esse procedimento custeado pelo Sistema nico de Saúde. A nica doena associada condio de titular de plano privado foi a osteoporose. CONCLUSES: H diferenas representadas pela renda e pela escolaridade favorveis aos titulares de planos e seguros privados, as quais esto relacionadas com o uso de servios e com os determinantes sociais de saúde.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida relacionada saúde de cortadores de cana-de-acar. MTODOS: Estudo longitudinal em uma usina sucroalcooleira no Oeste do estado de So Paulo de abril (final da entressafra) a outubro (final da safra) de 2010. Foram avaliados 44 cortadores de cana-de-acar tabagistas e no tabagistas em trs perodos: ao final da entressafra, no fim do terceiro ms de safra e no final da safra. A qualidade de vida relacionada saúde foi avaliada pelo questionrio Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Foram realizados anlise de varincia para medidas repetidas e teste de Friedman para comparar a qualidade de vida entre os perodos. Utilizou-se o teste de Goodman para identificar a frequncia dos trabalhadores cujo escore aumentou nos perodos de safra em comparao com a entressafra (respondedores positivos), considerando-se as variveis qualitativas dos domnios do SF-36. RESULTADOS: Ao final da entressafra, 23% dos trabalhadores desistiram do trabalho; 27% eram tabagistas. Houve decrscimo significativo no domnio vitalidade no final da safra em comparao com a entressafra. Os desistentes apresentaram maior escore no domnio aspecto social em relao ao grupo que permaneceu no trabalho. No houve diferena na qualidade de vida relacionada saúde entre tabagistas e no tabagistas. No entanto, observou-se maior percentual de respondedores positivos entre no tabagistas nos domnios aspecto fsico, social e emocional nos trs meses de safra e nos domnios estado geral de saúde e aspecto social nos seis meses de safra, quando comparados aos tabagistas. CONCLUSES: A qualidade de vida relacionada saúde em cortadores de cana-de-acar mostrou-se diminuda aps o perodo de safra no domnio vitalidade. Os trabalhadores que permaneceram na safra so os que apresentaram piores aspectos sociais, o que mostra a necessidade de promoo de polticas assistencialistas de saúde a essa populao especfica, principalmente durante a safra canavieira.
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A sustentabilidade estrutural do sistema de saúde brasileiro remete ao padro de desenvolvimento do Pas em funo de como este se expressa e reproduz na saúde de sua populao. Isso decorre no somente de sua dimenso social como tambm da econmica, uma vez que responde por parcela significativa do produto interno bruto e da criao de empregos, e exerce relevante impacto na gerao de inovao e competitividade nacional. O governo federal tem institucionalizado o papel da saúde na agenda de desenvolvimento nacional devido a seu carter estratgico. A despeito disso, a fragilidade de sua base produtiva continua configurando importante vulnerabilidade para o Sistema Nacional de Saúde e para uma insero competitiva em ambiente globalizado, sinalizando que a efetivao virtuosa da relao entre saúde e desenvolvimento envolve uma ruptura de paradigmas cognitivos e polticos que separam, de forma estanque, a ordem econmica da social.
Resumo:
O papel estratgico da saúde na agenda de desenvolvimento nacional tem sido crescentemente reconhecido e institucionalizado. Alm de sua importncia como elemento estruturante do Estado de Bem-Estar Social, a saúde protagonista na gerao de inovao - elemento essencial para a competitividade na sociedade do conhecimento. Contudo, a base produtiva da saúde ainda frgil, o que prejudica tanto a prestao universal de servios em saúde quanto uma insero competitiva nacional em ambiente globalizado. Essa situao sugere a necessidade de uma anlise mais sistemtica das complexas relaes entre os interesses produtivos, tecnolgicos e sociais no mbito da saúde. Consequentemente, necessrio aprofundar o conhecimento sobre o Complexo Econmico-Industrial da Saúde devido ao seu potencial de contribuir para um modelo de desenvolvimento socialmente inclusivo. Isso significa reverter a hierarquia entre os interesses econmicos e os sociais no campo sanitrio, e assim minimizar a vulnerabilidade da poltica de saúde brasileira.